Surpresas do Golfo: Desvendando o Encanto Inesperado do Bahrein

O Bahrein foi mais um daqueles países que eu viajei sem dar nada e acabei gostando para caramba do lugar.

Na verdade, o Bahrein é uma ilhazinha de nada, para se ter uma noção, ela é menor que a ilha de São Luís, e por isso eu imaginei que não iria ter muita coisa para ver por lá. Ledo engano.

Na primeira noite que eu cheguei lá eu já fui direto para o Museu Nacional do Bahrein. Como eu cheguei já de noite, um gordinho que parecia ser o gerente do lugar me deixou entrar sem pagar o tíquete. Isso conta como vitória, porque tudo no Bahrein é caro como só o diabo e eu nem quis saber quanto precisa pagar. Valeu gordinho.

Quando eu entrei no museu que eu pude ver o quão completo era o museu e o quão rica é a história do Bahrein. Existem registros de civilizações no Bahrein há milhares de anos atrás, desde a época do bronze. Na verdade, os povos que habitavam o Bahrein eram conhecidos como Dilmun e já fazia comércio com o povo da Mesopotâmia uns 3000 anos antes de Cristo. Isso ocorria devido a posição estratégica da ilha do Bahrein logo na entrada do Golfo Pérsico. Na verdade, há historiadores que defendem que as histórias bíblicas do Dilúvio e do Jardim do Edén tiveram como inspiração eventos climáticos ocorridos no Bahrein.

Museu do Bahrein

Alexandre o Grande não chegou a invadir o Bahrein, mas historiadores gregos já mencionavam essa região dando o nome dela de Tylos. Historiadores romanos também citavam “Tylos”. Ambos, gregos e romanos falavam das pérolas produzidas naquela região.

Devido também a esse posicionamento estratégico, os portugueses, sempre eles, montaram um forte durante o Império Português e por lá ficaram até o esfacelamento do império no século XVII. Os portugueses foram expulsos pelos persas (o atual Irã) e depois disso a região voltou ao seu marasmo econômico. Depois da expulsão dos portugueses o Bahrein vivia basicamente da produção de pérolas marinhas. Segundo o próprio museu do Bahrein, em 1905 havia 17.500 mergulhadores de pérolas em uma população de apenas 99.000 baremitas. Só para se ter uma ideia, o primeiro hospital do país só foi construído em 1902. A primeira escola no país só foi construída por volta de 1920. Antes os poucos lugares que tinham alguma educação eram para estudar o Alcorão.

Se liga no shape desse campeão. Ele tinha uma loja de alfataria. Até hoje eu tou tentando entender o que ele tem na cara.

Tudo isso vem a mudar com a descoberta que a ilha do Bahrein, como tudo naquela região, praticamente boiava em cima de petróleo. Quando o petróleo começou a jorrar tudo mudou e hoje o Bahrein é um dos países mais ricos do mundo e com um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).

E sim, também no Bahrein há indianos, filipinos e toda sorte de asiáticos para fazer os trabalhos manuais. Interessante que alguns indianos me falaram que você pode até se tornar cidadão do Bahrein depois de alguns anos (acho que era algo como 20 anos). Para isso bastava não cometer nenhum crime e comprovar que você tinha uma leve renda acima de 800.000 reais. Anima?

Banco “indiano” no Bahrein. Pelo que me falavam, o comércio no Bahrein é todo dominado por indianos

Apesar de achar que não ia ter muita coisa para se ver, eu acabei curtindo bastante o Bahrein, tanto pela sua rica história quanto pelo forte português que a gente pode visitar. O forte é uma das principais construções históricas do país e é super bem preservado. A única parte ruim é que o país é BEM caro, então não dá para ficar muito tempo por lá sem ir quase a falência. Para piorar não tem metrô, então ou é no Uber ou no busão. Mano… dinheiro foi embora ali…

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