Como morar em Fernando de Noronha

Lógico que assim que você chega a Noronha, uma das primeiras curiosidades é como fazer para pegar mala e cuia e se mudar para lá. É possível? A resposta é, não, não é possível.
Fernando de Noronha é uma situação meio complicada. Não é uma cidade, é um distrito estadual, logo não tem prefeito. Grande parte da ilha é Parque Nacional, portanto tudo é muito difícil por lá e, conforme falei, turista tem que pagar uma taxa diária de preservação da ilha. Hoje a migração para lá é bem restrita e para se mudar de vez, tirando as pessoas que já moravam até a legislação atual, existem três caminhos:
1 – Ser parente de primeiro grau de alguém da ilha, ou seja, ter pai ou mãe noronhenses;
2 – Casar com alguém que seja morador permanente da ilha;
3 – Conseguir um trabalho em Noronha.
As duas primeiras são as únicas formas de conseguir morar permanente por lá. Conseguir um trabalho em Noronha nunca vai lhe dar o status de morador permanente da ilha, ainda que você viva lá por 50 anos. E, apesar da lógica apontar o contrário, a maioria das pessoas que conheci por lá tinham residência permanente em Noronha. Inclusive não era raro achar alguém que cumpria os três pré-requisitos: filho de noronhense, casado com noronhense e com trabalho fixo em Noronha.
Uma forma que eu vi algumas pessoas meio que “burlando” ao menos a taxa obrigatória aos turistas era por meio de amigos que tinham negócios na ilha e os “contratavam” para trabalhar por um mês ou dois. Assim, eles podiam ficar esse tempo de boa na ilha sem se preocupar com pagamento de taxa. Outra coisa que me falavam que ocorria era o cara que pagava sete dias de taxa e depois desse tempo se perdia na ilha. Alugava um lugar e ficava morando lá meio que “ilegal”. Diz até que dava certo, demorava algum tempo até alguém caguetar que ele estava ilegal e outro tempo para ser mandado embora. Diz que você paga uma multa por dia a mais que fica na ilha, mas geralmente quem fazia isso era bicho grilo sem patrimônio, se fosse botar ela para pagar multa ia dar um trabalho danado e acabava que simplesmente se contentavam em expulsar o cara e sumir com o processo dele. Apesar do caráter restritivo dessas normas, segundo os servidores que mergulharam com a gente, a população da ilha havia triplicado em 15 anos.
Conversei com alguns “forasteiros” que estava morando lá de forma temporária, trabalhando na ilha, e eles me relatavam os mesmo problemas dos moradores em relação a baixos salários e várias restrições. Apesar disso, todos gostavam de morar lá, ainda que em caráter temporário.
Outra forma de dar um jeito de estar sempre indo lá é abrindo um negócio em Noronha ao se associar com um noronhense, da forma que expliquei nesse post aqui. Quem fez isso foi aquele ator global Bruno Gagliasso que tem uma pousada em Noronha e sempre tá por lá.
Agência dos Correios em Noronha
Você reclama do preço da gasolina em sua cidade? É porque nunca foi a Noronha. Na época em que fui a gasolina de Brasília, uma das mais caras do Brasil, era três reais o litro. Se liga quanto era lá
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Fazendo amigos em Fernando de Noronha

Não achei Noronha um lugar muito de boa para se viajar sozinho. Tudo bem, o lugar é lindo, conforme já descrevi, mas por outro lado poucos viajam por lá sozinhos e acaba que não é tão fácil fazer amizade. Mas ainda assim conhecemos uma galera legal. Primeiro que lá o que não falta são paulistas. Mano, parece que tem um túnel que liga São Paulo a Fernando de Noronha, porque todo mundo lá é paulista.
Por lá conhecemos um casal de ingleses que vieram da Inglaterra até Fernando de Noronha velejando. Fiquei interessado e fui conversar com os dois para saber se eles eram, sei lá, filhos de navegadores ou velejam desde criancinha. Que nada! Disse que estavam terminando o doutorado, queriam dar uma viajada, foram lá e compraram um barco. Assim, como quem compra uma bicicleta. Grande? Nada, era um barquinho a vela de nove metros. Falaram que tinha nove metros de propósito, haja vista que se tivesse um metro a mais iam ter que pagar bem mais de impostos e taxas para atracar em portos pelo mundo. Ouvindo-os falarem sobre como velejavam, até que parecia bem fácil. Disseram que só fizeram um curso rápido na Inglaterra, desviavam a rota quando parecia que ia ter uma tempestade mais forte e de resto era só viajar. Parecia muito de boa para ser verdade. Deu até vontade de comprar um barco…
Bote que os ingleses usavam para ter acesso ao barco
Outro lugar que também era legal de fazer amigos era (além de nos mergulhos e trilhas), veja você, a casa da Jeane. Além dos Noronhenses que toda hora colavam por lá pela casa ser no centro de Noronha, era o point porque, bem, porque ela era uma das poucas manicures da ilha. Se você não pegou ainda o que eu quero dizer, bem, brother, se tem manicure, tem mulher toda hora lá fazendo a unha =)
A gente até se empolgou em ficar conversando com umas menininhas que apareciam por lá, mas acabamos desanimando na primeira menina que apareceu. Rapaz, a mulher era fresca, mas fresca, aquele estilo Patricinha de Beverly Hills. Depois ficamos pensando… Cara, turista que gasta o parco tempo que tem em Noronha para fazer a unha, só pode ser fresca mesmo. Valeu conhecer ela só por causa da história que contou para gente. Diz ela que reservou uma pousada pela internet e quando chegou o lugar era uma espelunca. Pequeno e feio. Enquanto ela ia falando ia olhando para a casa da Jeane como quem dizia “que nem essa espelunca aqui que vocês tão hospedados”. Era muito longe de ser um castelo igual ao que a princesa merecia. Por que, assim, com uma natureza exuberante do lado de fora, o que você mais vai se preocupar é se a sua pousada não ficava brilhando como ouro. Isso em um lugar com restrições para construir qualquer coisa, conforme expliquei.
Daí que ela foi procurar a autoridade competente e
PAH
Quando menos se espanta, começou a se relacionar com uma autoridade policial. Em Fernando de Noronha, servidores públicos fazem tudo para lhe deixar mais a vontade.
Enquanto ela conversava com a gente, falava que tava indo fazer a unha porque a noite iria para um buffet em Noronha que custava 160 reais por pessoa. Sim, indo a Noronha para comer em restaurante requintado. Em um lugar que às vezes falta abacaxi ou pimentão…
É… De volta ao xaveco no WI-FI da madrugada.
Pelo menos ela ainda deu uma carona para mim e para o Dudu com um mini bugue que ela tinha alugado, todo frufru. Lógico, sem antes não passar e falar para a gente “olha, aquela rua de Noronha ali é violenta!” em uma ilha onde a Jeane brigava com a gente quando deixávamos a porta da sala fechada de madrugada (a porta da sala era escancarada 24 horas por dia). Mais engraçada que essa aí, só uma que a Jeane disse que estava hospedada e ficava reclamando que a casa tinha muito cheiro de limpeza. Sim, isso incomodava ela. Vai saber.
Seres humanos são bichos engraçados.
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Hospedagem em Fernando de Noronha – Pousada Tubarão, uma ótima escolha

Uma das principais preocupações que tivemos em relação a Fernando de Noronha foi onde poderíamos nos hospedar haja vista que tudo por lá tem fama de ter um preço bem salgado. Comecei a procurar no decolar.com e as acomodações começavam a 400 reais por noite. Uma facada! Noronha não tem hotéis, só tem pousadas e, ainda assim quando tem, são poucas e com poucos quartos. Elas são classificadas por golfinhos. Um golfinho a mais simples, três a mais top. Pensava que, bem, já que Noronha seria só para uma vez na vida, era a hora de tirar o escorpião do bolso e me conformar em gastar mais um pouco.

Até que pesquisando na internet achei uma tal de uma Pousada Tubarão que me disseram que era barata. Liguei lá. A tia, chamava Jeane, foi super simpática comigo e ainda por cima me fez o preço de 125 reais por noite caso eu ficasse sozinho e 200 reais se eu dividisse o quarto com meu parceiro de viagem. Cara, uma barganha! Preço bom até para uma praia do Nordeste. O lugar chamava Pousada Tubarão. É… Enquanto as outras pousadas eram medidas em golfinhos frufru, a nossa era logo Tubarão! Cara, foi a melhor coisa que a gente podia ter feito. A pousada era simples, mas tinha tudo que havia prometido. Quarto com ar-condicionado, banheiro, chuveiro quente, uma cama de casal e outra de solteiro.

Um casal em lua-de-mel estava para chegar. Olha como Jeane arrumou a cama deles! Ela era muito atenciosa
Jeane morava com o marido e o filhinho que era o orgulho da casa. O moleque era novinho, mas muito esperto e inteligente. Com ele não tinha nove horas. Se deixasse a porta do quarto aberta, ele entrava e começava a pular em cima da gente. Teve uma vez que, inclusive, eu tava meditando e ele entrou no quarto e ficou me observando. Começou a falar comigo e eu não respondia. Começou a me chacoalhar e eu nada de responder. Até que o Dudu apareceu e disse “ele tá rezando, deixa o Claudiomar em paz que ela já te dá atenção”. Só assim pro moleque sair de cima de mim.
A Jeane com o filhinho dela

Além disso, a casa da Jeane parecia ser o principal point de Noronha. Ela ficava no centro da Vila dos Remédios de Fernando de Noronha, do lado do Palácio do Governo! Tinha uma varadinha onde a gente botava as cadeiras e dava simplesmente de frente para a praça da Vila dos Remédios. Cara, era irado! Toda hora colava um Noronhense diferente e ficava conversando com a gente, além de ser do lado de um supermercado e de um lugar onde vendia uns Pratos Feitos bem em conta. A gente quase que esquecia que tava em Noronha para ver praia. Toda hora caía um bêbado por lá atraído pelo cheiro de cerveja que eu e Dudu sempre estávamos tomando na varanda. Era cada figura. Tinha um lá que reclamava que Noronha tinha política pública para tudo, para golfinho, para lagosta, para peixinho, só não tinha pros nativos! Outro que chegava lá toda vez bêbado e ficava falando “o médico disse que eu tou doente! Então agora eu vou beber todos os dias, ao menos morro bêbado”.
Dudu na varandinha tentando pegar sinal de celular
A praça pela vista da varanda
Vez ou outra colava um figura por lá. Esse, por exemplo, vendia tapioca
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Onde comer em Fernando de Noronha – Barraca de Tia Regina

Esse foi o relato que eu fiquei mais feliz em ter escrito sobre minha viagem a Noronha. Ele é sobre uma das mais gratas surpresas que pudemos ter por lá: a barraca da Tia Regina na praia do Porto. Todos os dias podíamos não saber como ia ser o mergulho, mas tínhamos certeza que o almoço ia ser a peixada da barraca da Tia Regina.
Tudo começou quando eu e Dudu estávamos voltando de nosso primeiro mergulho e procurávamos um lugar barato para poder almoçar. Perguntamos a uns locais e eles nos indicaram uma tal de uma barraca da Tia Regina, que lá a comida era boa e barata. Porém nos alertaram:
– Rapaz, a comida dela é boa. O problema é que a mulher é grossa que só uma parede de igreja! Ela é o Seu Lunga de saias daqui de Noronha. A gente que já é da ilha, conhece o jeito dela, mas a gente avisa logo os turistas que é para eles não estranharem. Não levem a mal, como disse, é só o jeito dela. Ela já deixa anotado na geladeira os dois peixes que ela serve no dia que é para ninguém perguntar qual o “peixe do dia”. Se chegar e perguntar o “peixe do dia” a mulher já dá uma popa do tamanho do mundo. Se perguntar se esse peixe tem espinha então…
Beleza. Seguimos o conselho e fomos para a barraca da Tia Regina. E, lógico que ocorreu o que você está pensando, aquilo era mais forte do que eu. Em momentos como esse a prudência fala bem baixinho e a zoeira bem mais alto. Chegamos à barraca e lá estava uma senhora, sozinha, preparando um peixe e dando conta de sua barraca. Para fazer amigos, resolvi ser educado e perguntei:
– Ow tia Regina, qual é o peixe de hoje?
Rapaz, se um dia você conseguir imaginar alguém com fogo nas pupilas seria a cena que você veria dessa mulher parando o que tava fazendo e, enchendo o pulmão de ar, virando e gritando a plenos pulmões:
– Vocês por acaso são cegos? Não tão vendo escrito na geladeira?
– Ah bom. Vi agora. E esse peixe tem espinha, Tia?
– NÃO, ELE TEM OSSO! JÁ VIU PEIXE TER ESPINHA?
Rapaz, não era brincadeira não. Ela era mesmo grossa que só cintura de sapo! Porém como o almoço com ela era barato, MUITO BARATO, acabamos ficando por lá! A mulher trazia uma porção de peixe que facilmente daria para quatro pessoas, com salada. Por QUARENTA REAIS!!! Esse preço para uma peixada é ridículo em qualquer praia do Brasil, imagina mais em Noronha! E ainda por cima era gostoso. O negócio era só se acostumar em ser xingado o tempo inteiro por ela quando você pedia algo que tava de boa.
Depois de uns dias fomos criando mais intimidade, conhecendo melhor a Tia Regina e vendo que, conforme o local nos havia falado, era só o jeito dela mesmo. Ela era rabugenta, mas era uma ótima e doce pessoa. Tia Regina, como todo mundo em Noronha, trabalhava de sol a sol. De domingo a domingo. Aquele exemplo de gente batalhadora mesmo.
E o melhor, ela era democrática!
Segundo nos disse depois, não tinha quem chegasse ali na barraca dela que ela não tratasse daquele jeito. “Aregando”, como ela mesma dizia:
–  Rapaz, eu arengo com quem tiver aqui. Pode ser quem for, mas aqui na minha barraca trato do jeito que eu quiser! Minha língua é afiada, se não gostar, nem vem! Já arenguei com o Lula, já arenguei com o Datena, aquele gordo! Arengo com quem for!
E pior que isso era verdade, viu?
Teve um dia que eu e Dudu estávamos sentados na areia, próximo à barraca dela e só escutamos alguém falando com a Tia Regina:
– Ow Tia Regina! Fui comer o seu peixe ali na beira da praia e o mar levou seu prato!
– Pois vá já buscar o meu prato, SEU MOLEQUE!
– Mas Tia Regina! Ele se foi!!
– NÃO QUERO SABER! SE VOCÊ NÃO FOR BUSCAR MEU PRATO, VOU CORTAR SUAS BOLAS FORA E DAR AOS TUBARÕES PARA COMER!
– Mas, Tia Regina, tubarão aqui em Noronha é vegetariano! (os guias falam que os tubarões de Noronha são vegetarianos para a galera não ficar com medo quando for nadar, já que lá tem muito tubarão)
– POIS EU PEGO SEUS OVOS, AMASSO, FAÇO UM OMELETE COM ELES E DOU PARA OS TUBARÕES COMEREM DO MESMO JEITO! SEU MOLEQUE! VÁ BUSCAR MEU PRATO AGORA!
E tudo isso aos gritos.
Rapaz, quando a gente achava que ela ia matar o menino, se vira para apartar a briga e vê… Sabe com quem era que ela tava gritando? Bruno Gagliasso, um famoso ator de novelas da Globo! Pensa que ela se dobrava a ele? Que nada! Só se aquietou quando viu que ele estava brincando com ela e tinha escondido o prato. Se ele teria ido buscar no meio do mar se fosse verdade? Rapaz, do jeito que a mulher xingava, eu não sei ele, mas eu iria!
Outro dia a gente tava comendo lá e tava tia Regina vendo aquele programa do Datena. Morte para todo lado, assalto, batida de carro… Aquela coisa agradável. Eis que resolvemos fazer uma sugestão a Tia Regina:
– Tia Regina, esse programa é muito violento! Bote em outro!
– Não tá gostando? POIS TAPE OS OUVIDOS! Vou até botar mais alto que é para expulsar vocês! Vocês já pagaram mesmo! Agora que pagaram eu posso expulsar vocês!
E durante o dia, comendo o almoço da Tia Regina, era engraçado ouvir as cortadas que ela ia dando nos clientes:
– Tia, esse peixe é pescado aqui?
– NÃO, VEM DO SUPERMERCADO!
– Tia, qual o peixe que não tem espinha?
– É O PEIXE “PICANHA NA CHAPA”!
Fora os “qual o peixe de hoje?”, “qual o peixe mais gostoso?” que eram de lei e a mulher respondia com os olhos já em chamas.
A gente não sabia como o dia ia começar, mas sabia que ia terminar comendo um peixe e tomando uma na barraca aos gritos de Tia Regina.
Com ela não tinha mimimi.
Saudades dela.

Eu e Dudu tomando uma na Tia Regina

Arraia sendo vista do barco

Mergulho em Noronha

Em Noronha, fiz os melhores mergulhos da minha vida tanto com cilindro quanto sem cilindro. Cara, lá é legal demais. Para ter uma ideia, estávamos fazendo uma trilha para chegar à praia do Sancho (que em uma eleição realizada no site Trip Advisor venceu com o título de praia mais bonita do mundo) e quando estávamos em cima do morro, avistamos a galera nadando lá embaixo. Porém, algo estava estranho. Parecia haver manchas pretas ao redor da galera que boiava na água. Quando descemos o morro e vimos, as manchas na verdade era um cardume de peixes gigantesco que circundavam quem nadava!!!!  Lembrou até uma história que aconteceu comigo em Fiji (confira a história aqui).

Acesso para a praia do Sancho
Em outro lugar, Caminho de Abreu, fomos fazer um snorkelling em uma piscina natural bem pequena, devia ter uns vinte metros quadrados com dois de profundidade. Tão pequena que você não pode nadar lá sem colete. Ainda assim, cheguei a ver dois tubarões por lá.
Dudu na trilha do Caminho de Abreu. Abaixo, dá para ver a galera nadando com colete na piscina natural

O mergulho com cilindro também foi fenomenal, pois avistamos cardumes gigantescos. Porém nada foi tão legal quanto o mergulho noturno que fizemos em Noronha.
Mergulhamos nós dois e mais um guia, cada um com sua lanterna. O guia foi logo explicando para gente “Cara, se vir barracuda ou tubarão, não aponta lanterna no olho deles porque senão eles atacam”. Beleza, o problema é que não é tão simples assim. Você tá ali embaixo, tá tudo escuro, às vezes acontece de você apontar em um sem querer.
Teve uma hora que passou uma barracuda GIGANTESCA do nosso lado e alguém jogou um raio de luz nela. Cara, ela simplesmente ENLOUQUECEU e parecia que ia nos atacar, mas foi embora. Porém, nada se compara a uma hora que eu estava mergulhando e vi um tubarão passando do meu lado parecendo um raio! Só deu tempo de eu apagar minha lanterna e sentir ele passando quase que entre meus braços. Depois que a gente subiu que fomos saber que alguém tinha jogado luz nele e ele, sim, efetivamente veio para nos atacar, sorte que tampamos a luz da lanterna a tempo.
Nesse mergulho noturno também vimos tartarugas gigantescas, quase que do tamanho de camas de casal, lagostas caminhando pela areia e teve até um peixe, grande até, do tamanho de um cachorro de porte médio, que ficou nos seguindo do início ao fim do mergulho tanto atraído pelo nossa luz, quanto se aproveitando dela para caçar. Isso foi até fichicha! O guia falou que uma vez ele foi mergulhar e uma BARRACUDA, atraída pela luz, ficou o mergulho inteiro nadando do lado deles. Mas do lado mesmo, diz que dava até para ver o olho dela os observando e os dentes afiados quando ela abria e fechava a boca meio que esperando a hora de arrancar os dedos de alguém.
Foi mais ou menos essa sensação que o cara teve. No vídeo abaixo dá para perceber o que é uma barracuda atacando. Repare que ele avança do mais completo nada e de uma forma MUITO rápida
Diz que outra vez um cara colocou a luz em um tubarão bico fino. Não conseguiu tampar a lanterna a tempo e o tubarão veio com tudo e arrancou o regulador (ou respirador, para quem não conhece) da boca dele. Diz que a boca do cara ficou toda rasgada e ele ainda perdeu dois dentes, fora o regulador, que o tubarão levou na boca.
Outro mergulho legal que fizemos foi quando estávamos nadando na praia da Cacimba do Padre e o Dudu teve uma brilhante ideia. Olhou o Morro Dois Irmãos láááááá ao fundo e me falou “Cara, vamos nadar até lá? Pode ser que tenha alguns peixes!”. Rapaz, já não tenho mais 18 anos e essas demonstrações de virilidade não costumam me seduzir tanto hoje em dia, ainda mais para sair nadando em mar aberto em uma ilha oceânica sem nenhum socorro próximo. Obviamente eu não quis ir. Acontece que o rapaz queria porque queria e ia acabar indo de todo jeito. Para não deixar ele ir sozinho, fui com ele.
Cara… A gente começou a nadar, a nadar, a nadar e nada de chegar nesse Morro Dois Irmãos. E a corrente cada vez mais puxando a gente para mar aberto. Sei que no final a gente chegou e quase não tinha nada lá. Tivemos que voltar nadando no braço novamente. Quando chegamos à praia ele veio me perguntar:
– E aí? Viu peixe? Viu tubarão? O que você conseguiu ver?
Só respondi:
– Vi sim! Vi uma coisa bem legal! Vi, lá no fundo, a Dona Morte com um capuz e uma foice olhando para mim e me chamando com o dedinho indicador…

Tá louco…
Morro Dois Irmãos, reparem no mar aberto

Perambulando por Noronha – Como se deslocar em Noronha e outras dicas

E, sim, Fernando de Noronha é linda.
Há a praia do Sueste que, bicho, de longe foi o lugar onde, fazendo snorkel, mais vi tartaruga marinha na minha vida. Muito mais do que a praia de Akumal do México (confira a história aqui). Teve vezes de eu ver quatro tartarugas se alimentando ao mesmo tempo e por duas vezes eu esbarrar em alguém e, ao virar para pedir desculpas, constatar que tinha esbarrado em uma tartaruga! Essa praia do Sueste é uma das mais legais, porém só tem galera de fora! Para conhecer a galera da ilha tem que ir à Praia do Porto, que é onde fica a barraca da Tia Regina que eu vou contar com mais detalhes no próximo post. A praia do Porto é a dos locais.

Por do sol na praia do Porto

Sobre o deslocamento por lá. Toda agência de turismo vai te falar que não é possível se deslocar na ilha e vai querer te empurrar um buggy de qualquer jeito. Mas não é assim! Dá para facilmente fazer tudo de ônibus por lá! Ele não leva a todas as praias, às vezes até tem que caminhar um pouco (portanto não sejam burros como eu que só levei sandália! Levem tênis!!). Mas quem se importa com o tempo? Você está em Noronha, cara! Você também sempre pode pedir carona que logo a galera gente boa para e te dá espaço no buggy deles.
Pegando uma carona em Noronha 

Com essas pequenas dicas acaba que Noronha não fica muito cara. Apesar de tudo vir do continente, não achei os preços tão extorsivos por lá. As coisas chegam até mesmo a ser mais baratas que no Rio de Janeiro em alta temporada. Tirando os mergulhos. Mergulhar lá é caro, mas vale cada centavo. Explico em outro post também.
Agora, a internet sim, a internet é péssima. Teoricamente lá pega 3G e na Pousada Tubarão, onde fiquei, tinha até 4G, mas tudo é na base do “teoricamente”. Nem a 3G nem a 4G funcionavam durante o dia. Acabava que o principal ponto de internet da ilha era do lado do Palácio do Governo onde havia internet WI-FI de graça, que só pegava bem mesmo depois da uma da manhã.
Usando internet…
Então funcionava assim, você ia para o forró ou para a balada na pizzaria, tomava umas e, quando estava voltando para pousada, ficava no Palácio trocando ideia com a galera lá usando a internet. Muitas das informações que escrevo aqui me foram ditas durante a internet da madrugada. O lugar bomba mesmo!
Se liga no tanto de gente usando internet…

Para os mais incautos, dá até para ficar trabalhando algumas meninas por lá. Bem, mesmo que ela não goste de você, ela não pode simplesmente sair dali, já que também quer usar a internet, então você acaba tendo um pouco mais de tempo para trabalhar, hahhah. Mas sério, é um lugar bom mesmo para isso, haja vista que como são poucas as meninas solteiras viajando por lá. Além de que o forró é uma verdadeira briga de foice com os locais para xavecar as meninas. Na internet pelo menos as coisas são mais civilizadas.
E na balada também tinha Maracatu

Ju Medeiros, o poeta de Noronha, tocando em uma noite na balada

Outra coisa engraçada era que eu precisava de todo jeito mandar uma mensagem para um amigo de Brasília, um negócio que eu precisava que ele visse para mim. Fiquei o dia todinho desesperado tentando mandar um whatsapp e nada do telefone conectar. Depois de um tempo, vendo meu desespero, um amigo me perguntou “já pensou em mandar uma mensagem normal?”. Rapaz, a gente hoje tá tão viciado no whatsapp que esquece que existe mensagem normal… Acabou que deu certo… hahahah
Por último, apesar da internet ruim, quase tudo pode ser pago com cartão e também dá para sacar dinheiro por lá, apesar de precisar pegar a fila dos Correios se seu banco for o Banco do Brasil como era o meu.
Nascer do sol na única agência dos Correios em Noronha, onde eu sacava dinheiro

Mergulhando com fiscais ambientais – o outro lado

Eu e Dudu, amigo de Brasília e companheiro dessa viagem, fomos mergulhar um dia e acabamos no mesmo barco com alguns dos temidos servidores de um órgão de fiscalização ambiental.
Eles estavam lá para fazer a parte boa do trabalho, mergulhar para medir corais e contar peixes a fim de montar bancos estatísticos. Engana-se quem acha que aquilo era o que eles mais faziam. Falavam-me meio tristes que deviam fazer bem mais, mas como tem poucos servidores no órgão, acaba que a parte mais difícil e chata do trabalho é que acaba ocupando a maior parte do tempo. E que trabalho é esse? Bem tomar conta do meio ambiente na ilha. Ah, mas eles ficam colhendo flores e abraçando árvores? Não, fiscalizando mesmo! De olho se ninguém está fazendo nada de errado na ilha, como pescando em lugar proibido ou caçando. Algum deles chegam até a trabalhar armados e possuem poder de polícia. Lembrou-me as vezes quando a gente andava na praia e via láááá em cima do morro os fiscais ou policiais militares monitorando o pessoal nas praias.
Trabalhar regulando a liberdade das pessoas é algo que ninguém gosta, ainda mais em uma ilha com população tão pequena, onde todos se conhecem. Hoje você pode estar tomando uma no bar com um Noronhense gente boa para caramba e no outro dia pode estar levando ele preso por ter pescado lagosta ou outro animal protegido. Disse que apesar de alguns Noronhenses entenderem que aquele era um trabalho que tinha de ser feito, era bem desconfortável trabalhar lá, pois eles eram servidores apenas 40 horas por semana, nas outras horas eles queriam viver como qualquer outro cidadão normal. Porém não era tão fácil, haja vista que, bem, nenhum Noronhense (ou ser humano) fica super de boa quando leva uma multa de um mês de salário por fazer algo que não julga errado, como pescar um peixe que pescou por décadas de sua vida.
Ele nos dizia que tinha uma ação até legal onde eles limitavam áreas da ilha onde se podia pescar enquanto outros lugares eram proibidos. Dessa forma, mantinha-se a reprodução dos peixes e assim os Noronhenses terão sempre de onde tirar seu sustento (nem todo mundo vive de turismo, vários nativos vivem da pesca, que dizem dar um bom dinheiro).
O outro servidor me dizia que o trabalho de fiscalização era importante porque a ilha tinha muito mais gente do que ela suportava. Com 6.000 habitantes hoje, a ilha já estava quase entrando em colapso. Ele parecia fazer aquele perfil mais ambientalista maluco Greenpeace. Daqueles que vê alguém derrubando uma árvore em Noronha e sai falando na imprensa que estão desmatando a ilha inteira, por isso nem levei muito a sério o que ele falou. Ficava lembrando das palavras do taxista: – A gente sempre caçou e pescou e Noronha nunca se acabou…
Depois fui checar as informações e, segundo o IBGE, Noronha tem uma população de 2930 habitantes. Continua sendo um número grande para uma ilha oceânica com tão pouca disponibilidade de água potável, porém é metade do que ele falou, né?
Sede do governo pernambucano em Noronha. Ou “a máfia”, segundo os nativos
Vestígios da prisão que existia em Fernando de Noronha
Eu e Dudu, meu parceiro de viagem

Vivendo em Noronha – o dia a dia difícil dos Noronhenses

Morar em Noronha é viver uma batalha diária em uma realidade paralela e surreal.
As diversas regulações e limitações para supostamente proteger a ilha fazem com que a vida dos nativos seja bem difícil. Há preços extorsivos para tudo, pois, como o lugar é um Parque Nacional, nada pode ser produzido por lá e todos as mercadorias tem que vir de fora.
Basta ir ao supermercado. Enquanto há um tempo atrás gente andava reclamando do quilo do tomate, em Noronha ele custava doze reais. A cebola, oito reais o quilo. Maçã, treze! Abacaxi, quinze! A unidade! Um galo inteiro não sai por menos de 80 reais (como não lembro se ainda é permitido criar bichos em Noronha, não sei se esse era o preço pelo bicho vivo ou morto). Pelo menos o quilo do peixe lá é tão barato quanto o quilo do frango.
Agora, ruim mesmo é reformar ou construir sua casa. Você não pode simplesmente bater a laje e depois chamar a galera para fazer um churrasco lá em cima e comemorar. Para qualquer tipo de alteração você necessita de uma autorização do governo. Ah, mas isso é só para reformas grandes, né? Naaadaaa! Essa regra serve até para trocar um vaso sanitário, uma porta, fiação… Você faz uma aplicação no Governo, vai um TÉCNICO na SUA CASA para avaliar se você realmente precisa disso (ou merece) e, caso haja autorização, você pode dar início à obra. Aí você vai à única loja de material de construção da ilha, leva essa papelada (mais ou menos como uma receita médica para comprar um remédio na farmácia) e deixa os olhos da cara para levar um saco de cimento.
Lógico que essa autorização leva meses para sair. Isso quando sai. Onde há burocracia, há malfeitos, assim, os amigos do rei são sempre favorecidos. Conheci um cara que casou e precisou esperar por CINCO ANOS a autorização para construir uma casa na parte de trás do terreno onde sua mãe morava. Sim, porque hoje em Noronha ninguém compra mais lote. A galera vai fazendo puxadinho aqui e ali onde já há um terreno. Acontece de casais se separarem e terem que morar na mesma casa por anos por não terem para onde ir. Se você quer abrir um negócio em Noronha, precisa se associar com um Noronhense (ou fazê-lo de testa de ferro, como preferir). Isso, lógico, depois de enfrentar toda a burocracia mastodôntica já citada para comprar o material de construção e dar uma recauchutada no seu restaurante ou pousada.
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Uma festa na laje animada como essa dificilmente ocorrerá em Noronha!
As coisas são dessa forma, teoricamente, para evitar que comecem a construir adoidado na ilha levando à superpopulação. A gente até brincava lá dizendo que se em Noronha tivesse ladrão, ele entraria na sua casa e roubaria fiação, porta, telha, sanitário. Quando você chegasse iam estar intactos sua televisão, sua geladeira, seu computador, seu tablet… já que isso não precisa de autorização especial para comprar.

Segundo os nativos, esses são contêineres americanos do tempo da Segunda Guerra Mundial e que hoje são usados  como moradia por Noronhenses

Todos esses problemas e regulações acabam dificultando bastante a vida na ilha. Sem acesso a Internet de qualidade, oportunidades de capacitação e altos custos para se manter e investirem em si mesmos, ocorre um círculo vicioso, que se mantém há gerações, onde os melhores empregos da ilha mantém-se nas mãos das pessoas de fora. Para piorar, a um nativo não há quase nada para se fazer por lá.

Poucas opções de lazer, rotinas estressantes de trabalho (“a gente costuma dizer que na ilha é onde o filho chora e a mãe não vê” – me disse um nativo), baixos salários e alto custo de vida levam parte da população a um clima de desalento e desilusão. Noronha tem hoje um dos maiores índices de alcoolismo per capita do Brasil.
Às vezes ficava pensando… Com todos os serviços turísticos sendo caros, MUITO caros, e com os salários de fome pagos aos noronhenses, tem muita gente fazendo um bom dinheiro à custa da vida difícil dos locais.
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E aí? Como chegar a Fernando de Noronha?

Existem duas empresas aéreas que realizam voos para Fernando de Noronha: A Azul e a Gol. Conforme falei, as duas costumam cobrar preços abusivos. Acaba que a melhor forma de ir para lá sem ter que vender o seu irmão mais novo é esperar saírem algumas promoções tal qual a que eu consegui. Saiu uma promoção da Gol oferecendo voos de Brasília para Noronha, apenas com uma conexão em Recife, por 10.000 milhas o trecho. Aí, cara, não teve como não comprar. Acabou que gastei 22.000 milhas para comprar as passagens de ida e volta e desci diretamente na ilha!
Aeroporto de Noronha
Essa parece ser a única forma viável de chegar a turismo. Apesar de haver vários barcos chegando à ilha, a maioria para abastecimento, não conheci ninguém que tenha me falado que foi pelo mar ou que o achasse viável. Na verdade é possível chegar lá comprando um cruzeiro, mas acho que vale pouco a pena, parte porque você não dorme na ilha, parte porque eles geralmente ficam poucos dias.
O interessante é que as pessoas que moram em Noronha têm direito a um incentivo para poder viajar ao continente. Depois de algumas negociações entre governo e empresas aéreas, foi disponibilizada uma pequena cota de passagens diárias para moradores de Noronha, cinco por dia. Ao invés de pagar milhares de reais como todo mundo por uma passagem, eles gastam 200 reais por trecho. Tem que esperar muito na fila? Nada! Eles me disseram que tem que tem que marcar só com uma semana de antecedência!
Por último, antes de viajar a Noronha, evite filas, pague TODAS as taxas que você precisa antes de chegar lá! Noronha tem uma tal de uma taxa de preservação ambiental que é uma facada e tem um valor diário que vai aumentando. Só por curiosidade, para ficar cinco dias, você paga R$ 251,86 (51 reais por dia) e para ficar trinta você paga R$ 4240,50 (141 reais por dia), NO SECO!! Apenas pelo direito de ficar em Noronha! Dá pra pagar direto no site do governo, http://www.noronha.pe.gov.br/, e não enfrentar filas no aeroporto quando chegar. Fora isso, metade da ilha é um Parque Nacional e para ter acesso a esses locais paga-se mais módicos R$ 88. Pode escolher não pagar essa taxa, mas aí não vai poder ir às principais e melhores praias de Noronha além de não poder mergulhar com cilindro também, ou seja, basicamente você não faz nada. Esse cartão de acesso pode deixar para comprar quando estiver lá mesmo.
Vila dos Remédios
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Fernando de Noronha

Eu realmente achava que iria demorar mais um tempo na minha vida para eu ter a oportunidade de visitar Fernando de Noronha. 
Sempre achei o preço das passagens simplesmente abusivo e todo mundo me falava que Noronha era um lugar inacreditavelmente caro. 
Bem, consegui uma boa promoção de milhas e, no final, acabou que descobri que Noronha não é tão caro assim quanto eu imaginava.
Vamos começar o post.