Categoria: Tailândia
Enfim o esperado
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Se liga em um dos varios doidos que estavam pelo bar quando fomos procurar gente pra nos acompanhar ao show. Velho, insistimos DEMAIS pra esse cara vir com a gente, mas o bicho tava pegando uma mina la. Diga ai, figura demais o cidadao, nao?? hahah |
A noite chegou e a inevitável sede por depravação veio ao mesmo tempo. Conclamei o meu fiel escudeiro canadense e juntos fomos nos encontrar com mais alguns “couchsurfers” que se reuniam em um bar próximo para conseguirmos “engrossar as nossas fileiras”, “aumentar o número do nosso esquadrão”. Chegamos lá e fomos chamando todo mundo, mas, no final, só conseguimos mais dois caras pra ir com a gente: Um outro canadense gente boa DEMAIS (Vicent) e um turco.
O turco era um show a parte. Primeiro que o cara era da Turquia, um país que se não é fechado como a Arábia Saudita, está longe de ser aberto como o Brasil. O cara NUNCA tinha saído de casa na vida, NUNCA tinha viajado sozinho e NUNCA tinha saído do país dele. Na verdade, ele só tinha pousado em Bangkok há exíguas oito horas atrás. Eu só fiquei pensando comigo: – Esse cara foi logo cair na minha mão. Esse tá ferrado.
Só sei que no começo eu até ria do tanto que ele era imbecil e parecia ser inocente, mas depois de um tempo eu comecei a não mais suportar aquele cara. O bicho era imbecil demais, doido! Ele não sabia se comportar como alguém que está indo pra balada, ele parecia uma criança. Sério, toda hora ele ficava falando: “Não, que na Turquia, eu tenho um Honda Civic “tunado” e pá pá pá”. Teve uma hora que eu até perguntei pra ele se ele achava que alguns dentre nós iríamos beijá-lo porque ele tinha uma droga de um Civic. Enfim, depois de quase uns trinta minutos, depois de vários táxis diferentes tentarem nos lubridiar, conseguimos chegar à região putoresca, digo, pitoresca. Era uma rua de família, com várias primas andando de um lado pro outro e vários pais de famílias bigodudos tentando nos enfiar dentro das casas.
Mas o que é que a gente quer – pompoarismo tailandês

Cara, entramos na casa. Bicho, vou te dizer, viu? Foi uma experiência totalmente nova. Mermão, era uma parada muito, mas MUITO nojenta. As mulheres eram muito, mas MUITO feias! Sério, mais feias que paraguaio baleado! Gordas, com os dentes podres, pêlos por todos os lados e tudo! Uma cena do demônio! Como a gente não tava lá pra ver as minas em si, mas sim o que elas faziam, tentei ficar de boa e assistir ao “show”, apesar de meu estômago embrulhar a toda hora.
Pra começar, elas nos saldaram com algumas velas. Engraçados que as velas estavam de cabeça pra baixo, mas enfim! Depois de algum tempo, uma das minas pegou um ovo de galinha (sim, um OVO de galinha) “acomodou” gentilmente “lá”, bateu com a barriga umas três vezes no chão e no final… Bem… No final saiu uma “gemada” que ela colocou no copo e perguntou se alguém queria tomar. LÓGICO que ninguém aceitou, né cara? Quando eu falo que a parada era nojenta, era porque era nojenta MESMO!
O mais engraçado era o Vicent. Eu, o outro canadense e o turco sentamos meio que sem jeito (pô, era a primeira vez que eu “visitava” um, digamos, “prostíbulo”). Os olhos do turco arregalados que pareciam duas bombas. Já o Vicent… Bem… O Vicent chegou já cumprimentando todo mundo, falando com as meninas (as que tavam em cima do palco eram horríveis de feias, as que vinham falar com a gente eram até “bonitinhas”), pegando uma cerveja, pedindo uma música pro Dee Jay… Digamos, ele meio que chegou já se sentindo em casa. De começo, já denunciou que ele tava mais do que acostumado a freqüentar lugares como aquele. Ele já foi sentando com uma cerveja na mão, um cigarro na boca e abraçado com três minas. As três alisando a careca dele. MUITO engraçado! Pare por cinco minutos e imagine a cena:
…………………………
Imaginou?
Pois é, agora continue lendo o blog!
A gente de começo já o apelidou de “boss” (chefe em inglês), pois ele parecia demais um chefão da máfia.
E eu? Como fiquei? Bem, eu já explicitei o que penso sobre lugares como este no meu blog, logo não precisa nem falar que quando as meninas vinham me “alisar” eu pedia educadamente pra elas caírem fora. Na verdade eu peguei o anel de compromisso que uso, coloquei na mão esquerda e falei que era casado o que no final acabou por não ajudar em nada.
Depois o show continuou. Meninas fumavam, assopravam velas de bolo, escreviam os nossos nomes no papel etc. Não preciso mais explicar como, né? Só sei que depois de uns vinte minutos, algumas de suas “assistentes” nos trouxeram umas raquetes de ping-pong. O show estava apenas por começar.
“Boss” já foi pegando as raquetes e dando uma pra cada um. – “Uau, legal, vamos jogar ping-pong com elas!” – pensei. Quando o show de fato começou, percebi que as raquetes não eram pra gente jogar, mas sim para SE PROTEGER! Mermão, as minas começaram a arremessar as bolinhas de ping-pong na GENTE!!! Queira tudo na sua vida, menos que uma bolinha daquela toque em você, meu amigo! Eu, todo tentando me proteger e boss e o turco se divertindo! Rapaz, depois de umas vinte ou trinta bolinhas veio a melhor parte!
Momentos de Tensao no Ping Pong tailandês
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No final, pra fechar ainda com chave de ouro, nos voltamos ao bar pra rever a galera. Apareceu entao uma gorda IMENSA (essa de rosa) e comecou a dar um mole absurdo pro Turco. O bicho nao se fez de rogado, foi dormir abraçado com a mina e ainda saiu tirando onda. Essa noite foi bizarra. |
– Uai, mas peraí, nos já pagamos a conta! Nós já pagamos os 100 baths – argumentamos com ela.
– Ãhn? Como assim? Eu não lembro de você ter me pagado porra nenhuma!
Cara, o circo tava montado. Nessa hora nos tocamos da roubada que nos metemos. Pagamos 400 baths pro cara que nos colocou dentro do local, mas o cara não trabalhava lá. Ou seja, nós pagamos 400 baths de bestas! Mas de boa, era só pagar mais 400 baths que tava tudo sossegado, né? Não, meu amigo, a mulher trouxe uma conta com 4000 baths a ser pago! Ou seja, 70 reais por cabeça!
Meu amigo, percebe que não tinha pra onde a gente correr? Um cara no meio da rua simplesmente nos colocou lá dentro. Nós combinamos o preço com alguém que não trabalhava dentro do local, ou seja, a mulher poderia cobrar o preço que quisesse que a gente não teria muito o que fazer. Ela argumentava que se não gostamos do preço que perguntássemos antes de entrar na casa. Como estávamos a argumentar demais, ela resolveu pegar pesado. Deu um murro na mesa e gritou “SEGURANÇA VEM CÁ”!
Éguas doido, nessa hora minhas calças quase que ficaram mais pesadas. Mermão, achei que ia apanhar mais que vaca quando entra na horta! Eu tenho certeza que os machões aí, que estão lendo o blog, não ficariam com medo! Cara, só sei que alguns segundos depois dela gritar, veio lá de dentro uma gorda IMENSA com uma laterna na mão. Sim, UMA gorda. A segurança da casa dela era uma mulher, meu amigo! Pensa que a gente ficou mais tranqüilo? Naadaaa…
As duas começaram a dar murro na mesa e falar que o bicho ia pegar se a gente não pagasse a conta. Mermão, o ambiente tava totalmente hostil!! Nessa hora o turco se destacou. Meu amigo, cada murro que essa mulher dava na mesa o turco dava um grito: – AAAAAAHHHHHHH!! O bicho ficou APAVORADO, meu amigo!! O bicho só ficava falando:
– Mermão, paga logo ela, paga tudo que ela tá pedindo! Paga ela, por favor! Paga ela, eu tou com medo! Vamo embora daqui! Paga o que quiser! EU TOU COM MEDO!!
E cada grito que o turco dava a mulher se empolgava mais e esmurrava mais a mesa. E era aquela cena cômica. Uma mulher de paletó botando pra gelar quatro macho barbado!
Além disso tinha aquela sinfonia: PUM! Soco na mesa!! AHHHHHH!! Turco gritando. PUM!! AAHHH!! PUM!! AHHHH!! E foi nisso quase meia hora!
Sério doido, eu com uma vontade IMENSA de rir, mas ao mesmo tempo com uma vontade imensa de chorar!! Heheheheeh. Eu nunca tinha visto isso na minha vida! Só sei que nessa hora a estrela do boss se destacou e o bicho resolveu intermediar a situação. Depois de muito conversa daqui, conversa dali, esmurra daqui, grito turco dali, o Vicent conseguiu que pagássemos apenas, apenas… Tchan, tchan, tchan, TCHANS!! Quinhentos baths!
Só sei que no final eu não fiquei injuriado não, cara! Acho que tudo que aconteceu, todo o dinheiro que nos roubaram, faz parte da história. Os caras ficaram chateados, mas eu fiquei de boa. Pô, meu amigo, paguei algo como trinta reais pra ver vários shows diferentes! Um show das meninas jogando ping-pong, um show das garçonetes e um show do turco desesperado! Sério, doido! Eu ri demais depois, lembrando da situação!
No final, pra fechar com chave de ouro, o turco ainda vem pra gente e fala:
– Cara, eu nem sei porque a gente ficou com medo… Depois eu fique pensando… Era só a gente ter ligado pra polícia…
Meus netos, definitivamente, vão ouvir essa história várias vezes…
Presepadas em Bangkok – Introdução (Ui!)
O blogueiro volta à Bangkok
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Na Kao San Road, todo dia e’ dia pra se fazer amigos. Conheci essa galera todinha por la. |
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Cardapio na Kao San Road nem sempre e’ um dos mais comuns |
Mochila Bumerangue

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No comeco estavamos assim
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No final estavamos assim
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Ayutthaya
Certo dia, Nicknack, o cara que me hospedou enquanto estive na Tailândia, resolveu convidar todo mundo pra poder visitar essa tal cidade. Ele convidou a mim, José (paraibano que conheci em Bangkok, aquele que aparece comendo gafanhoto comigo), uma alemã e um tailandês companheiro de quarto dele. Eu não sabia que cidade era aquela, tampouco porque era tão importante. Acabei indo só porque a maioria da galera iria. Fui, digamos, na onda. Vou te dizer, não me arrependo nenhum pouco de ter ido, viu? Depois dos templos do Camboja e de Katmandu no Nepal, foi o lugar com ruínas históricas que mais me impressionou.
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– Gente, por favor, nao falem alto! Desse jeito voces vao acordar o gatinho! – acredita que a gente teve que escutar isso quando fomos pagar nossa entrada?
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Alguem sabe me informar aonde fica o Mac Donald’s mais proximo? |

Pra não me alongar muito, gostaria de citar apenas algo que me chamou à atenção. Em quase todas as construções havia estátuas de Buda de cabeças cortadas. Comecei a ler as placas informativas e segundo tais fontes, as cabeças foram cortadas pelos Birmaneses (hoje Mianmar) ao invadir Ayutthaya.

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Uma das cabecas cortadas acabou sendo envolta por raizes de uma arvore num fenomeno muito interessante. |
Quando os Birmaneses chegavam às cidades tailandesas, os bichos zoavam geral. Queimavam tudo e cortavam as cabeças dos Budas. Eles faziam aquilo que eu já explicava no post da Coréia do Sul e que era o esporte favorito dos japoneses: Queimar os templos dos outros e perturbar a paz alheia.
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Budas de cabecas cortadas
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Mas uma coisa me chamou ainda mais a atenção nessa história do “queima o templo deles”. Pô, se os Birmaneses eram Budistas também, porque diabos eles queimavam templos e cortavam cabeças de Budas, profanando a sua própria religião?
– Eles faziam isso porque os Birmaneses são uma cambada de filhos de umas putas.
Nada como a resposta certa pra pergunta errada.

Um maranhense, um paraibano, um elefante e uma câmera digital
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Galera que foi pra Ayutthaya dormindo na casa de Nicknack
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Sim, o tigrinho ficou tentando comer a minha bermuda jeans. A melhor foto que deu pra tirar com ele foi essa. |
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Eu acho que eu vi um gatinho
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Um passeio de elefante, é assim: Ele anda, anda, anda, anda. Pára pra comer um pouco, anda, anda, anda. Faz uma curva e anda, caminha, anda, caminha e… E? Tchan, Tchan, Tchan, TCHANS!!! E ANDA!
Doido, eu vou te dizer, eu NUNCA passei tanta raiva na minha vida! Cara, andar de elefante foi uma das coisas mais CHATAS e ENTEDIANTES que eu já pude ter o desprazer de fazer! Algo como uma aula de botânica sobre o ciclo reprodutor das briófitas! Sério, doido!
Cara, não tem nada demais! Você sobe no lombo do bicho, ele anda pra um lado, anda pro outro e pronto, acabou! Mas não é assim, “acabou”. Vinte e cinco minutos andando no lombo daquele bicho me custaram quinhentos baths. Eu disse QUINHENTOS! Cara, trinta reais é dinheiro que só a molesta no Brasil, agora, imagina na Tailândia? Pra vocês terem uma idéia, quinhentos baths pagam 10 refeições num restaurante “padrão”. Depois eu vou falar o que dá pra fazer com quinhentos baths aqui na Tailândia e vocês vão fazer o seu julgamento.
O pior que é isso. Você sobe no lombo do bicho todo empolgado, fica feliz que só mosquito em campo de nudismo, acha que vai ser uma coisa de outro mundo e depois de cinco minutos você enjoa e fica os outros 20 minutos pensando como você desperdiçou dinheiro pra não fazer nada! Até andar de cavalo é mais divertido, já que cavalo pelo menos é rápido e você sente o vento no rosto. Cara, sério, se um dia vocês tiverem a “oportunidade” de andar de elefante, NÃO ANDEM! Paguem pra bater uma foto em cima do pescoço do bicho e peçam pra andar 10 metros. É mais do que o suficiente pra poder se entendiar. As fotos em cima do elefante vocês podem mostram praquele “Zé povinho” que vocês não gostam e fazer inveja neles. Não esqueçam de falar que andaram por quase duas horas e foi sensacional, assim se um dia eles tiverem a “oportunidade” de andar de elefante, eles vão jogar dinheiro fora. Hehehehe.
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O elefante só tem um marfim!! |