Contos em Lisboa

Cara, o encontro do Couchsurfing em Lisboa teve várias atrações e coisas legais. Porém, se eu pudesse citar o que foi a coisa mais engraçada e interessante de toda essa viagem por Portugal eu responderia sem sombra de dúvidas que foi conhecer o Chris. Ele era inglês e trabalhava como advogado para refugiados na Inglaterra. Isso só uma das várias histórias dele, pois, como falei, o bicho realmente era engraçado.

Vivendo no Iraque

Pra começo de conversa, ele já tinha lutado no Iraque. Sim, isso mesmo que você está lendo aqui, o cara era veterano do Iraque. Eu juro que quando ele falou isso pra gente eu fiquei espantado, não com o fato de ele ter ido lutar lá, mas sim com a naturalidade que ele falava isso. Falava como se fosse a coisa mais normal do mundo, mas, assim, como quem diz “ah eu trabalhei de policial uns tempos por aí”. “Por que diabos ele tinha ido lutar no Iraque” – essa deve ser a pergunta que você está se fazendo e pode ter certeza que foi a primeira pergunta que eu fiz pra mim mesmo quando ele me falou isso, afinal, como já disse, o cidadão era advogado de refugiado, ou seja, era um cara estudado. Na simplicidade costumeira ele falou que um dia estava em casa entediado e pensou “Nossa, preciso fazer alguma coisa legal que vá render muita história, essa minha vida tá muito chata”. Começou a dar um passeio na rua, viu um cartaz conclamando ingleses a ir lutar no Iraque e pensou que isso seria uma boa ideia. Se inscreveu no programa e algumas semanas depois já estava iniciando o seu treinamento para poder ir lutar no Iraque. Diz ele que tentou entrar no MI6, o serviço secreto inglês, mas que não foi aceito devido a seu passado como advogado para refugiados (principalmente pessoas da Somália suspeitas de terrorismo. Sim, o figura era doido mesmo!).


Certo dia, contou que estava em um treinamento em um lugar tipo uma fazenda e o sargento havia falado pra eles que eles poderiam atirar nos alvos ou em qualquer outra coisa que quisessem, bastava que não fossem os próprios instrutores (é sempre bom falar, né? Do jeito que tinha maluco por lá…), ovelhas e vacas. Diz ele que cinco ficavam atirando e um sexto ficava passando de cabeça baixa (a coisa mais sábia a ser feita quando um pelotão de malucos está atirando) e servindo munição pra todo mundo. De repente, entrou no campo de tiro, um pouco distante, mas não muito, um pavão. Um pavão grande, gordo, colorido, bonito! Um belo pavão. Eis que de repente alguém pensa “Hum, pavão não é gente, não é vaca e não é ovelha” vira-se e começa a sentar o dedo pra tentar matar esse pavão. Os outros foram tendo a mesma ideia e todo mundo começou a tentar matar esse pavão. E aí foi aquela loucura, com todo mundo tentando matar o maldito pavão e querendo ser o primeiro a abatê-lo. Rapaz, diz que foi uma cena cômica, pra não dizer o mínimo. O pavão ficou caminhando calmamente pelo campo, de um lado para outro e só as rajadas de bala comendo do lado dele. Gente, eu acho que eu não preciso explicar, um pavão não é uma avestruz, um pavão é uma ave lenta… Ele caminha muito vagarosamente. Pois é, ainda assim os caras metiam fogos, rajadas comiam do lado do pavão e nada de alguém conseguir acertá-lo. Era tanta bala que até o cara que fornecia munição queria saber o que tava acontecendo, porque ninguém parava de atirar e pedir mais munição… No final o pavão saiu da linha de tiro na maior calmaria do mundo e sem nenhum arranhão. Diz que o sargento mandou parar o treinamento e ficou encarando um por um querendo entender o que tinha ocorrido. No final ele só deu um esporro no melhor estilo “vocês são os piores soldados que eu já tive que treinar!” e no final ficou tudo certo. E assim, alguns meses depois, ele tava pronto pra poder ir para o Iraque.

Nós três no dia em que o Chris nos contou as suas aventuras com o Pavão!

Quando alguém perguntava se tinha algo que ele pudesse descrever do Iraque, o que ele mais lembrava de lá, ele dizia “homens nus lambuzados de óleo correndo pelas ruas”. É, isso mesmo que você leu! Antes que você comece a achar que o bicho tava viajando ou que ele tenha andado por quebradas gays do Iraque, não é nada disso! Na verdade, na verdade, quando ele chegou a Basra, cidade do Iraque que os ingleses ficaram responsáveis por controlar, as batalhas já haviam cessado (até porque eles não iam mandar um cara com esse nível de treinamento pra poder combater no front). A função dos soldados ingleses que chegaram depois foi de basicamente agir como polícia e manter a ordem no lugar. Eles tinham ordens expressas de NUNCA atirar sem que fossem atacados primeiro, ou seja, patrulhavam com rifles, mas não podiam usá-los, eles basicamente serviam de enfeite. Bem, lógico que não era só eles que sabiam disso, os iraquianos também tinham conhecimento. O que eles faziam? Bem, quando alguém queria roubar alguma coisa, os caras basicamente tiravam toda a roupa possível e se besuntavam de óleo, dificultando sobremaneira que fossem agarrados quando saíam na carreira. E lá iam o Chris e os companheiros correrem atrás de um bando de homem besuntado de óleo pra ver se agarrava. Felicidade extrema! Além disso, ele contou que certa vez teve o carro fuzilado quando fazia patrulha, mas dessa vez, felizmente, o fuzilamento foi realizado por pedras jogadas por crianças.

Advogado de refugiados

Mas o mais interessante mesmo de conversar com ele, era ouvir os casos que ele falava dos refugiados que ele tomava conta. Diz que era só caso escabroso. Teve um cara que era muito gente boa e ele realmente ficou amigo do bicho, mas que a Inglaterra não cedeu asilo a ele só porque o trabalho dele era recrutar crianças pra lutar no exército rebelde de Uganda. Poxa, não existe aquele ditado que toda profissão é digna? Outra foi a de um somali que juntou todas as economias da vida dele e chegou na Europa quase que a nado, mas também infelizmente não obteve asilo. Mas pra mim o mais interessante era quando ele comentava dos chineses. Diz ele que diversos chineses, sem ter a mínima esperança de obter algum futuro na China, fazem acordos com a máfia chinesa e a máfia toma conta de fazê-los chegar na Inglaterra. Eles cuidam de passagem, entrada, o que for. Bem, mas gente, se ninguém faz nada de graça, imagina a máfia. Pois é, a máfia fazia todo esse serviço e pedia em troca apenas 70% de tudo que eles ganhassem trabalhando na Inglaterra. De boa, né? Cara, pode parecer ruim, mas é MUITO melhor do que eles conseguiriam na China. Caso eles quisessem sacanear a máfia, não tinha problema, eles só torturavam ou matavam algum parente do bicho e tudo estava resolvido. Resultado? Dana-se o pobre do chinês pra trabalhar 20 horas por dia na Inglaterra e mandar tudo pra China, tanto pra máfia, quanto pra sua família. Mas o mais macabro era o que acontecia caso fossem pegos pela imigração inglesa. Como estar ilegal em um país não é um crime, os oficiais ingleses recolhiam o passaporte dos chineses e davam prosseguimento ao processo de deportação. Quando os ingleses iam à embaixada da China para reconhecimento do passaporte, a Embaixada falava que o passaporte não era chinês, que era falso e que o pobre imigrante não era problema deles. E aí? E aí chora. A Inglaterra não podia fazer nada, até porque é interesse da China que essa grana fique sendo repassada para o país. Resultado? O chinês não podia ser deportado, ele continuava trabalhando que nem um escravo e os oficiais de imigração basicamente só anotavam os dados do chinês e o mandavam embora. Simples assim. Gente, tudo isso, como falei, era ele que tava falando, não sei até onde é verdade, mas devido o nível de detalhamento que ele ia falando as coisas, realmente parecia bem verossímil.

Quando voltar pra casa não parece uma boa ideia

Robert Mugabe, ditador sanguinário do Zimbábue

Mas o mais chocante mesmo era quando ocorria deportações de países, digamos, “complicados”. Ditaduras fratricidas tem problemas com pessoas que tentam fugir dos seus países. Apesar de a grande maioria das pessoas que fogem desses lugares serem cidadãos honestos que querem apenas melhorar de vida, alguns poucos são opositores políticos que podem causar problemas se voltarem. Ele disse que em alguns países, notadamente o Congo e o Zimbábue, ocorria fuzilamento sumário, no aeroporto mesmo, de refugiados que eram deportados de volta. Se em trinta deportados, um poderia ser opositor político e causar problemas, porque não passar todo mundo na bala e assim evitar correr riscos? É, racionalismo macabro é conosco mesmo… Outra que ele contou foi a história de uma mulher do Turcomenistão que foi deportada. Dois oficiais de imigração da Inglaterra foram escoltando ela no avião. Chegando ao Turcomenistão, diz que ela não conseguiu se “explicar” direito porque tinha “fugido” pra Inglaterra e a polícia secreta do país resolveu descer o cacete pra ver se ela confessava que era espiã. Como ela não quis “colaborar”, eles tentaram achar “colaboração” em quem mais estava com ela. E quem foi com ela? Sim, os dois oficiais ingleses que a acompanhavam. E nem adiantou os dois tentarem de toda forma apresentar os passaportes pra provar que eram ingleses. “São passaportes falsos, eles também são espiões” – e dana-se os pobres apanharem também no aeroporto. Eu fico imaginando o desespero deles gritando “Eu sou inglês!!!” enquanto apanhavam! Até os caras realmente acreditarem que eles dois realmente eram ingleses, os pobrezinhos apanharam que só menino quando apronta…

Vivendo na Inglaterra

Mas nem só de desgraça vivia o Chris. Era engraçado também ouvir ele falando de como era a maneira inglesa de viver. Segundo ele, a vida na Inglaterra era tão desgraçada que eles gostavam de tomar cerveja quente e comida sem gosto. Diz ele que eles misturavam tudo, juntavam e jogavam a 300ºC no óleo quente que era pra levar o gosto de qualquer coisa. Que um dia bonito lá era quando não se chovia três dias ininterruptos. Que se achávamos que tava fazendo frio em Lisboa porque tava fazendo uns 10ºC deveríamos passar o ano inteiro a -10º pra poder saber o que era uma vida desgraçada. O bicho era engraçado demais. Pra fechar com chave de ouro, ele voltou um dia mais cedo pra Inglaterra e mandou uma mensagem pra gente “Domingo de sol em Lisboa? Aqui na Inglaterra tá -5ºC e ainda tá chovendo granizo. Nós rimos do seu frio :P!!”. Que bicho gente boa, cara!

Chris, desesperado por um pouco de sol em Lisboa

Encontro regional do Couchsurfing em Lisboa e um stage diving

Como havia dito no post passado, um dos principais motivos que me levaram a viajar para Lisboa mais cedo, além da crise mundial que me arrebentou, foi a possibilidade de participar do encontro do Couchsurfing em Lisboa. Cara, o encontro foi realmente bem da hora. Assim como o de Praga, não deixou nada a desejar.

De início, na primeira noite, tivemos uma baladinha onde nos foi proporcionado uma apresentação de fado, um estilo português musical que eu só havia conhecido por meio da música fado tropical do Chico Buarque (que eu nem sei se é um fado mesmo!). Foi uma noite mais de boa, mais pra poder esperar a galera chegar mesmo e se preparar para o próximo dia.

No outro dia, pela tarde, fomos dar uma volta por Lisboa e a galera tinha organizado uma tarde de jogos medievais lusitanos. Como isso funciona? Bem, algum dos organizadores do evento era pesquisador e tinha algumas fontes onde era possível saber como brincavam as crianças em Portugal há algumas centenas de anos atrás. Eles viram como era, encomendaram a alguns carpinteiros e fizeram diversos brinquedos e jogos baseados nisso. Foi realmente bem interessante e deu pra poder passar a tarde.

Boliche a la Fred Flintstone em Lisboa

A noite, lógico, era chegada a hora da bagaceira. Foi programado um “tour de bares” por Lisboa. A ideia era simples, selecionaram alguns bares da cidade e as gentes saía bebendo nos bares selecionados. Foi da hora porque podemos conhecer vários bares diferentes com vários estilos interessantes. Teve uma hora que foi bem engraçada.

Olha que da hora esse bar, cara! Os bichos utilizam brócolis como lustre!

Eu tava andando na rua, indo de um bar para o outro e quando você anda pelas ruas de Portugal, principalmente os lugares turísticos, uma hora ou outra alguém aparece lhe oferecendo uma quinquilharia. Eu fui andando por lá, dando umas voltas e do nada veio um cara em minha direção. Vi que ele ia me oferecer algo e já me preparei pra poder dizer que não queria. Quando ele veio na minha direção já veio gritando: – Coca, quer coca?. Mas assim, como quem te oferece um pacote de Halls…


Ãhn? Mas assim? Sem nem me oferecer uma cerveja antes? O cara já veio me oferecendo coca, assim, no meio da rua. Eu no início até achei que era coca cola, mas depois que eu fui me tocar que o cara tava me oferecendo era cocaína mesmo. É isso aí, o mercado cada vez mais se adaptando e oferecendo comodidade a quem quer consumir o que for. Enfim, a única parte mais ou menos complicada nesse bar tour é que, meu amigo, a Lisboa velha é CHEIA de ladeiras! É ladeira pra cima e pra baixo, tudo o que você menos quer quando tá com o bucho cheio de mais ou menos um quilo de feijão comido em um jantar português ainda há pouco.

No outro dia, mais um dia de passeio pela cidade e a noite, mais uma noite de esbórnia. A noite descemos pra uma balada organizada e fechada apenas para o Couchsurfing. Porra, muito legal! A festa era só nossa, todo mundo se conhecia e ninguém queria arrumar confusão com ninguém. Por outro lado, também ninguém pegava ninguém, coisas do Couchsurfing.

Uma parte que foi bem engraçada foi que uma hora durante a festa, a gente tava lá dançando e do nada passa alguma coisa por cima de mim. Quando vejo, tinha um inglês VOANDO por cima da minha cabeça, LITERALMENTE. O cara fez aquilo que no show de rock chamamos de stage diving (mergulho do palco)! Aquele mergulho que os cantores de rock fazem onde eles se jogam no meio da plateia e vão “surfando” em cima das cabeças dos bichos. Sim, ele fez exatamente isso!

Um “stage diving”

Virei pra ele e perguntei, bicho, como foi que tu fizeste isso? Ele falou: “Ah, tinha uma caixa de som lá em cima, eu subi em cima e pulei! A galera foi me jogando e eu fui só surfando!”. Porra, fiquei doido pra poder fazer o mesmo e lá fui eu. Subi em cima da caixa de som, gritei pra chamar a atenção e VLUPT! pulei lá em cima de galera! Rapaz, não é que deu certo mesmo? Pulei e a galera foi me levando… Aí, depois, foi só alegria! Foi só surfar por cima da galera! Estava realizado o primeiro stage diving da minha vida! Sweet…

Portugal


Era chegada a hora do último país, da última semana, da última parada de toda minha viagem de volta ao mundo. Era chegada a hora de pousar em Portugal. Nos meus planos iniciais, eu iria ficar apenas uns dois ou três dias em Lisboa, acabou que eu cheguei mais cedo e fiquei um pouco mais de uma semana devido um encontro internacional do Couchsurfing (parecido com o que eu fui em Praga) que iria ocorrer lá e eu tava doido pra poder participar. Fiquei num couch de uma portuguesa que havia conhecido no encontro em Praga com mais outros quatro couchsurfers, o que deixou a casa BEM da hora.

O encontro e o passeio por Lisboa foram super da hora. Um dos problemas foi que lá não parava de chover e acabou por impossibilitar algumas atividades que a galera tinha planejado, mas não foi um grande problema.

Show de malabares de um dos couchsurfers que teve que ser interrompido devido a chuva

Lisboa é uma cidade bem legal e bem bonitinha. Uma das coisas mais legais é que ela é MUITO parecida com São Luís (ou São Luís é muito parecida com ela, como achar melhor). Há casarões com aquele estilo colonial, tal qual São Luís, por toda a Lisboa velha além de suas diversas ladeiras com ruas de paralelepípedos, tal qual… bem… tá ficando chato ficar repetindo.

Fachada de prédio coloniais em Lisboa

Uma coisa que eu esperava que ia acontecer, mas ainda assim me assustou, é o tanto, mas TANTO de brasileiro que tem em Lisboa (ou tinha, já que depois da crise uma galera voltou pro Brasil). Isso ocorre devido a uma coisa meio óbvia, já que como a língua é a mesma, Portugal é um dos destinos preferidos dos brasucas, assim como a Espanha é para os latinos-americanos. Mas cara, falando assim você não deve imaginar, mas é que tem muito, mas MUITO brasileiro lá mesmo. Assim que eu cheguei, pra começo de conversa, no aeroporto e peguei o busão, metade do ônibus era de brasileiros. Me entrosei com eles e já de começo conheci uma maranhense de BARRA DO CORDA (um cidade do interior do Maranhão) no busão! Bicho, se em São Luís já se é difícil encontrar alguém de Barra do Corda, imagina em Lisboa! Ela realmente me impressionou! Foi a segunda maranhense que eu conheci na minha viagem inteira depois do cara de Riga, na Letônia (link da história aqui). A mina era bem gente boa, mas não tivemos muito tempo pra conversar, já que ela logo desceu.

Banco do Brasil em Lisboa

Além disso, outra coisa que me deixou impressionado, é como parece que eles não gostam de brasileiros por lá. Por quê? Bem, cara, segundo alguns amigos me confidenciaram isso ocorre porque, bem, imaginem quais brasileiros que vão pra lá. A maioria são trabalhadores braçais e de baixa educação, então os brasileiros lá são como são os “nordestinos” para galera do Sul ou Sudeste. Mas ser um trabalhador braçal não é lá uma grande problema, o problema é que os portugueses são um povo muito formal e a gente, pelo outro lado, é MUITO bagunçado, se for de baixa educação então… Imagina… Mas o principal problema é que Portugal sempre foi um país muito tranquilo e seguro e hoje vê os seus índices de violência indo para as alturas principalmente devido a brasileiros que entram na Europa de qualquer maneira e, uma vez estando lá, se veem sem alternativas. Aqui no Brasil já sabemos como essa história começa e também sabemos como ela termina. Pelo que meus amigos portugueses me falavam, Portugal agora está tendo que lidar com alguns tipos de crimes que não faziam parte de sua realidade como assaltos a banco e sequestros e parte deles possuem brasileiros como envolvidos ou protagonistas. Até mesmo o PCC, por um momento, começou a preocupar os portugueses. Então, é como disse a minha amiga que me hospedou, os portugueses não tem problema algum com brasileiros que eles sabem que são pobres e vão a Portugal à procura de uma vida melhor, que vão lá pra poder construir as suas vidas, isso é bem benéfico para o pais. O problema são os brasileiros que migram pra Portugal e de uma certa maneira exportam os problemas sociais do Brasil em um país que não está acostumado a assistir o Datena quando chega em casa do trabalho. Bem, se isso serve de consolo, Portugal também enfrenta o mesmo tipo de questão com imigrantes africanos e até mesmo o Brasil, em menor escala, também possui alguns problemas com gangues de imigrantes, notadamente angolanos e paraguaios. Isso é um problema sério, pois apesar da grande maioria dos imigrantes serem pessoas de bem e agirem de uma maneira benéfica para a sociedade, se 98 locais e 2 imigrantes cometem um crime, a imprensa vai cair em cima dos imigrantes, dar muito mais valor aos 2 e querer te levar a crer que são um problema muito maior do que a realidade.

Em menor escala isso acabou ocorrendo comigo também. Meu jeito menos formal de tratar com as pessoas na rua meio que irritava alguns portugueses. Pra ilustrar eu lembro bem um dos primeiros diálogos que eu tive assim que eu cheguei a Portugal. Eu tinha acabado de descer do metrô, cheio de malas nas costas, e fui perguntar a um policial que vi na rua onde ficava o restaurante que eu procurava, segue o diálogo:
    • Senhor, como chego no Restaurante Tal?
    • Boa noite! – respondeu ele de uma maneira bem rude – Aqui em Portugal dizemos “Boa Noite” antes de perguntar algo em sinal de educação. Em que posso ajudá-lo?
    • Senhor, boa noite, como chego no Restaurante Tal?
    • Virando ali a esquina.
Cara, sem brincadeira, foi assim mesmo que o bicho me respondeu. Tirando o povo do aeroporto, foi o primeiro português que eu conversei na rua e o bicho foi MUITO rude comigo. Não vou dizer que todos portugueses são assim, até porque TODOS os que conheci pelo couchsurfing foram MUITO gente boa, mas pude notar um certo “ranso” de alguns portugueses nas ruas a conversar comigo quando notavam o meu sotaque brasileiro. Às vezes podia ser só impressão minha, mas, por via das dúvidas, pra todo português na rua que eu fosse perguntar uma informação eu sempre falava “boa noite” antes de começar a conversar, ainda que fosse meio-dia.

Sabe-se lá o que poderia acontecer…
Lisboa também tem sua Rua Augusta…

Meeting em Lisboa, a Ressurreicao!

Gente, mas uma vez desculpa pelo atraso nas postagens. Ainda continuo vivo e respirando (nao necessariamente nesta ordem), mas minha host nao tem internet e tou o tempo todo andando por Lisboa e Portugal a bater fotos! Nem tempo pra dormir ando tendo e falo isso seriamente! Hoje vai ser a minha primeira noite depois de umas quatro noites diferentes em que vou dormir mais que seis horas! Esse Couchsurfing.com ainda me mata!

Enfim, vou tentar (mas nao prometo) normalizar isso na quarta ou na quinta… Pra melhorar ainda mais a situacao a minha passagem de volta pro Brasil deu um pau danado e todo o meu tempo livre na internet ando tendo que ligar pro Brasil pra poder resolver esse problema. Nao sei, as vezes fico pensando que algo nao quer que eu volte mais pro Maranhao!!!! Enfim, vai a foto abaixo pra ilustrar direitinho a situacao em que anda minha vida!

Porque maranhenses as vezes tambem podem voar!

Deu pra entender direitinho como anda a situacao? Tou perdoado agora??

Abracos maranhenses

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Meeting em Lisboa

Sem tempo pra poder dormir, sem tempo pra usar a internet, logo sem tempo pra atualizar o blog 😉

Post novo provavelmente no Domingo

abracos maranhenses

Ps: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH

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Meeting in Lisboa

AAAAAAAAAAAAAHHHHH

Galera, sexta-feira agora vai rolar um meeting do Couchsurfing.com em Lisboa. Mais de 400 pessoas de todos os lugares do mundo são esperadas. O meeting tem tudo pra ser um dos melhores meetings já existentes do Couchsurfing. Só pra vocês terem uma idéia, vou ficar hospedado numa casa com mais 20 pessoas!!! É pouco ou quer mais?

Tem alguém que lê o blog que esteja morando em Lisboa por aqui? Se tiver afim de comparecer ao meeting ou de encontrar pra gente trocar uma idéia, me manda uma mensagem por aqui com o número do celular que eu retorno e vejo como fazemos.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH

Abraços maranhenses

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