Chegando na segunda vez à fronteira da Gâmbia – Senegal

E lá fomos nós de novo para sermos extorquidos. Pelo que pude ler na internet, há uma taxa de saída cobrada de todos os estrageiros que deixam Gâmbia pelo aeroporto. Ela custa vinte dólares e é uma taxa de “reforma do aeroporto”. Como tudo sobre a Gâmbia, não consegui checar na internet se essa taxa era para sair do país só pelo aeroporto ou se qualquer um tinha que pagar isso para sair por quaisquer meios. Pelo sim pelo não já separei os vinte dólares em moeda local para ser extorquido.

Entrei na fila para poder pegar meu carimbo de saída e, mesmo procedimento, me tiram da fila. Sigo para a sala do estagiário. Depois vou para uma sala mais arrumadinha. Depois outra. Depois outra e logo chego na sala do chefão. Quem eu encontro ali? Sim, o mesmo fi de uma rã que me extorquiu da primeira vez. Sem uniforme. Sim, ele tava “trabalhando” no dia de folga dele só para arrecadar mesmo. Na cara mais cínica que ele pode fazer, olha para mim, sorri e manda um “lembra de mim?”. Ah miserável. Só sei que ele olha daqui, olha de lá, dá um sorrisinho, carimba meu passaporte e me manda embora. Aparentemente ele já estava satisfeito com o que eu já tinha dado a ele.

Agora o Senegal, enfim salvo. Ou não.

Fronteira que tanto me fez eu perder dinheiro e paciência

Senegal eu já fiquei mais aliviado. País mais organizado, eu não precisava de visto, não tinha como dar problema, né? Ai ai…

Chega a minha vez e o fiscal da froteira começa a gritar “chama seu guia para traduzir!!!”. Respondi que não tinha guia. Ele ficou me perguntando como assim eu viajava a Senegal sem ter guia. Depois me perguntou onde tava meu visto, expliquei que não precisava. Ele olhou para um lado, olhou para o outro e começou a fazer corpo mole. E isso o ônibus me esperando. Eu já sabia o que ele queria. Depois me pede comprovante de vacina de COVID19. Mostrei para ele. Cara, ele se deu ao trabalho de pedir até certificado de vacina de febre amarela. Acho que foi a segunda vez na vida que me pediram isso. Mostrei. Ele ficou meio contrariado, mas viu que não tinha por onde e carimbou meu passaporte. Eu estava de volta ao Senegal são e salvo e, dessa vez, sem precisar pagar propina

Cara, vou te dizer.

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Voltando para o Senegal por terra saindo da Gâmbia, segunda parte da saga da viagem

Na volta tudo indicava que seria bem mais de boa. Primeiro porque eu já sabia mais ou menos como seria a viagem, segundo que eu sabia que não tinha como me extorquirem já que eu não precisava de visto pro Senegal e por último, bem, meu intestino já tinha dado uma melhorada e o desespero de viajar sem banheiro diminuíra bastante.

Mas tudo só indicava e era óbvio que não ia sair tudo de boa, aparentemente viajar na África subSaariana é assim, você tá sempre no fio da navalha.

A viagem de volta começou a demonstrar que seria de altas aventuras com uma galerinha do barulho na sessão da tarde quando ainda no dia anterior, o taxista que havia me levado e me trazido de Banjul me cobrando 50 reais por isso (uma viagem de 15km e mais 15km de volta) me pediu OITENTA reais para poder estar na porta do hotel no outro dia as seis da manhã e fazer uma viagem de apenas 5 km. “A esse horário da manhã não há táxis na rua e ninguém vai aceitar te levar por menos que isso” – ele me disse. Achei que era papo de taxista então resolvi pagar para ver. Antes de ir dormir conversei com o que parecia ser o gerente do hotel e ele me garantiu que as seis da manhã haveria vários táxis à porta do hotel e bastava eu escolher um para ir à estação de ônibus. Eu não pagaria mais do que 20 reais por isso. Ainda assim, por via das dúvidas ele iria orientar o balconista a chamar um táxi para mim assim que eu acordasse. Já sabe o que aconteceu, né?

No outro dia, por via das dúvidas, preferi acordar as 05:30 da manhã e fui para a recepção do hotel. Cheguei lá, tudo escuro e só um pobre de um fi de uma égua dormindo em um colchão no chão. Por óbvio acordei o cara, falei que precisava de ajuda para conseguir um táxi: – Não ando de táxi – respondeu o fi de uma quenga e voltou a dormir sem nem se dar ao trabalho de olhar na minha cara. Já eram rodados seis da manhã e meu busão saía as sete e meia. Já tinha visto no google maps que do hotel em que eu estava até a estação de busão era uma hora caminhando. Não tive dúvidas, baixei o mapa offline da região no celular (já que eu não tinha 4g), liguei o GPS e vamo embora.

Cara, era seis da manhã, estava um BREU nas ruas. Ainda bem que não havia uma vivalma na rua porque eu estava preocupado de ser atropelado, haja vista que não havia iluminação pública e as poucas luzes vinham das casas. Mochila nas costas e vambora.

Se liga o nível que estavam as ruas. A luz ao fundo é do hotel

Saí caminhando e depois de uns quinze minutos para um carro do meu lado. Abaixa a janela e sai aquela marofa de maconha lá de dentro:

– Para onde você vai?

– Estação de ônibus

– Sobe aí, cabra!

– Tá, mas você vai me cobrar quanto

– Paga o que você quiser

Tinha tudo para ser golpe, mas que escolha eu tinha?

Olhei para um lado, olhei para o outro. Pensei que, bom, no Brasil eu nunca faria isso, mas que, como me haviam garantido que a Gâmbia era um país seguro, subi no carro do cabra. Ele chamava Abraão e era um cara muito simpático. Me foi explicando que dificilmente eu iria conseguir um táxi por aquelas vias àquela hora porque todos estavam esperando as orações matinais para sair de casa (os muçulmanos fazem cinco orações ao dia). Me falou que com muita sorte eu iria conseguir um motorista cristão para me levar ou alguém que estivesse indo ao trabalho, que era o caso dele. No final o pobre do Abraão entendeu que eu estava indo para a estação de polícia e não para a estação de ônibus. Acabou desviando um pouco do caminho mas conseguiu me deixar um pouco mais perto no que parecia ser a principal avenida da cidade. Desci do carro, agradeci efusivamete ao cabra e já comecei a correr temendo perder o busão. Dei três pinotes e parou um táxi do meu lado. Dessa vez mostrei no google maps e o cara me cobrou 15 reais para me levar de lá até a estação de ônibus.

Consegui chegar quase quarenta minutos antes do busão sair e isso foi crucial para eu poder viajar.

O ônibus começou a encher e, de repente, começa um burburinho do lado de fora do busão, um “tua mãe não é homem para um lado”, “teu pai não é mulher pro outro”, poeira voando, cachorro caramelo no meio e populares com ânimos exaltados. Eu sentado no meu banquinho e só observando. De repente vem um cara e pede para ver o meu tíquete de passagem. Ele desce e o cara do lado de fora fica apontando para mim. Depois vem outro cara e checa meu tíquete de novo. E outro. E outro. E toda hora que checavam meu tíquete o cara embaixo soltava as penas para todo lado. Aparentemente venderam a mesma passagem para mim e pro cidadão embaixo. Eu me amarrei no meu assento e não saía de lá de jeito nenhum. Só sei que o busão saiu e deixou o pobre do cara lá fora que a essa hora já xingava pelo menos cinco gerações de todo mundo da empresa. Quase que eu não saio da Gâmbia.

Uma lição que eu aprendi (devido a minha experiência e ouvindo relatos) foi a de, sempre que viajar na África Subsaariana, viaje com prazos alargados porque muita coisa pode dar errada.

Meu dessaranjo intestinal continuava e o busão continuava sem banheiro, então eu teria que tomar cuidado. Uma coisa que eu aprendi foi que quando você está ruim de estomago ou intestino (no meu caso os dois) deve evitar comer frutas e outras comidas frescas (que podem conter bactérias e outros patógenos) e dar preferência a alimentos bem cozidos ou frito ou… ultraprocessados. De preferência com bastante sódio e conservantes e prazos de validades de cinquenta anos. Não tive dúvidas. Antes da viagem comprei duas caixas do mais puro Pringles e estavámos preparados para seguir viagem.

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Perambulando por Banjul, capital da Gâmbia

Apesar de ter comprado uma passagem de Dakar para Banjul o busão acabou me deixando em Bakau, uma cidade do lado. Isso foi bom porque aparentemente todos os hotéis e os turistas ficam em Bakau. Aparentemente Banjul é uma cidade ocupada e comprimida por rios o que a impede de crescer. Enfim, foi melhor, porque só desci na estação e segui para o meu hotel.

O hotel parecia bonzinho, apesar de, como tudo na região, ser caro, muito caro. A título de comparação, os airbnbs que eu aluguei no centro de Madrid e de Granada foram quase metade do preço do que eu paguei na Gâmbia. Sim, para ficar em um hotel no qual eu só podia beber água mineral, não funcionava a internet e onde eu não podia confiar em um gelo para pôr na Coca-Cola.

Para piorar os dois caixas eletrônicos próximos ao hotel estavam quebrados. Quase fui dormir com fome, só conseguir jantar porque o tio do hotel aceitou eu deixar para pagar quando fosse embora. Sim, acabei tendo que comer fiado.

O hotel estava lotado. Só europeus. E, cara, que interessante só tinha gente idosa. Pelo que pude apurar, quase todo mundo que lá estava era da Noruega ou Suécia e eles fugiam do frio glacial do inverno do Norte da Europa. Ainda assim, fiquei curioso. Porque eles viajavam para lá? Pô, o lugar era caro e com pouca infraestrutura. Tudo bem, América do Sul, Caribe e Sudeste Asiático eram bem longes, mas porque eles não viajavam para o Norte da África que é bem mais barato e com muito mais infraestrutura? Pelo que eu entendi existem empresas especializadas em oferecer pacotes fechados para a Gambia para aposentados desses países e, bem, eles são aposentados, não sabem das escolhas que podem fazer  para viajar. Talvez o fato de tudo lá ser mais selvagem também os atraia. Não sei. Os velhinhos não falavam inglês tão bem.

Porem outra coisa triste que eu acabei descobrindo foi que vários dos velhos da Europa viajam para a Gambia para poder fazer turismo sexual. Mas, assim, aquele turismo sexual feio mesmo. O infantil hoje parece ser bem mais combatido, mas é normal você andar pelas ruas da Gambia e ver uns velhinhos com uns homens gigantes andando com eles ou tomando café. E velhinhas também. Enfim, sendo maior de idade, cada um, cada um. Me lembrou muito Sósua na República Dominicana

Senhor de idade tomando café e sentado ao lado de um rapaz que lhe fazia companhia. Não posso afirmar se alguém prestava serviço a outrém, mas essa é a cena mais comum que existe na Gâmbia

Saí andando pelas ruas e, cara, como quase não há calçadas no país você acaba andando pela areia quase que o dia todo. Quando você volta pro hotel o tênis está cheio de areia, parece que você passou o dia na praia.

Como fica o tênis depois de um dia caminhando pelas cidades da Gâmbia
Quase não existe calçada. Quando existe é com areia para todo lado

Vi que não dava para poder ir caminhando até Banjul e resolvi procurar um taxista. Batemos um papo e o cara aceitou 50 reais para poder me levar e me trazer de volta. No final foi até bacana, pedi para ele me levar em um lugar e ele me levou em dois. Acabei passeando pelo centro da cidade de Banjul, batido fotos dos principais prédios do governo do país e no final subi o arco 22 para bater umas fotos panorâmicas da cidade.

Apesar de todas as dificuldades, foi uma viagem bacana.

Na volta expliquei pro taxista que iria embora no outro dia as sete e meia da manhã e perguntei quanto ele queria para estar na porta do meu hotel as seis da manhã. Ele me pediu OITENTA reais para fazer um trajeto de cinco quilômetros.

Óbvio que recusei.

Óbvio que iria começar outra saga, dessa vez para voltar pro Senegal

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Tensão na fronteira Gâmbia – Senegal

Lembra que eu falei que eu não conseguia informação se brasileiro precisava ou não de visto para atravessar a fronteira? Então, precisava, mas um amigo que tinha feito a viagem antes me falou que ele tirou o visto na fronteira e pagou 70 dólares por ele. Fui com receio porque essas coisas mudam do dia para a noite, mas, na pior das hipóteses, pensei, eu não cruzava, ficava no Senegal e achava um jeito de voltar a Dakar.

Passei por Senegal, tranquilo. Chegou a hora de Gâmbia. Peguei a fila e me tiraram de lá dizendo que eu precisava de visto. Havia lido na internet em um fórum uns caras falando que quando tiravam eles da fila, eles iam em uma sala, depois iam em outra, em outra, em outra… As salas iam só melhorando. Primeiro era uma sala mais esculhambada onde tinha um cara que parecia o estagiário. Depois ia melhorando até a hora que você chegava em uma sala com ar-condicionado que parecia ser a do chefe maior onde você era extorquido. Era cela do chefão, a sala do Bowser. Dito e feito.

Quando cheguei na última sala o chefão da imigração começou a me falar que eu precisava de visto, mas isso não era problema, era só pagar a ele que tava tudo resolvido. Quanto? Setenta? Não, CENTO e SETENTA DÓLARES. O filha da puta foi tão sacana que só adicionou 100 dólares ao preço certo. Tentei argumentar com ele que não, que não era isso, que eu sabia que era 70 dólares e ele que não, que não era, que era 170. Que aquilo era dinheiro do governo e ele me daria até um recibo. Dei 80 dólares a ele, mas o cara tava irredutível, falou que eu ou pagava ou eu não passava. Isso o busão inteiro já com todo mundo dentro e só me esperando, doido para me deixar para trás. No nervosismo eu fui tirar os oitenta dólares e acabei puxando dinheiro senegalês junto. Aí que o olho do bicho cresceu. Só sei que vai daqui, vai de lá, não vai passar se não pagar, acabei “fechando” em oitenta dólares mais uns 35 dólares em dinheiro senegalês. Bem, 115 dólares é melhor que 170 e o busão me deixar para trás. Acabou que o bicho fez o recibo mesmo, porém o valor em moeda gambiesa.

Achei que ele tinha me roubado, dito que eu paguei 70 dólares em moeda gambiesa quando na verdade eu dei 115. Que ele tinha feito isso imaginando que eu iria fazer a cotação e eu ver que ele tinha posto 45 dólares a menos no recibo só quando chegasse em Banjul, o que já seria tarde. Mas que nada, eu já sabia a cotação e, realmente, ele pôs que eu paguei 115 dólares em moeda gambiesa certinho. Até hoje eu tou encucado com essa história porque ou era 70 ou 170 dólares, mas 115 eu sei que não era. Mas o cara me deu um recibo com selo do governo da gâmbia, tudo certinho. Será se ele imprimiu um boleto com o governo da Gâmbia? Mas mano, tem todos os dados ali. Enfim, até hoje eu tou curioso com essa história.

Olha o recibo que ele me deu. Diga aí. Não parece oficial mesmo?

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Iniciando a saga do ônibus de Senegal (Dakar) para a Gâmbia (Banjul)

Meu busão saía as 07 da manhã, mas pediram para eu chegar uma hora. Os caras acham que são empresa aérea – pensei. Ainda bem que eu quase segui a regra, porque saí cedo de casa e deu um trabalho danado achar o lugar do busão. Se tivesse saído em cima da hora, teria perdido o busão.

Busão bacana, cadeira reclinável, cinto de segurança, ar-condicionado e… cadê o banheiro? Mermão, se tivéssemos sorte seria uma viagem de oito horas. SEM BANHEIRO. Aí começou a bater o medo de eu me borrar dentro do ônibus.

Corri no busão da rodoviária mais uma vez (sorte que eu tinha posto papel higiênico na mochila) e fui rezando durante o trajeto. Pior que o ônibus só fez uma parada a viagem inteira e nossa senhora dos mochileiros fez meu intestino aguentar até essa parada. Tivemos que pegar um ferry e ficamos quase três horas esperando para embarcar. Acabou que a viagem de oito horas virou onze e não me borrei. No final, graças a Deus deu tudo certo. Ou quase

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Viajando para Gâmbia, o menor país da África – O país que é apenas um rio

Como é possível ver no mapa abaixo, a Gâmbia é quase uma língua dentro de uma cabeça que é o Senegal. Obviamente eu iria aproveitar a oportunidade e visitar a Gâmbia na mesma viagem. Além de que, bem, Gâmbia é o menor país da África! Na teoria parece fácil, mas na prática… Rapaz, começa que é quase impossível conseguir informação na internet sobre o trajeto. Elas quando existem são desencontradas. Brasileiros precisam de visto para ir à Gâmbia? Pode conseguir o visto na fronteira? Tem ônibus que faz a linha? Procurei, procurei e nada de conseguir.

O país basicamente segue o curso do rio

No final acabei descobrindo que há uma empresa de ônibus que faz a viagem Dakar-Banjul diariamente por um preço relativamente razoável (120 reais ou 25 euros à época que estou escrevendo cada trecho). A empresa fazia duas viagens diárias, uma saindo as sete da manhã e outra saindo da noite. Digo que fazia porque viagens de ônibus pela noite passaram a ser proibidas no Senegal momentos antes de eu chegar ao país. Por quê?

Segurança, Conforto, Regularidade. Acredite, isso faz uma diferença danada naquela região

Bem, um mês antes de eu chegar ao Senegal rolou um acidente de ônibus feio. Dois ônibus se atravancaram e morreram mais de 50 pessoas. Os motivos foram os velhos conhecidos de sempre, pneus carecas, imprudência e por aí vai. Esse acidente foi tão chocante que obrigou o governo a adotar medidas de segurança entre elas proibir as viagens de ônibus noturnas. Beleza. Foi um acidente, acontece às vezes, mas agora a galera vai ficar mais ligada. Duas semanas depois. Pimba. Outro acidente entre dois ônibus que deixou mas de 20 mortos. Aí mermão, deu aquele gela. Hoje em dia sou pai de família então tenho muito mais medo dessas coisas. Acabou que eu fui pesquisar sobre a empresa de ônibus que eu iria viajar e vi que ela era estatal, cumpria todos os requisitos de segurança, então acabei decidindo de última hora. Tem uma galera mais intrépida que viagem com um tal de um sept car que é tipo uma lotação o qual eu não recomendo mesmo.

O problema foi que na noite anterior à viagem saímos para comer e eu tive um revertério no estômago, mas como já tava tudo pago, acabei não desistindo.

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