E sai o meu primeiro livro!

Lembro que um professor da universidade dizia que a gente ficava meio besta quando folheava um livro recém-publicado. Achei que só um idiota falaria algo como aquilo para outras pessoas com o intuito de se amostrar.
Hoje confesso que estou meio besta folheando esse livro recém-publicado e tenho a certeza que aquele professor continua um idiota, só que por outros motivos.
Se alguém me perguntasse que quando embarquei, há quase dez anos atrás, no que seria mais um intercâmbio como qualquer outro, se eu saberia que hoje eu teria impresso meus relatos, lógico que eu não saberia. No começo era para ser um flogão (isso, sou velho mesmo), depois evoluiu para um blog zoeiro e depois para um blog com um pouco mais de seriedade para o que posteriormente seria um livro.
 Talvez esse seja o meu primeiro passo para a Academia Brasileira de Letras (pombas, se até o Sarney e o Merval Pereira conseguiram, porque eu não?), para um prêmio Jabuti ou no final seja só uma resposta para o“E aí, como foi a sua viagem para a Austrália?”.
Confesso que esses dias vinha um pouco desempolgado com a publicação desse livro “Será se vai ser legal?”, “Será se alguém vai querer ler?” “Será se só meus amigos mais próximos vão fingir que gostaram?” – acho que são as perguntas que todo mundo se faz com um livro. Eu lia as histórias e as achava de péssimo gosto e sem graça. Comecei a me questionar se até mesmo valia a pena pagar esse mico. “Poxa, as história de volta ao mundo estão muito mais interessantes! Tem descrição dos lugares, da sociedade, da cultura, da política, da religião… Esses relatos da Austrália não tem nada disso, é só um bando de história boba com um humor adolescente. Será se vale a pena mesmo a impressão?” – era o que eu me questionava antes de imprimir. Estou tão inseguro que só imprimi vinte volumes.
Até que um dia desses qualquer, um amigo veio falar comigo no bar ´caraca, Maranhão, aquelas tuas histórias da Austrália são muito engraçadas! Que pena que depois você parou de ficar postando presepadas e deu para ficar descrevendo “Ah, a sociedade indiana é desse jeito” “Ah, a economia do Camboja funciona assim” achando que seu blog era Wikipedia. Isso é muito chato! O que eu gostava mesmo era de rir da sua cara quando você se ferrava!”.
Estava aí acabada a minha curta carreira de imaginar que estava contribuindo em algo para a sociedade e lançado o meu livro presepeiro da Austrália.

Vou Guguzar! Agora é um olho e meio no Ibope e meio olho na qualidade! Rebola Malandrinha! Uba uba ê!

Segue o prefácio:
“Era para ser apenas mais uma viagem de intercâmbio. Acreditou que a vida seria fácil, mas vivenciou todas a dificuldade e agruras de um imigrante em um país estranho. Lavou carros sob os gritos da máfia eslovena, viu sangue jorrar de suas mãos em uma cozinha de de beira de esquina, descarregou sofás em armazéns, lavou pratos, caminhou kms com mais de 10 kgs de panfletos nas costas, fez entregas, carregou placas de gesso com brutamontes ensandecidos, descarregou carretas e carretas, se desesperou devido ao aluguel e até pulou de janelas à la Seu Madruga para fugir do pagamento… Tudo em um espaço de seis meses. As presepadas, que suplantaram em muito suas pequenas vitórias, são narradas com um humor ácido próprio, com o desespero de um jovem de 21 anos, sozinho, a 13 horas de distância de qualquer conhecido e que se apegava às palavras para esquecer os problemas de uma realidade que lhe levou a viver, literalmente, um dia de cada vez. Apanhou, sofreu, quase foi preso algumas vezes, curtiu, riu, e, acima de tudo, teve uma experiência de vida inesquecível. Coloque o seu mundo também em uma mochila!”
Galera, quem quiser o livro,  me manda um e-mail no brejador@yahoo.com.br que eu vou anotando os nome, quando eles chegarem, eu entro em contato!
Abraços,
Claudiomar
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blogs finais…

Esses dias eu vinha pensando a total “chatização” em que se encontrava o blog. De posts cada vez mais engracados, estávamos caminhando para blogs entediantes, sem aventuras e atropelos. Tudo isso por “culpa” da minha vida na Austrália que enfim estava tomando um rumo e comecando a ficar estável. Saímos de um quadro em que eu ficava selecionando as histórias que eu iria colocar no blog para um quadro em que eu comecava a procurar alguma coisa que fosse interessante ou pelo menos engracada pra poder escrever. Minha vida estava muito, mas MUITO entediante, pois eu estava trabalhando sete dias sem parar, logo tudo resumiu-se a um acorda-come-espera algumas horas-vai trabalhar-dorme-acorda. Se por um lado havia este ponto ruim de não ter mais tempo pra fazer nada, por um lado havia a vantagem de estar juntando um grana massa. Mas parece que tudo agora vai ter fim. Segunda-feira passada o Chef chegou pra mim com os horários que eu iria trabalhar na próxima semana. Quando eu olhei aquele troco, confesso que me assustei com a quantidades de horários em branco que se faziam presentes. Eu iria trabalhar apenas DOIS DIAS na próxima semana. Eita diacho, na hora eu comecei a ficar mais desesperado que ateu no dia do juízo final. Ainda tentei conversar com o chef pra ver se rolava de trabalhar no sábado e no domingo, já que eles estavam precisando de gente pra poder trabalhar de manha, mas depois daquele fim de semana fatídico não teve nem conversa, vou trabalhar só dois dias essa semana mesmo. Pelo menos na próxima semana volta ao normal e eu vou voltar a trabalhar 6 vezes.

Como agora eu tou cheio de day-offs eu vou poder curtir um pouco mais da Austrália. Sem falar que eu acho que o chef descobriu que dia que eu mais precisaria de folgas, pois um outro amigo da minha sala de relacoes internacionais da UNB está chegando esses sábado aqui em Sydney, logo seremos 3 internacionalistas (quase 10 por cento do meu semestre) desbravando a Austrália. Mas vamos voltar ao blog. Semana passada, não sei o que foi que ocorreu, mas um dos DishWashers Masters não pôde ir ao trabalho e acabou que eu tive que substituí-lo. Mas acontece que eu, com meus parcos 4 meses de experiência, fui selecionado pra substituir um cara com mais de VINTE anos de trabalho, então não precisa falar a confusão que deu, né? Lembro até hoje, foi uma sexta feira. O chef chegou mó de boa pra poder conversar comigo e falar sobre como seria o dia e tal, que seria a primeira vez que eu iria trabalhar sem um Dishwasher experiente e o pior, com um outro Dishwasher que seria enviado pela agência de emprego, logo eu teria que ensinar TUDO pra ele. Perguntou se eu achava que ia aguentar. Eu, marrento do jeito que sou, só falei um “claro” e corri pro abraco. Eu comecei a trabalhar as quatro da tarde e sozinho (o nosso amigo só chegaria pra trabalhar às sete da noite), tudo tranquilo, o servico tava sendo de boa, consegui cuidar dos quatro setores sem ter mais problemas. Eu me encontrava numa expectativa esperando quem seria o nosso amigo que a agência ia mandar pra trabalhar comigo, torcendo bastante pra que o cara fosse brasuca. Quando deu sete horas, deus do céu, o que apareceu? Um INDIANO, CLARO!!! Caramba, que raiva dos infernos!!! E não bastando o cara ser indiano o cara ainda era CEGO DE UM OLHO!! Na hora eu só pensei: “Rapaz a agência só pode estar querendo me matar, não bastando eu estar trabalhando sozinho eles ainda me mandam um cara CAOLHO? Os bichos foram diretamente na terra de cego pra chamar o rei pra trabalhar comigo?” Mas tudo bem, vamos lá, pra mim tudo é festa. Acabou que o bicho conseguiu fazer o servico dele sem muitos atropelos, o problema foi só na hora de limpar as cozinhas, como foi um desespero aquilo tudo. Teve um momento que foi até engracado, eu fui comecar a limpar a última cozinha, plena MEIA NOITE E MEIA. Rapaz, pense num cara que tava de saco cheio? Já tava puto da vida e comecei a limpar foi de qualquer jeito a cozinha. Teve uma hora que eu fui limpar a assadeira e o pano que dantes era branco ficou completamente PRETO, com preguica de ir na cozinha maior pra poder procurar outro pano eu comecei foi a “limpar” a pia com aquele pano mesmo. Rapaz, mas foi na mesma hora, DO NADA, entra o GERENTE-GERAL, o cara mais bam-bam-bam do hotel e comeca a passear dentro da cozinha que eu tava limpando. Na hora eu comecei a imaginar o que levaria um miserável daquele a querer ficar bundando por dentro da minha cozinha quase uma hora da manhã. É muita falta do que fazer, né? Caraca, eu tomei um susto, na hora eu só pensei uma coisa: “Tou despedido”. Quando eu vi o cara dentro da cozinha, eu nem pensei duas vezes, na mesma hora eu joguei a toalha, mais suja que arroto de corvo, no lixo e comecei a fingir que estava esfregando a pia com a luva, gracas a deus que o bicho não percebeu a cagada que eu tava fazendo. Quando foi no outro dia, foi só esperar pra ouvir a esculhambacao do Chef pela lambanca que eu havia feito na cozinha. Ele só chegou falando: “Man, you fucked me yesterday, você deixou um bando de “shit” aqui na main kitchen, a small kitchen tá um caos, os panos da cozinha foram jogados no lixo (o caolho idiota jogou fora os panos ao invés de colocar pra lavar) e os trolleys ficaram jogados por todos os cantos, eu sei que você tentou fazer o seu melhor, mas o seu melhor ficou MUITO AQUÉM do que eu esperava, fique tranquilo que eu NUNCA mais faco isso novamente.”

Depois de algumas semanas trabalhando mais que um cachorro sarnento, acho que já era a hora de eu começar a curtir um pouco mais o parco tempo que ainda me resta aqui pela Austrália. Em apenas um mês pego meu avião em direção à África do Sul e depois em direção ao Brasil, logo, a hora é agora. No sábado, como de costume, eu sabia que eu iria ter que, mais uma vez, trabalhar que nem um condenado, já que sábado é quando os restaurantes do hotel realmente BOMBAM!! Por isso saí combinando com a galera pra poder descobrir qual seria a melhor festa para se poder ir às 2 e meia da manhã que seria a hora que eu seria liberado do trabalho. Conversei com todo mundo e a proposta que me saiu mais razoável foi a de descer pra uma festa na casa da polonesa que iria começar simplesmente às CINCO E MEIA DA MANHÃ. Comecei a me perguntar o que faria esta mulher marcar uma festa uma hora dessas, mas confesso que depois desisti. Fui para o meu trabalho normalmente e comecei a dar conta do meu serviço. Quando tou no meio do trabalho, Jonh, o outro DishWasher, me explicita que iria ocorrer uma festa, uma “house party” na casa de alguns caras que trabalhavam com a gente. Perguntei se as garçonetes e as camareiras haviam sido convidadas e recebi um sonoro SIM. Eita, mas nessa hora eu fiquei mais feliz que menino em loja de doce. Quando ele me perguntou se eu queria ir eu só falei: VAMO!!! O grande problema era que todo mundo terminava o trabalho às onze e meia e apenas eu e o Jonnhy iríamos terminar o trabalho mais tarde, ou seja, chegaríamos meio que no meio festa (esse meio que no meio ficou feio, né?). Terminamos o nosso trabalho em tempo de bala, quase uma hora da manhã e na hora que a gente tava pra pegar um táxi eu, com minha bela cara de pau, consegui um carona. Descemos pra casa do bicho e lá, mais uma vez, como não poderia deixar de ser em uma festa australiana, maconha por todo canto. O número de mulheres dentro da casa tendia a zero, apenas duas para mais de 20 marmanjos e quando eu cheguei, já não tinha mais nada pra beber, só tinha, claro, maconha. Caraca, são coisas como essa que me deixam impressionado aqui na Austrália, como os bichos daqui não podem viver sem maconha. Às vezes acontece da galera convidar a gente pra uma festa e cê chega lá não tem nada, não tem cerveja, não tem mulher, SÓ TEM MACONHA!!! Pode faltar tudo aqui, menos maconha. Rapaz, mas apesar de tudo foi engracado, ver aquela galera do trampo, todo mundo mó certinho, mó arrumadinho pra poder atender os hóspedes PIRANDO naquela casa. O que achei mais punk foi ver um dos assistentes de chefs, que no trabalho é um dos caras mais calmos, me recebendo com um colar parecido com aqueles colares de rappers que vão até o umbigo que tinha uma singela folha de cannabis sativa (maconha para os mais íntimos) enrolada na ponta, eu até me assustei.. Tentei ficar no quarto que a galera tava fumando ao menos pra ficar conversando com os bichos, mas o cheiro tava insuportável (pois tivemos o agravante que a polícia chegou pra reclamar do barulho do som e a galera tava com medo dos vizinhos ligarem de novo pra reclamar da fumaça, logo, fecharam-se as janelas), como eu não fumo maconha, eu acabei ficando do lado de fora, respirando um pouco de ar fresco e conversando com a galera “careta”. Engraçado era quando a galera da fumaça vinha conversar com a gente, os olhos parecendo umas bombas!! Rapaz, e tinha um cara lá que o bicho era muito engraçado, o cidadão ficava toda hora falando, eu sou security guard e faço nin-jitsu e capoeira e pá pá pá. Falava isso de cinco em cinco minutos, o pobrezinho bêbaço e com a marijuana já nas idéias. No final da festa, eu contava com o pior meio de incrinação possível, a MINHA MÁQUINA DIGITAL!!! Então foi engraçado sair tirando foto daquela galera dando PT pela casa. No outro dia o Joshua (assistente de chef com o colar) veio me falar que quando ele chegou no quarto dele, não ficou lá tão feliz, o bicho só olha o Jonnhy (o meu parceiro Dishwasher), deitado na cama do Joshua, cama que se encontrava toda vomitada e suja de cerveja, disse que na hora deu foi uma vontade de espancar o nosso pobre amigo Dishwasher, mas acabou que ele esperou o cara acordar pra poder botar o pobrezinho pra limpar. Fora que eu bati uma foto do Thomas, um amigo nosso alemão, destruindo o sofá da casa. Depois dessa festa eu só coloquei uma coisa na cabeça, festa australiana NUNCA MAIS!!!

e galera.. temo dizer, mas este agora vai ser o meu antepenúltimo blog antes de eu voltar para o Brasil, eu venho me divertindo bastante escrevendo, recebendo comentários de gente que eu nunca vi na vida, mas acontece que estou quase para ir embora e o blog me toma MUITO tempo, só tenho mais uma semana na austrália e depois tou indo pra Fiji, logo gostaria de aproveitar mais o meu tempo aqui na Austrália. Vou ver se escrevo algo daqui a duas semanas quando eu voltar de Fiji e depois algo sobre a minha viagem pra África do Sul. Mas sério… vou deixando de mão mesmo… é com muita dor no coração que falo isso. Ainda há o agravante que minha vida anda muito “normal”, logo as minhas histórias perderam totalmente a graça e o blog está se tornando bem chato… Mas anyway… vejo vocês daqui a duas semanas. Foi muito legal enquanto durou…

obs: enfim eu vi a porra do canguru e do coala, agora posso mudar o título do blog..

abraços maranhenses

fim da funcao seno??

Apesar de eu já ter escrito algo parecido umas três ouquatro vezes, agora é definitivo, ACABOU!!! ACABOUgráfico da função seno, ACABOU desespero, ACABOUpobreza!!!!! Enfim eu acho que agora a minha vidaacabou pegando um jeito.

Depois de alguns posts escrevendo que minha vida aquina austrália mais parece um gráfico da função seno,digamos que agora mudamos a representação gráfica…viramos agora um gráfico FUNÇÃ

O TANGENTE!!! Meu deus do céu!! Saímos do ponto máximo da reta seno e agoracaminhamos felizmente e alegremente pela curvatangente. Para ser mais fácil a compreensão vamos pôrno gráfico (vocês entenderam o trocadilho, né?)


Antes de começar a escrever o blog!! O dia7 defevereiro foi um dia fatídico!!! Comprei minhapassagem pra Fiji!!! Atenção navegantes, próximaparada: FIJI!!! O melhor é que o voô é dia 27 às SEISE MEIA DA MANHÃ e tenho que estar no aeroporto àsQUATRO E MEIA DA MANHÃ!!! Ah sim, dia 26 de fevereiro,meu trabalho vai até as uma da manhã de 27 defevereiro, logo, façam as contas de quantas horas euvou dormir 😛 Mas apesar disso… tudo é festa!!!!

Como eu já tinha falado, o chef da cozinha que eutrabalho gostou MUITO do meu trabalho. Agora eu nãoespero mais nem a minha agência de emprego me ligarfalando os horários que eu vou trabalhar. Eu sempretou trabalhando e ele já vem com a tabelinha dehorário e me mostra os horários que eu tenho quetrabalhar… Inclusive a última vez que ele veio memostrar foi até engraçado. Geralmente a galera aqui naAustrália quando está pra ir embora pra casa e estáafim de dar um último gás pra fazer uma grana massa,leva um lero com o patrão pra poder ver se podetrabalhar mais já que está pra ir embora e talz… -Pô, chef, eu tou indo embora, tou querendo fazer umagrana, tou querendo fazer uma viagem legal, dá prosenhor me liberar mais algumas horas pra eu podertrabalhar? Dá pra arrumar mais uns shifts? Eu, claro,já estou nessa fase, de estar indo embora e como depraxe também deveria estar do mesmo jeito que agalera, pedindo quantos shifts fossem possíveis. Faleibem, eu DEVERIA estar assim. Poxa, eu nunca fui umcara lá tão hardworking assim, nunca trabalhei noBrasil e, querendo ou não, a grana que eu ando fazendotrabalhando no hotel dá pra eu viver SUPER de boa eainda deu pra eu pagar a minha viagem pra Fiji!!!Logo, pra que trabalhar que nem um condenado? Eu tou ésuper de boa. Pois é, voltando. Por estar em períodode férias, eu tenho o direito de trabalhar mais que 20horas por semana legalmente, logo o chef esses diascostuma não estar tendo pena de mim. Foi engraçadoquando o bicho chegou pra mim no domingo me mostrandoa minha tábua de horário da próxima semana e perguntase eu poderia trabalhar todos os dias que estavamnela. Quando eu olhei, tinham shifts de QUARTA a TERÇAfeira da outra semana, mais uma vez TRABALHAR SETEVEZES POR SEMANA. Quando eu vi aquela grade de horárioseu … “fiquei assutado, maria chorando começou a meexplicar, daí então eu fiquei aliviado e dei graças adeus que ela foi no meu lugar, roda roda vira, soltaroda e vem, me passaram a mão na bunda e eu ainda nãocomi ninguém…” ops.. me empolguei. Voltando, fiqueimais assustado que véia em canoa, na hora eu só mandeium: “Pô chef, tem como o senhor me dá pelo MENOS UMDAY-OFF?”. Rapaz, o cara não quis nem conversa: – “Dayoff? Vamo fazer dinheiro, cara, você não quer viajar?Vamo trabalhar, pô, vamos lá!!! Aproveita que a granaé boa e pá pá pá”, na hora até parecia que eu era ochef e ele que era o empregado. Acabou que não teveconversa, lá vou eu ter que trabalhar mais uma semanasem tirar um dia só pra descansar.

Eu já tinha postado algo sobre o turco. Volto a postarnovamente. Confesso que eu fiquei meio que assustadoquando eu vi que dos sete dias que eu ia trabalhar,cinco eram com o turco. Comecei a me perguntar como euiria fazer pra poder aguentar o bicho, pois como eudisse, o bicho é mais mal humorado que o seu Lunga,mas depois de uns tempos eu parei pra perceber que eleé o melhor cara pra se trabalhar de todos osDishWashers. Antes vamos falar um pouco mais do bicho.O Metan é um turco-australiano, ele nasceu naAustrália, mas viveu a vida inteira na Turquia, logoele tem livre acesso à Austrália. Ele só vem de temposem tempos pra Austrália pra fazer uma grana e depoisviver uma vida de Playboy na Turquia. E olha que obicho faz uma grana MESMO!! Ele me falou quegeralmente dorme 4 horas por noite, mas que estesúltimos dias ele vem dormindo de 1 a 2 horas pornoite, já que quer dar um último gás pra poder voltarpara a Turquia. Ele chega a trabalhar quase 16 horaspor dia, isso recebendo no mínimo 20 dólares por hora(é só fazer as contas). O mais engraçado do bicho é queTODO DIA quando ele vai pegar o break dele, ele sócome a mesma coisa: PÃO DE ALHO!!! Mas é todo dia, épão de alho, sem nada a mais, pão de alho e ponto. Eufui perguntar pra ele porque ele não come outra comidano restaurante ao invés de comer só aquele bendito pãode alho e ele me falou com toda a delicadeza que lhepertence: Why do I have to eat another shit? GarlicBread is enough!! And Garlic Bread is the unique foodthat they don’t do in this fucking restaurant. Como eudisse, o bicho é um doce mesmo, um bombom de alho, eudiria. Ele já trabalha nesse trabalho há algumasdécadas o que faz dele um cara MUITO rápido e, sembrincadeira, um dos mais respeitados naquele hotel.Portanto, trabalhando com ele eu me sinto seguro prafazer qualquer cagada, pois, na última das hipótesesdiga: “Foi o Metan que mandou” e tudo está resolvido.Só pra citar um exemplo. Temos vários trolleysdiferentes no restaurante, mas tem um trolley que SÓos dishwasher podem utilizar e ninguém mais pode tocarneles e todo mundo sabe disso. Outro dia o Metan tirouum break e eu fiquei trabalhando lá sozinho. Do nada ochef apareceu e me mandou pegar esse trolley sagrado elevar pra cozinha de cima: – Mas o trolley não era praser só dos dishwashers, Chef? Ele so responde: Faz o que eu tou mandando! Beleza, eu levei e fiquei sóesperando o Metan chegar. Rapaz, quando esse carachega e sente a falta do trolley ele só fala comsangue nos olhos: WHERE IS THE FUCKING TROLLEY? Eu,com uma certa distância de segurança, respondi que ochef tinha mandado eu levar o trolley pra cima. Elenão quis nem conversa: – POIS VÁ PEGAR ESTA PORRADESTE TROLLEY e lá vou eu subindo pra pegar o trolleyde volta. Quando o chef viu, ele só perguntou o que eutava fazendo com o trolley. Eu falei que tava levandopra cozinha porque o Metam tinha falado pra eu fazerisso, ele só perguntou um: Did Metan say this for you?Eu falei que sim. – Ah, então tá bom, pode levar..uhaeuahe… saca só o respeito do bicho.. uhaeuhae
ainda sobre o hotel… esse último final de semana, aagência primeiro me ligou pra marcar todos os dias dasemana, aí, eu tou andando, dando um rolê pela rua equando eu menos espero eles só me perguntam:”Claudiomar, cê quer trabalhar sábado e domingo demanhã também?”. Nem pensei duas vezes, na hora eu sófalei CLARO!!!!!! Gente do céu, como eu me arrependode ter aceitado este shift. Primeiro que eu não tivetempo pra dormir direito todas as noites, segundo quede manhã o trampo é diferente, com apenas duascozinhas pra tomar de conta mas MUITO MAIS copos epratos pra poder tomar de conta e terceiro que euteria que trabalhar com o indiano que eu ODEIO. Nãosei se eu cheguei a explicar o meu ódio desenfreadopor este indiano miserável que trabalha la, mas é queesse bicho é MUITO safado. Eu não sou propriamente dostaff do hotel, eu não trabalho pra eles, eu trabalhopra agência de emprego na verdade, logo eu tenho que atodo tempo obedecer os Dishwasher que são contratados.Isso é de boa, a gente só divide o trabalho e ficatudo limpeza. Mas quando é com o indiano, de nomePavan, a coisa muda de figura. Por eu ser da agênciade emprego e ele ser contratado ele se acha BEMsuperior a mim e só quer ficar mandando e mandando eufazer OS PIORES TRABALHOS!! Ou seja, ele fica namamata e eu que nem louco na ralacão. Sábado de manhãentão… Meu deus o que foi aquilo!!! Comecou a vimprato de tudo que era canto eu quase morrendo de tantolavar prato e o nosso amigo Pavan cortando cebola NUMACALMA!!!! O melhor era que ele ficava cortando ascebolas em câmera lenta, tranquilo e gritando: MAISRÁPIDO, MAIS RÁPIDO, VOCÊ É MUITO LENTO!!! Pô, se temuma coisa que é pra deixar você MUITO puto é vocêestar fazendo alguma coisa e alguém estar sentado semfazer nada, agora algo que me deixa REALMENTE NERVOSOé eu estar trabalhando velozmente e um miserável, SENTADOCORTANDO CEBOLA, ficar no meu ouvido gritando MAISRÁPIDO, MAIS RÁPIDO. Rapaz, a sorte foi que ele paroudepois de um tempo, porque senão eu juro que eu ia melevantar e ir falar com ele algo do tipo: vamo fazer oseguinte? Você faz o servico pesado e eu fico cortandocebola e gritando MAIS RÁPIDO, MAIS RÁPIDO!! uhaeuhaeuhea.Acabou que eu so faltei morrer de trabalhar, ganhei dobrado por esses dias, mas deus do ceu.. nunca mais novamente!! Existe a grande possibilidade de eu cortar o pescoco desse indiano miserento…

pra nao sair o blog sem foto, eu vou postando uma foto do chinese garden… m

uito legal la.. e’ um verdadeiro oasis incrustado no MEIO do centro de sydney. Ele foi um presente do governo da china pro estado de new south wales pelo bom relacionamento china-australia… muito legal… mas claro.. como nao podia deixar de ser, tem que pagar 3 dolares pra entrar, ja viu chines fazer algo de graca?


abracos maranhenses

nao lembro o nome desse titulo, tenho que sair da sala dos pcs agora pra ir pro trampo

Estamos aqui de novo, no nosso blog, no mesmo bat-endereco e no mesmo computador do trabalho!!!

Pois e’ galera, como ja coloquei no blog passado, continuamos os nossos blogs com os nossos graficos de seno. Se no blog passado eu estava la embaixo, nesse blog volto ao ponto maximo da curva seno novamente.

Esses dias eu vim notando o que eu acho mais engracado entre o meu blog e o do Jonas (jonasnaaustralia.blogspot.com meu parceiro de viagem). Por ele escrever bem menos, acaba que ele narra os acontecimentos mais rapido que eu, que sempre posto o que aconteceu uma semana atras à semana da postagem. Isso acaba fazendo com que perca a graca de um bando de historia que eu posto aqui, ja que ele ja postou antes.

Tou falando isso tudo porque acabei de ler no blog daquele safado que ele ja falou sobre o australian day. Argh! Eu odeio o Jonas. Pois e’, como o nosso amigo blogger ja havia postado, os australianos resolveram criar um dia no ano para eles comemorarem o fato de nascerem australianos. Isso, a sorte de ter nascido aqui. Nao e’ dia da independencia, proclamacao da republica, nem dia de heroi idiota que morreu, por nada, por um movimento de independencia comandado pelas elites (ta, eu tou falando de tiradentes). E’ so’ isso! Vamos comemorar a sorte de termos nascidos australianos e ponto, acho que alguem do Parlamento simplesmente acordou de bom humor e falou: ei, vamos criar um dia pra gente? E foram la e criaram. Pois e’, resolvi descer pra ver “qual e'”. As comemoracoes comecaram cedo, foram ate legais, algumas apresentacoes teatrais, alguns shows aqui e ali e no final o momento mais esperado: A inacreditavel e indiscritivel QUEIMA DE FOGOS DO AUSTRALIA DAY rua rua rua (risadas maquiavelicas). Diziam as mas linguas que a queima de fogos do Australian Day era mais inacreditavel que a queima de fogos do ano-novo. Como eu tinha perdido a queima de fogos do ano-novo por estar no show do Fat Boy Slim (para mais detalhes ver o post ilustre dee jay desconhecido) eu resolvi que seria mais que indispensavel que eu fosse nessa bendita queima de fogos. Nossa, mas ficamos la, esperando, que nem um bando de bobo, procurando o melhor ponto em Darling Habour pra poder ver. Depois de alguns empurra-empurra com alguns chineses e asiaticos cheios de cameras digitais e alguns apertos, consegui ficar esperando os fogos num lugarzinho bem legal. Acabou que no final eu nao vi nada demais. Foi legal, como toda queima de fogos, mas acabou que nao teve algo que me fizesse pensar em algo do tipo “NOSSA, MAS EU DARIA A VIDA INTEIRA PRA PODER FICAR OLHANDO SO ISSO”. Eu acho que ate a ultima queima de fogos que eu vi em Sao Luis foi mais legal. Tava tocando um Tribo de Jah a galera tava pirando e no final ainda teve queima DE DUNAS!!! Pois e’, os caras calcularam tao bem os fogos, que acabou que os resquicios dos fogos cairam na vegetacao rala e seca que tem nas dunas da beira da praia e acabou tacando fogo em tudo, com direito ate a bombeiro esquinchando agua pra nao deixar o fogo pegar os apartamentos da praia.. uhaeuhaeh

E agora voltando ao emprego. Rapaz, esse ultimo emprego que eu consegui tem ajudado bastante a me jogar acima na curva Seno. Cara.. tou ganhando uma grana, que sem brincadeira, daqui a pouco eu vou comecar e’ a guardar dinheiro dentro do colchao. Acabou que a ultima convocacao que a agencia de emprego fez pra eu trabalhar eu fui chamado pra trabalhar alguns modicos dias na semana. A mulher ligou e falou: Claudiomar, voce quer trabalhar MUITO? . Fiquei curioso, o que seria MUITO pra essa mulher? Eu beleza, fui continuando, falei sim.. Entao ta, tou te marcando pra trabalhar sete dias na proxima semana, tudo bem? Ai eu so falei: – Beleza, pode marcar. Depois de desligar o telefone eu comecei a fazer as contas. Ei! Perai! A semana tem sete dias, logo eu vou ter que trabalhar TODOS OS DIAS DA SEMANA SEM DAY-OFFs!!! Caraca, depois de ficar espantado com o que a semana me reservava, parei pra pensar que isso significa muito, mas MUITO dinheiro!!! Essa semana inclusive eu vou ate dar uma olhada nas agencias de turimos pra dar uma chegada la em Fiji. Dizem que e’ um lugar paradisiaco e talz, quase uma Sao Luis. Pra quem antes achava que nao ia ter dinheiro pra se sustentar ate ir embora de Sydney, eu ate que tou me dando bem agora, huaeuhaeuae… Tou quase que revertendo o ditado “quem nasce pra ser pataca nunca vai ser vintem” (ta, nao sei o que e’ pataca, tampouco vintem, mas e’ como o Joao do Vale fala, entao deve fazer algum sentido). O grande problema e’ que agora o trabalho me pega todo o meu final de semana e toda as minhas noites. Tou chegando em casa agora so duas e meia da manha. Baladas em Sydney talvez nunca mais… E’ serio, eu rezo todas as noites pra que deus me faca um cara menos mercenario, mas eu nao largo o meu trampo por balada mas nem que o Lula corte aquela barba. Poxa, deixar de trabalhar no sabado pra ir pra balada pode me custar algumas centenas de dolares. Mas pois é (note agora o detalhe que volto a escrever com acentos, o teclado aqui da escola permite isso :P). O trampo também tem algo que está sendo BEM legal pra mim. Acho que eu não lembro quando foi o último dia que eu fui no supermercado comprar outra coisa senão arroz, miojo e suco (quem diria que depois de dois anos reclamando do suco do restaurante universitário da UNB, agora eu ando comprando um suco de mesmo valor nutritivo e gosto que o dito cujo de Brasília). Isso, eu não preciso comprar mais nada, o trabalho agora está me abastacendo de tudo que preciso, dinheiro, internet, refrigerante e, claro, COMIDA!!! Como eu falei em algum blog passado, o hotel tem um staff room que mais parece um parque de diversões e lá também é servido as refeićões pra quem trabalha lá poder comer. Acaba que todo dia as 8 horas da noite eu desćo lá e sou o responsável por limpar tudo, o que em outras palavras significa jogar fora TODA a comida que restou. Coloco as bandejas com comida no trolley e subo pra main kitchen onde se encontra a esplendorosa e majestosa Dishwasher Machine pra poder limpar. Nos meus primeiros dias eu simplesmente pegava a comida e FLUSH!!! despejava toda na lixeira e ia limpar a bandeja, mas depois de uns tempos, percebi que o outro DishWasher, marotamente, ia lá no cantinho, colocava num pote e embalava. Pensei em fazer o mesmo, mas antes de pegar a comida que é jogada no lixo resolvi perguntar pro Chef se era permitido

TECLA PAUSE

Isso acontece porque, apesar da comida estar sendo jogada toda fora, alguns trabalhos não permitem que você a consuma. O trampo do Jonas é um exemplo, às vezes ele vai lá e dá uma roubada nos franguinhos do KFC fazendo a alegria da moćada, mas ele faz isso escondido, já que no KFC não é permitido PEGAR A COMIDA QUE VOCÊ VAI JOGAR NO LIXO. Porque, eu juro que eu não sei, mas só sei que o Jonas finge que vai jogar no lixo e no caminho ele dá uma embalada e leva pra casa.

TECLA PLAY

Depois que o Chef me mandou um sincero sim com uma cara de “claro-que-sim-seu-idiota”, agora virou festa. Eu antes de jogar a comida fora, pego uns potes, coloco a comida separada (claro, vocês acham que eu sou peão?), macarrão aqui, lasanha ali, carne ao molho madeira naquele outro pote e deixo lá em cima das estantes aonde ninguém vê, nem mesmo eu, o que às vezes me faz pensar se eu não estou divindindo parte dos meus beefs com algumas baratas que uma hora ou outra passam por ali, dão uma lambida no meu beef e vão embora. Depois que termino de trabalhar, vou na cozinha menor, pego uns plastic contêiners (ah, vou traduzir não, dá pra entender), embalo a comida e corro pro abraćo. Chegando em casa, eu só coloco na geladeira e aí já era. No outro dia na hora do almoćo eu só abro a geladeira e comećo a escolher. O que eu vou comer hoje? Bife ao molho madeira? Lasanha ao molho branco? Faisão? Tou ficando chique de uma maneira… Tá certo que é tudo requentado, mas vá pro inferno, seu invejoso, eu como melhor que você e ainda assim TUDO DE GRAĆA!! uaheueahueahueaheauhuhea. A única coisa que eu preciso fazer em casa é arroz e uns nissins miojo (ou como diz a senhorita Irene, que não consegue pronunciar Nissin Miojo, compro uns “bidim beotodojos”), até porque pegar arroz de lá seria algo bem desnecessário (pra não dizer estúpido), já que 2 kilos de arroz aqui me custam menos que 3 dólares. Pegar mais um plastic contêiner pra colocar arroz e levar mais peso na mochila seria algo como matar formigas com bala de canhão ou bombardear tendas talebans de 10 dólares com mísseis Tomahank (é assim que se escreve?) que custam milhões de dólares cada.

O único ponto que eu diria negativo do trampo é que, deus do céu, marcaram pra eu trabalhar 7 dias na semana SENDO 5 DIAS COM O TURCO!!! Gente, o cara tem que ter uma paciência de Jó pra aguentar aquele rabugento. O cara reclama de tudo e é o tempo todo enchendo a porra do saco e não aceita a gente trabalhar senão o jeito que ele faz (ainda que a maneira dele seja mais estúpida e devagar). Mas não é tão problemático assim, já que geralmente de 5 horas eu trabalho apenas uns 30 ou 40 minutos realmente junto com ele, já que em grande parte do meu shift ele se ocupa em ficar limpando a cozinha e eu fico só lavando os pratos. Mas é como eu ia dizendo, o bicho é, como diria o Mućão, mas bruto que os pés da burra, mais grosso que parede de igreja e cano de passar tolete (cocô, no dialeto nordestino). Eu lembro que um dia ele “pediu” pra eu poder pegar a comida lá na cantina (o outro nome que usamos pro Staff Room, o lugar aonde tem as refeićões pra gente) antes das oito da noite. Eu, claro, perguntei pra ele se isso não iria causar problema, ele falou pra eu ficar sossegado e fazer logo o que ele pedia com toda paciência que é intríseca a este ser. Tá certo que não comecei a tirar as bandejas de comida ás 8 da noite, mas caramba, eram 7:50 quando eu comecei a limpar. Dá pra acreditar que ainda chegou um miserável pra comer às 7:55? O bicho ficou puto falando que ainda não era 8 da noite e blá blá blá, na hora eu só virei pro cidadão e mandei um I just feel sorry, sir! (algo como um “eu só lamento, seu tanga-frouxa”) E contunei o meu trabalho. Quando eu falei pro turco o que havia ocorrido ele só falou: – Mas você não sabe como proceder em momentos como este? – Não, cara, eu não sei, o que eu posso fazer? – Ele respondeu com a maior calma do mundo: Apenas faća este sinal para ele e levantou o dedo médio naquele sinal mundialmente conhecido como FODA-SE. Esse turco é um doce de pessoa mesmo. Mas a mais legal foi eu conversando com ele sobre um problema que ele falou que ele teve com um funcionário do hotel duas horas antes de eu chegar um dia lá. Ele veio me falando que ele foi lá pra poder limpar a cantina (a gente limpa umas 3 vezes por dia) e na hora ele se deparou com a tia colocando a comida nas prateleiras. Diz que na hora o cidadão virou pra ela e mandou um: Fucking Idiot, você não percebe que esta fucking table ainda não tá limpa? Do you have some shit in your brain? Huhauehae.. caraca, eu só imaginei a cena do cidadão falando isso com a tia. O pequeno detalhe é que a tia que faz isso é uma senhora já de idade, muito, mas MUITO simpática. Sabe aquela vó docinha que te colocava no colo e ficava contando historinha quando você era guri? A mulher que faz esse trabalho é aquele esteriótipo. Altura mediana, óculos cafona no rosto, uma fala beemm calminha.. Eu fiquei imaginando a cara da pobrezinha ouvindo o cidadão mandando delicadezas dessas pra pobrezinha. Eu fico imaginando até que ponto vai a falta de noćão de um cidadão desses e como ainda não jogaram o dito cujo na rua…

De resto só há mais uma coisa que merece ser citada no trabalho. Rapaz, como esse trampo tem mulher, meu DEUS!!! Agora só tem um problema, as mulheres parecem umas girafas, é cada lapa de mulher!!! Eu fico olhando e pensando: Vem cá, minha filha, o que tua mãe te dava pra tu comer quando tu eras mais nova? Fermento? Isso tudo é culpa do hormônio no frango? Até agora eu caí no ouvido de uma irlandesa que eu achava que era australiana, não pelo fato de ela ser uma bam bam bam, mas sim pelo fato da dita cuja ser a única não-asiática com uma altura parecida com a minha.. uhauehauhehae.. Outro fato que me está fazendo gostar bastante do trabalho é que a única praga que ele tem são as baratas, a outra praga chamada “brasileiros” não existe por lá, portanto eu tou falando inglês o tempo todo no trabalho, o que aqui na Austrália é coisa pra cacete!! Por mais que eu me esforce pra ver se eu acho um compratriota no trabalho, nunca obtive sucesso.

no mais é isso…

abraćos (reparam que o c cedilha tá de cabeća pra baixo? É que o teclado aqui da escola é meio pirado, paciência) maranhenses

Um turco mal humorado e muita confusao

nossa, tipico titulo de turma da monica.. uauehauehauh

Lembro que o último blog eu havia terminado falando que seria m

uito

difícil, mas muito difícil do blog continuar a sua “tradição” de altos e
baixos feito um gráfico seno ou cosseno (dessa vez mando junto o gráfico
pra galera saber do que eu ando falando), haja vista que agora eu tinha
um trabalho massa e a mulher tinha me ligado chamado pra trabalhar mais
ainda, sem falar que esses dias eu já me encontro cansado (sim,
cansado!!!) de trabalhar. Mas é, vamos começar o blog

Tem coisas na vida que te marcam pra sempre: o primeiro beijo, a
primeira transa, o primeiro zero, a primeira bomba no banheiro do colégio, a
primeira facada (não que eu já tenha levado uma facada, foi só pra
ilustrar)… mas eu acho que nao ha nada mais marcante na sua vida do que “a
primeira multa em solo estrangeiro quando você se encontra completamente
liso” Hua Hua Hua (risadas maquiavélicas).

Eu já havia explicado como funciona aqui na Austrália o sistema de
transportes. Aqui não existem cobradores dentro dos ônibus, é apenas o
motorista e duas máquinas para você colocar o seu ticket e seguir viagem.
Se você não tem ticket, vai de encontro ao motorista, fala pra onde você
vai e ele te diz quanto você tem que pagar. Simples assim. Existem
vários tipos de tickets, os que você compra e circula quantas vezes quiser
por uma semana ou entao várias cores de dez charges (você pode usar dez vezes o
ticket). O preço varia conforme as cores, quanto mais você vai pra
longe, mais a cor vai escurecendo e mais você tem que pagar pelo cartão de
dez charges.Você pode comprar o ticket mais barato se for pra muito
longe, mas aí corre um pequeno risco, o risco de ser PEGO!!!! De vez em
quando, mas MUITO de vez em quando, sobe uns tiozão no ônibus e vai
checando o ticket de um por um, se você está com o ticket errado, ele na
hora já pede uma identificação sua e te dá uma multa, coisa pequena, nada
que 100 dólares não pague. Quando eu cheguei, eu comprava sempre o
ticket certinho e pegava meu ônibus tranquilo, sem problema nenhum, mas
depois de um tempo eu comecei a notar que TODOS os meus amigos usavam o
ticket mais barato pra viajar ao invés de usar o ticket certo pra ir pra
Bondi, daí eu comecei a pensar… Porque não comprar também e
economizar 1,20 por passagem? Putz, eu tenho como espaço amostral mais de VINTE
AMIGOS que usam esse ticket errado há mais de dois meses e ninguém se
deu mal, não é possível que EU, QUE QUASE NÃO PEGO ÔNIBUS, vou ser pego.

Se vocês estão notando o meu raciocínio, matematicamente é praticamente
impossível eu ser pego por algum fiscal, pois se jorgamos na
probabilidade, veremos que todo mundo, que pega ônibus diariamente com o ticket
errado, tem a probabilidade muito maior de se estrepar do que eu, que
pego uma vez por semana. Beleza, matematicamente era improvável. Só que
eu esqueci de adicionar uma variável importante: O MEU AZAR!!! Ninguém
aqui é mais azarado do que eu, sou capaz de afirmar que tenho um azar
proporcional ao do Zagallo e o do Rubens Barrichelo. Sem falar que eu não
levei em consideração que eu já tinha tido uma semana muito boa, logo a
semana seguinte era a semana de eu me estrepar. Putz, até o Jonas já
tinha sido pego com o ticket errado e foi só falar pro tiozão que ele não
sabia que o cara liberou ele. Acabou que o azar acabou virando de vez o
jogo matemático e colocando os números contra mim. Gente do céu, eu
tava pegando meu busão, DUAS DA MANHÃ, voltando pra casa, com o meu belo
blue ticket e do nada, sobe no busão os fiscais. A primeira coisa que eu
pensei foi, o que leva um corno, miserável a subir no busão, PLENA 2 DA
MANHÃ pra checar ticket? Mulher dormindo de calça jeans, filho viado, filha prostituta?
Putzgrila, eu procurei se havia uma rota de fuga, tipo pular pela janela
ou algo do tipo, mas vi que eu estava devidamente encurralado, logo não
teve outra, a solução foi fazer a melhor cara de bobo que eu
conseguisse e falar pro cara que eu não sabia. Não teve conversa, não teve papo,
o cara só pediu uma identificação e lá se foi a multinha, o bicho nao quis nem conversa, nao quis nem saber se eu sabia ou nao, se eu falava ingles ou nao… La vou eu doar 100 dolares pro governo australiano… eu por um
lado fico até “feliz”, pois se essa multa for o preço pro meu azar ir
embora, eu pago sem problemas…

Agora voltando ao trampo. Eu nunca achei que eu ia gostar tanto de
lavar pratos na minha vida, caraca, o hotel é legal demais!!! Fora aquele
staff room que parece um parque de diversões, o pessoal que trabalha
comigo é super gente boa. A melhor parte foi que o chefe, não sei porque
cargas d’água, gostou DE MIM (ui ui, que homosexual), falou que gostou
muito do meu trabalho, que eu trabalho muito bem e agora quando ele for
ligar pra agência ele não vai mais ligar pra marcar pra alguém
trabalhar, mas sim pra EU trabalhar. E claro, perguntou por quanto tempo eu
iria ficar em Sydney. Respondi, claro, a verdade: Ainda fico por mais 8 ou
9 meses, senhor. O que é? Já dizia Nossa Senhora em o Auto da
Compadecida para poder defender João Grilo: A esperteza é arma do pobre MULTADO.

Se eu falasse pro cara que eu estaria indo embora pro Brasil em um mês
e meio, talvez ele não me “contratasse” e eu continuaria na pendura.
Vou continuar trabalhando lá normalmente, só que de um dia pro outro, os
caras vão tentar ligar no meu celular e o mesmo se encontrará
desligado… simples, né? Uhuahuhae… Mas pois é, a galera do trampo é SUPER
gente boa!! Eu pensava assim até começar a trabalhar com o turco chamado
Metan.

Rapaz o bicho é muito troncho. Pra começar o cidadão é turco e é,
sem brincadeira, um dos caras mais mal-humorados e rabugentos que eu já
conheci na vida. O bicho é tão razinza que chega a ser engraçado.
Quando trabalho neste hotel, geralmente, eu e outro Dishwasher somos
responsáveis por cuidar de um restaurante, de três cozinhas e, quando ocorre
o Function, cuidamos de quatro cozinhas diferentes. O trabalho é assim,
existe a main kitchen (cozinha principal) que é como o nosso QG, tudo
acontece lá, é lá que se encontra a abençoada Dishwasher Machine e
existem as outras cozinhas, a small kitchen, o cushion e a function (que
abre muito de vez em quando) e nós temos vários trolleys aonde vamos nas
cozinhas, pegamos os pratos, colocamos nos trolleys e levamos para a
main kitchen pra podermos lavarmos na maravilhosa DishWasher Machine!!!

Pois é, outro dia tava trabalhando eu e o digníssimo Metan e eu fui pegar
mais pratos no outro restaurante. Quando eu cheguei, o cara olhou pro trolley

com sangue nos olhos, d

esligou a gloriosa Dishwasher Machine, olhou pra

mim com aquele olhar compenetrante e soltou, com aquele seu inglês
difícil de entender, um: – Você não pode usar o cérebro? Eu respondi um: eu
até uso, mais às vezes a gente fica cansado de usar, por que? – Você
não consegue ver nada de errado? Aí eu fiquei sem entender, porra, não
tinha nada de errado naquele carrinho, aí o cara me aponta o prato e mostra… – ta vendo esse pedaco de bife aqui em cima do prato? – Sim, tou vendo. – Pois isso aqui nao e’ sua obrigacao de limpar, eles tem que jogar toda a comida fora, nao voce!! E pegou o prato e arremessou, nao ele nao colocou o prato em cima da mesa dos garcons, ele ARREMESSOU na mesa dos garcons. Depois de arremessar o prato na mesa e fazer o maior barulhao e o restaurante inteiro parar pra ver aquela cena inusitada o cara so olha pros garcons e fala: FUCKING BASTARDS!! uhAUEHUAHUAHEUAEHEUHAE.. Caraca, mas na hora me deu MUITA vontade de rir. Mas tive que me conter, haja vista que a cara dos garcons nao era das melhores (acho que nao e’ todo dia que um lavador de prato te chama de “bastardo filha da puta”) uhauehaeuhaeuh.. O bicho e’ o tempo todo reclamando e xingando.. Teve um dia que eu tava trabalhando com ele e a garconete comecou a colocar os pratos nas nossas pratileiras pra gente limpar, ela foi colocando os pratos e eu fui pegando. Rapaz, na hora que eu peguei o prato da mao dela a mulher comecou a ficar desesperada: AAAHH!!! CALMA CALMA!!! Eu vou jogar a comida fora, espera eu jogar a comida fora!!! Eu fiquei ate com pena da bichinha, eu sai de tras da pratileira e falei: Ei, nao se preocupa, eu te ajudo a jogar a comida no lixo!! uaeuhaeuhaeuhea… Percebi que a cara dela ficou mais calma quando viu que era eu e nao o Metan que tava lavando os pratos naquela hora. Se fosse o Metan, acho que ela ia ficar com medo dele voar no pescoco dela. Apesar de tudo o cara e’ gente boa (nao com os garcons, comigo, claro), ate conversamos sobre futebol e eu nao perdi a chance de tirar onda com a cara dele (com um certo receio e a uma certa distancia, confesso) por eles terem perdido pra gente duas vezes na copa do mundo, depois eu escrevo mais sobre as historias com o bicho..

Ha varias coisas que sao indiscutivelmente internacionais e pertencentes a todas culturas, coisas do tipo odio ao bush, amor ao dinheiro e preferencia das mulheres pelo charme maranhense podem ser citadas, mas no trabalho eu descobri mais uma que pode ser incluida nessa lista. Aconteceu assim, estava Claudiomarzinho no Garbage Room (nao sei a traducao, mas e’ o local onde deixamos as latas de lixo para os caminhoes levarem embora) e tinha duas garconetes la. Nao perdi a oportunidade, claro, de chegar conversando com elas, como quem nao quer nada, e puxar um papo. Quando eu ia chegando pra conversar com as mulheres eu so vejo elas gritarem: AAAHHHHHHHHHH!!! Caraca, parecia o grito da morte, achei que tinha alguem arrancando os intestinos delas, corri pra ver o que tava acontecendo, quando eu cheguei e perguntei a elas o problema a mulher me fala: BARATAS!!!! Deus do ceu!! Eu viajo pro outro lado do mundo e continuo vendo mulher gritando com medo de barata, deus do ceu. La fui eu matar as baratas e, claro, depois receber todos os louros por tao heroica atitude com as meninas… Mas em relacao a baratas eu paguei pau foi pro June (o coreano). O June tava tomando o cafe da manha dele e o Jonas tava com a Luisa na cozinha. Do nada apareceu uma barata. Jonas e Luisa se muniram de chinelos e comecaram o PA PA PA PA PA!!! E nada de conseguirem matar a barata, o June, muito mais esperto, se levantou, olhou a barata, mirou, espremeu a bichinha na parede COM O DEDO INDICADOR e voltou a comer o seu cafe da manha como se nada tivesse acontecido, simples, ne? Hoje tava eu e a Luisa conversando na cozinha, quando 

do nada apareceu uma barata NA GELADEIRA!!! e ficou passeando. A Luisa so falou: Barata na geladeira? Deus do ceu, o que e’ isso? June!!! E la vem o June pegar a barata com a mao e joga no lixo, uaeuaeuhaeuhae eu pago muito pau pra esse coreano!!! Vou levar ele pra trabalhar no meu restaurante..

Galera, eu vou terminando agora.. tou num domingo com sol tendo que estar aqui na lan pra poder atualizar esse blog. Mas tinha que fazer de qualquer jeito, a Bovespa fechou o pregao de sexta feira em baixa porque as acoes do meu blog estavam caindo, tinha gente especulando sobre a nao mais postagem do blog, por isso tou postando agora pra ver se as acoes do meu blog voltam a subir no mercado financeiro. Se possivel vou ver se posto o outro ja na quarta, porque ai as acoes voltam a subir, pois o mercado financeiro vai comecar a especular um provavel dois posts em uma semana e a Bovespa pode fechar o pregao em alta…

abracos

"Paloscada vai a Brasilia" e emprego novo de novo

Sem ter o que fazer entre um dia e outro de trabalho, com medo do meu cérebro atrofiar e pra lembrar dos velhos tempos em que eu usava o meu cerebro pra pensar e nao pra ficar lavando prato mais rapido, resolvi baixar as provas da Fuvest na internet e refazê-las, já que nem dinheiro pra poder comprar livros eu tenho mais. Qual não foi a minha surpresa quando eu vi na prova um texto do Amyr Klink que eu achei simplesmente sensacional, diria que o cara praticamente escreveu pensando em minha viagem pra Austrália (eu sei que saiu meio homosexual essa frase, mas deixa pra lá…), se liga no mistério:

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Cara… isso é simplesmente genial …plantar as suas próprias árvores pra dar valor… Conhecer o frio pra desfrutar o Calor… sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto… Nus.. bom demais.. quando eu li este texto na prova eu PIREI. Vou tentar de algum jeito decorá-lo pra ter pra sempre na minha memória. Pois é, o pior que eu só fui acabar a prova hoje. Ainda consegui fazer 71 questões, não passava no vestibular de relações internacionais, mas pra quem já está 3 anos sem estudar biologia e química, acho que até mandei bem…

Pois é, acabou-se o que era doce. A Paloscada, tão rápido como chegou, foi embora. Jonas Pai, Jonas Mãe e Jonas pequenino voltaram pro Brasil. O apartamento voltou a ficar vazio, voltou a ficar sem graça e, claro, vai voltar a ficar fedorento, já que daqui a alguns dias, o Jonas vai parar de ficar limpando a casa constantemente. Apesar de ter passado bem menos tempo com a Paloscada do que eu queria ter passado (já que, quando eles chegaram eu não parava em casa a procura de emprego), foi bem legal a estadia da galera aqui. Eu ficando com o pescoço doendo de tanto levantar a cabeca pra conversar com eles (já que o único que era do meu tamanho era o Matias, do alto dos seus dez anos), o arroz carreteiro que a Mãe do Jonas fazia pra gente, a gente conversando quando era mais de noite e também de noite, eles me mostrando as fotos que eles tiraram durante o dia.

O mais engraçado da “Paloscada vai a Sydney”, foi, claro, além deles fazendo chinês e coreano tomar chimarrão, foi que os pobrezinhos não tiveram sorte com o tempo. Dos dias que eles ficaram aqui, ou choveu o dia inteiro ou fez um calor infernal. Meu deus, que calor infernal fez no primeiro dia de Paloscada aqui. Dia primeiro de Janeiro, primeiro dia do ano, eu acordo meio dia (acordar é jeito de falar, já que fui dormir era 10 da manhã) e ligo pra galera, perguntando aonde eles estavam. Neguinho me falou que tava todo mundo na praia, mas que já estavam voltando porque estava quente demais PRA PODER FICAR NA PRAIA!! Gente do

céu, eu comecei a pensar: – Que calor é esse que ninguém consegue ficar na praia? Desci pra praia e vi o que era. Meu deus do céu, tava um calor que você sentado, embaixo da sombra, você não sabia o que estava acontecendo, até o vento era desconfortável, procurei abrigo na casa de Neto e companhia e fiquei jogando um Winning Eleven com a galera, mas nem assim deu pra ficar tranquilo. O melhor foi descer pra casa e torcer pra ficar logo de noite. Resultado, depois foi só ver no jornal, o primeiro dia do ano em Sydney fez inacreditáveis 44 GRAUS!!! Caraca, nem no Maranhão eu nunca tinha pegado uma temperatura dessas. Se eu, moreno latino do jeito que sou, já fiquei sofrendo, imagina aquela paloscada branquinha como ficaram malucos.. uhauhahueauha. A melhor nao e’ essa (repararam que tou escrevendo sem acento agora? E’ que tou no staff room do trampo, mais detalhes abaixo) , a melhor e’ que depois desse dia INFERNAL, os outros dias foram so chuva, chuva e chuva. Quer dizer, eles nem puderam pegar um solzinho legal, fiquei com pena da Paloscada. So foi fazer sol quando eles foram embora. Eu ate cheguei a comentar com eles, rapaz, voces nao tem sorte mesmo.. uhaehauhaeuaehae


Galera, outra coisa que eu queria muito falar. Putzgrila, eu ODEIO imprensa. Eu sou meio suspeito pra falar, ate porque eu sou um grande fa do presidente Lula. Eu ja odiava imprensa pelo esse showzinho de denuncismo que eles tava fazendo no pais, desestabilizando o pais com essa onda de apresentar indicios como se fossem provas, mas depois do que fizeram com a historia daquele brasileiro que foi espancado aqui na Australia eu passei a odiar mais ainda. Eu sei que isso pode parecer chocante, mas aqui na Australia NAO EXISTE UM GRUPO DE EXTERMINIO ANTI-BRASILEIROS!!!! NAO EXISTE!!! Ate porque se existisse um dos primeiros a ser morto seria eu, ja que os maranhenses sao os mais odiados pelo fato de pegarmos todas as mulheres (com menos de 1,60 e’ claro). Nossa, mas como fizeram um escarceu com o ocorrido com esta historia. Eu cheguei a ler varias versoes, mas a que me chegou aqui na Australia foi que o cidadao estava na praia, de boa, e uns traseuntes pediram um cigarro pra ele, diz que o cidadao disse nao e os caras do nada espancaram o nosso amigo ate ele pedir penico. E segundo essa mesma historia ele foi reconhecido como brasileiro e por causa disso o infeliz apanhou mais que vaca quando entra na horta. Gente, essa historia ta MUITO mal contada. Eu nunca conheci Ninguem, eu digo NINGUEM aqui na Australia que odiasse brasileiro. A galera ama a gente e paga o maior pau…

nota do tradutor: pagar pau – ato ou acao de admiracao, vontade de ser que nem voce, uma quase inveja (mas sem o tom perjorativo que carrega a palavra inveja). Deu pra entender, senhorita Irene?

paga o maior pau por sermos brasileiros. Quando eu falo pra neguinho que eu sou brasileiro (leva um tempo pra eu convence-los que nao sou nem da Bolivia e nem do Mexico, acreditem) a primeira reacao e’ um sorriso com todos os dentes pra fora e nao-raro frases como: … voce e’ brasileiro? Caraca, que legal. Brasileiros sao muito gente boa… ou entao… Brasil? Uau, Best football of the world, Ronaldo, Ronaldinho, Adriano, Carlos (aqui eles nao falam roberto carlos, falam so carlos, engracado, ne?)… ou .. Brasil? Hum, very hot girls!!!… ou ate… Brasil? Caraca!! E’ verdade que la voces conseguem ficar bebados gastando apenas 1 dolar?

nota do tradutor: a galera aqui na australia tem um certo trabalho pra poder ficar bebado, pois, aqui, todas as drogas licitas sao taxadas ao absurdo pra ninguem comprar. Um maco de cigarro (do normal, gente, do normal) custa inacreditaveis 10 DOLARES!!! E as bebidas alcoolicas sao taxadas proporcionalmente ao seu teor alcoolico, quanto mais alcool, mais caro. O que faz um copo de cerveja ser cobrado inacreditaveis 5 DOLARES em uma boate e uma garrafa de vodka ou cachaca (e’, aqui vende cachaca) custar quase 40 dolares. Por isso que quando os caras ouvem falar que uma garrafa de cachaca custa 3 reais, ou um dolar americano, os caras ficam pirados.

Grande parte dos empregos que eu consegui, contou bastante o fato de eu ser brasileiro, pois a galera sabe que os povo brasileiro e’ um povo amavel e sempre bem humorado. A “marca Brasil” e’ uma marca muito forte. Qualquer produto que brasileiro que carregue uma bandeira brasileira ou o nome Brasil junto e’ um produto que vende bastante, por isso as havaianas com bandeira brasileira vendem mais que farinha no maranhao, por isso que a 51 ou a Pitu (aqui vende PITU!!!) tem uma bandeirinha brasileira, ate jucara (o nome e’ Jucara, o pais inteiro fala Acai, mas o certo e’ Jucara!) esta comecando a ser vendido aqui e claro, com o nome PRODUTO BRASILEIRO. Sabe por que? Porque todo mundo que ser brasileiro, todo mundo paga pau pro nosso povo e pro nosso pais (caraca, tou comecando a arrepiar). Serio, o unico cara ate hoje que eu vi odiar brasileiro, foi um australiano, que apelidamos carinhosamente de Shrek. O pobrezinho queria de qualquer jeito pegar uma brasileira e ela beijava todos os brasucas, menos o pobre do Shrek, so assim pra odiar a gente. Tou dizendo isso tudo, porque fiquei muito puto com o que a imprensa transformou este episodio, todo mundo com medo da australia, achando que aqui a galera inteira quer matar a gente. Essa historia ta muito mal contada, aqui nao tem muito disso de voce ta no meio da rua e o cara perguntar: Ei que horas sao? – Voce nao responde e ele te espanca ate a morte. Esse cara deve ter arrumado alguma treta com esses bichos, deve ter tido algum desentendimento, ou pode ate mesmo ter negado um cigarro, mas de um jeito rispido ou querendo se aparecer pra namorada (que nem o frango que quis arrumar treta com o Edu e quase vira frango xadrez). Os riots (a galera se matando no meio das ruas aqui na Australia) aconteceram a quase 1000 KILOMETROS da cidade que esse cara pegou esse sacode e foram contra LIBANESES querendo brincar de malandro, nao tem nada a ver com esse brasuca. Eu sei que nada justifica bater no cara daquele jeito, mas tambem nada justifica fazer esse escarceu todo, fazendo maes de amigos meus ligarem aos prantos DESESPERADAS (minha mae nao me ligou porque nao tem meu telefone, mas poxa, podia ao menos mandar um mail, ne senhorita Irene?) pros filhos aqui na Australia, preocupadas com o que poderia vim a acontecer com seus pimpolhos. Arf, odeio imprensa. Fica ai o desabafo…

Agora sobre o novo trampo que consegui…
Esses dias eu vinha pensando… rapaz… essa vida ingrata que só me pega por trás…

Esta última semana que passou tivemos sete dias como 

sempre (dããã!!), mas pelamordedeus, o que foi aquilo? Eu nunca tinha visto nuvens no céu, desde quando cheguei aqui em Sydney. O tempo sempre era ou 8 ou 80, isto é, ou tava muito quente ou tava muito frio. Mas o que foi essa semana? Tivemos CINCO DIAS de nuvens, nuvens e nuvens no céu e dois dias daquela temperatura perfeita pra se poder ir pra praia. Adivinha quais foram os dias que a Pinnacle me chamou pra trabalhar? Claro, na sexta e sábado que FAZIA SOL!!!



Não lembro com quem eu falava, mas um certo amigo me falou que não me entende, eu reclamo quando eu não tenho trabalho e agora ando reclamando por ter que trabalhar. Há um certo ponto de verdade nisso, mas é que no final acaba enchendo o saco. Pelamordedeus!!! Como estou, novamente, sem emprego, aceitei o shift da Pinnacle pra trabalhar numa cozinha de um restaurante em Coogee, uma praia aqui perto. Nada de estranho, restaurante limpo, garçons sempre sorrindo, mesas brilhando, pessoas bem vestidas, super satisfeitas, comendo do lado de fora, um indiano fedorento mandando eu fazer as coisas mais rapido e eu lá dentro da cozinha, vendo as baratas passearem por cima dos pratos e tentando mata-las com a vassoura. Já soltei essa piada, mas como o blog sempre congrega novos adeptos, volto a repetir, esses dias me convenci que mulher é que nem comida de restaurante, se você conhecer o seu passado, você realmente não come. Meu deus do céu, como causa uma tristeza isso, restaurante cinco estrelas mais sujo que o meu quarto. Mas vamos voltando.

E o local de trabalho? D

E FRENTE PRA PRAIA!!! É muita maldade com a gente mesmo!! Pra que diabos os caras vão construir um restaurante de frente pra praia? Putzgrila, não satisfeitos os nossos amigos ainda colocaram umas janelinha pelo corredores, então toda vez que eu tenho que sair de uma cozinha e correr pra outra eu dou de cara com aquela praiona e a galera se divertindo.. nuss… mas na hora que eu passo e eu olho aquela galera se divertindo na praia e eu me matando de trabalhar dá uma vontade de querer ver aparecer uma tsunami e matar esses miseráveis tudinho afogado!!!! O trampo (caraca, tou falando que nem paulistano já, trampo = trabalho) foi até sossegado, mas uma vez um chef chinês enchendo o saco e o indiano mandando eu lavar mais rápido.


Assim que cheguei aqui em Sydney, quando eu pegava uns shifts pra trabalhar 5 horas seguidas sem parar eu só faltava morrer. – Deus do céu, será se eu aguento? – eu me perguntava. A hora andava mais devagar que o Rubens Barrichelo. Hoje em dia que já desfruto o calor por conhecer o frio, 5 horas pra mim passam voando, eu nem bem percebo e já acabou o shift e lá tou eu indo pra casa com mais algums dólares no bolso. Pois é, os shifts que me passaram pra trabalhar no hotel foram de cinco horas e apesar do indiano ficar torrando a minha paciência passaram bem rápidos. Quando a coisa começou a ficar mais sossegada o indiano falou pra eu pegar um break (intervalo) de meia hora, pra poder dar uma descansada. Eu nunca gostei tanto de breaks, pelo fato de que os mesmos fazem você perder dinheiro (já que você trabalha meia hora a menos), mas sussa, só perguntei aonde era o staff room (sala da galera que trabalha lá) e desci pra aproveitar o meu break. Meu deus, o que era aquilo? O staff room parecia um parque de diversões. Primeiro que eu entro e já tinha uma mesa LOTADA de comida! Sabe aquelas mesinhas de self-service? Que você vai só se servindo? Tem um recipiente com arroz, outro com feijão, outro com aquele mocotó fedorento e etc.. Esse mesmo. Eu só pensei, QUE PORRA É ESSA?? Já peguei meu prato e comecei a ficar mais feliz que cachorro de madame, abro a geladeira o que eu vejo? Suco, BOLO DE CHOCOLATE CONFEITADO, iorgute, frutas… Quando eu já estava quase pirando ao ver isso tudo, veio o golpe final. FREE SODA!!!

Refrigerante de GRAÇA!!!! Coca-Cola, Limonada e outras variantes!! EU NÃO QUERO SAIR DESSA SALA NUNCA MAIS!! Ainda mais que na sala além de tudo ainda tinha um computador com acesso a internet pros funcionários. O que eu mais precisava? Comida pra cacete, refrigerante de graça e internet pra usar. Preciso de mais o que? De mulher? Claro que não! Quando fazia computação aprendi um grito que era assim: Mulher pra que, Mulher pra que? SE EU TENHO O MEU PC??? Como aquelas meia hora passaram rápido. Depois de terminar o meu break, voltei a trabalhar e, claro, depois de terminado o meu shift, volto pro staff room doido pra encher a pança novamente. Quando cheguei lá, notei que não havia mais comida, pois já era mais de meia noite e os caras resolveram tirá-la de lá. Mas em compensação tinha PÃO, PRESUNTO, QUEIJO, ALFACE, TOMATE, PIMENTÃO, MOLHO TÁRTARO… Não precisa dizer que mais uma vez eu comi mais que uma família de elefantes esfomeados. Agora faço assim, como antes de começar a trabalhar, como na hora do break e, claro, como ninguém é de ferro, como na hora de ir embora. Como (quantos “como” uhaeuhaueh) eu adoro esse trampo!!!


Dois dias depois, quando eu menos me espanto, liga a Pinnacle de novo: Hello Claudio, do you want to work more days at Cronwee Plaza? Eu só digo!! SURE!!! Caraca.. a mulher de uma vez só, marcou pra eu ir trabalhar lá na quinta, na sexta, no sábado e no domingo, vou ganhar uma grana que, se eu não arrumar trampo depois, eu consigo me sustentar tranquilamente por mais um mês.. uhauehauhaeuhae… Depois de um e-mail depressivo como aquele último, nada como um e-mail motivado como este, mas como a minha vida parece um gráfico de seno ou cosseno, uns dias eu tou lá embaixo, outros já tou lá em cima, é muito provável que o próximo blog eu já esteja chorando de novo.. uhauauh.. apesar de eu achar meio difícil já que a mulher ligou perguntando se eu não queria marcar um shift pra segunda feira!!! UUUHHHUUUuuhhuuu Vamos lá!!!

ah so… o grande amigo modesto pediu pra eu mandar um abraco pra ele… uhaeuhauehaeh… vou mandando, mas vou logo dizendo que tem que chamar uns quatro pra me ajudar a abracar, ja que o bicho esses dias ta IMENSO!!!

abracos maranhenses

A paloscada vai a Sydney

Como prometido agora vamos comentar sobre as semanas em que a “Paloscada vai à Sydney”

Momentos depois de chegarmos aqui em Sydney, Macarrão (o meu fiel escudeiro), me falou que fazia parte dos planos dos Paloschi (sobrenome da família dele), aportar aqui em Sydney por uma temporada na Austrália e desde o início o pobrezinho tava procurando maneiras de conseguir alojar todo mundo (Helena Mãe, Lauro Pai, Matias irmão mais novo e Luísa Paloschi namorada) sem ter que pagar hotel. Combinamos então que quando os mesmos chegassem, eu saíria do meu quarto por duas semanas e o Jonas alojaria alguém lá, arrumando assim uma vaga para uma pessoa, só faltando lugar pra alojar mais três. Depois de semanas e semanas que o nosso amigo Jonas ficou mais aperriado que Perú em véspera de Natal, acabou que o fim de sua epopéia teve um final feliz. O nosso herói conseguiu alugar um quarto em outro apartamento que fica no mesmo bloco, indo para lá com a Luísa e colocou pai, mãe e Matias no nosso antigo quarto. Tudo estava feliz e belo, só com um detalhe no final. Aonde Claudiomarzinho vai ficar? Depois de alguns momentos de discussão, Jonas revelou que havia uma vaga no apartamento que ele ia ficar com a Luísa, mas que eu teria que dormir na sala. Como nesses dias sem emprego, o dinheiro começou a encurtar, comecei a perceber que seria uma boa já que o Jonas se comprometeu a pagar as duas semanas que eu ficaria na sala. Aceitei e no final tudo acabou feliz.

O nosso “novo” apartamento até que é legal. Tem um japonês que de cinco em cinco minutos sai do quarto, dá uma volta na sala, uma volta na cozinha, olha pra mim e volta pro quarto no melhor estilo “I see dead people” e um indiano que, como quase todos indianos que eu conheci aqui, fede mais que um porco todo cagado. A parte legal é quando esses bichos resolvem cozinhar, a casa vira um inferno. A Luísa algumas vezes já teve que falar pro japonês tirar a comida do fogo senão ele ia acabar queimando a mesma e o indiano quando resolve cozinhar empesta a casa inteira com um cheiro insuportável de gordura. Mais engraçado ainda é o indiano comendo. Por que usar talheres se você nasceu com dez dedos na mão? Caraca, o bicho enfia a mão dentro da panela de arroz, pega um bolo de arroz na panela, joga dentro do prato, enfia a mão dentro de outra panela com algum ensopado, pega o molho com a mão em concha, mistura tudo no prato, enfia o dedo no nariz (claro que não, né? Foi só pra ilustrar, uhaeuheauhea) e começa a comer. Meu deus do céu, que cena dos infernos é aquele cara comendo. Ainda bem que dentro de casa só existem dois seres no mínimo exóticos, o resto sou eu, a luís(z)a e o Jonas.

Mas voltando à “Paloscada em férias”. Tou curtindo bastante a estadia deles. Toda noite batemos um papo, vez ou outra sempre rola um “boquinha grátis” e ainda por cima, às vezes, pego o ticket de busão emprestado, (é ilimitado sendo possível usar quantas vezes quiser por uma semana inteira). Já o pobre do Jonas… Coitado, o menino tá sequinho. Tá andando o dia inteiro com todo mundo, visitando tudo que é lugar aqui por Sydney. A galera chega em casa lá pelas seis da tarde e tá todo mundo morto, sem conseguir mais fazer nada.

Mas a notícia principal é: Eu ACHAVA que ENFIM havia conseguido um emprego fixo. Estava claudiomarzinho, desenperançoso e triste na internet, mandando currículo pra deus e o mundo, quando, eu menos espero, um cara me ligou me convidando pra uma entrevista no outro dia pra trabalhar em uma boate daqui de Sydney. No outro dia, desci pra lá mais feliz que puta em dia de pagamento de quartel e começamos a entrevista. O cara na hora que viu meu currículo já começou: – Putz, cê é brasileiro, que legal! Nós adoramos brasileiros, eles são bem divertidos e adoram trabalhar. Certeza que você vai trabalhar pra mim e talz, aparece amanhã que você já começa… Nossa, mas pense num menino que ficou feliz!! Pronto, só pensei, vou correr AGORA pra escola e vou fazer um “blog extraordinário” no melhor estilo pan pan pan pan pan pan pan PAN!! Plantão Globo!!! Claudiomar ENFIM CONSEGUE EMPREGO FIXO!! Depois de um tempo a prudência falou mais alto e resolvi esperar pra deixar pra escrever só na outra semana mesmo. Fui chamado pra trampar na sexta e descobri que o trabalho seria de Glassier.

Nota do tradutor: Glassier vem do inglês Glass, que significa copo. O Glassier é o rapaz responsável por catar os copos na balada. A galera pega o seu copinho de cerveja, refri e adjacências e vai largando nos lugares mais criativos possíveis, tais quais o chão, em cima das cadeiras, embaixo das mesas, dentro dos vasos e etc… E claro, o pobre Glassier tem que ficar pegando os copos em todo canto adivinhando aonde os miseráveis enfiaram os copos.

Pois é, o trampo até que é sossegado. Não tem ninguém gritando no seu ouvido, você não fica molhado e nem tem que ir rápido, sem falar que você fica o tempo inteiro andando passeando pela balada e pode curtir um pouco do som também. PERFEITO. Quando cheguei o cidadão foi me explicando tudo: copo fica aqui, lavadora de copo ali, aqui fica a vassoura e talz. E depois de alguns minutos eu já estava lá, trabalhando, pegando copos em todos os cantos. O mais legal foi que, no decorrer do trabalho, eu fui aprendendo mais sobre o comportamento feminino. Algumas mulheres
tem fantasias sexuais com bombeiros, outras no estilo mais “me-pega-de-jeito” tem fantasias sexuais com mecânicos, algumas muitas têm fantasias sexuais com maranhenses baixinhos e troncudos e nesse trampo eu fui descobrir que existem VÁRIAS mulheres que tem fantasias sexuais com Glassiers. Rapaz, que aperreio eu passei nessa balada. Como era meu primeiro dia, eu teria que me comportar exemplarmente, então imagina como eu fiquei. Diria que eu fiquei que nem cachorro olhando frango de padaria. Era eu andando com uma pilha de copos quase do meu tamanho e a mulherada bêbada e INSANA! Uma hora eu passei e uma mulher me puxou porque queria de qualquer jeito “dançar” comigo, outra hora eu tava andando e senti uma mão, digamos, boba no meu traseiro, fora as incontáveis mulheres que ficavam me encarando quase que furando os meus olhos e eu lá, claro, me comportando direitinho. Já os outros Glassiers… Os caras não tavam nem aí, os bichos tavam era CAUSANDO!!! A mulher puxava o bicho, ele dava um jeito de se esconder e ficava conversando com a mulé, outra hora eu entrei na nossa salinha pra poder botar os copos pra lavar e tinha um Glassier escrevendo em VÁRIOS cartãozinhos o seu telefone pra sair dando pra mulherada. Meu deus do céu, como eu tava adorando aquele trampo. Na hora de receber o cidadão só me informou as cifras de quantos eu iria receber (17 dólares por hora em dia de semana, 20 no sábado e INACREDITÁVEIS 25 DÓLARES NO DOMINGO) e falou que ia me ligar na segunda pra eu poder trabalhar pra ele. Depois que terminei o trampo eu saí feliz, mas MUITO FELIZ e voltei pra casa.

Com um trampo desse na mão, eu claro, fiquei felizaço e não queria mais nem saber de trabalhar de DishWasher novamente. Fiquei só esperando o cara me chamar pra trabalhar. Quando é na segunda a Pinacle (a agência de emprego que eu tava trabalhando) me chamou pra trabalhar de Dishwasher e claro, eu recusei prontamente. Me ligaram de novo pra eu poder trabalhar na quarta feira e eu recusei MAIS UMA VEZ. Tava recusando, claro, porque eu estava só esperando o nosso amigo do Glassier, me ligar pra eu poder voltar a trabalhar pra ele. Passou segunda e nada do cara ligar, passou terça, quando foi na quarta comecei a ficar preocupado e resolvi ligar pro nosso amigo pra saber o que estava acontecendo. Claro, como a minha onda de azar ainda não saiu de mim, só recebo a notícia: Infelizmente apareceram outros caras aqui mais experientes e tive que contratá-los e infelizmente não vou precisar de você pra trabalhar pra mim novamente. E mais uma vez volto à minha vida de procurar emprego. Fazer o que?

agora vou saindo que vou bater na porta de uns restaurantes, é hora de procurar trampo, espero que no próximo blog eu tenha notícias mais otimistas…

abraços maranhenses

Perú da discórdia e ilustre dee jay desconhecido

Tens dias que parecem que foram feitos para dar errado. Anteontem (3 de janeiro é pra ficar na história) foi um dia que ilustrou perfeitamente o que eu quero dizer.

No dia 3 de janeiro, depois de olhar orkut, e-mail, meu flogao e etc… Abri o Notepad disposto a escrever o blog dessa semana, só que dessa vez num dia só. Não deu outra. Comecei a escrever loucamente sobre como foi o meu Natal e como foi o meu ano novo aqui em Sydney. Linhas e linhas de histórias loucas, “chapéis de otário é marreta” e etc.. Depois de aproximadamente uma hora e meia escrevendo meu blog o que acontece? Tchhuuuuuffff!!! FALTOU LUZ!!!!!! E o melhor, por eu estar escrevendo no Notepad E NÃO NO WORD (que tem auto-save) perdi TUDO O QUE HAVIA ESCRITO!!! Confesso que fiquei muito injuriado na hora que isso aconteceu, muito PUTO mesmo, pois, querendo ou não, eu tinha acabado de jogar uma hora e meia da minha vida fora. Não aguentando de raiva, resolvi que seria melhor dar uma desestressada antes de começar a bater nas portas do restaurantes à procura de emprego e, nada melhor pra desestressar, do que dar aquela passada no FLIPER!! Fui lá e só pensei: Quer saber? Tou de saco cheio. Hoje não vou gastar só 2 dólares como de costume, hoje eu vou gastar é 5 dólares no Fliper!!! Tirei as minhas coisas, coloquei tudo no chão e mandei ver na metralhadora. Depois de mandar vários e vários terroristas para o inferno, me encontrava mais calmo e resolvi que seria uma boa se eu descesse para as agências de viagem e desse uma olhada nas tarifas das passagens pra Perth (uma cidade daqui da Austrália que tou pensando em visitar). Passei em umas 3 e depois de me deparar com alguns preços salgados resolvi deixar a idéia de lado e começar a procurar emprego. No caminho resolvi parar para comer um salgadinho e quando coloco a mão no bolso vem aquela pergunta: AONDE DIABOS ESTÁ MINHA CARTEIRA? Caraca, começou a bater o mesmo desespero que bateu em mim, na mesma época do ano passado, no mesmo mês de janeiro, só que em 2005 em Porto Alegre naquele maldito Fórum Mundial Social. Voltei e passei em TODAS as agências de viagem que eu havia visitado e minha carteira não estava lá. Voltei na escola e minha carteira não tava. Quando começou a bater o desespero lembrei de voltar lá no fliper pra procurar minha carteira. Quando cheguei fui logo perguntando pro carinha das fichas se ele tinha visto a minha carteira. Qual não é a minha surpresa quando o cidadão a tira do balcão, confere minhas fotos e a me entrega de volta. Quando fui conferir o que tinha dentro, claro, o miserável que achou minha carteira e devolveu pro balconista, se deu ao trabalho de antes de devolver a mesma levar de gorjeta os meus trinta dólares em notas e, sem piedade nenhuma, ainda abriu a minha bolsinha de moedas e fez o favor de levar os meus DOIS E TRINTA E CINCO CENTAVOS DE DÓLARES EM MOEDA!!! Tá pra nascer um ser mais miserável que esse!! Putz, depois de ficar mais aliviado que pelo menos minha carteira já se encontrava novamente comigo e todos meus cartões de banco também, resolvi que não teria hora melhor pra procurar emprego. Entrei no primeiro pub que eu vi e perguntei pro primeiro cara que trabalhava lá se os bichos tavam precisando de alguém pra trabalhar. O cara só começou a perguntar: Tem tax file number? Sim, Tem RSA (certificado emitido pelo governo, obrigatório a quem quer vender bebidas alcóolicas, custa módicos 70 dólares)? Sim, Fala Inglês? Sim. O cara abriu o sorrisão e falou: Então espera cinco minutinhos aí que a gerente já vem pra falar contigo, temos emprego pra você. Eita, mas que eu fiquei muito feliz nessa hora!! EMPREGO!! JOB!! WORK!!! Vou voltar a trabalhar!!! Eu fiquei lá esperando, mais ansioso que anão em comício. Passa dez minutos, quinze.. vinte.. meia hora… 45 minutos.. UMA HORA DEPOIS aparece a gerente com cara de bosta e fala: Desculpe, não temos emprego pra você. Caraca, depois dessa eu só botei a mão na cabeça em sinal de desespero e voltei logo pra casa, disposto a dormir BEM CEDO pra poder esquecer este dia. Pense num dia que deu tudo errado? Arf…

Mas beleza, agora vamos falar de como foi o nosso Natal. Vários amigos me convidaram pra várias ceias diferentes, depois de avaliar as mais diversas casas onde aconteceriam os jantares (é cara, eu sou pop mesmo. Comigo é assim, cada sorriso, um flash!) acabei optando por passar o natal na casa do Neto, Grazi, Fred e Fernanda. Dentre os fatores que me levaram a esta escolha, estava o fato da casa ser a que a teria a maior concentração de nordestinos e também a maior concentração de pessoas que iriam falar inglês (2 estrangeiros pra 20 brasileiros). Foi muito legal, a galera super gente boa, dançamos Ivete a noite inteira (tá, eu tenho esse meu lado negro), comi MUITO!! Nossa, mas eu parecia um cupim comendo, não parava de mastigar e ainda troquei uma idéia massa em inglês com o brother holandês que se encontrava no jantar. Acho que a melhor parte do jantar foi a hora que começaram a servir e eu senti falta do nosso peru (sem trocadilhos, por gentileza) de Natal, resolvi perguntar ao Neto o que tinha acontecido e ouvi um dos fatos mais engraçados da noite. Ouvi o Neto me contar como havia caído no GOOLPPE DO PERU!!! Netão, feliz da vida, esses dias resolveu sair em busca de um Peru (eu disse SEM TROCADILHOS!!) pra poder levar para a nossa ceia de Natal, eis que o cidadão descobriu um local que vendia Peru temperado e tudo, pronto pra colocar no forno e servir no Natal. Chegando lá, o nosso amigo Baiano entra na loja e é avisado pelo nosso atendente que não havia mais Perus pra vender, mas que, se Neto deixasse 10 dólares na mão dele como “reserva” pra quando chegasse o Peru, Neto só teria que pagar uns 40 dólares a mais e partir pro abraço. O que aconteceu? Neto doido pra meter a mão no Peru (tá, desculpa, eu não resisti!) deu os benditos 10 dólares pro cara. Quando foi dois dias depois pra buscar o Peru de volta o que aconteceu? Loja fechada e nada do pobre do Neto ver o nosso Peru (nossa, tenho que tomar cuidado quando escrever), resultado.. GOLPE DO PERÚ!! Custou 0,05 centavos de dólares a mais para cada um e acabamos comendo strogonofe, que por sinal estava delicioso, mas apesar de tudo, a máxima chapéu de otário É MARRETA!! Se fez presente novamente. Se alguém da casa da Fernanda, Graziela, Neto e Fred estiver lendo isso aqui, fica aqui os meus sinceros agradecimentos pela ceia de Natal

NOSSA!!! Uma hora escrevendo, peraí que eu vou salvar…

Voltando… Agora a melhor de todas. O bom do Natal é que o mesmo é uma festa de final de ano em que você reúne pai, mãe, tio, irmão, periquito, cachorro, papagaio… e todo mundo se abraça, chora e comemora bastante por estar junto. O ano novo já é algo diferente, você reúne os seus piores amigos, os mais crápulas, as suas amigas mais piriguetes e sai em desvairada farreando e se divertindo pra começar BEEEM legal o próximo ano. Pois é, aqui tínhamos o agravante que estávamos em Sydney e portanto todo mundo queria pirar MUITO no final desse ano. A galera, como não poderia deixar de ser diferente, desde os primeiros dias que pisaram aqui em Sydney já estavam planejando como iriam passar o seu ano novo. Só sei que ficamos tomados por uma empolgação indescritível quando foi noticiado em rede nacional aqui na Austrália que estava confirmado para tocar na praia de Bondi Beach (uma das mais badaladas daqui de Sydney) durante a virada do ano ninguém menos que.. QUE?????? QUEEEM??? FAT BOY SLIM!!!!! Isso, você leu direito!!! Faaatt Booyyy Sliiimm!!!! Fat boy slim iria tocar nas areias de Bondi Beach em plena virada do ano!!! Como dizem os paulistanos: IRRRAAAADOOOOOO!!!!!

Nota do tradutor: Se você fez essa cara de “quem diabos É ESTE CORNO?” quando noticiei em letras garrafais que FAT BOY SLIM vinha tocar aqui no final do ano, saiba que esta foi a mesma cara que eu fiz quando todo mundo me falava, empolgadíssimo, que ele iria tocar na virada. QUEM DIABOS É FAT BOY SLIM?? Eu me perguntava. Confesso que nunca tinha ouvido falar em tão grande figura, mas, apesar de nunca ter ouvido falar desse infeliz (inclusive dei uma checada no google e o máximo que descobri sobre o mesmo foi que ele tocou na festa de casamento da Cicarelli e do Ronaldo), comecei a ficar feliz contagiado pela empolgação da galera.

Só que havia um problema, um show desta magnitude não ia custar tão barato, mas para passar o ano novo com todos os meus amigos eu estava disposto a até fazer um esforço. Mas quando saiu o preço da entrada eu até me assustei!! 106 DÓLARES (algo como uns 180 reais) NO SECO!!!!

Nota do tradutor para as pessoas mais velhas e para a senhorita Irene: A turma jovem costuma falar que vamos pagar uma certa quantia, geralmente absurda, NO SECO!!! quando a entrada de uma festa tem um preço que, usando o jargão da Dona Florinda, custa os olhos da cara e nesta quantia, que custa o olhos da cara, só está incluso o acesso ao local, logo, se você quiser tomar uma reles água ou comprar algo pra comer, terá que desembolsar uma quantia mais exorbitante ainda.

Pois é, o show custaria 106 dólares NO SECO!!!! Nessa hora eu só pensei.. Primeiro: Minha mãe é uma bela senhora malhada e não uma égua, segundo: meu pai não é lá tão bonito, mas não é ladrão e terceiro: Eu sou resultado de uma mistura de paraibano com maranhense e não um mix de burro com jumento pra poder pagar 106 DÓLARES NO SECO!!!! Mais eu não pago 180 reais por uma festa nem que ressucitem o Raul Seixas, o Cazuza, o Luiz Gonzaga, o Renato Russo e os coloquem pra fazer um “Claudiomar in Concert” na praia do Calhau em São Luís (que por sinal é muito mais bonita que qualquer praia do mundo)!! Pois é, depois de vários amigos tentarem me convencer inutilmente a ir, percebi que talvez iria passar o ano novo sozinho. Pra piorar mais ainda, descobri posteriormente que os brothers não conseguiram pagar 106 dólares no ingresso, já que a primeira remessa se esgotou em menos de uma hora, logo todos tiveram que pagar 136 DÓLARES NO SECO!!!!, Valor da segunda remessa. Isso porque eu ainda lembro do Yves tentando me convencer e vendo se eu não mudava de idéia e comprava um ingresso da última remessa que estava custando, módicos, 250 dólares. Ah sim, ia esquecendo.. NO SECO!! Intervalo pra poder salvar… rapidinho… tá salvo, vamo continuar…


Pois é.. Como não podia ser diferente, a cada dia que passava e o ano novo se aproximava comecei a perceber que eu estava correndo o sério risco de ter que passar o meu ano novo sozinho. E não deu outra. Quando foi no dia 31 de dezembro, comecei a perceber que praticamente TODOS, mas TODOS os meus amigos iriam para este maldito show e eu estava condenado a ir para a Ópera House sozinho. Pra melhorar ainda mais o Penny (chinês que mora comigo), me alertou que, devido ao grande fluxo de turistas na véspera do ano novo em Sydney, eu só iria conseguir espaço para ver os fogos da Opera House se fosse cedo, mas MUITO cedo pra lá. Ele me falou que ano passado ele foi pra lá UMA DA TARDE e quase não conseguiu ver nada de tanta gente que tinha lá esperando os fogos da MEIA NOITE!! Só pra vocês terem uma idéia, eu dei uma chegada no Botany Park (que fica ao lado do local dos fogos) dois dias antes e já haviam pessoas acampadas esperando os fogos. A coisa tava feia mesmo. Tudo bem, o que é um peido para quem se encontra cagado? No sábado do ano novo, resolvi descer pra Ópera House às 15:00 pra ver como estava lá, se estivesse muito cheio eu ia pra casa e nem voltava mais, se estivesse vazio, eu voltava em casa, pegava minhas coisas e ficava lá acampado esperando começar. Qual não foi a minha surpresa ao notar que às 16:00 os arredores da Ópera House estavam quase que VAZIOS!! Só uns gatos pingados acampados esperando pelos fogos. Putz, fiquei felizaço e comecei a procurar a saída da Ópera House pra poder voltar pra casa, pegar as minhas coisas e voltar para lá para esperar os fogos. Quando eu tava indo embora, do nada, eu encontro um conhecido indo em direção à Opera house, fui conversar com o sujeito e descobri que ele tava lá com uns amigos DESDE AS DUAS DA TARDE guardando lugar pra ver os fogos. Depois de conversar com ele fui lá pra ver os outros e ficamos trocando uma idéia por mais ou menos meia hora. Como vi que já estava ficando tarde, resolvi ir logo pra casa pegar minhas coisas pra poder voltar pra lá. Me despedi dos caras e me foi solicitado que eu trouxesse de casa um baralho para podermos jogar um truco enquanto aguardávamos os fogos. Saí correndo em direção a primeira parada de ônibus e qual não é a minha surpresa ao descobrir que TODOS os ônibus iriam parar de circular às 16:30. Detalhe importante: ERAM JOGADOS, REDONDOS, 5 DA TARDE!!! Ai que reiva que deu na hora!! O jeito foi descer pra casa andando, ou melhor, correndo. Corri em casa, peguei uma calça e uma camiseta (pois depois dos fogos íamos descer pra alguma balada), o baralho e voltei pra lá. Agora vamos parar para explicar algumas coisitas mais.

Depois que o honorável ministro da Justiça australiano declarou em rede nacional para a Austrália e o Mundo inteiro que um ataque terrorista na Austrália seria inevitável (a Austrália tem tropas no Iraque e não pretende tirar de lá tão cedo), os australianos agora tem mais medo de atentado terrorista do que indiano tem medo de banho. Pois é, e esta é uma das explicações de porque a Ópera House estava tão vazia: O medo de um atentado terrorista. Mas como a galera aqui não brinca quando a relação é segurança a cada 100 metros que você andava em Circular Quay, ponto turístico de Sydney onde se encontra a Ópera House, você tinha que parar para que os guardinhas abrissem sua bolsa e procurassem por sinal de bombas ou alcóol (que não era permitido). A coisa tava feia mesmo.

O mais engraçado foi que, depois de passar por milhares de barricadas, quando reencontro os bichos na Ópera House, vejo que tinha uma galera que tava mais ligada que celular de preso. E claro, quando eu olhei que aquela galera PINGUÇA se encontrava com várias garrafas de dois litros de Coca-Cola eu comecei a estranhar. Quando abri a primeira Coca e senti o cheiro vi logo o que era. Os safados compraram 2 litros de Vodka, 6 litros de refrigerante e só saíram misturando e colocando de volta na garrafa de Coca, na hora que os guardinhas abríam a mochila, eles só olhavam a garrafa, mas não cheiravam. Resultado, alcóol de graça pra noite inteira. Quando olhei no relógio vi que ainda eram 18:30. Depois de meia hora jogando truco com os bichos começou a bater uma tristeza indescrítivel. Eu tava lá, ia passar um dos melhores ano-novo da minha vida, SOZINHO. Todos os meus amigos, brasileiros e estrangeiros, iam passar o ano-novo no show daquele CORNO, o Jonas ia chegar muito tarde e não ia conseguir ter acesso ao local da Ópera House que eu estava, pois já tava lotando e ninguém mais tava entrando e eu ia ter que passar o ano-novo com aqueles caras, que, arf… os bichos eram muito chato, enjoado mesmo. Só falavam merda e ficavam querendo tirar onda pelo fato de eu ser maranhense, o que, se é uma pessoa que não tem tanta intimidade comigo, me deixa deveras irritado. Mas depois pensei, ruim com eles, PIOR sem eles, pois pelo menos eu tava jogando truco. Quando não é a minha surpresa, acontece o momento mágico, diria SUBLIME. Meu celular começa a tocar, atendo, reconheço a voz do Yves. Quando eu menos espero, ele só fala: DESCE PRA CÁ PRA CASA QUE TEM UM INGRESSO PRA VOCÊ! Precisei pedir pra ele repetir mais umas três vezes pra eu poder acreditar. – Como assim, cara? Ingresso de 130 dólares, de GRAÇA??? É, vem logo. Rapaz, pense num menino que ficou mais feliz que cachorro de rico?? Caraca, deu uma vontade de, na hora que eu desliguei o celular, virar pros miseráveis que estavam comigo e mandá-los gentilmente tomar naquele local que o sol não bate, mas me limitei a mandar um “falow galera, depois pego o baralho, tou indo”.

Saí voado pra poder pegar o trem e descer pra casa dos bichos. Chegando lá, tava todo mundo me esperando, eu deixei minhas coisas lá: carteira, máquina digital, bolsa e etc.. Só coloquei a Identidade e vinte dólares no bolso, pois, apesar de ter sido de graça, o show ainda era NO SECO!!! Peguei minha pulserinha e desci direto pro show. Ao chegarmos, uma galera entrou pela porta da frente e eu, sem entender porque, entrei pela porta de trás. – Deve ser porque eu sou a estrela do momento, é pra evitar tumulto – eu pensei. Mas não. Quando eu fui ver, na pulserinha que me deram pra entrar tinha escrito “staff” (organização). Depois o Yves foi me contar a história. A Ju (amiga nossa ssuupperrr gente boa, te amo Ju!!) trabalha para o cara que ia controlar o bar do show e ele concedeu pra ela 3 pulserinhas de organização, iguais às que os caras que estavam trabalhando no bar usavam. Ela podia entrar de graça e vender pra quem quiser. No início ela tentou me vender, mas depois ficou com pena de mim e resolveu me dar de presente de Natal. Tá vendo? Ser pop às vezes faz você perder o emprego, mas às vezes faz você ter amigos de bom coração. Ironia do destino foi que no final eles nem conseguiram vender todos, venderam só um e outro se perdeu, dá pra acreditar?

Voltando ao show. Fomos entrando e lá começou a piração. Como este tinha sido um dia pra dar tudo certo (incomum aqui na Austrália), descubro que, além da Ju, o Yves também trabalhava pra esse cara e, o Yves além do ingresso, poderia pegar o que quisesse no bar. Pronto, ingresso de graça no show do Fat Boy Slim e comer e beber o que quisesse a noite inteira, tinha como ser mais perfeito? Tinha, vamos continuando. O show em si pra mim não teve nada demais. A galera pirou o cabeção geral ouvindo o o Fat Boy Slim, ilustre desconhecido pra mim, logo, por não conhecê-lo para mim foi como uma rave qualquer, uma rave aqui ou em São Luís, galera dançando e talz. Foi legal em si porque eu estava com TODOS os meus amigos e a mulherada tava insana. Eu só consegui beijar algumas poucas, mas os amigos mais “rolo compressor” beijaram nas dezenas, sério, a rave parecia carnaval no Maranhão, só que uma concentração consideravelmente menor de mulheres feias e sem dente. E também o show foi legal porque eu só conseguir ver a metade. Não sei porque, mas eles quiseram inovar, se em todo o planeta os caras colocam o palco bem acima da galera, porque nesse a gente não coloca abaixo? Inteligente, né? Assim, os menores, que nasceram pra se ferrar não conseguem ver o show. Pois é, não deu outra, não consegui ver direito o cara tocando, só conseguia ver quando pedia pro Eduardo ou alguém mais forte me colocar nos ombros, mas isso, claro, tinha o pesado preço da reciprocidade. Depois eu tinha que levantar o bicho de volta e aí já viu, né? No outro dia amanheci com os ombros tudo arrebentado. Pois é, no fim do show, foi só sair catando a galera bêbada e jogada na grama. O mais engraçado é que todo mundo resolveu que, na hora de ir embora, iríamos de “maloqueiro”. Rancamos a camisa (depois de 7 kilos mais magro isso deixa de ser problema), tiramos o cinto e saímos andando no meio da rua, parecendo um bando de maloqueiro. E claro, maloqueiro tem que arrumar confusão. Tava todo mundo indo de boa pra casa e o Edu (o maior da galera) tava bêbaço e quem ele via na rua ele mandava: Happy New Year. A gente de saco cheio já foi deixando ele pra trás. Aí, do nada, ele falou “happy new year”, pra um molequinho que tava no meio da rua com a namorada, o moleque, do nada, despirocou e queria por que queria bater no Edu. Mais tava voando as penas do menino pra todo lado. Agora o detalhe mais importante, o moleque era MAGRINHO e não devia ter mais que 1,75 m. Mas ele, querendo se amostrar pra namorada, queria bater no nosso amigo Ogro. Rapaz, mas descemos correndo, 6 machos sem camisa, MALOQUEIROS, pra cima do moleque. Não que tivéssemos com a intenção de espancar, rancar as tripas deles e botar do avesso, mas fomos pra ver o que tava acontecendo e claro, não deixar o Edu matar ele de porrada. Por incrível que pareça, eu tava preocupado era com o que tava “querendo bater”. Rapaz, quando o moleque viu aquela massa de maloqueiros correndo pra cima dele, ele saiu correndo, mas correu numa velocidade, parecia o Rubinho e ainda deixou a namorada dele SOZINHA (!!!) assustada. Deu muita vontade de rir na hora, vendo aquela cena cômica, aquela menina, mais murcha que alface no fundo da geladeira, tremendo de medo. Como eu era o menor (assim ela não poderia achar que eu ia também querer bater nela) resolvi chegar lá e pedir desculpas por ter espantado (?!) o namorado dela e, claro, deixar bem claro que nós só descemos correndo pra poder segurar o Edu. Não aconteceu nada, mas que esses meus 15 minutos de maloqueiro foram engraçados, foram sem dúvida. Mas acha que terminou? Nunca termina, depois descemos pra casa do Yves e companhia e acabou que ficamos curtindo lá até 10 da manhã, hora que fui pra casa pra poder dormir. E esse agora entra como um dos melhores anos novo da minha vida, o ano novo que desci pra um show caríssimo de graça, comi e bebi sem pagar nada e ainda por cima curti pra cacete com os brothers.. uhaeuhaeuhaae

chegando em casa, no outro dia, foi só ter conhecimento que toda a família do Jonas havia chegado, mas isso fica pro próximo post, este já tá muito grande..

obs: galera, dessa vez vai ser sem foto, esqueci a máquina na casa do Yves e não gostaria de ter que atrasar mais ainda o post, por isso, assim que eu pegar, eu apago esse post e reposto com fotos…

abraços maranhenses

obs2: não era pra entrar nesse blog de agora, mas eu tenho que falar.. Caraca… ontem eu vi um filme do ZÉ DO CAIXÃO NA TV!!! Pra ver a história inteira, acessem o flog: http://www.flogao.com.br/claudiotralia

Mais outro emprego diferente e virando playboy

Caraca… mais uma vez dois blogs em uma semana..

Foi malz, galera, mas e’ que esses dias, pra variar, esqueci os arquivos do ultimo blog na escola, e pra ficar melhor ainda, a escola nao abriu na Segunda e nem hoje (terca feira), logo tou tendo que escrever em casa, pedi o notebook do nosso amigo chines emprestado e tou penando um pouco, parte pelo fato do teclado nao ter acento, parte por todas as sessoes das barras de tarefas estarem em mandarim, logo, quando quero mudar alguma coisa, tenho que pedir pro Penny que ta comecando a ficar de saco cheio…
Mas vamos comecar logo o nosso blog..
Caraca… acreditam que eu ainda nao consegui emprego? Eu tou ficando mais agoniado que barata de cabeca pra baixo… Ao contrario das vezes passadas que eu fiquei na pendura, que amigos conseguiram me indicar algo, dessa vez o bicho pegou de vez, tanto pelo fato de eu estar quase 3 semanas sem trabalhar, tanto pelo fato que nada parece surgir num horizonte proximo.. sabe aquela luz no fim do tunel? Pois e’… ela ta BEEMM longe… tou entrando num mato sem cachorro.. Mas beleza, sempre lembrar que esperanca e’ a ultima que morre, mas MORRE!!!
Por estar nessa bela vida de desempregado, comecei a ficar desesperado e ai nao teve outra.. Com pena do meu estado, meu pobre amigo Rodrigo perguntou se eu nao queria substitui-lo no trabalho, ja que ele teria que faltar um dia por ter perdido seu passaporte e ter que ir buscar no consulado brasileiro na terca.. Eu que, esses dias, ando topando tudo, nem pensei duas vezes, so falei VAMO. – Mas Claudiomar, o servico e’ pesado. – Relaxa, velhinho, malhei por 2 anos no Brasil, sou maranhense e entrocado (marrento nem um pouco). Vamos la…O trabalho era muito simples, acordar 5 da manha e fazer entregas com uns amiguinhos deles. A entrega consiste em placas de gesso que posteriormente servirao de parede para casas, ou seja, sao pequenas placas de 4 a 6 metros que pesam, se nao me engano, entre 30 e 50 kilos.. servico mais facil que encontrar barata na nossa casa e ainda ia ganhar 120 dolares em um dia. Negocio da China, digo da Australia, diz ai?

So que omiti um detalhe, nosso amigo rodrigo e’ jogador de Rugby no Brasil, tem 1,80 e malha a quase 3 anos. Apesar disso tudo, adivinha qual e’ o apelido dele no trabalho?? SMALL BRAZILIAN!!! Caraca, o bicho E’ O MENOR DE TODOS QUE TRABALHAM COM ELE!!! DA PRA ACREDITAR? E’, eu tambem nao acreditei de inicio quando ele me falou isso, confesso que levei na brincadeira, mas quando eu entrei no caminhao que ia fazer a entrega, eu confesso que comecei a ficar com medo. Primeiro que o outro parceiro de trabalho do Rodrigo e’ o nosso velho conhecido companheiro Eduardo, aquele de 1,83 e todo inchado que tambem joga Rugby no Brasil e que parece o Brunao em Brasilia (pega todas as mulheres). Rapaz, quando eu entrei no caminhao e vi a crianca que dirigia. O cidadao se chamava Erick, um simpatico NEGAO de aproximadamente 1,95 m de altura e, caramba, sem brincadeira, o braco da crianca devia ser da largura da minha coxa.. O bicho era aquele rapaz que na academia a gente chama de ‘cara egua’, porque quando tu olha pra ele tu fala: “Egua doido, olha o tamanho daquele monstro”. Nota do tradutor, Egua em portugues maranhense e’ uma interjeicao de espanto, surpresa, de sentido parecido com o ‘NNOSSAAA’ paulistano ou o ‘CARACA, VELHO’ brasiliense. Pois e’ o bicho era COISA DO DEMONIO. Eu juro, na hora que o Edu abriu a porta do caminhao e dentro dele adentrou (pleonasmo como figura de linguagem, com o sentido de enfatizar, eu sei que adentrar dentro fica feio..) aquele maranhense 1,63 DE PURA EMOCAO, empilhado de TECIDO ADIPOSO, sendo que a unica coisa que se destacava como grande no meu corpo era a minha cabeca, eu vi que o cidadao nao ficou la tao satisfeito. Rapaz, mas e’ serio, o cidadao so olhou pra mim, soltou um good morning muxoxo e continuou dirigindo. Mas fomos la, pro nosso belo dia de trabalho. Quando eu achava que estava no fundo do poco, Erick me deu uma pa pra eu poder cavar mais fundo. Fomos buscar um outro cidadao, que nao lembro o nome, mas so lembro da monstruosidade que era o bicho. Ele nao era tao alto, talvez fosse da altura do Edu, mas so a batata da perna do bicho deveria, LITERALMENTE, ser do tamanho da minha cabeca (e’ cumpade, era algo ignorante mesmo). So pra voces terem uma ideia, o bicho foi jogador de Rugby da primeira divisao de Sydney e agora se encontra aposentado. Tou falando de jogador de Rugby, nao de jogador de futebol. Jogador de Rugby, meu amigo, so aberracoes podem ser. Entao estava la, o Edu, o negao monstruoso, o nosso ex-jogador de Rubgy e EU!! Nao precisa falar como foi o trabalho, ne? Um total desastre… Pra comeco de conversa, fui selecionado pra ser do time do menorzinho, o pobre negao com o braco do tamanho de minha coxa.. Na hora que eu subi no caminhao pra irmos so nos dois, eu e ele, o bicho so vira pra mim e fala: I got you, man!! Uhuaehuae.. Beleza.. descemos pra uma construcao pra descarregar as placas eu e a criancinha. Chegando la o cara falou: Claudio, nao se preocupa, tudo aqui voce nao tem que fazer muita forca (risada sadica), tudo e’ so tecnica, e’ so esticar o braco desse jeito (o braco do bicho era o dobro do tamanho do meu) e carregar a placa. Easy job. Rapaz… pense num menino que comecou a penar… Primeira placa que eu carreguei ate que foi de boa, na segunda eu ja fui dentro do caminhao para pegar uma luva pra minha mao porque eu nao aguentava mais, na terceira eu ja tava bufando, quando foi na quinta o que o Negao fala pra mim? AGORA VAMOS PEGAR DUAS PLACAS AO MESMO TEMPO? Eu olhei pra ele com aquela cara de: Vem ca, meu filho, TU TA DE SACANAGEM? Eu so mandei, um, “melhor nao, cara”. O cidadao nao ficou muito feliz, mas continuamos so com uma mesmo, cabou que ele pediu ajuda pra uns peoes que tinha na obra e os bichos ajudaram a descarregar. Quando termina, ta eu la, ACABADO de cansado. Pergunto pra ele quantas ainda teremos que descarregar. Qual nao e’ minha surpresa quando descubro que ainda teremos mais 4 PRA DESCARREGAR e aquela tinha sido uma SMALL delivery. 

Rapaz, na hora deu vontade de falar pro bicho me deixar na parada de onibus mais proxima pra eu poder voltar pra casa, mas na hora lembrei da pendura em que estava envolvido e resolvi es

perar o que o dia ainda tinha pra me oferecer. Descemos pra uma outra obra e la nos encontramos com o Eduardo e o jogador de Rugby aposentado e continuamos a descarregar. Depois de passar da primeira fase, a brincadeira ficava mais dificil e, claro, tivemos que aumentar o nivel de dificuldade. Agora, ao inves de apenas pegarmos as placas e leva-las para dentro da casa, tinhamos que passar as placas por uma janela e coloca-las no chao. Ficamos eu e o Edu na parte de dentro e os dois na parte de fora, eles davam a placa e a gente puxava. Rapaz… teve uma hora que o jogador de Rubgy foi passar a placa pra mim, e eu puxei muito rapido, resultado, o sangue explodiu da mao do bicho.. Caraca, foi um corte MUIITTOO fundo. Corte do sangue, sem brincadeira, que comecou foi a PINGAR sangue no chao. Eu fiquei naquele dilema: Ajudar o bicho ou sair correndo com medo dele me encher de cacete? Preferi nenhum dos dois e resolvi ficar de longe, esperando pra ver o que ia ocorrer. Nessas horas a gente comeca a perceber que a raca dos pedreiros e’ uma raca a parte… Ce ta achando que o bicho fez alguma coisa? O cidadao so mandou um FUCK!! Pegou a primeira coisa colante que ele viu pelo caminho, no caso uma FITA CREPE, passou em volta da mao e continuou trabalhando como se nao estivesse jorrando sangue da mao dele. Os bichos so falando.. ei rapa, vamo fazer um curativo.. O cara so mandava um keep going e continuava pegando as placas.. isso e’ so pra voces terem ideia dos trogloditas que eu tava trabalhando.. Depois dessa segunda entrega, descemos pra fazer a terceira entrega… rapaz.. vou te dizer.. essa era pedreira, viu? A gente tinha que deixar as placas no segundo andar. O Erick so encostou o caminhao perto da casa e os bichos ficavam debaixo jogando a placa pra cima e eu e o Erick pegando… Esse foi o melhor de todos. Como o local era apertado, ficava dificil largar as placas no chao, logo o que aconteceu? Sem brincadeira, de todas as placas que nos entregamos eu devo ter quebrado quase a metade (as placas sao pesadas, mas sao finas, com 30 mm de espessura e uns 4 metros de comprimento). Na hora que a placa saia da minha mao e que caia no chao eu so via o desespero do pobre do Erick. Seria comico se nao fosse tragico a onomatopeia do servico, a placa saia da minha mao PLECK!!!! Depois do pleck so vinha o JESUS!!! do pobre do Erick… Eu so via a cara de desespero e arrependimento do cidadao toda vez que uma placa se partia no meio. Depois da terceira e mais desastrosa entrega, AINDA TINHAMOS A QUARTA!!! Fomos pra outra casa, mesmo jeito da outra, dois embaixo, jogam a placa pra cima, a gente pegava em cima e levava pra dentro. So que dessa vez eu nao quebrei nenhuma placa, fiquei ate um pouco orgulhoso de mim mesmo.

Essa foi a nossa ultima entrega do dia. Como voces sao leitores atentos, eu tenho certeza que voces notaram que eu falei que iriamos descarregar CINCO e nao quatro vezes. Pois e’, por causa que o papai aqui nao aguentou muito o servico, o pobre do Erick (que e’ o chefao mor da galera), teve que se conformar com varias placas quebradas e uma entrega a menos no dia, desnecessario explicitar que no outro dia ele so mandou um NUNCA MAIS TRAZ ESSE CARA NOVAMENTE pros nossos amigos Eduardo e Rodrigo “small brazilian”. Confesso que fiquei um pouco triste, pois, mesmo sabendo que eu nao ia aguentar de qualquer jeito, querendo ou nao esse foi mais um trampo que eu so fiz merda. Pelo menos consegui os meus suados 120 dolares no final da semana. Isso e’ pra parar de querer ser marrento..
Agora.. esses dias aconteceu algo na minha vida que me envergonho ate hoje. Apesar de voces estarem pensando isso, nao foi dessa vez que o Chines, que anda cheio de frescura pro meu lado, me pegou por tras… Meu lacre ainda continua aqui atras e nao vai sair daqui tao cedo. Eu tou falando que me envergonho porque dias desses eu virei playboy.


Tudo comecou quando fui convidado por uns amigos meus pra darmos uma chegada nas lojas outlets (algo como ponta de estoque) da Nike e da Puma. Essas lojas, sao lojas afastadas do centro da cidade, mas que sao onde os bichos colocam as pecas de roupas que sobram no estoque, logo elas vem com um preco bem camarada… Agora, se ja eram baratas, imagina como elas encontravam-se em vespera de Natal?? LIQUIDACAO!!! Todas as pecas com 40 por cento de desconto!! Nossa, eu e o Jonas ficamos parecendo duas gazelas, gritando LIQUIDACAO, LIQUIDACAO!!! E fomos correndo (literalmente, ja que preferimos nao pagar metro) pra

loja da PUma, deixando a da Nike pra depois… Rapaz.. o que era aquilo? Quando cheguei la, me deu vontade foi de comprar a loja inteira… Um bando de camiseta da PUMA mais barata que camiseta da C&A… Ficamos peruando dentro da loja umas meia hora, todo felizes e, claro, so comentando: Rapaz, imagina o Emanuelzinho (amigo nosso da UNB, fanatico pela Puma) aqui, ele ia ficar louco… Eu aproveitei pra comprar tres camisas pra mim no valor de 15 reais e um casacao massa que custou uns 40 reais. Nao satisfeito, fui convidado por um outro brother e desci uns dias depois pra uma loja da Nike. E la vou eu ficar pirado de novo.. a loja tava vendendo era nike shox por 75 dolares australianos (140 reais)!!! Pensei em comprar logo uns 3, mas como lembrei que esses dias me encontro sem emprego, resolvi o tenis mais barato da Nike que tinha por la.. me custou aproximadamente 80 reais.. e o pior que ele ainda e’ Nike Air e tudo. Depois, na hora de ir embora, nao satisfeito pelo estado deploravel e nojento de playboy que eu me enontrava, como todo bom playboy, parei pra comprar uma pulserinha da Live Strong, porque ninguem e’ de ferro..

que nojo de mim mesmo… triste fim de policarpo quaresma
galera… a escola agora so abre na outra semana.. logo o blog da semana passada vai ficar pra outra semana..
abracos maranhenses

Na Austrália, um maranhense mais enfurecido que a turba enfurecida

Esses dias eu vinha pensando o porquê de tanta gente gostar bastante do blog e me confidenciar que ainda dá muitas risadas acerca das minhas trapalhadas e desilusões aqui na Austrália apesar do tamanho cada vez maior das postagens. Certa vez li em algum lugar que não lembro (caramba… esse trecho não ficou nada superficial, uhaeuhu) e tive conhecimento de que o que povão gosta mesmo é de sacanagem (senão o Gugu não faria tanto sucesso) ou de ver neguinho se dando mal (haja vista o sucesso das vídeo cassetadas). Como não posso propocionar muitos momentos de sacanagem (afinal não sou nenhuma Fernanda Lima) só me resta é contar as minhas histórias se estrepando… Mas tou curtindo bastante, ver gente que eu nunca vi na vida, postando e falando que esta lendo meu blog… se puderem continuar, seria legal…
E pra começar o nosso blog dessa semana, vou contar uma notícia QUE NUNCA CONTEI ANTES!! O QUE??? O QUE??? MUDEI DE EMPREGO DE NOVO!!! ISSO!!! Mas, agora, ao contrário da nossa amiga almôndega gorda, dessa vez o cara foi mais rápido que o Alonso e já me jogou na rua antes mesmo que eu pedisse a minha demissão. Dá pra acreditar? O mais engraçado dos meus blogs é que os posts são como um gráfico de Seno ou Cosseno.. uma hora eu tou lá em cima, outra hora eu tou lá em baixo… Esses dias eu tava achando que eu sou que nem lombriga, se eu sair da merda, eu acabo morrendo… mas vamos logo a como foi a minha demissão…
Chego segunda no trabalho, mais feliz que criança em fábrica de chocolate e já vou cumprimentando a peãozada… Começo meu trabalho de boa, conversando com a galera e, claro, como de costume, tacando aquela zona. Depois de carregar caixas e caixas de sofás sou destacado pra trabalhar na zona do Jeff e do Michel, aqueles caras que eu falei que são super gente boa.. aí não deu outra, eu fui chegando, já fui tacando aquela zona com os caras, brincando e fazendo graça a todo tempo.. só duas coisas que eu deveria ter pensado antes de fazer isso: primeiro, aqueles caras são contratados e são empregados fixos do armazém, imprescindíveis para a produção da mesma, enquanto eu era só mais um maranhense; segundo: a zona que eles trabalham é justamente a zona que trabalha o CHEFE MOR do armazém, o coordenador-geral da bagaça. Beleza, eu cheguei lá e comecei a ficar zuando e conversando com os bichos, mas claro, sempre fazendo o meu trabalho, de repente eu só escuto o brasileiro falando comigo… maranhense, se liga que hoje o dono do armazém chegou aí e desceu uma esculhambação federal no coordenador.. hoje ele não tá flor que se cheire… eu falei: Beleza cara, valeu pelo toque. Fiquei me policiando um pouco quando ele me falou isso, mas depois logo desencanei, pelo fato do coordenador ser um dos caras mais gente boa lá de dentro.. Rapaz, não deu outra.. tava eu trabalhando com o Michel, tacando maior zona, o coordenador só veio lá de trás, bufando que nem um touro e só mandou um “GO OUT!!” pra mim.. rapaz, o bicho foi muito rápido, mais rápido que o Rubinho, eu só mandei um “por que?” muxoxo e o bicho só me manda um “PORQUE EU NÃO AGUENTO MAIS OUVIR SUA VOZ!!!”. Rapaz.. na hora deu uma vontade de rir do bicho, ainda tentei dar uma desdobrada: Então beleza, cara, tá bom por hoje, né? Ele só responde: Por hoje não, FOREVER (para sempre)!! Eu só pensei… FUDEU!! Só virei as costas e voltei pra casa mais murcho que alface no fundo da geladeira pensando na velha máxima de sempre: Chapéu de otário É MARRETA!! Voltamos a vida de DishWasher de Luxo e de King of the Junk Mail.. Pelo menos agora eu vou poder falar a vontade enquanto entrego os panfletos nas caixas de correio.. eu nem gostava de trabalhar lá mesmo.. uhaeuha
Eu esqueci de postar no blog passado.. Tommy, o chinês emanuelzinho, capou o gato, juntou as coisinhas, foi embora… Domingo quando eu cheguei de mais uma balada destruidora eu dou de cara com um bando de chinês folheando uma revistas de mulher pelada.. Na hora eu só pensei “QUE PORRA É ESSA?”.. caraca.. uma cena muito engraçada, o Penny babando olhando as meninas do jeito que vieram ao mundo e o melhor de tudo: O COREANO BABANDO, OLHANDO AS HISTÓRIAS E TENTANDO TRADUZIR OS CONTOS ERÓTICOS.. UHAUEHUhuaheuheauahuHUHAUEH.. rapaz.. depois desse bicho bater na porta do Tommy pedindo “Rice cooker” eu não achava que nosso pobre amigo inocente ia me propocionar mais risadas novamente.. rapaz.. muito engraçado.. eu só cheguei e o vi com os olhão esbugalhado (imagina aqueles olhos puxados esbugalhados que nem Anime?) e com o dicionário do lado tentando traduzir a revista de sacanagem.. Menino aplicado, né? Tentando melhorar o inglês dele… Rapaz eu ri muito.. eu só perguntei: Jun, WHADA FUCK ARE YOU DOING? E o bicho responde: Improving my english (melhorando meu inglês) uhauehae… eu ri muito, não contente, passa um tempo e o bicho me chama no quarto querendo saber qual era a tradução de “fuck my Pussy” porque não tinha no dicionário dele.. uhauhaee.. imagina eu tentando explicar isso pra ele? As revistas de mulher pelada o Tommy supostamente deixou pra mim como “recordação”.. o bicho foi embora e nem me despedi dele… No lugar do Tommy chegou um sueco que parece ser gente boa, mas é meio que na dele, não conversa muito com a galera não e só vive trabalhando…

Falando em ir embora, outro que foi de mala e cuia pra casa foi um dos nossos mais assíduos parceiros de balada.. O arthur capou o gato dele… foi embora o nosso parceiro.. E como não poderia deixar de ser, antes de ir embora ele chamou a galera inteira pra descer pra casa dele pra gente fazer uma despedida. Mas só

Um detalhe… ERA UMA QUARTA A NOITE!! Eu no outro dia tinha meu trabalho de Donkey maranhense e teria que acordar às 5:30 da manhã pra poder ir trabalhar, mas como brother é brother, resolvi que só uma noite dormindo umas 5 ou 6 horas não ia ter tanto problema. Descemos todo mundo em peso pra casa dele e começamos a fazer a despedida, na hora comecei a ficar animado, apareceram as já famosas brasileiras, TCHECAS (essa menina da foto, e’ uma delas… a que eu fiquei bandeando, mas infelizmente so ganhei beijo no rosto) e a nossa famosa amiga polonesa (que sabendo que eu ia pra festa, dessa vez, sabiamente, se vestiu de preto). Chegando lá a galera começou a curtir e, claro, todo mundo a encher a cara.. eu preferi ficar mais de boa e comecei a bandear a TCHECA (que por esses dias anda mais bandeada que Porco em época de feira). De repente, Arthur (já devidamente alcoolizado) resolve que quer de qualquer jeito descer pra praia pra tomar o seu último banho de mar em Sydney antes de ir embora.. Depois de muitas rodadas de negociação, resolvemos descer em peso pra praia. Não sei se já postei isso no blog, mas Sydney é uma cidade em que não se é permitido beber no meio da rua, você só pode beber em sua casa ou em locais fechados com a licença para tal. Beleza, acha que neguinho tava ligando pra isso? Desceu foi aquela turba enfurecida pra praia empunhando as suas garrafas de cervejas. Chegando na praia, um FRIO DE LASCAR, neguinho começou a se jogar na água.. Eu claro, ainda treinando meu inglês com a TCHECA, preferi ficar mais de boa… Muito engraçado a galerinha saindo de dentro d’água tremendo mais que vara de bambu verde.. uhauehahe… Depois a galera resolveu se empolgar e todo mundo se abraçou e começou a pular e a cantar Chico Buarque “Apesar de Você” (música tema que escutamos sempre que vamos sair pra balada). Não é que, do nada, só escutamos aquele alerta: POLÍCIA!!!! Rapaz.. quando vimos a polícia, todo mundo tacando zona, com garrafa de cerveja na mão, os bichos ainda estavam BÊBADOS… Eu só pensei “volto encaixotado pro Brasil amanhã “. A galera no desespero começou a CAVAR NA AREIA (!!!!) pra poder enterrar as cervejas no afã de não ser multado, depois daquela cena ridícula, de uma galera cavando na areia, veio o alívio, a polícia tava só fazendo ronda e preferiu não descer pra conversar conosco.

Depois de uma broxada dessa a praia ficou sem graça, resolvemos que teríamos que ir para outro local… Pensamos.. porque não irmos para o Beach Road (uma boite que tem aqui na praia)? Só um detalhe.. da galera que tava andando METADE tava de chinelo e METADE estava SIMPLESMENTE DESCALÇO. Ninguém saiu do apartamento do Arthur com o intuito de ir pra balada, nós saímos com o intuito de ir praia e voltar, tá explicado agora, né? Pois é, vamos voltar à balada. Na hora veio o questionamento, como fazer para entrar descalço numa balada que os caras enchem o saco quando você quer entrar de bermuda?
Começamos a refletir e caímos pra fila pra ver o que poderíamos fazer.. na hora não deu muito problema pra galera que estava descalça já que nem a galera de chinelo os seguranças deixaram entrar. Na hora ficamos tristes e começamos a refletir como poderíamos fazer para poder entrar na balada, demos umas voltinhas e olhamos uma gradezinha marota perfeita pra passarmos por debaixo dela, olhamos pra um lado, pro outro… rapaz, não deu outra, todo mundo começou a se enfiar por debaixo dessa grade e na hora que entrava na boate, saía voado pra pista de dança e ficava escondido lá dentro.. uhauehae.. eu na hora fiquei até com um certo receio de fazer isso, mas quando eu vi a polonesa passando por debaixo daquele grade sem nem pensar, eu vi que eu, maranhense, não poderia deixar uma eslava ser mais malandra do que eu.. Diria até que os meus parcos centímetros de altura ajudaram bastante na hora de passar por debaixo da grade.. uauehauh. Quando entramos, sabíamos que mais cedo ou mais tarde seríamos postos pra fora, afinal, descalços e com os pés cheios de areia, chamávamos bem a atenção na balada.. Então, o que fazer? Começamos a zuar GERAL!! Primeiro que a galera que tava de chinelo, se solidarizou com os sem-chinelos e doou um lado da chinela e ficou todo mundo na balada andando com um pé calçado e outro descalço.. uhuahe.. só pegávamos os dois pares quando era hora de entrar no banheiro.. Depois começamos a gritar e a dançar que nem um bando de louco no afã de algum segurança mais mal-humorado aparecer para nos colocar na rua, depois de várias tentativas frustadas de tentarmos ser expulsos ficamos mais de boa e resolvemos nos aquietar e curtir a balada, já que a expulsão não parecia que ia acontecer… A melhor parte da história foi que só fomos chegar em casa às 4 da manhã e no outro dia eu teria que acordar 5 e meia pra poder ir pro trabalho que ainda existia pra mim.. Cheguei na casa dos bichos não tinha nem cama pra eu dormir, acabou que eu tive que dormir mesmo foi no carpete mesmo… Acordei de manhã, 5 e meia, todo moído.. taquei o foda-se e faltei o trabalho.. só liguei lá na agência e falei que tava doente e não teve problema.. no outro dia descemos pra praia eu e a polonesa (a mesma que eu quase matei afogada com tanto café que joguei no vestido dela) e ficamos lá tomando sol, eu claro, fiquei o dia inteiro de primão com ela, já que o nosso amigo Edu não gostou muito de eu ter bandeado a sua peguete na última balada…

E por último.. acho que a galera do Brasil tá por dentro do quebra-pau que tá rolando aqui em Sydney esses dias… Rapaz, tá coisa de louco… Aqui em Sydney tem um bairro de praia que tem uma forte concentração de libaneses e australiano-libaneses. Pois é.. ninguém tem certeza absoluta de como tudo isso começou, mas o que é fato é que vários fatos pequenos e isolados inflamaram os australianos pra ir pra lá, digamos, conversar com os libaneses. Há quem diga que tudo começou porque os libaneses desceram a bolacha em um salva-vidas australiano porque o bicho pediu pra ele saírem da água porque tava muito perigoso, há quem diga que isso aconteceu porque os libaneses começaram a expulsar todos os não-libaneses da praia porque a partir de agora a praia “seria deles”.. Só sei que no domingo, 5000 australianos desceram pra Cronula pra poder fazer um “protesto” já que o governo não fazia nada com esses libaneses marrentos. Mas aqui os protestos são meio diferentes, neguinho desce pra prostestar já com Bastão de Baseball, soco inglês, metralhadora anti-aérea… Parece até que falaram com o Tommy antes dele voltar pra casa pro bicho emprestar os brinquedinho dele. Voltando.. os bichos desceram pra fazer o protesto, mas aí, 5000 australianos, injuriados da vida, com o rabo cheio de cachaça, não poderia dar coisa melhor.. Começaram a protestar de boa empunhando bandeiras da austrália.. Só que depois de algumas horas, a galera encheu demais a cara e começou a mandar mensagem de celular um pro outro falando pra bater em qualquer um que tivesse aparência de ser do Oriente Médio.. aí foi que a merda comeu feia.. neguinho saiu batendo em tudo que via pela frente.. Esfaquearam um cara, derrubaram uma mulher no chão e começaram a enchê-la de bicudo, bateram até em mulher grávida (devia valer cem pontos, né? Tá batendo em dois ao mesmo tempo).. O negócio lá ficou feio pra cacete.. os bichos ficaram tão pirado que começaram a quebrar os vidros de todos os carros que apareciam pela frente… quase 50 carros foram destruídos, parecia a França alguns dias atrás…

Mas o melhor era a polícia tentando dar uma acalmada naquela turba enfurecida… Policial aqui não pode descer o cacete que nem no Brasil não, pode dar uma merda danada se policiais ferirem, não digo nem matar, se eles ferirem alguém numa operação policial.. Então já viu, né? Era australiano batendo em libanês, libanês gritando Alá e o policial do lado: Ei, rapá, pára de fazer isso com ele, pára, isso não é legal… O máximo que os policiais faziam era utilizar spray de pimenta pra imobilizar um ou outro.. Ai ai.. nessas horas dá saudade da polícia de Diadema… Se fosse no Brasil, os policiais já chegavam batendo em todo mundo que visse pela frente, australianos, libanês, repórter, maranhense… Melhor foi no outro dia. O negócio começou a ficar feio por aqui, as gangues de libaneses resolveram retaliar, mas felizmente a polícia conseguiu agir a tempo e apreendeu dúzias e dúzias de coquetéis molotov com os cidadãos.. Eu já tou com medo de andar no meio da rua e neguinho sair gritando.. MATA MARANHENSE, MATA MARANHENSE!!! Mas o melhor, O MELHOR dessa história toda aconteceu com o Jonas… Ele tá no supermercado aqui de Sydney, andando com uma camisa azul da Austrália que ele comprou num camelô daqui e vem um Inglês e só pergunta pra ele: Ei cara.. você é australiano? Jonas responde: Não, porque? – Ah não, porque essa sua camisa é a camisa que os australianos tão utilizando pra descer a bulacha nos libaneses, olha a foto aqui no jornal.. Jonas olha e tá só os australianos com cara de raiva e usando a camisa dele… uhauhae… Jonas só me fala que NUNCA mais usa essa camisa de novo aqui na Austrália.. Imagina.. tá dois libaneses andando no metrô.. um só cutuca o outro, olha pro Jonas e dá um sacode no bichinho.. uhauehahe.. ia ser muito engraçado… AH SIM!! CONTEI UMA HISTORIA DO JONAS ANTES DE ELE POR NO BLOG DELE!!! UHAEUHEA… VINGANCA!!!!
sem mais
abraços maranhenses
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