Perambulando por Ljubljana – Eslovênia

Cara, como já disse, não ocorreu nada de muito diferente nessa semana que passei em Ljubljana, pois estava lá tentando ao máximo recuperar as energias que tinha perdido. Eu basicamente só saía de casa pra ir no supermercado, comprar alguma coisa pra comer e voltar. A única coisa que merece destaque foi que depois de uns três dias que havia chegado, a Tanja me falou que iria rolar uma aula experimental de capoeira e perguntou se eu não queria ir. Pô, depois de jogar capoeira na Síria e em Mumbai, já era a hora de tentar a sorte na Eslovênia, né? A probabilidade de encontrar mulheres loiras, lindas, de olhos claros e pagando pau pra brasileiros seria bem alta numa aula de capoeira na Europa Oriental, ou não? “Topo, topo, por que não? Vamo cair pra dentro…”

Fomos eu e ela pra aula de capoeira e, como previsto, foi tudo o que eu estava esperando. Rapaz, imagina o Éden? Pois aquilo era um pouquinho melhor… Mermão, mas SÓ TINHA MULHER no lugar. De homem só tinha eu e mais um outro cara por lá. Era aquele plantel de mulheres lindas e loiras doidas pra saber um pouco mais daquilo que parecia ser algo tão exótico para elas. Eu, claro, coloquei o meu agasalho do Brasil nas costas e já caí pra dentro. Escolhi uma moreninha dos olhos azuis como parceira de treino e fiquei tentando trocar uma idéia com ela. No final, foi tudo como eu estava esperando, excetuando o quesito “meninas pagando pau pra brasileiro”. Tentei de toda maneira conversar com uma, com outra, com outra, com outra… E no final acabei chupando dedo… Acho que eu fui tão afoito que eu nem consegui achar nada. Eu parecia mais criança em loja de doce, não sabendo pra onde ir. Acho que se eu fosse um negão que realmente tivesse uma cara de capoeirista, não essa cara de pangaré velho que eu tenho, eu talvez conseguisse alguma coisa… Ainda tentei trocar uma idéia com a instrutora, sem querer nada demais, só curiosidade pra saber se ela falava português ou se tinha morado no Brasil, mas a mina foi mó estranha. Foi falando comigo, assim, já querendo ir embora. Depois que algumas pessoas foram me falar que ela tinha brigado com o único instrutor de capoeira brasileiro da cidade, que foi mestre dela, porque ela ia abrir uma escola de capoeira e parece que ia levar aluno dele. Boto fé que ela ficou preocupada de eu ser amigo dele, só pode ter sido isso pra mina ter sido tão esquizofrênica ao falar comigo.

BALADA AÍ VAMOS NÓS

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Olha como a caipirinha é bem feita na Eslovênia, rapaz…

Bem, depois de mais ou menos uns cinco dias em Ljubljana dormindo mais que uma pedra, eu já tava começando a ficar com vontade de fazer algo. Graças a Deus o fim de semana vinha chegando e, bem, acho que não preciso explicar mais nada, né? Tanja me convidou pra poder sair com umas amigas dela pra uma balada já que estávamos em plena sexta feira à noite. Acho que não seria de todo mal fazer isso, né? Nos arrumamos e descemos pra algo como um “esquenta” que ia rolar na casa de uma das amigas dela. Quando chegamos, como não podia deixar de ser, SÓ TINHA MULHER. Rapaz, isso parecia ser uma constante naquele país. Todo lugar que eu ia parecia SÓ TER MULHER. Eu ficava pensando como é que eles faziam pra poder se reproduzir por lá. Se era algo parecido com a lenda das amazonas ou algo assim… A dona da casa era uma menina MUITO gente boa e que dizia ser descendente de ciganos, talvez por isso era a única “não-loira” da casa, tinha só cabelos castanhos (A Tanja estava com os cabelos castanhos, mas porque ela pintou). Ela dizia que era cigana e que tinha uma filha do tempo do relacionamento que ela teve com um sérvio (destaque pro fato de que ele não era esloveno, ele era sérvio. Já falei, aquele país SÓ TINHA MULHER!), chegando até a ser casada com ele. Perguntei onde estava a filha dela e ela disse que ia chamar. Ela assobiou, pisou duas vezes no assoalho e gritou um nome eslavo lá que eu não lembro. Fiquei pensando: – Rapaz, nesse país esse povo é todo doido. Eles chamam o filho como quem chamam um cachorro!! Depois de um tempo apareceu a “filha” dela. Na verdade era realmente uma cachorra, eheheh. Uma cocker spaniel preta. Quando a cachorra veio chegando ela me falou: – Esse é o filho que dá de uma mistura entre uma cigana e um sérvio. Sai uma cocker spaniel dessa… Huhaeuhaeuheaea. Depois de ser apresentado à dona da casa, passei por aquele corredor polonês… digo… corredor esloveno e fui sendo apresentado a todas. Até que uma veio pra mim e perguntou: – Tu és brasileiro? Opa, essa aí já vai ser a primeira a ser degolada – pensei – Sou sim, por quê? – Ah, faz um favor pra gente? Faz umas caipirinhas? Lá na cozinha tem um balde de limão, um outro de gelo e uma cachaça. Fica lá fazendo? Er… hum… bem… não teve como negar. – Ta, deixa eu ir lá. E lá foi o idiota do “brasileiro” para os fundos do apartamento enquanto todas aquelas eslavas se embriagavam na sala. E assim acabou a minha noite no esquenta. Fazendo caipirinha atrás de caipirinha. Virei mão-de-obra escrava. Há ônus e bônus em ser brasileiro. Dessa vez eu fiquei com o ônus.

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O idiota na cozinha fazendo caipirinha

Descemos depois para a balada e posso dizer que foi bem da hora. Logicamente, pros mais afoitos, não vou dizer se peguei alguém ou não, não faz parte da política do blog. Mas enfim, me diverti bastante. A noite na Eslovênia é realmente bem legal. No outro dia de manhã também houve um passeio, mas isso é assunto pro próximo post.214a7-sdc11825 (1)6a72a-sdc118324c337-sdc11815

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6 comentários em “Perambulando por Ljubljana – Eslovênia

  1. Devia ter chamado as meninas pra “ensinar” a fazer caipirinha, bobinho!

    Achei interessante vc comentar do desgaste da viagem. Eu viajei pela América do Sul por pouco mais que um mês via CS e cara, tinha dias que eu ficava MUITO cansada. Me hospedei em hostel em umas 3 das 20 cidades que passei, e simplesmente porque queria um tempo pra mim. Queria dormir e acordar a hora que eu queria, não ter que conhecer ninguém ou fazer sala, bem antisocial mesmo hauahauahuah
    Tenho vontade de fazer a volta ao mundo, mas penso muito se não ia me encher de viajar no meio da viagem. Isso sem falar em fazer e desfazer o mochilão o tempo todo, outra canseira, né?

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  2. “Eu parecia mais criança em loja de doce, não sabendo pra onde ir.”

    Desesperado! hahahahaha

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  3. A Paulistana disse tudo.

    hehehehehe

    Cara, deixa eu te fazer um pergunta. Mas o negócio é sério mesmo, daí se quiser esponder na sessão “Comentários Comentados” ou por outro meio, agradeceria de verdade.

    Ano que vem pretendo passar uns 5/6 meses na Alemanha, estudando lá (intercâmbio pela Faculdade mesmo). Daí o lugar que eu pretendo ir já vi que é meio embassado de arranjar moradia estudantil.
    Daí, pão-duro/pore como sou, estive matutando: será que rola de conseguir moradia via couch surifing por quase meio ano?
    No caso, lá na região de Frankfurt, vi que é bastante movimentado no http://www.couchsurfing.org mas 6 meses eu tô ligado que é embassado.

    Enfim, la pergunta: na tua experiência (melhor brazuca rankiado), você acha que rola de descolar um couch desses? Ou um bem bolado, do tipo eu ajudar nas despesas extras, ou conseguir uns 2 por 3 meses…

    Só.

    De resto valeu a menção lá nos Comentários Comentados.

    E Parabéns atrasado. O/

    Abração

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  4. Primeiro comentário! Menino do céu…..qnto tempo foi essa volta ao mundo???? Vc ainda está na estrada (desde 2008)? Ou ja retornou e continua escrevendo daqui?

    Tantas perguntas ne??? Foi mal….planejando e sonhando com a minha viagem….daí gostaria de saber qnto tempo durou a sua..?

    Abracos! Carina – Recife

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  5. ” não vou dizer se peguei alguém ou não, não faz parte da política do blog”…. Isso eh papo de quem pegou e tá dando aquela desguiada pra certas pessoas nao verem… muhahahaha

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