Bonito, Mato Grosso do Sul – Águas Cristalinas – O que fazer por lá

Sempre nutri um grande desejo em visitar a cidade de Bonito. Adoro atividades na água e Bonito acho que seria o lugar perfeito pra poder fazer isso.

Tirei alguns dias de férias e fiz uma das maiores besteiras possível: ir em alta temporada pra uma das principais atrações turísticas do Brasil. Depois explico. Peguei o meu voo para  Campo Grande e por sorte consegui um couch. No outro dia de manhã. Na rodoviária, comprei o meu bilhete e fui obrigado a esperar por um pouco mais de meia hora antes do ônibus poder sair. Como não tinha o que fazer, comi um sanduíche por uma banca qualquer e depois passei em uma agência de turismo pra levantar algumas informações e também passar um pouco o tempo. Quando cheguei lá fui conversar com o atendente e ele já veio com aquele papo: “Ãhn? Indo pra Bonito em alta temporada? Rapaz, é melhor você reservar logo. Tenho um albergue aqui que só tem uma vaga e vai que tu não consegues um lugar pra ficar. Bonito é um lugar muito pequeno e que fica cheio muito rápido, pode ser que tu fiques na rua e pá pá pá… Pega meu albergue, que não sei o que…” e coisas do tipo que eu já estava acostumado. Pensei: “Arf… mais um que tá doido pra passar a perna em mim. Reservar um quarto de um albergue ao dobro do preço, pegar a diferença e fazer uma grana comigo… Sem chance”. O problema era que quanto mais eu conversava com ele, mas ele parecia sincero em me falar que era loucura chegar a Bonito em pleno mês de janeiro sem antes ter conseguido alguma acomodação. Ele parecia como todos canalhas que sempre me enganaram enquanto eu viajava, com a diferença que parecia bem mais sincero.

CHEGANDO A BONITO

Peguei o busão e cheguei a Bonito mais ou menos pela hora do almoço. Como de praxe, em todos locais que já viajei e não consegui achar couch, saí perambulando pela cidade, batendo de pousada em pousada pra ver onde iria ficar. Geralmente, quando viajo, a minha estratégia é a seguinte. Vou a uma pousada que parece bem chique, depois vou na que parece a pior da cidade, vou em uma média e em mais umas outras duas. De posse de todos esses preços, vejo mais ou menos quanto é a média e assim tento achar um preço que eu queira pagar. Pois é… Só tinha um problema, toda pousada que eu batia e perguntava “Tem vaga?” a resposta indubitavelmente era “Não!” e lá ia eu pra outra pousada. E nessa de “tem vaga”, “não”, “tem vaga”, “não”, “tem vaga”, “não”, comecei a ficar preocupado em realmente não achar uma pousada e ter que dormir na rua. Pode parecer que eu estou inventando, mas não, cara, é realmente isso mesmo. Não é que estava muito caro! Era que não tinha mesmo!

Cheguei a Bonito numa quarta feira e realmente não conseguia achar um lugar onde pudesse ficar. Cada pousada que eu passava e não tinha vaga, lembrava do cara da agência de turismo que, pro meu desgosto, dessa vez não estava mentindo. Ainda tentei ir ao albergue que ele havia me falado, mas, no intervalo entre eu falar com o cara da agência e chegar a Bonito, a única vaga do albergue em quarto coletivo foi ocupada. Caminhar, caminhar, caminhar… Até que fui chegando no fim da cidade, em uma estrada de terra que desbocava em uma pousada um pouco afastada da cidade. Fui caminhando e cada vez que chegava mais perto, mais assustadora ficava a pousada. O local era meio caindo aos pedaços, com paredes descascadas, portão de ferro enferrujado e coisas do tipo. Aquela típica casa de filme de terror. Cenário perfeito pra poder achar um quarto barato.

Bati uma foto da pousada para postar no blog

Fui atendido por uma senhora até um certo ponto simpática que e que foi me mostrar os “aposentos”. Cara, que medo viu? Eu juro que eu achei que ela ia me levar pra uma catacumba ou algo assim. Quando desci, que liguei a luz, ela nem acendeu! As luzes estavam queimadas: “Faz tempo que ninguém se hospeda aqui, né senhora?” “Ah sim, mas eu te dou um desconto!”. Rapaz, mas ainda bem que não funcionava as luzes, pq eu teria medo de ver aquele quarto, o banheiro chega tinha teia de aranha pelos boxes. Lógico que não aceitei o quarto, mas depois fiquei pensando que se fossem nos meus tempos de mochileiro se eu não teria ficado lá era de qualquer jeito.

Seus aposentos são por aqui, senhor

Continuei procurando, mas, cara, tava praticamente impossível conseguir um lugar pra ficar. Não é que estava muito caro não, era que não tinha era mesmo! Procurei, procurei, procurei até que por sorte consegui achar uma pousada até relativamente confortável, com um quarto sobrando e com um preço razoável. Cara, eles cobravam 60 reais por dia por um quarto com ar-condicionado, banheiro privativo e cama de casal. Isso seria muito barato pra qualquer cidade turística do Brasil, mas considerando que era Bonito em alta temporada (cara, aquela cidade é MUITO cara em alta temporada!), achei o preço ridículo. Nem tentei barganhar porque realmente era um bom um preço.

No final, a pousada foi boa, mas foi ruim. Foi boa pq eu realmente tive conforto e sempre que entrava no quarto, já ligava o ar-condicionado. Por outro lado, cara, a pior coisa que você pode fazer quando viaja sozinho, é ficar em uma pousada. Você acaba ficando muito solitário. Bicho, toda vez que eu voltava de um passeio, umas cinco horas da tarde, o que me restava era ficar “forever alone” no quarto, lendo os livros que eu tinha salvo no meu Ipad. O albergue era 45 reais, quarto com ventilador, sete beliches no quarto (eu sei que não é necessário falar, mas em um beliche cabem duas pessoas, lembrem disso =P), mas pelo menos eu teria amigos. Além de que me obrigaria a sair, já que quanto mais o seu quarto é desconfortável, mais tempo você quer ficar fora fazendo alguma coisa. Conforto eu tenho em casa. Trocava fácil o desconforto por ter o que fazer a noite, pois pra mim não há nada pior que sentar em uma mesa de bar e ficar tomando cerveja sozinho…

O quarto
Se liga no café da manhã!

BALNEÁRIO MUNICIPAL

Entrada do Balneário Municipal

No meu primeiro dia em Bonito, não me restou muita coisa a fazer. Demorei tanto tempo tentando achar algum lugar pra poder ficar, que acabei por ficar livre só umas três e meia da tarde. Aí já não havia muito o que fazer. Achei que já ia gastar o meu primeiro dia forever alone no quarto quando o dono da pousadinha que eu iria ficar me sugeriu ir ao Balneário Municipal de Bonito. Fiquei meio em dúvida se iria ou não (pombas, a entrada era 20 reais e fechava já 17:00 da tarde), mas depois que ele me falou que trabalhava lá e que poderia me dar uma cortesia, resolvi que iria. Viva o dinheiro público!

Balneário municipal, no site do governo, é assim

Cara, pra quem não sabe o Balneário é o passeio MAIS barato que você consegue fazer em Bonito. Os naturais de Bonito nem pagam entrada, por exemplo. Tá certo que não é aquela coisa ridiculamente barata (só pra vocês terem uma noção, a entrada no Taj Mahal na Índia me custou 30 reais), mas pra Bonito o preço saía quase como um disparate. Resolvi ir. Fiz amizade com um moto-taxi lá que ainda me fez o incrível desconto de um real pra poder me levar e desci pro Balneário. Pois é, cara, pois lá é aquele famoso “barato que sai caro”. Mermão, mas tinha gente, gente, GENTE!! Apinhado de gente pra todo lado! Era farofeiro de um lado cantando pagode, tia gorda caminhando pro lado com a boca cheia de galeto, umas outras garotas de laje pegando sol e por aí vai. Enfim, aquele pandemônio.

Mas na verdade ele é assim

Valeu só pela experiência que pude ter em pela primeira vez poder testemunhar o que é aquela água cristalina de Bonito. Cara, muito lindo! Os peixinhos ficavam bem na superfície da água e dava pra você ver o fundo claramente. Nossa, mas uma piscina não conseguia ficar limpa como aquilo. A imagem era tão clara que até refração não parecia existir por lá. Agora pense, se num lugar, CHEIO de farofeiro, a água era cristalina, imagina como não seria em outros lugares. Sem noção.

Eu fiquei pensando se essa placa quer dizer “Cuidado ao pisar nos degraus” ou “Cuidado pra não pisar nos peixes”. Olha o tanto…
Cara, pode parecer que usaram Photoshop, mas não. A água é cristalina  assim mesmo…

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4 comentários em “Bonito, Mato Grosso do Sul – Águas Cristalinas – O que fazer por lá

  1. Foi mediano seu post. Tentando ser “cool” no estilo e tal. Mas dá pra ler de boa. Mas não precisava “os livros que baixei no meu Ipad”. Nossa! Ele tem um Ipad!! E a “forçação” pra mostrar o referido no café da manhã…desnecessário. Mas é aquilo, né? Quem nunca comeu melado quando come, se lambusa.
    Mas valeu. O site é válido.

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