Durante um dos dias em que eu estava em Londres houve uma megagreve do povo dos transportes. O negócio é tão organizado que um dia pararam os trens de Londres, no outro, pararam o metrô e assim foi indo. Rapaz…no dia em que pararam o metrô foi CAOS.
Eu já saí da casa do meu amigo sabendo que seria difícil pegar ônibus, então decidi simplesmente sair andando até o Big Ben, um trajeto de quase sete quilômetros e uma hora e meia de caminhada. Tudo bem, eu fui parando pelo caminho, estava sem pressa então foi de boa.
O negócio foi na hora de voltar. Obviamente os ônibus estavam lotados e a galera na rua estava em polvorosa. Esperei em uma parada pelo meu ônibus. De repente para um, lotado. Outro, lotado. Um terceiro, lotado. Chegou o meu ônibus, LOTADO! O motorista se recusou a abrir a porta para embarcar mais passageiros pelo motivo óbvio que não cabia mais gente dentro daquela busão.
Eu ainda tentei pensar em entrar, mas quando o motorista abriu a porta para o pessoal sair e o povo começou a se empurrar e a quase se estapear para entrar pela porta de saída do busão eu pensei que talvez não fosse uma boa ideia tentar entrar nessa, até porque, vai que eu sou multado quem nem as outras quatro vezes em quatro países que eu já me dei mal por conta disso.
Por um dia o povo de Londres entendeu o que é um dia de busão no Brasil.
No final acabei tendo que voltar a pé também. Segundo meu relógio, nesse dia eu andei quase 20 km. Por essas e outras, hoje quando terminar de ler esse texto, dê um abraço bem apertado no motorista do seu metrô, porque, rapaz… que povo que faz falta quando faz greve.
Nessas perambulanças a pé por Londres cheguei a ser escolhido para participar de um show de rua de malabarismo e, parada deveras engraçada, parei para bater uma foto da casa do Primeiro Ministro inglês (que apesar da gente ver na TV só a porta e parecer ser no meio da rua, tem praticamente um bunker de guerra para proteger ela) e todo mundo que parava lá para bater foto chegava um veio na orelha e falava: “Por que você está batendo foto da origem de toda corrupção na Inglaterra?”. Eu juro que eu parei, olhei para esse veio e quase perguntei “Siô, o senhor já ouviu falar de Brasil?”.
Outra coisa que eu achei interessante nessas minhas andanças pelas ruas foi como as pessoas moravam nas casas antigas de Londres. Como hoje em dia tem muita gente morando na cidade e pouco espaço disponível, o pessoal começou a “fatiar” as casas antigas. Sim, fatiar quase que literalmente. A casa tem três andares? Então você separa os andares, faz uma escada do lado de fora e vende como três apartamentos diferentes. Bairros e bairros de Londres são assim hoje. Como é lá, isso é chique. Se fosse no Brasil a gente chamava de cortiço.
Por último, uma dica. Não tragam libras quando viajarem à Inglaterra. Pode ser contra intuitivo isso, mas quase lugar nenhum aceita dinheiro impresso. Sim, eles não aceitam. Eu levei 100 libras só para poder mostrar na imigração se me perguntassem e só não voltei com as mesmas 100 libras porque troquei parte delas por euros para gastar na Irlanda. Impressionante como a maioria dos lugares simplesmente se recusa a receber dinheiro hoje em dia, você acaba tendo que pagar tudo no cartão. Mesmo o metrô.
No final. Se eu gostei de Londres? Achei bacana sim. O problema é que se você não é muito fã da Família Real Britânica, dos Beatles ou de Harry Porter você fica meio que deslocado por lá, kkk.
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