Veneza – Apesar de clichê, vale muito a pena visitar!

Ah Veneza!
Cara, quando desci da estação de trem e pisei meus pés pela primeira vez naquela cidade eu não acreditava que estava lá. Eu estava em Veneza! A cidade-palafita mais famosa e chique do mundo. O destino preferido dos enamorados! Cara, até hoje eu me questiono se realmente visitei a cidade, viu? Veneza é linda DEMAIS! É fantástica! Imagine uma cidade onde as pessoas apenas trafegam a pé ou em barcos?
Essa é a primeira imagem que você vê em Veneza. Porque? Porque é a primeira ponte em frente a Rodoviária =)

Eu não sei de onde veio todo esse meu fascínio pela cidade, mas acho que um dos motivos foi quando eu joguei Tomb Raider II no meu falecido Playstation One (que Deus o tenha) e uma das fases do jogo era jogada em Veneza. Lembro que a personagem do jogo poderia se movimentar pela cidade apenas nadando pelos seus canais. Fiquei fissurado em imaginar uma cidade como essa (imagina? “Ê brother, vou dá uma chegada na tua casa aí! Tou só colocando um calção de banho!”), mas depois fiquei triste por saber que isso só acontecia no videogame. Por quê? Bem, porque aqueles canais são sujos e fedem mais do que peido de gambá! Apesar de não poder nadar nos canais, Veneza ainda me encantava.

Cara, tem um papel de fundo da Microsoft que é IGUALZINHA essa parede aí, não?
Bem, Veneza é na verdade um arquipélago com centenas de ilhas. Uma das explicações para o surgimento da cidade sugere que ela nasceu quando italianos fugiam das sucessivas invasões de povos germânicos e da Europa Oriental. Por ser um arquipélago com canais rasos, é muito difícil trafegar por lá. É necessária muita experiência e conhecimento do terreno para não encalhar nos diversos bancos de areia que existem. Devido a isso, Veneza era uma fortaleza quase que inexpugnável! Vai um enxerto da Wikipedia que eu peguei explicando isso:
“Veneza está rodeada de lagoas de pouco profundidade, e isso valeu-lhe sempre como excelente defesa. Nas suas águas encalhavam facilmente os navios que não conheciam os fundos. Era também uma cidade entrincheirada protegida por grandes muralhas. As “muralhas” de Veneza são os perigosos bancos de areia que ficam quase a descoberto na baixa-mar. Para chegar a Veneza vindo do mar Adriático, é preciso conhecer as passagens, que em tempos de paz eram assinaladas com fileiras de estacas com luzes à noite.”
Só uma outra curiosidade acerca de Veneza. Você nunca parou pra pensar na semelhança do nome “Venezuela” e “Veneza”? Sim, não é mera coincidência. Américo Vespúcio, quando navegava pelo continente americano, deu esse nome para a Venezuela devido às diversas aldeias palafitas que encontrou por lá. Sim, palafita aqui no Brasil é feio. Na Europa é ser chique. Pense nisso se você mora numa palafita…
Veneza foi durante séculos um importante ele de ligação entre o Ocidente e o Oriente, pois fazia parte da Rota da Seda. Inclusive um dos seus mais ilustres filhos, Marco Polo, ficou famoso por percorrê-la algumas vezes.

Uma coisa que eu achei interessante foi a total inexistência de carros pela cidade. Eu, pelo menos, fiquei um dia inteiro em Veneza e não consegui ver nenhum carro por todo esse tempo, até porque, não há ruas por lá. Depois lendo um pouco pela Internet, vi que Veneza é oficialmente a maior região livre de carros de toda a Europa. Outra característica interessante da cidade é que Veneza é um dos destinos preferidos para os casais em lua-de-mel. Por todo o momento em que você está caminhando por lá, é possível ver gôndolas passeando pelos canais com casais apaixonados e, claro, o gondoleiro olhando só pra frente. Realmente bem parecido com o cassino que visitei em Macau.

E as gôndolas rachando de ganhar dinheiro. Aqui, um engarrafamento

Teve um amigo meu que teve uma experiência parecida com essa em Veneza, mas no melhor estilo daquela propaganda “Você QUASE foi promovido”.

Ele tinha uma namorada e havia combinado com ela de se encontrarem em Veneza para passar uns românticos dias juntos. Compraram passagem e dias antes deles viajarem, eles brigaram, terminaram o relacionamento e o cara acabou indo sozinho para lá. Diz que foi a PIOR experiência que ele já teve na vida dele. Ver aqueles casais apaixonados pelas gôndolas e ele com o coração partido.

Esse casal aí, coitado, gastou todo o dinheiro que tinha da lua-de-mel na passagem. Acabou tendo que comemorar mesmo numa ponte qualquer. Não tiveram a mesma sorte do casal de baixo que pôde pagar por uma gôndola.
Em Veneza também tive uma das experiências mais engraçadas do meu blog. Estava andando de boa em um das várias praças de Veneza quando ouvi alguém chamando o meu nome. Eram dois leitores do meu blog e a história vocês podem checar por aqui. Só sei que ficamos o dia inteiro juntos caminhando por lá.

Visitamos a Basílica de São Marcos, de influência bizantina e bem parecida com a Hagia Sofia, uma das construções arquitetônicas mais famosas de toda a Europa. A basílica de São Marcos fica na Praça de São Marcos, tecnicamente a única praça de Veneza (já que as outras “praças” são chamadas de campos) e um dos lugares mais LOTADOS de toda a Europa. Rapaz, mas tem gente, GENTE, naquele lugar! Vocês não imaginam o mundaréu de gente e vozes conversando. Barulho de vuvuzelas é fichinha comparado com o que você escuta por lá.

Praça de São Marcos
Ficamos dando umas voltas por lá e algo chamou a nossa atenção. Tinham uns negões bem altos caminhando pra cima e pra baixo com o que pareciam ser sacos com coisas dentro. Resolvi seguí-los pra ver de qual era. Caminhei um pouquinho até que um deles parou, olhou pra um lado, olhou para o outro e abriu o saco no meio da rua. Eram diversas bolsas de mulheres que eles ficavam vendendo pras turistas que passavam. Cara, era muito engraçado. Eles ficavam lá vendendo as bolsas, mas com um olho no peixe o outro no gato. Quando passava um policial por perto, eles ensacavam tudo e saiam caminhando em passos largos. Apesar de parecer ser uma atividade ilegal, ambulantes no meio de uma cidade turística como Veneza, os policiais pareciam não se importar muito com os vendedores. Na verdade eu vi até um policial caminhando por dentro de um loja pra tentar dar um bote em um dos africanos, mas quando ele viu o policial, saiu correndo com medo de ser pego. Parecia um jogo de gato e rato, um eterno Papa-Léguas veneziano.
Lá vem o Rápa!

Os guardinhas pareciam não querer sofrer o desgaste de levar alguém preso em uma das zonas mais turísticas da Europa. Além de que, bem ou mal, eles estavam trabalhando, apesar de na ilegalidade. E ficava nessa putaria, um fingindo que não estava acontecendo nada e o outro mais agoniado que barata de cabeça pra baixo.

Ficamos andando o dia inteiro pra cima e pra baixo e quando foi a noite, era chegada a hora de eu pegar o meu trem em direção a Ljubljana pra poder voar para o meu próximo destino: Viena.
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4 comentários em “Veneza – Apesar de clichê, vale muito a pena visitar!

  1. Grande Claudiomar!!
    Adorei as explicações sobre Veneza!! Cara, por coincidência, Veneza foi a cidade que eu escolhi para indicar aos leitores do jornal Estado de Minas.. kkk
    Adorei as fotos comigo e a lembrança do nosso encontro ao acaso!! ahha
    Abração!!

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  2. Claudiomar,adoro teu blog!Já acompanho há algum tempo!Me diverti muito lendo sobre tua passagem pela Índia e gostei demais de ler os posts sobre a Polônia,deu pra matar um pouco a saudade – tenho amigos por lá e passei um mês viajando por aquelas bandas, em 2008.Sempre bom passar por aqui e viajar com teus escritos! 🙂

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