Assim que chegamos a Moscou já nos programamos para fazer um dos passeios que eu mais esperava fazer, a visita ao Bunker 42. Um bunker subterrâneo, a 63 metros de profundidade, ele foi construído durante a Guerra Fria para servir como centro de operações no caso de uma guerra nuclear. Coisa de doido, mano!
As paredes deles tinham de largura, um centímetro de aço e um metro de concreto! Ele foi construído por debaixo de uma linha de metrô (você tá lá dentro e fica escutando o barulho dos trens passando) e mantido em sigilo até 1995. Você deve se perguntar “Blz, mas pra fazer um bunker subterrâneo tem que tirar a terra de lá, né? Como é que fizeram um bagulho desses no meio de Moscou e NINGUÉM percebeu?”. Eu também fiz a mesma pergunta pro guia e ele me falou que eles fingiram se tratar de expansão de linhas de metrô e quando ele deixou de ser sigiloso em 1995, o pessoal que morava no bairro ficou MUITO impressionado de saber que tinha um abrigo para se preparar pro apocalipse logo abaixo da casa deles.
O bunker foi desativado depois do colapso da União Soviética devido a falta de recursos para mantê-lo. Porém, com certeza devem haver outros bunkers secretos pela Federação Russa hoje em caso de Guerra Nuclear assim como deve haver nas principais nações militares do planeta. Não duvido inclusive que não há uma no Brasil.
Dentro do bunker há uma réplica da primeira bomba atômica russa. Ela é bem parecida com a bomba atômica que os estadunidenses jogaram em Hiroshima. Segundo o guia, aquilo não era coincidência, já que a bomba atômica soviética foi montada principalmente devido a espionagem industrial contra os Estados Unidos.
Havia sempre por volta de 600 pessoas trabalhando 24 por dia 7 dias na semana. Você nunca sabe quando uma guerra nuclear poderia começar, né? Eles tinham acesso ao bunker por meio de uma entrada secreta que levava ao metrô. Antes de sair, tiravam as roupas militares, colocavam roupas normais e se misturavam no meio do povo no metrô. Coisa de cinema, né?












