Depois de Parságada, seguimos para Esfahan. Ela já foi capital do Irã e hoje é o principal destino turístico do país. Destaca-se a sua praça principal, a segunda maior do mundo (a primeira é a Tiananmen, na China, que é bem mais sem graça). Ao chegar ao Irã, imaginava que, devido a má fama do país pelas nossas bandas, quase não haveria turistas por lá. Ledo engano. Cara, tem hordas e hordas de turistas por todos os cantos nas cidades iranianas que visitei. Nem em cidades brasileiras vi tanto gringo. E não faltam lugares para visitar, pois, com mais de 4.000 anos de história, a civilização persa rivaliza com a chinesa e a indiana em matéria de antiguidade. Esfahan era cheia deles.
Veja a impressionante acústica das mesquitas de lá. Parece que o cara tá cantando com alto falante
Visitamos em Esfahan a impressionante catedral armênia. Há uma comunidade grande de armênios no Irã, principalmente em Esfahan, que tem um bairro armênio e uma catedral cristã (os armênios são em sua maioria cristão, mas não apostólicos romanos, ou católicos, como o Brasil. Eles tem uma igreja cristã própria, a Igreja Apostólica Armênia). Eles foram trazidos por um xá iraniano há mais de 500 anos sob a promessa de terem respeitada a sua liberdade de crença. O xá tinha interesse nas habilidades armênias no comércio e nas artes. A primeira máquina de imprensa iraniana foi inclusive trazida por um armênio. Lá na catedral havia vários documentos assinados pelo xá onde ele realmente baixava leis e normativos dizendo para deixar os armênios em paz, o que parece durar até hoje, já que vários armênios ainda vivem tranquilamente no Irã, apesar da gente achar que o país é cheio de gente maluca.
Além disso, em Esfahan, visitamos os jardins persas que mais gostei. Sim, os iranianos adoram jardins e palácios opulentos, então em toda cidade grande sempre vai haver um grande jardim com palácios opulentos.
Por último, em Esfahan, visitamos a atração turística mais, digamos, singular de minha vida. São as torres balançantes. Um cara sobe em uma torre, balança de um lado e automaticamente a outra balança do outro. Sim, bicho, era isso. O cara não para para pensar que se tem uma torre que balança em uma construção, alguma coisa deve estar ruim. Mas ele vai lá e balança umas dez vezes ao dia sem medo de tudo desmoronar e ele ir abaixo.
Admirei a coragem…