Estava eu no aeroporto de Kiev esperando minha conexão e me senta um cara do meu lado. Ele me pergunta, em inglês, se pode usar o meu laptop. Pergunto o motivo do pedido inusitado e ele me responde que é para fazer check-in já que não estava conseguindo fazer no celular dele. Conversa vai, conversa vem, descubro que ele é mexicano e começamos a falar em espanhol e logo ficamos amigos.
Ele estava a caminho de Sochi para ver a partida de Portugal e Espanha (o melhor jogo da Copa na minha opinião) e tinha conseguido um ingresso com o tio dele, o ex-goleiro da seleção argentina Goygochea.
Papo vai, papo vem, ele começou a falar das ucranianas, que achava elas muito lindas (o que é verdade) e que se apaixonava em cada esquina. Eu só escutava, já que saí dessa vida há algum tempo depois que casei. Na hora que a gente vai entrar no avião, tinham duas galegas na frente da gente. O cara suspirou e mandou um “me encanta essas ucranianas, olha essas duas aqui como são lindas” em espanhol. Mano, as minas não começaram a rir¿ A gente olhou e perguntou em espanhol “vocês entenderam¿”. Elas responderam “Sim, somos chilenas e não ucranianas, mas obrigada pelo elogio”. CHILENAS! Mano, coisas que só acontecem em Copa do Mundo. E olha que a gente nem tava na Rússia ainda.
(A foto não tem nada a ver. Foi só uma Ferrari rosa que vimos no meio da Ucrânia e achei bem engraçada)