Keep your eyes on the road, your hands upon the wheel

Pra que lado a gente vai mesmo, Gosia?

Só Gosia conversou com os caras dentro do carro, já que eles não falavam inglês. Fomos indo, indo, indo até que chegamos à cidade que os caras iriam parar. Ela se chamava Lublin e parecia ser um importante entroncamento dentro da Polônia. Quando descemos, começamos a pensar o que fazer e para onde deveríamos ir. Depois que prestei mais atenção ao mapa que ela tinha em mãos, percebi que estávamos a caminho ou da Ucrânia ou da Bielo-Rússia, dois países em que eu não conseguiria entrar devido à necessidade de visto.



Acho que fica praquele lado



Ficamos pensando por um momento para onde seguir quando Gosia teve uma ideia. Olhando no mapa, ela percebeu que estávamos próximo a uma cidade que ela sempre quis conhecer na Polônia, Kazimierz Dolny. Como eu tava no esquema “vamo pra qualquer lugar”, concordei e começamos a pedir carona em um outro entroncamento para a tal cidade. Depois de mais ou menos uma hora de braço estendido e samba no pé, um carro parou e nos ofereceu uma carona para uma cidade bem próxima ao destino pretendido. Entramos e seguimos viagem.



Sim, eu realmente comi todo este sanduíche enquanto pedíamos carona…



Destaque para o cara que nos deu a carona.

Assim que entramos no carro, falamos para ele para onde queríamos ir e ele falou exatamente assim:

– Ah, brother. Sossegado, Kazimierz é logo ali. São apenas 120 km, dá pra fazer em um pouco menos de duas horas.

Ah legal, então vamos…

ÃHN? A ficha caiu: “Êpa, peraí, 120 km EM DUAS HORAS?? O figura tava dirigindo um carro ou era um bicicleta?” . Depois eu fiquei com isso na cabeça, pensando “Ah, mas deve ser porque temos que atravessar várias serras, ou então são várias curvas ou por causa do engarrafamento…”. Naaaadaaaaa!! O cara REALMENTE dirigia a 60 km/h!! Bicho, era MUITO engraçado ver os carros ZUNINDO, zzziiuuummmm, ao ultrapassarmos e ele só dizendo:

– Não sei como essas pessoas podem dirigir tão rápido, será se elas não sabem que o limite máximo de velocidade é 60 km/h?

E lá fomos nós, eu já tava quase era descendo do carro pra empurrar o bicho pra ver se ele ia mais rápido, mas nosso amigo era irredutível. Senti-me como se estivesse no vídeo abaixo:




Gosia demonstrando a posição do cisne manco esclerosado

Cara, MUITO engraçado. Depois de um tempo, acho que com medo dos carros que passavam zunindo no nosso ouvido, ela passou pra faixa dos caminhões que era mais lenta. Não adiantou. E dana caminhão buzinando na traseira do carro do cara. Quando os caminhões o ultrapassavam, os motoristas ainda iam xingando!! Viadovosky!! Filha da putovisk!! E eu querendo cascar o bico, rir que só uma hiena, e não podendo. E pior que ele só ficava comentando em polonês com a Gosia:

– Eu não sei por que essas pessoas estão tão zangadas. Depois não serão elas que pagarão minhas multas por excesso de velocidade…



Posição de Ioga mais conhecida como “maranhense atarracado com uma grande mochila nas costas”



Muito figura…


Chegando a Kazimierz Dolny



Morram piauienses infiéis!!

Como prometido, duas horas e 120 km depois, chegamos a uma cidade que era ao lado de Kazimierz Dolny. Tivemos que pegar um ônibus, já que a cidade só tinha uma via de acesso e seria MUITO difícil achar alguém querendo ir pra lá, pois a cidade tinha menos que 4000 habitantes.

Eu e Gosia dentro da Torre



Ao chegarmos fiquei encantando com a cidade. Cara, mas parecia uma daquelas cidades de conto de fadas, saca? Mais ou menos que nem aquelas cidades do Shrek! Casinhas pequenas, uma praça medieval, um rio cortando a cidade e um sorriso nos rostos das pessoas que caminhavam. Pude perceber também que as pessoas me olhavam com bastante atenção, o que me fez pensar que forasteiros não eram muito comuns por aquelas bandas.

Saímos pela cidade batendo algumas fotos e depois subimos para visitar um castelo medieval que se encontrava no topo de um monte da cidade. O castelo foi construído pelo rei Kazimierz, O Grande (comentário: Hahahah, me lembrou o cabra lá do Havaí) por volta dos anos 1300 e foi destruído em 1712 pelos suecos (eu juro que eu fiquei imaginando aquela cena!! Aquela horda de suecas quentes empunhando chicotes, vestidas de preto, tocando terror pela cidade!! Acho que vou construir um castelo em São Luís só pra ver se elas invadem o Maranhão também!!). Desde esses dias encontra-se em ruínas!

Depois de conhecer um pouco mais sobre o Sr. Kazimierz, caminhamos para a única torre ainda preservada do castelo. Baszta, como era chamada, tem 20 metros de altura e era utilizada também como farol para guiar os barquinhos que passavam por lá.

Batemos algumas fotos e ficamos caminhando pela cidade. Quando começou a anoitecer compramos umas cervejas e começamos a caminhar para a saída da cidade à procura de alguns matos onde pudéssemos nos enfiar e levantar a barraca (olha a mente poluída, rapaz… “Nos enfiar” e “levantar a barraca” não é nada disso que você está pensando…). Depois de caminhar por mais ou menos meia hora, achei uma entradinha e uma pequena trilha que parecia ser um bom local para colocar a barraca. Pulamos pra dentro dos matos e começamos a caminhar mata adentro. Saindo da cidade e à procura de um local para acampar



Depois de uns cinco minutos caminhando, achei um local que parecia ser bem aprazível e escondido e levei a barraca pra lá. Quando começamos a montar a barraca, veio a pior constatação, estávamos próximo ao rio e portanto MILHARES de mosquitos nos atacavam. Cara, eu nunca tinha visto muriçoca na Europa, mas aquela vez valeu pelo ano inteiro! Os mosquitos começaram a COMER a gente vivo enquanto montávamos a barraca. Cada mordida de muriçoca que eu levava eu só pensava:

– Será se essa barraca vai agüentar o tranco? Será se ela não vai deixar nenhum mosquito entrar?

Local onde acampamos visto de dentro da barraca



O que mais me preocupava é que ela tinha sido 60 reais no Carrefour aqui de Brasília, logo qualidade não deveria ser o forte dela.


Só sei que depois de uns dez minutos e cinco litros de sangue a menos, pulamos dentro da barraca e praticamente a “lacramos”. Quando estávamos lá dentro, o milagre!! A barraca realmente não tinha nenhum furo, nenhuma falha, NADA!! Soltei três vivas ao Carrefour e suas quinquilharias baratas e abri uma cerveja. Ficamos conversando enquanto a noite caía.

Perguntei pra ela se ela não tinha medo de sermos roubados ou algo do tipo (pô, brother, eu sou do Brasil, né?). Ela falou que a Polônia era muito segura, mas caso algo pudesse ocorrer, ela estava preparada para “adversidades”. Pegou a mochila dela e mostrou o brinquedinho que trazia consigo. O que era? Um 38? Uma metralhadora anti-aérea? Não, longe disso, era apenas um singelo gás paralisante. Ainda era numa embalagem rosa e vinha escrito “perfeito para mulheres”. Heheheeh. A mulher era casca-grossa, mlk!

Loiras geladas



Ficamos conversando enquanto a noite caía. O que ocorreu depois? Fica para a imaginação do leitor elaborar, pois não vou entrar em mais detalhes.

A noite caiu, dormirmos e no outro dia pegamos a estrada novamente em direção a Vasórvia onde muitas outras loucuras e perversões estavam por cruzar o destino deste pobre maranhense…

Bom dia Polônia

23 comentários em “Keep your eyes on the road, your hands upon the wheel

  1. Maranhão, se tu não catou a polaquinha na baraca, é melhor contar “vantagem” e dizer que sim. Dar uma desculpa pro gás paralisante.Diz que usou, via anal, como um afrodisiaco ou então que o gás era sucata, herança soviética…sei lá
    Mas vai ficar feio pros maranhenses, vão dizer que é tudo boióla

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  2. “Ficamos conversando enquanto a noite caía. O que ocorreu depois? Fica para a imaginação do leitor elaborar, pois não vou entrar em mais detalhes'.
    QUER SABER,eu acho que mas uma vez tu não comeu Ninguém.
    Vcs acham que, o maranhão, com esse SHAPER, tivesse arrumado algo com o broto ele não tava vibrando mais que o Dunga, quando marcou aquele penalti na copa de 1994 nos EUA.
    http://www.bobo8.com.br/noticias/detalhe.php?id=64&idiomaid=1

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  3. Também Anonymous, tu queria que ele assumi-se pra galera, que depois de rodar por meio mundo, sem pegar ninguem,só “descabelando o palaço”, Então por mesericórdia Divina, a este ser de pouquissimo atrativo físico, com execessão da grande e desproporcional kbça diga-se de tamanho e inteligencia.
    Após de receber essa graça dos céus, como compania em uma viagem de carona por lugares que poderiam ser cenario dos mais lindo contos e fantasias secretas.
    ELE iria vira para o lado, dar Dobranoc( Boa noite) e dormir…

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  4. Meu, é melhor te pego a loirinha, pois nem a Taíze, vai acreditar que tu não pegou. E se for isso, meu tu vai pagou e não levou, kkkkkkkkkkkk

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  5. Depois dessa, Claudiomar, vc tinha que ter pego a Polaca. Pq nem mais a Taíze vai acreditar nesta desculpa.

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  6. formado em RI e rodando pelo mundo?
    hehe ..
    eu faço RI e quero mto rodar pelo mundo, bom,a té agora só tenho viagem marcada pra holanda, pra trabalhar de baba e estudar, espero rodar tanto qt vc, rs..

    as fotos sao lindas, e já sou seguidora desse blog ótimo !!!

    parabens

    beijo

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  7. Eu conheço gente que anda MUITO menos que 60 km/h!
    hsuahsuaushaushausuahs
    Bjos!!!

    Giselle Travassos

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  8. Manoo!! não decepciona!!!
    vc tem q ter pegado essa loira fenomenal!!!!
    MEu deus!!! vou me mudar pra polónia já!!!!
    ADEUSSS FEAAA

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  9. caraca que loira linda d+

    ahh.. quanto amor nessa vida!!!

    O velho, até queria comentar da paisagem, da história e tal..
    mas a loira não tem pra ninguém, não tem como prestar atenção em mais nada!!!

    velho fico imaginando sua cara quando uma loira dessa do nada te chama pra pegar carona por ai!!

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  10. GRANDE Claudiomar!!!
    quanto tempo que eu não passo por aqui, tá sinistro a faculdade tá me consumindo…

    enfim, sensacional sua “nova” amiguinha. Aliás, elas estão cada vez melhores.

    Mais uma coisa rapá, depois, se der me passa o endereço daquele apartamento que tu ficou em Sydney, quero fazer minhas eletivas lá, mas a papelada tá em análise na faculdade ainda.

    se tu ainda lembrar do endereço, manda pro meu e-mail por favor. 😉
    celsopontes@ufrj.br

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  11. O Maranhão depois de um ano só descabelando o palhaço, jogando dadinho, descascando uma banana…Bom teve a Coração gelado, que ele jura que não catou ( imagina ela tomando um banho só de calcinha, num lago lá no Nepal….ele catou ).
    Esse anjo do céu, ele ia dispensar? Só sendo um cabra safado.
    Essa deve ter sido a expressão do maranhão depois de Gosia muito. http://www.youtube.com/watch?v=MPNaDADdLFs

    (Desculpe a piadinha Gosia muito…, mas não resistir, né maranhão)

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  12. Txa galera curiosa.
    Aff, deixa a vida do cara em paz.

    Sim, pegou ou nao? :X
    duhashudashudahus

    Flws

    Luis-Maceio \õ/

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  13. Claudiomar, se vc num pegou a galera vai desconfiar d vc..

    Ou sera que ela usou o gas paralisante e se revelou uma “mulher-banana” por isso vc prefere num falar o q rolou…rs!

    Brincadeiras a parte a Loirinha e sensacional, e esse esquema da carona lembra meio “road to nowhere”

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  14. Maranhense cabra frouxo.

    Pra dar uma na viagem, precisou a mulher raptar ele, levar ele pro meio do mato e ainda por cima ameaçar ele com o gás paralizante.

    Pobre Taíze, deve sofrer a bixinha viu…

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