O Livro

Lembro que um ex-professor da universidade dizia que a gente ficava meio besta quando folheava um livro recém-publicado. Achei que só um idiota falaria algo como aquilo para outras pessoas com o intuito de satisfazer o seu ego. Quando recebi as primeiras cópias do livro confesso que fiquei meio besta o folheando e com a certeza que aquele professor continua um idiota, só que não por esse motivo.
Se alguém me perguntasse quando embarquei, há quase dez anos, se hoje eu teria um livro publicado, lógico que eu não imaginaria. Talvez esse seja o meu primeiro passo para a Academia Brasileira de Letras (pombas, se até o Sarney e o Merval Pereira conseguiram, porque eu não?), para um prêmio Jabuti ou no final seja só uma resposta para o “E aí, como foi a sua viagem para a Austrália?”.
Confesso que uns dias antes de decidir publicar eu vinha um pouco desempolgado “Será se vai ser legal?”, “Será se alguém vai querer ler?” “Será se só meus amigos mais próximos vão fingir que gostaram?” – acho que são as perguntas que todo mundo se faz com um livro. Eu lia as histórias e me perguntava isso. Comecei a me questionar se até mesmo valia a pena pagar esse mico. “Poxa, as história de volta ao mundo estão muito mais interessantes! Tem descrição dos lugares, da sociedade, da cultura, da política, da religião… Esses relatos da Austrália não tem nada disso, é só um bando de história boba com um humor adolescente. Será se vale a pena mesmo a impressão?” – era o que eu me questionava antes de imprimir. Fiquei tão inseguro que só imprimi vinte volumes.
Até que um dia desses qualquer, um amigo veio falar comigo no bar: – ´caraca, Maranhão, aquelas tuas histórias da Austrália são muito engraçadas! Que pena que depois você parou de ficar postando presepadas e deu para ficar descrevendo “Ah, a sociedade indiana é desse jeito” “Ah, a economia do Camboja funciona assim” achando que seu blog era Wikipedia. Isso é muito chato! O que eu gostava mesmo era de rir da sua cara quando você se ferrava!”.be537-10666088_10152482030642599_4956837024853495487_n

Estava acabada a minha curta carreira de imaginar que estava contribuindo em algo para a sociedade e lançado o meu livro presepeiro da Austrália.
Vou Guguzar! Agora é um olho e meio no Ibope e meio olho na qualidade! Rebola Malandrinha! Uba uba ê!
E nada me traz mais satisfação do que receber comentários do tipo:
– Claudiomar, eu comprei o livro e deixei aqui no quarto para poder ir lendo aos poucos. Meu pai acho ele, pegou, começou a ler e não me deixou tocar o livro enquanto ele não terminasse!
– Claudiomar, fazia anos que eu não lia um livro. Confesso que comprei o seu só para te ajudar (?!?!), mas depois que eu comecei, cara, li em menos de uma semana!!
– Claudiomar, meu primo tinha comprado um livro e quando fui passar um tempo na casa dele, peguei e comecei a ler. Rapaz, não consegui parar e nem terminar a tempo! Agora vou ter que comprar um, já que não terminei a leitura e ele não quer me emprestar de jeito nenhum!
– Claudiomar, esse teu livro é daqueles que agarra a gente pela goela e só deixa a gente ficar em paz quando termina de ler!
Que logo logo eu possa escrever comemorando os 100.000 livros vendidos! Sonhar pequeno e sonhar grande dá o mesmo trabalho =)
Segue o prefácio:

“Era para ser apenas mais uma viagem de intercâmbio. Acreditou que a vida seria fácil, mas vivenciou todas a dificuldade e agruras de um imigrante em um país estranho. Lavou carros sob os gritos da máfia eslovena, viu sangue jorrar de suas mãos em uma cozinha de de beira de esquina, descarregou sofás em armazéns, lavou pratos, caminhou kms com mais de 10 kgs de panfletos nas costas, fez entregas, carregou placas de gesso com brutamontes ensandecidos, descarregou carretas e carretas, se desesperou devido ao aluguel e até pulou de janelas à la Seu Madruga para fugir do pagamento… Tudo em um espaço de seis meses. As presepadas, que suplantaram em muito suas pequenas vitórias, são narradas com um humor ácido próprio, com o desespero de um jovem de 21 anos, sozinho, a 13 horas de distância de qualquer conhecido e que se apegava às palavras para esquecer os problemas de uma realidade que lhe levou a viver, literalmente, um dia de cada vez. Apanhou, sofreu, quase foi preso algumas vezes, curtiu, riu, e, acima de tudo, teve uma experiência de vida inesquecível. Coloque o seu mundo também em uma mochila!”

Quem quiser uma cópia do livro, basta mandar um e-mail para brejador@yahoo.com.br

Abraços maranhenses

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