Granada – Espanha

Um grande amigo mudou para o Senegal e me convidou para visitá-lo. Separei férias no trabalho e comecei a estudar a melhor rota (leia-se mais barata) para poder chegar em Dakar, capital do Senegal.

Acabou que eu vi que a melhor forma seria viajando para Madrid e depois pegar um voo para Dakar com conexão em Lisboa. Não, comprando o voo Lisboa-Senegal não saía mais barato que Madrid-Lisboa-Senegal, de forma que comprei uma passagem Brasília-Madrid e outra Madrid-Senegal. Como já estava viajando para a Espanha mesmo, resolvi fazer uma viagem que fazia alguns anos que estava nos meus planos, visitar a Andaluzia na Espanha, mais precisamente a cidade de Granada. Entre Brasília-Madrid e Madrid-Senegal resolvi deixar um espaço de quatro dias e vamos para Granada.

Por que Granada

Não sei se vocês lembram do tempo de colégio, mas um dos momentos mais importantes para a história de Portugal/Espanha é o período conhecido como a Reconquista. Depois do início do Império Islâmico os muçulmanos tomaram todo o norte da África e adentraram na Península Ibérica (local onde ficam Portugal e Espanha) e quase a conquistaram inteira. Ficaram nela por quase 1000 anos até que a União das coroas de Castela, Leão e Aragão fundaram a Espanha moderna e foram expulsando os árabes. Granada foi a última “província” árabe a cair e por isso mantém até hoje forte herança muçulmana. Então viajar por Granada é como viajar pelo Marrocos ou pela Argélia só que dentro da Espanha. Além de tudo, em Granada fica uma das maiores e mais impressionantes construções humanas, o complexo de Alhambra, um forte/cidadela de porte impressionante só comparáveis aos fortes que eu tinha visto na Índia. Por isso empacotei as minhas coisas e segue para Granada.

Quando comprei a minha passagem para Espanha eu estava super tranquilo porque eu imaginava que, bem, a Espanha seria quase que um paraíso tropical no meio da Europa. 11 em cada 10 aposentados europeus endinheirados (leia, norte da Europa como Alemanha, Noruega, Suécia e correlatos) sonha em se aposentar e viver nos ares “tropicais” da Espanha, pelo menos era o que eu havia lido. Só esqueci que o tropical para quem tá acostumado com inverno de -20 é diferente do tropical de quem cresceu no Maranhão. Mano! Ainda bem que marquei de encontrar uma amiga espanhola que me alertou que em Granada estaria frio! Eu imaginando que era frio de 15, no máximo de 10 graus. Não! No dia em que eu iria chegar, no horário em que eu iria desembarcar do aeroporto 1a temperatura seria de MENOS DOIS graus!!! Pense no desespero!

Um pouco do “tropicalismo” que encontrei em um dia de sol de Granada
Com a responsável por eu não morrer de hiportermia na Espanha

Sai catando todas as luvas, cachecóis, gorros e o que mais eu pudesse achar pela frente em casa para poder levar já que, bem, eu não tenho casaco de frio para isso. No final passei algum frio, mas foi só por uma calça por cima da outra e várias camisas que deu para se virar.

Graças a minha amiga Elena também descobri um dos mais interessantes e legais costumes de Granada, as tapas com bebidas que irei explicar no próximo post

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