Israel – Impressões sobre o lugar

Bem, antes de continuar escrevendo o blog, prosseguir para Tel Aviv, Massada e depois para a Palestina, tem várias de impressões que tive de Israel que gostaria de compartilhar com vocês! Pra começar, apesar da experiência desagradabilíssima que tive em Jerusalém (depois fui descobrir que aquela menina morava em um bairro ultra-ortodoxo judeu, daí a explicação pra ela ser tão maluca!), sempre admirei a história do povo judeu e de Israel. Cara, em 70 d.C, Tito invadiu e expulsou todos os judeus da Palestina, derrubando inclusive o Templo de Jerusalém. Fugindo de Tito, os judeus migraram para várias regiões do globo. Sofreram diversas perseguições onde aportaram: Pogrom, genocídios, tentativas de eliminação sumária por diversos povos, mas mesmo assim se mantiveram firmes e conseguiram preservar a sua cultura, língua e religião sem nunca abandonar o sonho de um dia voltar para a Terra Prometida. Por dois mil anos eles sempre nutriram o desejo de um dia voltar para onde estão agora, lugar que eles acreditam que os foi reservado por Deus. Por essas e outras que um acordo naquela região é bem mais difícil do que algumas pessoas nos querem fazer acreditar.

Muro das Lamentações, o que sobrou do templo de Salomão destruído pelos romanos. É hoje o lugar mais sagrado para os judeus

Os judeus têm uma característica interessante. Se você não tem religião nenhuma e quer virar católico ou muçulmano, é muito simples. Basta apenas aceitar os ensinamentos da religião, passar por alguns ritos e, pronto, você está convertido. Com o judaísmo, não. Judaísmo é uma religião que é quase como uma etnia. Não sei se é possível “se converter” ao judaísmo, mas sei que o essa religião é meio que hereditária. Para você ser considerado judeu, sua MÃE tem que ser judia. Sim, sua mãe, se seu pai for judeu e sua mãe católica, você não é judeu! Interessante isso, né? Islamismo e Cristianismo são religiões de massa, que tentam conseguir o máximo de fiéis possíveis. O Judaísmo, não! Eles acreditam que foram o povo escolhido por Deus e por isso é mais difícil alguém ser judeu. Eu nunca entendia quando via que era muito fácil você emigrar e viver em Israel se você fosse judeu. Israel é um país rico, logo, eu imaginava que se eu fosse pobre e quisesse morar lá, bastava que eu me “convertesse judeu” e aí mudasse pra lá. Não, é bem mais difícil do que se parece.
Esse aí é sem noção, héin? Até o bonezinho do soldado ele pegou…

Israel não possui uma Constituição propriamente dita. Apesar dos esforços para se escrever uma, nunca foi possível devido a resistência dos judeus em aceitar que um outro livro possa ser mais importante para Israel do que o próprio Torá. Logo, Israel, assim como países como Paquistão e Irã, tem uma forte influência religiosa em suas leis.

Eu não sei o que esse povo tem, mas judeu é um povo que é danado pra saber ganhar dinheiro. Só pra vocês terem uma idéia como esses bichos têm grana e são bem organizados, a Ariel Sharon me falou que quando ela tinha 16 anos, se cadastrou em um programa lá nos Estados Unidos que pagava uma excursão a jovens judeus que desejassem visitar Israel e ver como era o “seu país”. Tudo de graça, “na faixa”, bastava ser judeu! Parece bom, não?
Apesar de ser um país riquíssimo, Israel também possui alguns problemas sociais. Achei interessante que esse senhor pode estar em miséria, mas não sai sem o seu kipá na cabeça..
Outra curiosidade, mas isso foi o namorado de Ariel Sharon que falou não sei se é verdade, é que em uma das leis básicas de Israel diz que “é proibido possuir, ter ou criar porcos na terra santa de Israel”. Judeus não podem comer carne de porco. O que algumas pessoas resolveram fazer pra poder burlar a proibição? Criam porcos em cima de tablados!

 

Deve ser legal ser do Exército de Israel

 

Por último, é impossível falar de Israel sem falar dos Kibutz. Os Kibutz são um tipo de associação que tiveram um importante papel na construção do Estado Judeu. De tendências cooperativas e socialistas (daí o comentário de Ariel Sharon no post retrasado que Israel era um país socialista), um Kibutz é uma forma de coletividade comunitária própria de Israel. No início, como caráter de proteção ou de sobrevivência, os judeus se mudavam para uma grande porção de terra e lá estabeleciam uma associação. Até hoje existem milhares de Kibutz em Israel e eu até troquei uma idéia com um israelense que conheci num ônibus e que havia morado grande parte da sua vida em um. Ele me disse que em um Kibutz moram entre 120 e 150 pessoas e há uma grande divisão de tarefas para se manter a ordem do lugar e, além disso, pasmem, todos doam todo o seu salário para o Kibutz para que depois possa ser dividido igualmente. Tudo isso contribuiu para que os Kibutz fossem bem importantes na construção da identidade nacional de Israel.
Monte das Oliveiras
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Um comentário em “Israel – Impressões sobre o lugar

  1. Sobre os Kibutz, …e hoje contribuem para que a garotada nem queira saber de morar lá. =P

    Mais interessante, sabiam que existe uma cidade-município no Nordeste projetada nos anos 70 e mantida com inspiração nos Kibutz, um município totalmente rural divido em vilarejos agrícolas com foco na plantação de caju.

    Pesquisem “Serra do Mel – RN” aí!

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_do_Mel

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