Camboja

Cara, o Camboja sem sombra de dúvidas, é um país que você DEVE visitar quando estiver na Ásia. Na minha singela opinião blogueira, até agora, os quatro lugares que você deve ir antes de morrer são o Camboja, Índia, o Nepal e São Luís (por motivos óbvios).
Além das construções históricas do Angkor, que segundo várias fontes que li, são as maiores construções religiosas já feitas pelo homem, o Camboja ainda possui a infame triste história do governo comunista de Pol Pot, que, como já havia falado no Vietnã e na Rússia, como todo bom governo comunista, matou centenas de milhares de pessoas de fome e exaustão. Vou escrever sobre Pol Pot e o Khmer Vermelho em um tópico específico. Mas foi isso o que mais me fascinou no Camboja, cara. Um país que ao mesmo tempo tem uma das construções mais lindas da história da humanidade, um país que pôde demonstrar o que há de mais lindo na natureza construtiva humana, pôde demonstrar também o que há de mais terrível e destrutivo dos humanos.
Monumento à independência no centro de Phnom Penh. As suas curvas são inspiradas nos monumentos em Angkor que depois vou explicar melhor o que é.

O Camboja foi o último dos países do Sudeste Asiático que visitei e, ao contrário de todos os países do Sudeste Asiático que escrevi, o Camboja não é considerado um tigre asiático, heheh! Pra falar a verdade, o Camboja tá é muito longe disso. O Camboja e o seu vizinho Laos, são dois dos estados mais miseráveis da Ásia, com índices de qualidade de vida semelhantes ao de países da África Sub-Saariana.
É triste você perceber, mas Pol Pot deu uma aula de como detonar o futuro de um país e de um povo em apenas cinco anos de terror. Cara, o Camboja até hoje não se recuperou dos males deixados por esse comunista facínora (“comunista facínora” é pleonasmo, é redundância). O país hoje tem uma população de 14 milhoes e, apesar de ter sido colônia francesa por algum tempo, hoje conservou a sua língua e sua cultura. Tem como capital, a cidade de Phonm Penh, cidade onde fiquei a maior parte do tempo.

 

Cara, é engraçado ver esses monges andando pelas ruas na capital. É muito interessante ver o contraste das cores das suas roupas com o cinza da cidade.

Mas pra mim o mais engraçado foi o nome da moeda. Alguém tem um chute? Sim, a moeda do Camboja se chama REAIS! Sim, reais! E é pronunciado desse jeitinho mesmo! Você pergunta o preço e o cara te fala, two reais, three reais. É engraçadão, bicho! O outro fato que eu achei muito interessante é que na hora de pagar, você pode escolher pagar em reais ou em dólares. A cotação das casas de câmbio é um dólar valendo quatro mil duzentos e alguns quebrados de reais, mas a cotação “oficial” das ruas, nas duas cidades que visitei, é de um dólar valendo quatro mil reais. Então é engraçado, você vai às lojinhas, às vezes o preço tá em reais, às vezes em dólares, às vezes nos dois. Uma coca custava 5000 reais, se não me engano. Você dava dois dólares e o cara te devolvia 3000 reais. Muito louco!! Aí engraçado que no final do dia, você ia ver a sua carteira e tava cheio de dólares e reais lá dentro, já que às vezes você recebe o troco em reais, às vezes em dólares e por aí vai! Sério, eu curti demais isso por lá! Não sei se a economia deles é com câmbio fixo (assim como o Brasil no começo do plano real), ninguém conseguiu me explicar, mas parece que é, porque senão essa “cotação das ruas” não funcionaria tão bem se o câmbio variasse todos os dias, correto?

Perambulando por Phnom Penh

Cara, Phnom Penh é triste, bicho! Apesar de ser a capital do país, sério, a infra-estrutura cidade parece em MUITO uma cidade do interior do Maranhão ou do Piauí. Sinceramente, a achei tão parecida quanto cidades como Chapadinha, Bacabal ou Piripiri. Além disso, eu fiquei impressionado como a mesma parece ser pequena, já que eu traçava de cima a baixo a parte central apenas caminhando.
Outro fator engraçado é que a cidade parecia não ter nenhum transporte público. Se tem eu não consegui ver. Assim como o Vietnã, as avenidas são caóticas de tantas motocicletas andando de cima pra baixo e zunindo no seu ouvido. Sinal de trânsito eu devo ter visto um ou dois, mas assim como o Vietnã, o sinal parece te “sugerir” a parar já que ninguém respeita. Não cheguei a ver tantos táxis andando pela cidade também, já que devido ao grande número de motocicletas, se você quiser ir pra algum lugar é só estender a mão que uma pára do seu lado e te leva pra qualquer lugar da cidade por apenas um ou dois reais.Pra que busão, se você pode ter essas charretes motorizadas pela cidade inteira? A gente as chama carinhosamente de “Tuk Tuks”. Mermão, é MUITO chato quando você resolve dar uma volta pela cidade. De cinco em cinco minutos pára um carrinho desses ao seu lado e fica gritando “Tuk Tuk” “Tuk Tuk” no seu ouvido pra tentar te colocar dentro! A cada dois passos que você dá vem um diferente. Heheeh

Por todos os cantos que você anda pela cidade você vê gente praticando esse esporte. O nome oficial é badminton, mas no Brasil é mais conhecido como peteca. Cara, os bichos REALMENTE curtem esse jogo no Sudeste Asiático. Uma das meninas que me hospedaram na Indonésia me falaram que antes do badminton virar esporte olímpico a Indonésia nunca tinha ganhado uma medalha em Olimpíadas (a Indonésia tem uma população maior que a do Brasil, como já disse), só pra vocês terem uma idéia de como isso é popular por lá.

Phnom Penh tem uma área turística próxima a um lago, aonde você anda e os caras te oferecem maconha e primas no meio da rua e aos gritos: – “Ô mexicano! Amigo! Amigo! Tá afim de fumar um hoje?”. Eles gritam até em espanhol pra te deixar mais a vontade. Hahaha. Sim, não precisa falar que polícia lá parece ser algo inexistente!

Sim, essa árvore com algumas pessoas sentadas no melhor estilo “fim de tarde no interior” fica na parte central de Phnom Penh.Sim, meu amigo, em Phnom Penh também tem shopping, rapaz!
Consegue ver essa mulher de azul? Sim, ela é uma das seguranças do shopping, mas a função principal dela é ensinar as pessoas a ANDAR DE ESCADA ROLANTE!!! Sim, brother, o nível de desenvolvimento lá é tão baixo que as pessoas precisam de ajuda pra poder usar uma escada rolante. Cê acredita nisso, meu amigo?? Hahahah. Eu quase que fui pedir informação a ela só de sacanagem e pra ver se isso é verdade mesmo!!

Couch em Phnom Pehn

Cara, meu couch Phnom Pehn foi deveras engraçado. Peguei o endereço da menina e fui pra casa dela. Cheguei lá e quando fui entrando no quarto dela, a surpresa. Eu só escuto algo familiar: “Como um girassol, girassol, girassol amarelooooo…”. Cara, a mina tava escutando O Rappa! Fiquei de cara demais!

Mas isso foi antes de entrar no quarto dela! Na hora que entrei foi a surpresa maior. Tinha uma bandeira do Brasil IMENSA colada na parede do quarto dela. Na hora achei até estranho, pois ela tinha me falado que era francesa e não brasileira. Ela me falou que era apaixonada pelo Brasil e que todas as férias dela ela ia passar no Rio de Janeiro, São Paulo ou no Espírito Santo (se ela já era apaixonada pelo Brasil sem visitar o Maranhão, imagina como ela ia ficar depois de ir no Reviver em São Luís…). Devido a minha surpresa ao ver a bandeira do Brasil, ela foi lá e me mostrou que tinha muito mais coisas do Brasil, cara! Ela tinha canga de praia do Brasil, várias músicas brasileiras, falava um pouco de português, tinha o livro Budaspeste do Chico Buarque, namorado brasileiro e por aí vai… É sério, por um momento eu achei que ela fosse mais brasileira do que eu. Hhaha.

Phnom Penh tem um complexo de palácios parecido com o Royal Palace no Camboja. Eles são legaizinhos, mas os de Bangkok são muito mais loucos!!

Inicialmente pedi pra ficar na casa dela só umas três noites, mas acabei ficando mais de uma semana. Era engraçado porque ela dividia o apartamento com mais uma penca de franceses. Na verdade com mais quatro franceses, todos gente boa demais. Curti bastante essa mina, cara! Bicho era MUITO fofo ela falando português com aquele sotaquezinho francês dela. Hehehe.

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23 comentários em “Camboja

  1. Rapá, eu morria e não sabia que badminton é a mesma coisa que peteca.. auahuaioaaoiahuiaohiauhe outra, a capital de Camboja é como se fosse no interior do Maranhão, mas tem shopping maior do que os de São Luís hein? =pEssa segurança é uma guia de escada rolante.. cada coisa que se vê!

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  2. Ei Claudiomar,e a violência ai cara como eh ? pq aqui em São Lui’s e nos interiores do Maranhao tu sabe, com policia e tudo mais tão matando roubando na maior, se levar esta francesa ai pro reviver, do jeito que ta, capaz de rolar um assalto, por ai não rola isso?e olha o naipe dela, com essa bandeira, maior cara de xileira euaueh flw

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  3. Amor!!Ela parece o Marc? É foufa tb? Olha, advinha quem vem para o Brasil… o MArc e o Vengard, chama ela tb para tirar férias conosco, vai ser super!!Outra coisa, acho que a nova cor do blogger ficou super legal, bem mais bonito e visual =)

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  4. Ahhhh!! Posta algo sobre a Karol!!!!Estou com muita saudade dela e tb estou ansiosa pelos posts da Europa!E os suecos quentes ???Maricotinha,Chegou NOSSA HORA!!!TE AMO!!

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  5. hahaahahaha, realmente, pelo o que você fala ela é mais brasileira do que qualquer pessoa que eu conheçoa arquitetura da escada rolante desse shopping é linda, putzvaleu!

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  6. Tipo, essa música, “Como um Girassol, amareloooo…” não seria do Cidade Negra!?!?tu deve ter confundido por causa dos dreads… 😛enfim, blog tá show, Janeiro começo minha mochilada pela América do Sul!

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  7. Finalmente você postou sobre o Camboja, desde do início de julho tu tinha dito que ia postar e ainda não tinha postado, aguardando mais aventuras no país asiático =)

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  8. Olá Maranhão, tudo bem contigo ???Nunca mais tinha lido seu post…pq estava na nossa terrinha – foi lá pra recarregar as baterias ( foi até nos lençois -LINDO D+ !!! alias o nosso Maranhão é um presente de DEUS).Adorei o post do Camboja… é um contraste tremendo… não tem transporte coletivo, as pessoas sentam na calçadas(igual interior) + tem Shopping com estruturas modernas e escadas que a população não sabe usar…rsrs… é o capitalismo está aí…Tb estou aguardando os post da Europa…rsrs…Abs,Ethianne Lucena

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  9. Lyric: A favor da comunidade,que espera o bloco passarNinguém fica na solidãoEmbarca com suas dorespra longe do seu lugarA favor da comunidade,que espera o bloco passarNinguém fica na solidãoo bloco vai te levarNinguém fica na solidãoA verdade prova que o tempo é o senhorDos dois destinos, dos dois destinosJá que pra ser homem tem que terA grandeza de um menino, de um meninoNo coração de quem faz a guerraNascerá uma flor amarelaComo um girassolComo um girassolComo um girassol amarelo, amareloTodo dia, toda hora, na batida da evoluçãoA harmonia do passista vai encantar a avenidaE todo o povo vai sorrir, sorrir, sorrirE todo povo vai sorrirA verdade prova que o tempo é o senhorDos dois destinos, dos dois destinosJá que pra ser homem tem que terA grandeza de um menino, de um meninoNo coração de quem faz a guerraNascerá uma flor amarelaComo um girassolComo um girassolComo um girassol amarelo, amareloComo um girassolComo um girassol amarelo, amarelo

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  10. “(“comunista facínora” é pleonasmo, é redundância)” Pegou pesado… grande carga de preconceito nessa afirmação não tem não?perdi até a vontade de ler o resto do post… volto amanhã pra ver o lirismo anunciado aqui nos comments;AbsAninha

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  11. em relação ao amigo comunista que comentou acima, que pena que ainda existem pessoas que não sabem historia e vivem fora da realidade!!E em relação ao post sobre o Camboja, esta muito bom!!Ass:vitão

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  12. Galera, por favor não vamos começar a debater agora se comunistas realmente comem criancinhas, se não vai gerar muito flood no blogAbraços

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