Perambulando por Galle – Cidade histórica do Sri Lanka

Sobre Galle não há muito a se falar. Como iria encontrar com Bruna logo logo na Índia, aproveitei para só descansar um pouco (pombas, apesar de tudo, isso era uma viagem de férias e eu só tinha corrido para cima e para baixo nas Maldivas e, principalmente, Bangladesh) e colocar um pouco da leitura em dia.

Cheguei em baixa temporada, os bares estavam vazios e as praias quase desertas. Fui até a praia procurar um mergulho, era até barato, 35 dólares. Porém, antes de contratar, fui fazer um snorkel. A água estava extremamente barrenta, o que acabou por me fazer mudar de ideia.

PASSEIOS PARA AVISTAR BALEIAS AZUIS, O MAIOR ANIMAL DO PLANETA

Do lado de Galle, em Miritiza, há um dos principais pontos para saída e avistamento de baleias azuis do mundo. No início eu me empolguei, imaginava que iria nadar entre elas mais ou menos como as pessoas fazem nas Filipinas ou no México, mas depois fui descobrir que você as avistava só por cima, sem descer do barco. Daí desanimei na hora. E, assim, barco é até uma bondade você falar. Na verdade, você vai em umas embarcações que mais parecem uma canoa em um “passeio” que dura cinco horas, sendo duas horas para ir e duas para voltar em um mar revolto onde a maioria dos passageiros vomitam o tempo inteiro, parte deles desmaiam e no final, na temporada em que eu estava, não é certeza que você vai conseguir ver as baleias (obviamente eles não devolvem o dinheiro). Ou seja, uma baita roubada.

CONHECENDO O ROCKY CINGALÊS

Cheguei mais ou menos em época de chuva, mas para minha surpresa, não choveu um dia sequer. Na verdade, por toda a região (Índia, Sri Lanka, Bangladesh) não tiver um dia sequer de chuva, sequer chuvisco.

Como era sempre um calor dos infernos no lugar, eu aproveitava para acordar cedo e ir para a praia. Ficava um pouco na areia lendo alguma coisa e tomando uns banhos. Em um desses dias, por volta das seis da manhã, eu estava sentado observando o mar quando começou a tocar uma musiquinha na minha cabeça “…it’s the eye of the tiger, it’s the thrill of the fight… Risin’ up to the challenge of our rival…”. Quando olho pro lado, passa por mim um moleque que mais parecia o Rocky Balboa, mas da finura de um cabo de vassoura. Passou correndo e começou a pular em cima da areia… E o moleque fazia flexão e fazia abdominal e fazia agachamento. Fiquei só observando, mas pensando que podia rir agora, mas quando tinha a idade dele também fazia isso nas praias de São Luís. Depois de uma hora mais ou menos ele se aprochegou para conversar comigo e até que foi bacana.

O moleque era do Sri Lanka, mas fazia parte daquela minoria católica que já havia citado. Cresceu no Kuwait, porque o pai viajou para lá para trabalhar como mergulhador de plataforma de petróleo. Fiquei um tempo conversando com ele, com ele me explicando como era a vida no Kuwait. Cara, era bem complicado crescer em um país árabe e extremamente preconceituoso com estrangeiros como por lá. Dizia ele que quando ia jogar bola com os moleques, levava canelada e ficava caladinho, porque se revidasse era pior, haja vista que no final ia sobrar para ele e talvez pro pai dele. Apesar de no Kuwait ser proibido bebidas alcoólicas, todo mundo bebe, quem tem dinheiro, contrabandeia, quem não tem, faz a bebida em casa com restos de comida.

O moleque se dizia rapper e era engraçado, porque ele também falava e gesticulava como um rapper. Dizia que estava tentando ir para a Austrália porque lá no Sri Lanka se casa por volta dos 20 anos, as universidades eram difíceis de entrar e, ainda assim, um recém-formado ganhava por volta de 200 dólares por mês de salário mesmo em Colombo.

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Há cristão, e muitos, no Sri Lanka

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