P.s: Estas duas pinturas gigantes estão hasteadas na principal praça de Esfahan, o principal ponto turístico da cidade e de todo o Irã. O da esquerda é o Ruhollah Khomeini, já morto e o “pai” da Revolução Islâmica Iraniana, e do da direita é seu sucessor, Aiatolá Ali Khamenei, ainda vivo.
Apesar de haver eleições diretas para presidente, decisões podem ser vetadas pelo Aiatolá em exercício. Portanto quem exerce, de fato, o poder no Irã são os Aiatolás, que são idolatrados pelos iranianos mais religiosos. Eles são os “guardiões da revolução” e é possível ver cartazes e fotos dos dois em logradouros públicos, lojas e até casas. Não chega a ser um culto a personalidade como na Coreia do Norte (onde TODO mundo tem as fotos dos “Grandes Líderes”, confira os post aqui e aqui), mas é algo bem forte.
Para mim foi algo mais próximo ao que pude ver em Cuba, onde você não é obrigado a ter as fotos, mas é melhor parecer que gosta deles por via das dúvidas (confira no post de Cuba aqui)
Os iranianos com quem conversei em Teerã, classe média, me disseram que hoje em dia ninguém dá muita atenção a essa questão dos mártires, isso é algo mais do governo mesmo. Me disseram que eles nem reparam mais quando andam nas ruas, só reparam quando um ou outro turista chama a atenção.