Dos países que pretendia fazer longas viagens no mundo, só me restavam Irã e Rússia. Hoje me resta apenas a Rússia.
Quando dizia que estava viajando ao Irã, parecia que estava dizendo que iria viajar ao próprio inferno, indo visitar o capeta. Liga-se o Irã a um país instável e inseguro, mesmo que ele seja uma ilha de calmaria cercado de vizinhos em guerras sanguinárias como Iraque, Afeganistão, Síria e Paquistão. Foi um dos países mais seguros e interessantes por onde viajei.
A civilização persa, que deu origem ao Irã (algumas vezes vou me referir aos iranianos como persas), tem mais de 3.000 anos de história e rivaliza com a indiana e a chinesa como uma das mais antigas vigentes até hoje. No colégio, estudamos bastante sobre os persas. Ciro, Xerxes, Dario, todos eles estão nos nossos livros de história, pois os persas foram os principais adversários dos gregos (basta lembrar que no filme 300, Santoro interpreta Xerxes, um imperador persa), depois foram conquistados pelos Macedônios liderados por Alexandre e no final foram um dos principais rivais dos romanos, sem nunca terem sidos conquistados por eles


E se formos pensar só no território do Irã, aí são mais de 6.000 anos de história, pois basta lembrar que o conceito de civilização humana nasceu ali do lado, entre os rios Tigres e Eufrates, bem pertinho, no Iraque.

Para ter um pouco mais de noção, o Irã é hoje o 18º maior país do mundo, com a 17ª maior população (mais ou menos 80 milhões como a da Alemanha) e a 29ª economia do mundo.
Decidi fazer essa viagem ao Irã ainda este ano porque um amigo meu diplomata, o Ciro (nome de um imperador persa também), foi transferido para cá e tava querendo viajar pelo país. Foi uma ótima oportunidade.