É engraçado como nesses países minúsculos a noção de espaço é diferente da nossa. Para os granadinos a ilha é grande demais…
Teve um cara que eu perguntei onde era a melhor praia para mergulhar, ele me apontou a praia no mapa, chegou outro e falou, zoando, que aquela praia era um lixo. Quando ele foi embora, o primeiro cara me falou “liga não, ele tá me zoando porque eu sou do litoral do país e ele nasceu nas montanhas” (!!!!). Cara!!! De uma ponta a outra do país, deve ter uns 20 quilômetros!!! E eles se estranhando porque um cara do litoral achava que um do interior não sabia nada sobre praia! Isso quando eu não perguntava onde comprar algo específico e o cara só respondia “Ih, isso só em outra cidade”. Quando eu via, a cidade era a quatro quilômetros de onde eu estava.
Em Granada não tem ônibus, só minivan, o que não quer dizer que não funcione muito bem e nem seja divertido. As vanzinhas são rápidas e totalmente malucas. Os motoristas achavam que estavam pilotando carros de Fórmula 1, um querendo ultrapassar o outro! Falando em transporte, em Granada aconteceu algo que nunca havia acontecido comigo em lugar algum do planeta.
Apesar de eu ter sido enrolado assim que cheguei a Granada por uma dessas vans (inclusive o cobrador ladrão parecia super gente boa me dizendo que poderia conseguir qualquer coisa em Granada dando bastante ênfase no “qualquer coisa”), a melhor lembrança que levo de Granada é a de como um país pode ter pessoas tão simpáticas quanto lá.Eu estava sentado esperando uma van e parou um caminhãozinho do meu lado. Achei que ele estava me pedindo informação, mas só depois que eu vi que ele estava oferecendo carona para mim e para a menina que aguardava no ponto. Eu já havia conseguido carona em outros lugares, porém sempre pedindo, nunca alguém havia parado para me OFERECER carona sem eu pedir. Isso porque o cara ainda foi um pouco além de onde ele estava planejando só para poder me deixar na entrada da praia que eu ia.
COMO CHEGAR À GRANADA
Cara, chegar lá é muito fácil. Existem diversas companhias aéreas que voam para lá. Até voo direto para Miami tem. A maioria dos voos vai ser pela Liat ou Caribbean Airlines. Eu voei de Liat em um aviãozinho que não tinha nem turbina, era a hélice mesmo, mas foi e voltou de boa.
Algo engraçado e bastante burro de minha parte foi que, como eu só peguei voo saindo cedo pela manhã (Essa não foi a parte burra. Fiz isso porque no Caribe você não aproveita a noite e sim o dia. É bom chegar cedo para aproveitar o dia), sempre chegava morrendo de sono no avião esperando dormir. Só que o avião era pequeno e não tinha daquelas poltronas de aeronaves comuns, na verdade pareciam mesmo eram aquelas cadeiras de praia, o que me levou a crer que elas não reclinavam. Só no meu último voo é que eu fui descobrir que elas reclinavam! É, agora saio de idiota, mas eu entrava tão lesado de sono no avião que nunca me passou pela cabeça perguntar à aeromoça como reclinava a poltrona.
COMO TIRAR VISTO
Granada é mais um país da América Central onde não é necessário visto. Você chega ao aeroporto e, pimba!, eles carimbam seu passaporte e é só alegria. Só precisa, como na maioria dos países, ter um lugar onde vai ficar. Aí é só pegar no guia, escrever o nome de qualquer hotelzinho e tá tranquilo. Tecnicamente você não está mentindo, você está escrevendo o lugar que você acha que vai ficar. É o que eu sempre faço
TENTANDO CHEGAR À GRANADA
Cara, não tive sorte com voos. Em toda essa viagem, mais da metade dos meus voos atrasaram ou foram cancelados sempre da pior forma possível.
O voo de Belém para o Suriname atrasou quase oito horas. Tranquilo, segundo o que vi os passageiros falando, não era nem para se estressar, já que a Surinam Airways é famosa por não cumprir horários. Do Suriname para Trinidade e Tobago peguei o primeiro voo do dia. Avião no pátio, impossível dar problema. Bem, como a Surinam Airways é zelosa, fez questão de atrasar em meia hora o voo só para eu achar que a vida não é muito fácil.
Por último houve o voo Trinidade e Tobago – Granada. Voo tranquilo, horário ótimo, cinco horas da manhã. Simplesmente, Deus sabe porque, cancelaram o meu voo e me enfiaram em um outro meia hora depois. Tranquilo se não houvesse QUATRO ESCALAS até eu chegar em Granada. Cara, uma ponta a outra do Maranhão é mais longa do que a distância entre Trinidade e Tobago e Granada, mas ainda assim eu iria fazer um périplo pela América Central que, em horas, daria para cruzar o Brasil de uma ponta a outra. De Trinidade seguimos para São Vicente e Granadinas, depois para Santa Lúcia, depois para Barbados e só depois, quatro horas após, descemos em Granada. Isso não foi uma viagem, foi uma epopeia!
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Essa matéria foi demais parabéns pelo conteúdo !!!!
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Ótimo 👍
Valeu muita gente não sabe como chegar a esse país!👏👏👏👏
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