Neste vídeo do O Mundo Numa Mochila, compartilho como foi explorar San Francisco, uma cidade cheia de contrastes e histórias fascinantes. Famosa por sua riqueza e organização, a cidade também enfrenta grandes desafios sociais, como a crise de moradia e o uso de drogas. Além disso, você vai me acompanhar na visita a uma das atrações mais icônicas da cidade e do mundo: a prisão de Alcatraz, localizada em uma ilha cercada pelas águas geladas da Baía de San Francisco. San Francisco é linda, mas prepare o bolso! Descubra como a cidade é uma das mais caras do mundo, com preços altos até para as coisas mais básicas, como transporte público e comida. Apesar disso, a visita vale a pena pelas experiências únicas: passeios por ruas famosas, museus interativos de ciência e até táxis com carros autônomos! Um dos momentos mais impactantes foi a visita à prisão de Alcatraz, conhecida como “A Rocha”. Neste vídeo, mostro como a prisão foi construída para ser inescapável e compartilho histórias sombrias dos detentos que passaram por lá, além de curiosidades sobre sua desativação e os desafios de mantê-la funcionando. O passeio é guiado por áudio em português e permite que você mergulhe na história de um dos lugares mais emblemáticos dos Estados Unidos. Também reflito sobre o contraste social da cidade, com muitas pessoas em situação de rua, impactadas pela falta de moradia acessível e pela crise de drogas. Caminhar por San Francisco é uma mistura de admiração e choque, com bairros organizados lado a lado com barracas improvisadas. Aperte o play para explorar San Francisco comigo, aprender sobre Alcatraz e descobrir os contrastes dessa cidade fascinante. Não se esqueça de se inscrever no canal, deixar seu like e ativar o sininho para não perder nenhum vídeo. Tem muita coisa legal por aqui!
Autor: claudiomar23
VIAGEM A ESWATINI| Entre Montanhas e Realeza, a Umhlanga em 2024, a Reed Dance #mbabane #essuatini
Neste vídeo de O Mundo Numa Mochila, eu levo você para conhecer o pequeno e fascinante reino de Essuatíni, um país montanhoso e uma das últimas monarquias absolutistas do mundo. A minha visita aconteceu durante um dos eventos culturais mais importantes do país, o Reed Dance, ou Umhlanga, que celebra as tradições do povo suázi. A cerimônia, realizada todos os anos, é uma experiência única e impressionante, onde milhares de jovens, vestidas com trajes tradicionais, dançam e oferecem juncos ao rei e à rainha-mãe em uma celebração de cultura e pureza. Minha jornada começou em Joanesburgo, de onde viajei com a empresa Transmagnific até Mbabane, a capital administrativa de Essuatíni. Ao chegar, fui surpreendido pelo frio intenso que não esperava encontrar no país. Apesar do clima gelado, Essuatíni me conquistou com a beleza de suas montanhas e a simpatia de seu povo. Além de compartilhar os desafios econômicos e de saúde que o país enfrenta, como a alta taxa de HIV/AIDS e a dependência agrícola, conto como foi vivenciar uma cultura marcada pela presença do rei Mswati III, que governa o país com autoridade há décadas. No vídeo, mostro também minha experiência no Reed Dance, que acontece em Lobamba, a capital legislativa e o centro da monarquia suázi. Cheguei ao evento ansioso para ver a cerimônia, e pude testemunhar a impressionante organização do festival. Enquanto os grupos de jovens desfilavam, o país inteiro parecia parar para acompanhar a celebração. E embora o Reed Dance seja hoje um símbolo de tradição e unidade nacional, ele já teve um passado bem diferente, onde o rei poderia escolher uma nova esposa entre as participantes do evento. As curiosidades de Essuatíni não pararam por aí. Compartilho momentos que me marcaram, como a ausência de táxis convencionais, o preço inacreditavelmente baixo dos mirtilos e a sensação de estar em um país seguro e acolhedor, mesmo com suas complexidades políticas e sociais. Se você tem curiosidade em saber como é viajar para um dos países mais singulares da África, vem comigo nessa jornada fascinante e descubra mais sobre Essuatíni e o encantador Reed Dance! Aperte o play para mergulhar nessa cultura, e não esqueça de se inscrever no canal, deixar seu like e ativar o sininho para acompanhar minhas próximas aventuras pelo mundo!
Descubra a Nicarágua: história, ditadura de Ortega, pontos turísticos e calor infernal

Continuando no meu giro pela América Central, depois de viajar a El Salvador, meu próximo destino foi a Nicarágua. Enquanto El Salvador é fortemente apoiado pela galera de direita, a Nicarágua é exatamente o oposto. Hoje o país é dominado por uma ditadura de esquerda chefiado pelo ditador Daniel Ortega.
Justiça seja feita, o PT se distanciou da Nicarágua há uns dois anos só porque o Ortega resolveu prender opositores, perseguir a imprensa e condenar um bispo a 26 anos de prisão por “traição a pátria”. Essas bobeiras que todo ditador sempre faz. Porém, eu só fico pensando, o que você tem que fazer para um partido como o PT, que apoia abertamente o Maduro e Putin, romper relações com você. De qualquer forma, o embaixador do Brasil foi expulso e Brasil e Nicarágua não tem mais relações diplomáticas de fato. Era esse país que eu tava indo visitar e, o pior, tendo conhecimento de tudo isso que tava acontecendo.

Historia da Nicarágua
A história da Nicarágua teve início com a presença de diversas etnias indígenas, como os sutiavas, chorotegas e nahuas, que habitavam a região antes da chegada dos europeus. Em 1502, Cristóvão Colombo chegou à costa nicaraguense, mas a colonização espanhola efetiva só começou em 1524 com a fundação das cidades de Granada e León. Durante o período colonial, assim como toda a América Central, a economia foi baseada na agroexportação e na mineração e a sociedade foi marcada por uma hierarquia social imposta pelos colonizadores.
A Nicarágua conquistou sua independência da Espanha em 1821 e, após um período como parte das Províncias Unidas da América Central (onde se juntou com quase todos os países da América Central como Honduras, El Salvador…), tornou-se uma república soberana em 1838. O século XIX foi caracterizado por instabilidade política, com conflitos entre liberais e conservadores, além de intervenções estrangeiras, especialmente dos Estados Unidos. O que era mais interessante era que os conversadores se concentravam na cidade de Granada e os liberais na cidade de Leon. Para evitar briga entre as duas cidades, Manágua acabou virando a capital, o que se mantém até hoje. No século XX, o país foi governado pela dinastia Somoza, que estabeleceu um regime apoiado pelos EUA. Aí, teve de tudo, massacre, ditadura, revolução, invasão americana e por aí vai. Até que em 1979, a Revolução Sandinista, liderada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) e por Daniel Ortega, derrubou o regime somozista, instaurando um outro governo ditatorial, mas dessa vez de orientação socialista. Ainda assim, eles trouxeram um pouco de estabilidade.

Após a Revolução Sandinista, a Nicarágua enfrentou uma guerra civil contra os “Contras”, grupos armados financiados pelos Estados Unidos. Em 1990, enfim ocorreram eleições democráticas que resultaram na vitória de Violeta Chamorro e encerraram o governo sandinista. Contudo, Daniel Ortega, retornou ao poder em 2007 e permanece na presidência desde então sempre se “reelegendo” assim como faz Putin e Maduro. Seu governo tem sido marcado por autoritarismo, repressão a opositores e restrições à liberdade de imprensa, levando a críticas internacionais e ao distanciamento de antigos aliados políticos.
Chegando a Manágua
Como todo país ditatorial, eu sabia que a imigração ia ser chata e iria dar trabalho. Geralmente esses países são bem desconfiados com estrangeiros, mas na Nicarágua, isso é meio paradoxal. A América Central e o Caribe dependem muito do turismo para movimentar a economia, então ao mesmo tempo que eles são desconfiados de estrangeiros, eles precisam de estrangeiros. Em um dos quatro checks que eu passei por agentes de imigração, uma oficial resolveu começar a me perguntar para quais países eu já tinha viajado. Falei que já tinha viajado a vários e seria difícil de lembrar. Eis que ela abriu o meu passaporte, começou a ver meus carimbos e começou a me perguntar “Para qual país você viajou em 2023?”. A mulher ficou encucada que eu não sabia responder e toma querer me pôr em contradição. Não adiantou eu falar que eu viajo a vários países por ano, enquanto eu não acertei o questionário dela, ela não me deixou passar. Enfim, no final deu certo.

Saí do aeroporto e, rapaz, parecia que eu tava no inferno. A Nicarágua é quente, QUENTE. Sério, é pior que São Luís. Graças a Deus consegui pegar o meu InDrive (na Nicarágua também o InDrive é mais popular que o Uber) e vamo que vamo.
Dia a dia na Nicarágua
Não sei se já falei, mas a Nicarágua é quente, quente como o próprio inferno. Às vezes eu tava andando na rua e entrava em um supermercado só porque tinha ar condicionado e ficava por lá, andando, só para esfriar o couro.

A população por lá vive mal também. O país em toda sua história viveu na base do chicote de uma ditadura ou de uma revolução. Quando não era levante social, era terremoto, furacão e vulcão. Toda essa verdadeira sopa do diabo fez o país se tornar o segundo mais pobre das Américas, só não sendo pior que o Haiti.
E, cara, você vê pelas ruas que a população vive mal. Os próprios carros que eu andava era tudo caindo aos pedaços. Um desses motoristas era um engenheiro no mais clássico “engenheiro que dirige Uber” como a gente tinha no Brasil. Mas, cara, eu não sei nem como o carro dele saía do lugar, porque era todo caindo aos pedaços e ainda fazia uns barulhos estranhos. Conversando com ele, você percebia que o cara não tinha perspectiva nenhuma de vida, sabe? Me contava que estava triste porque havia perdido o seu emprego numa grande empresa como engenheiro. Quanto ele ganhava? 2000 reais por mês. Vendo aquilo eu entendia por que tinha gente que arriscava tudo e simplesmente tentava entrar nos Estados Unidos, nem que fosse a nado ou caminhando pelo deserto, como vários que eu conheci nessa minha viagem pela América Central e haviam sido deportados.

A pobreza que eu vi pela América Central não era como o Brasil. No Brasil a gente vive ferrado, mas você pode estudar, pode fazer um curso, enfim, você vai levando. O que eu conversava com o povo lá era falta de perspectiva total, nenhuma possibilidade de crescimento. Isso com os Estados Unidos ali do lado. Além de tudo, que, não sei se já falei, lá era quente demais. Meu Deus.

Perambulando pela Nicarágua
Apesar de ser quente como só o diabo, eu gostei bastante da Nicarágua. A população era muito simpática e as coisas eram relativamente baratas. A comida também era muito boa.
O que eu achei interessante é que pela cidade você vê aqueles letreiros “à vitória sempre”, “iremos vencer” e coisas assim. Cara, juro, parecia até a Coreia do Norte. Outra coisa interessante também foi que tinha uma imagem imensa de Chávez no meio de uma das avenidas principais de Manágua.


Gostei também dos diversos lagos que foram formados em bocas de vulcões e que acabam dando uma visão bem bacana e bonita.
Outra coisa que chama a atenção é que por onde você anda em Manágua você vê umas árvores coloridas bregas pela cidade.
Essas coloridas estruturas metálicas conhecidas como “Árboles de la Vida” tornaram-se um dos elementos mais distintivos do cenário urbano de Manágua. Elas começaram a ser instaladas a partir de 2013 por iniciativa da brilhante Rosario Murillo, vice-presidente e, veja você, primeira-dama da Nicarágua. Segundo a grande Rosario, essas esculturas de 15 a 20 metros de altura foram inspiradas na obra “Árvore da Vida” de Gustav Klimt e foram concebidas para simbolizar esperança e renovação. No entanto, sua estética chamativa (eu prefiro chamar de brega) e, principalmente, o elevado custo de instalação e manutenção geram críticas significativas, especialmente considerando o contexto de pobreza do país. Cada mimo desses, cara, custa entre 20.000 e 25.000 DÓLARES, por unidade. Além de que essas árvores custam cerca de 1 milhão de DÓLARES anuais em eletricidade

Durante os protestos de 2018 contra o governo de Daniel Ortega, muitos desses “árboles” foram derrubadas ou incendiadas por manifestantes, que as viam como símbolos do autoritarismo e do gasto excessivo do regime . Apesar disso, o governo continuou a instalar novas estruturas, reforçando seu papel como emblemas do poder político vigente.
Viajando a Granada

Por último, eu tive que viajar para a cidade de Granada, uma cidade histórica que fica do lado da capital Manágua. Eu fui porque todo mundo falava que eu não podia perder de ver a cidade de jeito nenhum. Eu não tava querendo muito ir porque era longe, eu ia perder um dia inteiro e, bem, eu já visitei muita cidade histórica na América Latina, então elas meio que se repetem depois de um tempo, mas vamos lá.
Peguei o meu Indrive, me preparei para enfrentar o calor infernal e vamos que vamos. A primeira coisa que me chamou a atenção é como o povo da América Central gosta do nome “Granada”. É Granada na Guatemala, é Granada na Nicarágua, é país chamado Granada e por aí vai.
Cheguei na cidade e era o que eu esperava. Quente. E nada demais. Mais uma cidade colonial latina americana, mas bem mais ou menos. A cidade de Granada da Guatemala eu achei bem mais legal e ainda tinha umas visões de uns vulcões ao redor que eram bem legais. Ruim não foi, mas não valeu o esforço.

No final, não vou dizer que não vale a pena, mas de todos os países que eu visitei na América Central continental, acabou que a Nicarágua foi o que eu menos me interessei.
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Viagem ao HAVAÍ| O que ocorre quando o Predador te recebe na casa dele #havaí #honolulu
Neste vídeo compartilho uma das histórias mais inacreditáveis e bizarras da minha viagem de volta ao mundo, quando fiquei hospedado em uma casa pelo Couchsurfing no Havaí. Se você já assistiu aos meus vídeos, sabe que eu gosto de explorar o inesperado em cada destino, mas nada me preparou para o que estava por vir nessa hospedagem. O que parecia ser uma estadia tranquila em Honolulu rapidamente se transformou em uma das experiências mais malucas da minha vida! Cheguei no Havaí pronto para me aventurar pelas paisagens paradisíacas e viver um pouco do estilo de vida havaiano. Mas, ao ser recebido no aeroporto pelo meu anfitrião, que, na foto do Couchsurfing, parecia um artista plástico tranquilo, percebi que as aparências realmente enganam. Ele parecia mais o Predador, com seus 13 piercings e estilo punk hardcore! Fui levado para uma casa cheia de personagens excêntricos, como um cara com cinco brincos transversais na mesma orelha e outro com um PhD em matemática, o qual eu nunca imaginaria encontrar nesse cenário maluco. Durante minha estadia, enfrentei uma série de situações bizarras, desde uma casa caótica cheia de revistas de death metal espalhadas pelo chão até um banheiro que parecia saído de um filme de terror, com pelos por toda parte e uma banheira imunda. E, claro, quem não ficaria assustado ao descobrir que o anfitrião era satanista e mantinha cruzes de ponta-cabeça em seu quarto? Foi uma semana de insanidades que me deixou no limite, mas que também me ensinou a importância de quebrar preconceitos e ver além das aparências. Mesmo com todas essas situações assustadoras, Bobby e os outros moradores da casa acabaram sendo pessoas extremamente solícitas e amigáveis, me mostrando o Havaí de uma forma que eu jamais imaginaria. No fim das contas, apesar dos choques iniciais, a experiência acabou se tornando inesquecível e cheia de histórias para contar. Neste vídeo, você vai ver como sobrevivi a essa aventura fora do comum e, claro, todos os momentos inusitados que fizeram dessa hospedagem uma das mais marcantes da minha volta ao mundo. Aperte o play para acompanhar cada detalhe dessa jornada e aproveite para explorar outros vídeos do canal, onde compartilho documentários sobre os 32 países que visitei durante a viagem. Se você curtir esse vídeo, não se esqueça de deixar o seu like para ajudar no engajamento, inscrever-se no canal e ativar o sininho para receber notificações de novos vídeos. Tem muita coisa legal vindo por aí! E não se esqueça de votar nas enquetes para escolher os próximos documentários. Vem viajar comigo em mais essa aventura louca! Kit-viagem, os 11 itens essenciais que sempre levo comigo em todas as viagens e sugiro: 📱📷🎥 Meu celular/câmera __ https://amzn.to/3z9vHkS 📷🎥✈️Minha câmera/drone 360º __ https://amzn.to/3Vu6qcu 💾 Cartão de memória __ https://amzn.to/4eBInRQ 🔋 Meu Carregador Portátil __ https://amzn.to/3zoinc8 🎒 Minha mochila __ https://amzn.to/3KUluLB 🔌 Adaptador de tomada universal __ https://amzn.to/3VPEBwG 👜 Organizador de cabos __ https://amzn.to/45CujmF 🎧 Fone cancelador de ruído __ https://amzn.to/4es6PVH 🛁 Kit de higiene bucal para viagem __ https://amzn.to/3VRm6YB 🔋 Kit de adaptadores para viagem __https://amzn.to/3KZkV2Y 💰 Doleira para esconder o dinheiro __https://amzn.to/3VD0rSG Outros produtos que sugiro: 🎒 Mochila mais barata https://amzn.to/3VTIhh5 🧳 Mala de viagem https://amzn.to/3XAxWYG 💲💲 Quer me dar uma força pro canal para eu sempre produzir conteúdo?💲💲 PIX: claudiounb@gmail.com Inscreva-se no canal para sempre receber atualizações Acesse http://www.omundonumamochila.com.br para ter acesso a essa e outras histórias Nos siga no http://www.instagram.com/omundonumamochila para mais fotos de viagem
El Salvador hoje: seguro, polêmico e cheio de contrastes
Então, respondendo a sua pergunta. A sensação de segurança no país é absurda, você vê meninas andando sozinha nas ruas, pessoas deitadas em banco de praça a noite usando celulares despreocupadas e coisas assim. Ainda tem um ou outro segurança privado na rua andando de escopeta, mas me disseram que isso é mais por conta de costume do que realmente necessário.


Confesso que a única capital na América Latina que eu senti esse nível de tranquilidade foi em Havana, Cuba. O que eu vejo é que El Salvador é hoje a Cuba da direita. El Salvador e Cuba tem problemas de abuso de direitos humanos? Sim. Tem problemas com instituições democráticas? Sem sombra de dúvidas. Principalmente Cuba.

O que eu acho disso? Cara, eu só acho que eu fico muito feliz de andar na rua sem medo de alguém me passar na bala para roubar meu celular. Essa também foi a impressão que eu tive quando eu perguntava sobre Bukele aos salvadorenhos. Todo mundo dizia “Eu sei que ele faz algumas coisas meio diferentes, mas esse país era um inferno de violência antes dele”. Os motoristas de Uber faziam questão de passar dentro das favelas salvadorenhas e me dizer “Há uns anos atrás ninguém podia passar por aqui sem permissão e você não via crianças brincando na rua como vê agora.”
Mas sim, o país continua bem pobre. Na verdade, é um dos mais pobres das Américas. Mais pobre até que o Paraguai. Como eles não tem moeda e usam o dólar para tudo, acaba que as coisas são bem caras. O que eu via o pessoal falando é que depois de Bukele o turismo em El Salvador explodiu (principalmente de americanos que agora tem um país da América Latina para viajar sem medo de segurança), mas as coisas acabaram por ficar bem mais caras. “Tudo me cobram preço de turista” – me dizia um motorista de Uber. Outro motorista de Uber me falou “Temos um ditado em El Salvador que se diz, se eu não trabalho, eu não como. Agora ao menos com a segurança nas ruas eu posso trabalhar e ao menos tentar comer, mas sim, está tudo muito caro”. Queixas de América Latina.
TURISMO EM EL SALVADOR
Sobre a parte de turismo, assim, não é ruim, mas a questão é que a Guatemala e a Costa Rica foram bem mais legais. Em El Salvador tem vulcão, tem parte histórica, tem praia, mas não se compara a Costa Rica e a Guatemala.
Mas ainda assim vale a visita a El Salvador.
O centro histórico de lá é bacana. Visitei o antigo palácio presidencial. É impressionante como lá tem uns relógios que eles ganharam da Espanha que custam a bagatela de milhões de dólares.

Mas o que mais me impressionou é que há um palácio inteiro que simplesmente não serve mais para nada. Sim, o presidente não trabalha nem viver mais lá “Aqui não é seguro, o presidente pode ser atingido por uma bala de um sniper” – me dizia o guia. Então fica aquela estrutura imensa só para a gente ficar fazendo passeio guiado pagando cinco dólares de tíquete. Não deve dá nem para pagar a conta de luz daquele elefante branco.


A Igreja do Rosário é provavelmente o lugar mais inesperado de San Salvador. Por fora, parece um galpão mal acabado, quase feio, e muita gente passa reto sem saber o que tem ali dentro. Mas é só entrar pra levar um choque. O interior é uma explosão de luz colorida passando por vitrais em arcos de concreto, criando um efeito quase psicodélico. A arquitetura é moderna, brutalista mesmo, mas com um toque espiritual que surpreende. Ela foi projetada por Rubén Martínez, um escultor que ignorou completamente os padrões de igreja colonial. E ainda tem o detalhe histórico: foi ali que soldados abriram fogo contra manifestantes durante a guerra civil.

Saindo um pouco da capital, visitei o Lago Ilopango. Ele é uma daquelas paisagens que misturam beleza e história geológica pesada. Ele é, na verdade, uma cratera vulcânica gigante que explodiu com força apocalíptica há mais de mil anos, afetando até civilizações maias na região. Hoje, a cratera virou um lago calmo e bonito, cercado de pequenos restaurantes, vilarejos e pontos de mergulho. O que mais me chamou atenção foi o contraste: você tá ali, tomando uma água de coco, e embaixo daquele espelho d’água tranquilo tá um vulcão adormecido que já causou destruição em escala continental. É fácil chegar até lá saindo de San Salvador, e apesar de algumas áreas serem meio largadas, ainda vale a visita pela vista, pelo banho e pelo contexto todo.


Depois fui ao Puerta del Diablo, um mirante com nome de filme de terror e visual de cartão-postal. Fica nos arredores da capital e dizem que o nome veio de uma lenda local envolvendo pactos demoníacos — mas na prática o que se vê são duas formações rochosas que parecem uma “porta” aberta para o abismo. O lugar já foi cenário de execuções durante a guerra civil, o que dá uma camada a mais de peso à paisagem. Hoje, o clima é bem mais tranquilo: tem trilha, barraca de comida e aquele ventinho constante que dá uma paz danada. Dali de cima dá para ver todo o vale e, se o tempo estiver limpo, até o oceano lá no fundo.



Joya de Cerén e San Andrés são dois sítios arqueológicos que mostram o passado maia de El Salvador — mas com histórias bem diferentes. Joya de Cerén é conhecido como a “Pompéia das Américas”, porque foi soterrado por uma erupção e preservado quase intacto. É um vilarejo simples, com casas de barro e utensílios ainda no lugar, dando uma ideia real de como vivia o povão maia.


Já San Andrés é mais monumental, com estruturas maiores, incluindo pirâmides. O problema é que, em algum momento, alguém teve a brilhante ideia de cobrir as ruínas com concreto pra “proteger” — o que, além de descaracterizar tudo, fez o sítio perder o status de Patrimônio da Humanidade da UNESCO. É o tipo de gambiarra oficial que dói na alma de quem gosta de história. Mesmo assim, vale a visita pra entender como esse passado ainda resiste, mesmo depois de tanta burrada.


Mas sim, adorei a minha visita a El Salvador. Foi um dos meus países preferidos na América Central
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Como é viajar por El Salvador: história, segurança e turismo
Me faltavam quatro países para eu finalizar todos os países continentais da América Central: El Salvador, Nicarágua, Honduras e Belize. Na verdade, me faltavam apenas esses países para finalizar todos os países continentais das Américas à exceção do Canadá. Comecei a fazer planos e acabou que eu consegui achar um cruzeiro que passava por Belize e Honduras. Separei esse cruzeiro para viajar eu e Bruna e antes de encontra-la em Miami para isso, viajei sozinho para El Salvador e depois Nicarágua, por voo mesmo. Minha primeira parada foi San Salvador, pois consegui um voo barato de Brasília para El Salvador com apenas uma escala em Bogotá na Colômbia.

Assim que desci em San Salvador a primeira coisa que me impressionou é o quanto que o país é quente. Rapaz, parece São Luís. No aeroporto ia chamar um Uber, mas depois pesquisei pelo Chatgpt e vi que o InDriver em El Salvador funciona melhor que o Uber. Por conta disso acabei pagando metade do preço, já que o Uber é bem caro em El Salvador. Dentro do Indrive que eu fui descobrir que a moeda de El Salvador é o dólar, eles não têm moeda própria. Devia ter pesquisado isso antes no Brasil, porque acabei chegando em El Salvador com poucos dólares no bolso e tive que pagar uma nota para sacar no caixa eletrônico da minha conta da Wise.

HISTORIA DE EL SALVADOR
El Salvador é aquele tipo de país que muita gente nem lembrava que existe, e quando lembrava, pensava em gangue, migração ou violência. Mas a verdade é que o menor país da América Central tem em uma história pesada. Um bom exemplo disso é que boa parte da riqueza do país foi construída às custas do café. Sim, o café salvadorenho foi o motor da economia por décadas. Quem dominava o café, dominava o país. A tal “república cafeeira” concentrou a terra e o poder político nas mãos de uma elite, enquanto o povão ralava, muitas vezes em condições quase feudais. Bem, nada muito diferente da história da América Latina inteira, né?
O café não só moldou a economia, como também preparou o palco para tragédia. As desigualdades cresceram, os conflitos de terra explodiram e o clima social foi ficando cada vez mais tenso. Na segunda metade do século XX, a panela de pressão estourou. O país mergulhou numa guerra civil que durou 12 anos, de 1980 a 1992, deixando mais de 75 mil mortos. A título de comparação, o Brasil que é infinitas vezes maior teve pouco mais de 400 vítimas mortas na ditadura militar. A guerra civil salvadorenha foi uma guerra suja, com envolvimento direto dos EUA, que bancavam o governo militar em nome da luta contra o comunismo, e apoio de Cuba e União Soviética à guerrilha. Sim, o conflito foi mais um de diversos conflitos por procuração que ocorreu devido a Guerra Fria, tanto é que finalizou um ano depois da queda da União Soviética. Quem pagou o preço, como sempre, foi a população.

Um filme que ajuda a entender esse período, mesmo sendo meio hollywoodiano, é Salvador, do Oliver Stone. O filme acompanha um jornalista decadente que se mete no olho do furacão, em plena guerra. É um retrato cru — e ainda assim romantizado — da brutalidade do conflito, dos massacres de civis, da manipulação política e do caos generalizado. Ele mostra, por exemplo, o assassinato de uma freira americana e de uma ativista católica, num momento em que até a Igreja virou alvo. Cara, isso foi uma coisa que me impressionou, o tanto de gente da Igreja Católica que a ditadura de El Salvador matou sem preocupação alguma.
Padres e freiras tiveram papel ativo e denunciaram injustiças, abrigaram perseguidos e acabaram pagando caro por isso. Um dos nomes mais simbólicos desse período é o de Dom Óscar Romero. Arcebispo de San Salvador, ele se tornou a principal voz contra os abusos do governo militar. Criticava abertamente a repressão nas suas homilias, transmitidas no rádio — e isso num país onde qualquer crítica podia te colocar na mira.
Dom Romero foi assassinado em 1980 enquanto celebrava uma missa. Atiraram nele no altar, diante da comunidade. Sim, cara, passaram o arcebispo, ao vivo, no meio de todo mundo. O crime chocou o mundo, mas dentro de El Salvador já não era novidade ver a violência atravessando as igrejas. Poucos meses depois, quatro religiosas norte-americanas — três freiras e uma missionária leiga — foram mortas por militares salvadorenhos. O caso teve repercussão internacional, mas mesmo assim o governo dos EUA seguiu financiando o regime. A morte dessas mulheres, que trabalhavam com comunidades pobres, escancarou o quanto a linha entre o bem e o mal era confusa nos discursos oficiais, mas muito clara na prática.

Além de Romero e das freiras, outros religiosos também tombaram. O jesuíta Ignacio Ellacuría, reitor da Universidade Centro-Americana (UCA), foi executado junto com outros cinco padres em 1989, num massacre que ficou conhecido como a matança da UCA. Todos eram religiosos engajados com a Teologia da Libertação, linha que defende o envolvimento da Igreja na luta contra a pobreza e a opressão. Esses episódios ajudaram a transformar Dom Romero em um herói nacional — e, anos depois, em santo canonizado pelo Papa Francisco.
Para ter ideia, em 1983, em plena tensão da guerra civil, o Papa João Paulo II veio a El Salvador e visitou a tumba de Dom Óscar Romero. A visita foi cercada de pressão política — tanto da Igreja local quanto do governo militar — mas o papa insistiu em rezar no túmulo do arcebispo assassinado. Aquilo foi um recado claro, mesmo sem palavras: a Igreja de Roma reconhecia a importância de Romero e o absurdo do seu assassinato. Anos depois, o papa voltou ao país e novamente fez questão de homenageá-lo. Hoje a cripta onde Dom Romero está enterrado, no subsolo da Catedral Metropolitana, virou local de peregrinação. Não é um lugar pomposo, mas tem uma energia forte. É impossível sair de lá indiferente.

Outro lugar bem bacana é memorial às vítimas da guerra civil, no Parque Cuscatlán. O muro lembra muito os memoriais da Guerra do Vietnã que tem nos Estados Unidos, com milhares de nomes gravados — gente comum, camponeses, crianças, religiosos, estudantes, sindicalistas — mortos ou desaparecidos entre 1980 e 1992. O muro não é turístico, não tem loja de lembrancinha, nem guia fantasiado de história. É só um paredão enorme de dor e silêncio, no meio da cidade, quase escondido, mas poderoso. É bem pesada a visita por lá

Hoje El Salvador tenta vender uma imagem de modernidade e segurança, principalmente com o presidente Nayib Bukele investindo pesado em marketing e controle social. E, sim, Nayib Bukele é o principal responsável por por El Salvador no mapa hoje
BITCOIN E BUKELE, AS DUAS PRINCIPAIS MEMÓRIAS DE SAN SALVADOR
Com seu terno slim, boné virado pra trás e discurso afiado, Nayib Bukele se vende como um outsider, mas governa com mão de ferro. Desde que declarou guerra às gangues, Bukele colocou mais de 2% da população do país atrás das grades. É gente demais presa num país pequeno, e isso só foi possível com um estado de exceção que suspendeu garantias básicas por tempo indeterminado. O resultado? Os homicídios despencaram, os bairros antes controlados por facções viraram zonas livres, e o medo que travava o cotidiano deu lugar a uma sensação de segurança que muitos nunca tinham vivido. A conta em direitos humanos é alta, mas a popularidade dele continua nas alturas — e isso diz muito sobre o que o povo prioriza depois de décadas de terror. Cara, não teve uma pessoa que eu vi falar mal do Bukele, o homem é absurdamente popular em El Salvador.

Bukele transformou El Salvador, literalmente, no país mais seguro das Américas. E isso porque El Salvador por alguns anos foi o país mais inseguro do planeta. Em bairros antes considerados intransitáveis, hoje se vê criança na rua, comércio funcionando à noite e turistas andando com câmera na mão. Em San Salvador, conversei com gente que nunca gostou de política, mas que agora se diz orgulhosa do país. O novo megacomplexo prisional que ele construiu virou símbolo dessa virada — e também um alerta. A oposição denuncia abusos, prisões arbitrárias e um poder cada vez mais concentrado. Mas, por enquanto, a maioria parece disposta a pagar esse preço em troca de paz. Em resumo: Bukele virou o “CEO” de um país que parecia falido, e agora opera como uma empresa de imagem renovada. É absurda a sensação de tranquilidade que você sente caminhando pelas ruas de San Salvador.
E como se não bastasse isso, ele ainda decidiu tentar colocar El Salvador na vanguarda digital ao adotar o bitcoin como moeda legal. Foi o primeiro país do mundo a fazer isso, e a aposta foi ousada: tentar atrair investidores, descentralizar a economia e romper com a dependência do dólar. Na prática, a coisa dividiu opiniões. Enquanto alguns comerciantes ainda se enrolam com a tecnologia, há regiões turísticas, como El Zonte, que surfaram na onda e viraram até modelo de economia do Bitcoin.
Para o salvadorenho comum, o impacto do bitcoin no bolso ainda é nebuloso — mas o impacto na propaganda política de Bukele foi direto. Ele se vende como futurista, como o cara que está levando o país do trauma para o “primeiro mundo”. Se vai dar certo ou não, ninguém sabe. Mas que ele colocou El Salvador de volta no radar, isso é inegável. O que eu vi de Bitcoin? Nada. Confesso que não vi uma venda, uma loja que usasse bitcoins. Acho que isso foi uma moda que chamou a atenção quando ele lançou, mas que no final ninguém deu muita bola para isso.
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Miami: Cruzeiro, Bahamas e um Furacão: A Jornada que Quase Deu Errado
Depois de Las Vegas pegamos um voo para Miami. De lá iríamos seguir de cruzeiro para os Bahamas, país que eu ainda não havia visitado. Acabamos pegando esse cruzeiro porque era um preço bom e viajar para o Bahamas de outra forma era sempre bem mais caro.
Descemos em Miami e o máximo que fizemos na cidade foi seguir para o nosso Airbnb para descansar já que o voo de Vegas a Miami foi longo, na verdade cruzou quase os Estados Unidos inteiro de uma ponta a outra. Descansamos e no outro dia pegamos o Uber e seguimos para o porto para pegar o navio.

Inicialmente eu confesso que eu tinha um certo preconceito com cruzeiros. Achava que era um passeio daquele de tio velho aposentado, mas, cara, vou te dizer, acabei me surpreendendo. Primeira coisa que me chamou a atenção é como eles são organizados. Cara, estamos falando de uma logística para receber quase 8000 hóspedes em um pequeno espaço de horas e também acomodar quase 2500 tripulantes. É realmente algo bem interessante observar isso.
Observar a tripulação é outra coisa interessante também. Cara, parece que você está visitando aqueles bares do Star Wars, já que tem gente de todo canto do mundo trabalhando nesses navios. Mas sim, a grande maioria são indianos, chineses e filipinos.
No começo eu acabei não gostando muito porque eu fui descobrir que internet era paga a parte (e bem cara) além de que as bebidas, mesmo não alcoólicas, não estavam inclusas, só podia beber água. Mas no final achei até bom, foi uma oportunidade para se desintoxicar um pouco de refrigerante e internet. Depois eu descobri que eu tinha alguns dólares de crédito por conta do pacote que eu comprei e os usei para comprar internet e alguns refrigerantes, ainda que não tenha gastado todo o crédito.
Comida no cruzeiro é a rodo. Você come o quanto quiser, quantas vezes quiser e tem vários restaurantes diferentes com pratos diferentes pelo barco inteiro. A noite você ainda pode reservar um restaurante mais requintado para poder ficar comendo pratos mais chiques, mas eu gostava mesmo era do buffet.

Além disso, tinha aquilo que eu achava que era a coisa mais de tiozão dos cruzeiros: os show. Eu achava que era aquela coisa bobinha, para tiozão ver. Rapaz… Eu curti bastante. Na verdade curti bem mais do que a apresentação do Cirque du Soleil que eu vi em Vegas. Eram uns shows bem legais mesmo. Teve um show de patinação que tinham patinadores que chegaram a até mesmo a fazer parte da equipe nacional americana de patinação.
Outra coisa interessante é que no cruzeiro tem uma galera que vai em umas excursões enormes! É muito engraçado, eles fazem camisas personalizadas e todo os dias estão circulando pelo hall com as mesmas roupas.

Por fim, eu fiquei pensando na questão da segurança. Estamos falando de quase 10.000 pessoas confinadas. A título de comparação, quase metade dos municípios do Brasil não tem essa população. É um mundaréu de gente se divertindo e, principalmente, bebendo. Como faz para controlar todo esse povo? Conversei com uns seguranças que ficavam patrulhando o navio e eles me explicaram que, como o navio era de bandeira americana, lá todo mundo estava sob leis americanas. Então, assim, se duas pessoas saíssem no tapa, o que aconteceria? Ele me explicou que eles tentam o máximo resolver as coisas na boa, mas em situações específicas eles podiam usar a força e até mesmo “prender” pessoas. Dentro do navio tem até mesmo celas para conter pessoas até a hora que o navio possa chegar em um porto e a polícia possa assumir o caso em questão.
Como falei, o cruzeiro é como uma mini cidade em movimento.
Desembarcando do cruzeiro
Beleza, o cruzeiro foi muito legal, a viagem pros Bahamas foi super bacana. Agora era hora de descer do navio e aproveitar as duas noites que ainda tínhamos para aproveitar em Miami. Pelo menos assim era o plano.
Rapaz, quando ainda estávamos no navio começamos a ouvir as notícias sobre o furacão Milton, aquele furacão que ficou nas manchetes de jornais por um bom tempo em outubro de 2024. Quando começamos o cruzeiro, ele estava previsto para ser forte, depois mudou para muito forte e quando estávamos descendo do navio haviam mudado a previsão para apocalíptico. E o melhor era que a festinha com os quatro cavaleiros do apocalipse estava marcada para acontecer bem no dia do nosso voo de volta de Miami. Sério. No. Dia. Do Voo. De. Volta.
Começamos a ficar um pouco preocupados com isso, porque poucas coisas me deixam mais desconfortáveis e preocupados do que morrer. Começamos a falar com as pessoas e todo mundo falava “ah, cara, de boa, é só estocar comida, fechar as janelas e esperar tudo passar”. Mas, mano, como a gente ia fazer isso? A gente tava em um Airbnb cuja hospedagem acabava, veja você, no dia do apocalipse, haja vista que, mais uma vez, era o dia em que iríamos pegar o voo de volta para Brasília. Então, a gente ia estar meio que desabrigado no fatídico dia. Uai, então era só ir pro aeroporto, pegar o avião e ir embora, não? Então, não! Dois dias antes da gente viajar já estavam falando em fechar o aeroporto até o furacão passar. A companhia aérea podia até pagar o nosso hotel, mas com certeza eles não iriam procurar um para gente. Nas TVs a gente via o governo falando em estocar comida, água e dando endereços onde você poderia pegar sacos de areia e também abrigos caso “a sua casa fosse destruída”.
Eu e Bruna não pensamos duas vezes. Descemos do cruzeiro as nove da manhã e seguimos para o aeroporto de Miami para tentar pegar o voo de volta no mesmo dia antes do furacão chegar. Chegamos no aeroporto e não havia ninguém da GOL haja vista que o voo era só as 10 da noite e o povo do check in só iria chegar por volta das 6 da tarde. Enfim, decidimos ficar por lá e ver o que iria acontecer.
As horas foram passando. 10 horas, 11 horas, meio dia, uma hora, duas horas, quando foi umas três da tarde, em um dos nossos passeios pelo aeroporto para passar o tempo a gente só escuta um tumulto, uma gritaria, cachorro correndo para todo lado e policial gritando. E um bando de viatura da polícia com a sirena ligada no alto e carro cantando pneu. Pronto, o furacão tinha chegado dois dias mais cedo.
Nada!
Mano, acredita que teve uma ameaça de bomba e atentado terrorista no aeroporto? Bem. No dia. Que. A gente. Tava. Lá. Pronto, além de dançar com cavaleiros do apocalipse a gente ainda teria que lidar com um atentado terrorista. Só sei que não pensei duas vezes, saí correndo para onde a polícia tava gritando e voltei pro meu saguão.
Depois parece que era alarme falso, mas que parecia aquelas cenas de filme, parecia.
Cara, aquela viagem tinha tudo para ser zicada.
No final, aprece que foi alarme falso e foi só o susto.
Bom que ajudou a passar um pouco o tempo.
Mas, assim, ainda tínhamos que tentar a nossa passagem.
Quatro da tarde. Cinco. Seis horas da tarde começou a chegar o pessoal da GOL.
Conversa daqui, implora dali, acabou que o pessoal do aeroporto foi super gente boa e conseguiu por a gente no voo sem taxas. Argumentamos o óbvio, era melhor a gente ir logo naquele dia porque, como havia previsão do aeroporto ser fechado nos próximos dias, ia ficar muito mais caro para companhia aérea ficar pagando hospedagem e alimentação para gente até a hora de voltarmos para casa.
Entramos no voo e seguimos para Brasília.
E como foi o furacão? Bem, na parte Noroeste da Flórida foi realmente apocalíptico, mas acabou que em Miami não aconteceu quase nada. Na verdade, parte da galera da Flórida foi até se abrigar em Miami. Nosso voo dois dias depois, como foi?
Não só não foi cancelado, como ele saiu no horário, ao contrário do voo onde fomos recolocados dois dias antes que saiu com duas horas de atraso.
O importante foi que a gente chegou vivo e mais uma vez não ficamos desconfortáveis morrendo.
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Cruzeiro pelas Bahamas: Cocobay, Nassau e… Porcos Nadadores?
Conforme descrevi no outro post, compramos um cruzeiro para os Bahamas, eu e a Bruna, saindo e voltando de Miami. Sempre quis viajar para os Bahamas, mas estava postergando porque era bem difícil. Os voos eram caros, as hospedagens ainda mais, e nem tinham tantos voos disponíveis. Quando apareceu a ideia do cruzeiro, parecia a solução perfeita: um jeito prático e acessível de finalmente conhecer os Bahamas. Pelo cruzeiro, tivemos duas paradas: uma em Cocobay, uma ilha particular da Royal Caribbean, e outra em Nassau, a capital do país.
Juntamos as malas, embarcamos no navio e seguimos viagem!
Mas antes de contar os detalhes dessas paradas, vale a pena entender um pouco sobre o que são os Bahamas.
As Bahamas são um arquipélago de 700 ilhas e mais de 2.000 ilhotas. Elas eram habitadas pelos povos indígenas lucaios, uma ramificação dos tainos. Em 1492, Cristóvão Colombo desembarcou em uma de suas ilhas, acreditando ter chegado às Índias. Esse encontro marcou o início da colonização europeia e a derrocada da população indígena devido a doenças e escravização. Durante os séculos seguintes, as ilhas tornaram-se um refúgio para piratas, incluindo o infame Barba Negra, até que os britânicos assumiram o controle em 1718, transformando as Bahamas em uma colônia da coroa.
No século XIX, as Bahamas se beneficiaram do comércio de algodão e do tráfico de escravos, ainda que a escravidão tenha sido abolida em 1834. Durante a Lei Seca nos Estados Unidos no início do século XX, quando foi proibida a produção de bebidas alcoólicas em solo ianque, as Bahamas prosperaram como um centro de contrabando de rum. Em 1973, as Bahamas conquistaram sua independência do Reino Unido, tornando-se um estado soberano dentro da Comunidade das Nações. Hoje, o país é conhecido por suas praias paradisíacas, economia baseada no turismo e serviços financeiros, além de sua herança cultural, que reflete a influência africana, europeia e americana.
Perfect day in Cocobay
A primeira parada que fizemos pelo cruzeiro foi em uma ilha particular da Royal Caribbean chamada Cocobay. Originalmente conhecida como Little Stirrup Cay, Cocobay foi adquirida pela Royal Caribbean em 1990. No entanto, a empresa não comprou, comprou, a ilha. Na verdade, ocorreu uma concessão de longo prazo feita pelo governo das Bahamas que mantém a soberania sobre a área. A concessão permite à Royal Caribbean desenvolver e operar a ilha como um destino exclusivo para seus passageiros de cruzeiros, em troca de benefícios econômicos e turísticos para o país.
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O governo fez essa concessão porque ela envolveu um investimento significativo da Royal Caribbean no local. Nos últimos anos, foi implementado um projeto de revitalização chamado “Perfect Day at CocoCay”, com um aporte de mais de 250 milhões de dólares. A infraestrutura inclui praias privadas, toboáguas gigantes, cabanas luxuosas, um balão de observação e outras atrações que tornam Cocobay uma das paradas mais populares de cruzeiros no Caribe. O governo das Bahamas regula as operações para garantir que a concessão traga benefícios econômicos ao país, como empregos locais, receitas de impostos e maior visibilidade turística.
Além disso, as Bahamas monitoram o impacto ambiental das operações na ilha, especialmente considerando a importância do ecossistema marinho local. A Royal Caribbean é obrigada a seguir as leis ambientais do país e adotar medidas de conservação, como limitar a construção em áreas ecologicamente sensíveis. Embora a ilha seja majoritariamente operada pela empresa privada, a relação com o governo das Bahamas é crucial para garantir que o uso turístico esteja alinhado com os interesses nacionais. Assim, CocoCay exemplifica um modelo de parceria público-privada em que o setor privado investe em infraestrutura e operações, enquanto o governo mantém a soberania e supervisiona os benefícios gerados para a economia local.
Ainda assim, você não vê um policial que seja andando pela ilha, toda a gestão da ilha, até questão de segurança é feita pela companhia. Apenas se algo muito grave acontecer que a polícia dos Bahamas pode intervir, mas aparentemente isso nunca ocorreu porque a própria Royal Caribbean se esforça para que nada de ruim possa afetar a imagem da empresa.
Por fim, parte da tripulação do navio desce junto com a gente para trabalhar, porém uma galera da ilha também mora nela enquanto está a trabalho. A maioria dessa galera que mora em Cocobay é das Filipinas e tem um contrato de trabalho. O salva vida pelos menos me explicou que o contrato de trabalho dele é de seis meses trabalhando sete dias por semana para depois ter dois meses de férias nas Filipinas. Assim, o salva vidas ficava torcendo para chover para ele ter folga, mas se o tempo estiver bom, era isso mesmo, sete vezes por semana de trabalho. Tempo bom pros turistas era tempo ruim para ele. Ela me explicou que tem uma parte privada da ilha onde ficam só os trabalhadores e que lá tem até um mini supermercado para eles comprarem sabão, coisas pessoais e outras miudezas. Apesar deles serem contratados da Royal Caribean eles precisam de autorização do governo do Bahamas para ficar trabalhando na ilha. Além disso, também tem um povo local do Bahamas que trabalha na ilha, mas mora em outra ilha, indo e voltando todo dia para trabalhar.
O interessante foi que a gente desceu nas Bahamas sem nenhum controle de passaporte. Teoricamente esse controle foi feito na hora que embarcamos em Miami, então vida que segue. A ilha em si é bem bacana para passar o dia, a água é realmente azul e cristalina e bem quentinha. Além disso, diversos restaurantes ficam disponíveis para que você possa pegar comida o tanto que quiser. Foi um passeio muito legal.
Visita a Nassau, capital dos Bahamas
No outro dia, fomos visitar Nassau, a capital dos Bahamas. Beleza, descer em uma ilha privada não precisa de passaporte, mas como seria descer na capital do país? Cara, foi a mesma coisa. O navio atracou, nós descemos e… vida que segue. Fiquei impressionado como essas coisas ocorrem, um país simplesmente abrir mão de sua soberania desse jeito. Teoricamente quem faz o seu controle de passaporte é a empresa de turismo quando você ainda está nos Estados Unidos, então eles que são responsáveis por checar se você precisa ou não de visto para poder descer no Bahamas. Beleza, se fossem pedir para ver o passaporte de todo mundo que fosse descer em um dia em Nassau ia praticamente inviabilizar o cruzeiro, mas, caramba, como um país abre mão de sua soberania desse jeito deixando um mundaréu de gente descer sem controle estatal nenhum no meio de sua capital? Pode parecer bobeira, mas Índia e Filipinas precisam de visto para visitar o Bahamas, então metade da tripulação do navio não pode ir a Nassau. Como eles controlam isso, não tenho a mínima ideia.
A primeira coisa que me chamou a atenção em Nassau é como as coisas por lá são dolarizadas. Eles até tem uma moeda chamada dólar bahamense, mas pelo menos em Nassau ninguém parece usar. Como tudo é dolarizado, Nassau é caro, MUITO caro. Malditos americanos que inundam o Caribe e fazem todos os países por lá serem extremamente caros para viajar.
Passeio dos porcos nadadores
Eu tinha separado um dia para passear pela capital, mas depois, lendo mais sobre Nassau, me interessei por um dos passeios mais famosos que tem por lá que é o passeio com os chamados porcos nadadores.
O famoso passeio dos porcos nadadores é uma das atrações mais icônicas das Bahamas e ocorre em Big Major Cay, conhecida como “Pig Beach”, localizada nas Exumas, um arquipélago ao sul de Nassau. Nesse passeio, os visitantes têm a oportunidade de interagir com os porcos que vivem na ilha e são conhecidos por nadar alegremente no mar cristalino. Acredita-se que os porcos tenham sido levados para a ilha por marinheiros e piratas para serem comidos posteriormente ou tenham nadado até lá após um naufrágio. Hoje, eles são cuidados pelos habitantes locais e se tornaram uma atração internacionalmente reconhecida.
Os tours geralmente partem de Nassau em barcos rápidos, que levam os turistas até as Exumas. Durante o passeio, os porcos nadam até os barcos em busca de petiscos, e os visitantes podem alimentá-los e tirar fotos únicas. O problema é que essa Exumas parece ser bem longe de Nassau e caro, amigo, muito caro. Os caras queriam cobrar 150 dólares. Por pessoa. No final inventaram um tal de um passeio em uma ilha mais próxima que era o que dava para fazer já que tínhamos que voltar a tempo de embarcar novamente no navio. A gente começou a andar pelo centro de Nassau e começaram a oferecer esse passeio dessa ilha mais próxima por 100 dólares. Eu simplesmente joguei a toalha e ficamos eu e Bruna passeando pela cidade.
De repente chegou um senhor vestido de marinheiro fedendo a pinga oferecendo esse passeio por 90 dólares. Nós agradecemos educadamente falando que não queríamos que se fôssemos iríamos pagar bem mais barato. Ele ficou insistindo e perguntando quanto queríamos pagar e nós só respondemos 50! Falamos isso para ele parar de encher o saco. Ele simplesmente resmungou alguma coisa do tipo “vocês não podem estar falando sério” e foi embora. Ficamos aliviados que o cara se foi. Passou uns 15 minutos volta ele falando que, tudo bem, que faria por 50 dólares para cada um de nós desde que a gente não falasse nada aos outros turistas. Bem, então vamos.
Fomos lá para a banquinha dele e ficamos esperando o barco chegar. De repente, um grupo de turistas americanas começa a quebrar o maior pau na banca do lado da dele o que acabou atraindo a polícia. A gente ficou sem entender o que tava acontecendo. Rapaz, quando chegou a polícia… Cadê o marinheiro que tava vendendo para gente? Mano, o cara simplesmente vazou. E nós já tínhamos pago! Realmente, tinha tudo para dar certo. De repente, chega o barco dele e a gente embarcou normalmente. O importante foi que deu certo. Cara, nós subimos no barco e fomos para a ilha. A gente imagina aquela cena paradisíaca, com porquinhos fofinhos nadando e farreando com a gente…

O que a gente esperava… 
… Rapaz… quando a gente chegou…
Mano… você esperava o que? São PORCOS!! Deve existir algum motivo para metade das religiões não permitirem que você coma porcos ou da gente chamar uma pessoa suja de porco, pois, porcos, são… sujos! Mano, a gente chegou naquela ilha, era uma farofa da porra, um som alto na orelha e uns dois ou três porcos correndo para lá e para cá comendo o mamão que a galera dava para eles. Um zona, uma bagunça, uma sujeira… Eu e Bruna só olhamos aquilo e começamos a dar risada, não tinha muito o que fazer. Os porcos eram IMENSOS e, bicho, tu pegava a comida, ele corria para cima de você para tentar comer da sua mão. A gente achava que ia ser uma coisa fofinha, mas depois só pensava em dar logo a comida pro bicho senão ele comia era a mão da gente.

A farofada que era isso aqui. Se liga no porco no meio da galera 


Antes da gente pagar, o cara tinha falado para gente que era tudo incluso, que tinha bebida, que tinha comida, que tinha comida pros porcos. Rapaz… quando a gente chegou lá. A bebida era um suco daqueles de pó misturado com uma vodka barata e a comida era saco de Doritos. Eu ainda fui lá tentar conseguir uma garrafa de água. Quando eu fui na banquinha pedir, tinha um menino de uns dez anos super mal encarado, com um cutelo na mão e uma cicatriz que ia de cima a baixo da cabeça. Sem brincadeira, bem parecido com o moleque do desenho abaixo.

Ele só me olhou e falou que cada água custava cinco dólares. Protestei, com um pouco de cuidado já que ele tinha um cutelo na mão, e ele me falou que eu podia pegar uma água. Mas só aquela, melhor era não reclamar.
No final, saímos do meio daquela muvuca, do meio dos porcos e fomos ficar mais afastados curtindo a praia que pelo menos era bem bonita.
Pior que no final o passeio só valeu a pena mesmo pelas praias que tinham naquela ilha que levaram a gente. As praias eram realmente bem bonitas, água quentinha e deu para curtir bastante. No final, pegamos o barco de volta para Nassau e demos o pé da ilha.
Pior que na volta a lancha ainda parou em uns lugares bem bacanas para gente fazer snorkeling. Mais uma vez, água cristalina e ainda deu para ver uns bichos legais como alguns pequenos cardumes e duas arraias. Já foi melhor que o snorkeling que eu fiz quando estava em Blue Bay nas ilhas Maurício.
De volta a Nassau com meus canhões fake
A Bruna resolveu voltar para o navio da Royal Caribbean e eu fui meter o pé na cidade para conhecer de verdade Nassau, a capital dos Bahamas.
Infelizmente não tive muito tempo para poder passear pela cidade dado que gastei metade de um dia andando com aquela roubada dos porcos, mas ainda assim deu para ver muita coisa da cidade. Só tem que ficar ligado quando anda por lá, já que os Bahamas são um dos países com maiores taxa de homicídio do mundo, maiores até que as do Brasil.
Mas beleza, lá fui eu caminhando pela cidade. Pro meu azar, os dois principais museus da cidade fechavam no dia da semana que desci por lá. Tinha um outro museu sobre os piratas, mas os comentários que eu vi na internet era que era super caro e só tinha uns piratas de cera, não tinha muita informação sobre o histórico do lugar. Devido a isso, resolvi sair caminhando até uma das principais fortificações que ficavam na parte mais alta de Nassau, o Fort Fincastle, que foi usado pelos ingleses para proteger a cidade.
Saí andando, andando, andando… E lá fui eu tentar chegar nesse forte histórico. Quando cheguei lá me atentei ao fato de que não tinha quase nenhum tostão furado no bolso, só tinha dois dólares. Cheguei no forte e quanto era a entrada? Óbvio, três dólares. Pensei em esmolar na porta para poder tentar conseguir um dólar, mas vi que aceitava cartão. Quando fui pagar a moça ela falou que o cartão de crédito só era aceito a partir de cinco dólares. Olhei para ela com aquela cara de gatinho do Shrek e ela falou “vai, moço, entra com seus dois dólares aí. Me dá aqui que eu vou levar como se fosse uma doação para o forte”. Acredita? Perdi dois dólares e ainda tomei um relaxo. Certeza que ela pôs esses dois dólares no bolso.
Subi lá e não tinha nada demais esse maldito forte. Até tinha uma boa visão de Nassau e realmente parece ser o ponto mais alto da ilha, mas é só. Nem os canhões que tinham por lá eram de verdade. Eram cópias, já que os originais tinham sido levados de volta para a Inglaterra. No final, perdi dois dólares e tomei um relaxo de graça.
Do lado pelo menos tinha a Escadaria da Rainha (Queen’s Staircase), um dos pontos históricos mais icônicos de Nassau. A escadaria foi construída no final do século XVIII e foi escavada em calcário por ex-escravizados, que levaram mais de 16 anos para completá-la. Originalmente ela foi criada como um caminho estratégico para conectar Fort Fincastle, no topo de uma colina, ao resto da cidade, portantoa escadaria tinha um propósito militar, permitindo um acesso mais rápido em caso de ataque. No entanto, seu nome atual é uma homenagem à Rainha Vitória, que governava o Reino Unido quando a escravidão foi abolida em 1834, por isso a homenagem dos ex-escravizados.

Com 66 degraus que simbolizam os anos de reinado da monarca, a escadaria é cercada por um ambiente repleto de vegetação tropical e um pequeno riacho artificial que proporciona um ar de tranquilidade ao local. A área ao redor é como um pequeno oásis no meio da cidade, atraindo tanto turistas quanto moradores locais.
Depois dessa roubada que foi essa ilha dos porcos e o forte de Nassau acabei voltando pro navio para poder continuar minha viagem de volta para Miami.
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Vídeo novo no canal!!! Ilhas Maurício
Nesse vídeo compartilho imagens e vídeos de como foi a minha viagem às Ilhas Maurício, dá uma chegada lá!
Las Vegas Além dos Cassinos: Experiências Únicas e Histórias Inesperadas
Sempre tive uma lista curta de cidades americanas que realmente queria visitar: Orlando, Nova York, Washington e Las Vegas. Cada uma delas tem algo único que me atraiu desde sempre, seja pelos filmes, pela história ou pelo tanto que falam delas. Nessa viagem aos Estados Unidos, consegui riscar a última da lista. Depois de explorar San Francisco, peguei um voo direto para Las Vegas, a cidade que faltava para completar o “bingo”. Finalmente, era chegada a hora de Vegas
Vegas e a luzes
Cara, vou te dizer. Assim que pousei na cidade fiquei tão impressionado quanto João do Santo Cristo com as luzes de Natal. Vegas é indescritível. A Times Square em Nova York e suas luzes são impressionantes e é de longe o meu lugar preferido em Nova York. Vegas é como uma Times Square, só que IMENSA.
Vai por mim, é lindo demais e eu não lembro de algum lugar no planeta onde eu já tenha visto algo tão colorido e reluzente como Vegas.

Se deslocando em Vegas
Muita gente fala que as atrações em Vegas são apenas em uma rua e isso é meio que verdade, já que a Vegas Strip concentra a imensa maioria dos cassinos. Tem um outro lugar conhecido como a antiga Vegas que é bem legal também, mas vou falar dela mais para frente.
Como a maioria dos cassinos estão todos em uma rua só, deu para ficar usando de boa o busão. Quando a gente chegou, tava fazendo um calor infernal, coisa de 40, 41 graus. Apesar disso foi de boa alternar entre caminhar e usar o busão. A gente descobriu o quanto o busão era tranquilo porque uma noite a gente tava andando na rua, viu uns mexicanos descendo de um busão e fomos perguntar para eles como era para dar rolê em Vegas de busão. Os caras foram gente boa demais, explicaram para gente e ainda por cima nos deram um tíquete de 24 horas de uso de transporte público que eles haviam acabado de comprar e não iam mais precisar. Foi muito da hora.

Essa questão de Vegas ser quase que só uma rua é meio que verdade. Vez ou outra a gente saía um pouco da rua principal e todas aquelas luzes e letreiros sumiam. A cidade virava uma cidade normal americana. Até a galera viciada em drogas, que a gente não via na Vegas Strip, começava a aparecer caminhando como uns zumbis nas ruas. Teve um Mac Donald´s que a gente foi que tinha tanto zumbi nas imediações que o balcão deles era meio que modificado para você ter o mínimo de contato possível com o atendente fazendo quase que uma barricada. Era tenso mesmo. Se eu sentia medo? Cara, era só seguir a regra de ouro, não mexe com eles que eles não mexem com você.
Depois eu fui descobrir que existe uma comunidade imensa de pessoas com problemas com dependência química morando no sistema subterrâneo de Vegas. Vi nesse vídeo aqui abaixo e sugiro demais assistir:
Mas, assim, mais uma vez, Vegas é bem seguro. Antes da gente chegar no AirBnb recebemos a instrução do dono do apartamento para entrar no condomínio. O homem mandou quase que um livro de regras para entrar lá. Não podia isso, não podia aquilo, tinha que dar o nome de todo mundo que iria entrar, tinha que se identificar todo dia na portaria apresentando documento para conseguir um passe diário de entrada no condomínio, tinha que rolar no chão, tinha que bater palma, tinha que imitar o Silvio Santos e por aí vai. Cara, primeira vez que a gente chegou o Uber só gritou “tou indo deixar passageiro”, o vigia nem olhou o carro e mandou seguir. Os outros dias a gente entrava e saía e os porteiros estavam nem aí. Isso para ver como era tranquilo por lá.
Outra coisa que é interessante é que, mermão, Las Vegas hoje quase que cheira a maconha. Como por lá é legalizado, cara, pode onde você passa tem aquele cheio de maconha. Os caras fumam mais que uma caipora. Eu me impressionei um pouco com isso.

Os Ubers de Vegas bons de conversa
E, sim, andar de Uber era uma atração a parte. Cara, a impressão que eu tenho é que os americanos não têm muito costume de conversar no Uber. Então quando a gente entrava no Uber e começava a puxar papo, rapaz… O homem até se assustava. Depois se danava a sair falando da vida. Rapaz, era muito engraçado. Teve um que a gente perguntou só “como tá essa vida?” e o homem se danou a falar, falou da vida dele, falou da mãe, falou da família, falou… falou… falou. Foi muito engraçado. Deve ser chato passar o dia inteiro sem falar com ninguém, então eu acho que os caras ficam meio carentes. Teve um motorista que era nascido e criado em Vegas e a gente meio que perguntou como era crescer por lá. Rapaz, o homem contou da infância, da mãe, da escola… Outro contou para gente que tinha um filho que tava para entrar na NBA e só deixou a gente descer do carro depois de mostrar vídeos do filho dele jogando basquete. Sim, o moleque mandava muito bem.
Mas o mais legal foi o último Uber que nos levou para o aeroporto. Ele era cubano e contou para gente como ele chegou nos Estados Unidos. Cara, ele viajou para Guiana (único país da América do Sul que não pede visto de turismo para cubanos), atravessou pela floresta para Roraima e ficou dois anos em Manaus trabalhando e juntando dinheiro. Depois que ele juntou um bom dinheiro em Manaus ele saiu andando, seguindo por terra, pegando carona, pegando ônibus por Colômbia, Panamá, América Central, México até chegar nos Estados Unidos. Interessante a história dele, né?
Alimentação e supermercado
E, cara, quando a gente viaja aos Estados Unidos a gente entende o motivo dos caras serem imensos de gordo. Em Vegas, por onde você anda tem fast food espalhado. E é o que dá para comer, pois qualquer pratinho mais elaborado, seja um bife com um arroz custa um absurdo. Além disso, a gente ficou quatro dias em Vegas e não vimos, literalmente, um supermercado. Não é zoeira não, a gente chegou em Vegas e queria comprar uns ovos, umas frutas, uns tomates para fazer um café da manhã e simplesmente não achamos. Agora fast food tinha a cada 20 metros. Tudo bem, você pode alegar que a gente poderia pegar um carro e ir atrás de um supermercado, mas isso já é um impeditivo ao americano comprar comida de verdade. Também pode falar “ah, mas estava apenas na área turística”, mais uma vez, isso não é um impeditivo, você anda por Copacabana no Rio e a cada esquina você vê um mercado ou um supermercado.
Lá em Vegas a gente só achava lugar vendendo porcaria. Outras cidades dos Estados Unidos são assim também, fast food em cada esquina e mercado meio longe, mas nada se comparou a experiência que tivemos em Vegas em relação a isso. Outra coisa, comida no supermercado também é cara. Eu lembro de uma vez na Califórnia que eu queria comprar limão para fazer caipirinha e vi que o quilo era dois dólares. Fiz um saco de limão e na hora de pagar a conta deu 60 dólares. Não, não era dois dólares o quilo do limão, era dois dólares POR limão. É por isso que você a galera mais pobre e eles são imensos de gordo, porque acaba que o que sobra para eles é comer no fast food que é o único lugar barato.
Vegas e os cassinos
Sim, Vegas é o lugar dos cassinos, mas como eu nunca entendi a graça que o povo vê em jogar, simplesmente fiquei visitando os cassinos por dentro e por fora. E, sim, vai por mim, tem muita coisa para ser vista dentro dos cassinos. Cada cassino tem um tema, eu fui nos cassinos que tem como tema o Egito, um outro em formato de castelo medieval, o de Paris, o do estilo Veneza na Itália e mais impressionante de todos, o Caesar´s Palace, que tem como tema o Império Romano.
Cara, é muito louco dentro de cada um deles. O Caesar´s Palace, por exemplo, tem uma cópia exata da estátua do Davi de Michelangelo, a sua escultura mais famosa.
Mas assim, eu volto a reiterar, eu nunca entendi a graça que esse povo vê naquelas máquinas caça níquel. Cara, não tem estratégia nenhuma, é só ficar apertando o botão e deixar o cassino levar seu dinheiro embora. Não tem estratégia, você não tem influência alguma no jogo, não tem o que fazer. É literalmente pegar fumar um Derby, sentar em uma cadeira e apertar um botão.

Outros jogos como Blackjack e uma espécie de poker até tem um pouco de estratégia e é legal você ver o povo com alguma emoção jogando. Cara, teve uma mesa com duas chinesas que a gente viu cada uma tirar um calhamaço de cinco mil dólares e entregar pro dealer como se aquilo fosse nada. Parecia que estavam mexendo com dinheiro de banco imobiliário. O dealer pegava o dinheiro, contava e botava dentro de uma caixa empurrando com um pedaço de madeira. Sério, parecia que tava mexendo com papel velho.
Eu lia nos fóruns de viagens sobre os cassinos de Vegas e lá dizia que dava para facilmente você gastar hooooorraaassss visitando cada cassino. Que dentro eles são lindos (o que é verdade) e muito legais de visitar (sim, isso é verdade mesmo). Nos programamos para gastar um turno de cada dia em cada cassino e, cara, meio que em meia hora a gente já tinha visto tudo o que a gente queria ver tirando algumas poucas exceções como o Caesar´s Palace e o cassino com inspiração em Veneza. Não é como um parque temático como os da Disney que tem um bando de coisa para ver. Assim, no final, o lugar é um cassino e se você não vai para lá para jogar e também não para lá para comer em um restaurante, meio que não tem muita coisa para se ver fora do salão principal. Mas sim, ainda assim vale muito a pena visitar. Mais uma vez, os nossos preferidos foram o de Veneza e disparado o Caesar´s Palace.
E tem os shows!
Cara, em Vegas tem show de tudo que você pode imaginar. Tem musicais, tem shows de mágica, tem shows de música, tem escape rooms de zumbis, tirolesa, montanhas russas no meio da cidade, cara, tudo o que você possa imaginar. Obviamente que tudo isso custa e custa caro, muito caro. Ainda assim como tínhamos dois dias cheios em Vegas optamos por ir em dois eventos diferentes, no primeiro dia fomos na mais do que famosa Esfera de Vegas e no segundo a um show do Cirque du Soleil.
Visitando a Esfera de Vegas
A Esfera de Las Vegas, oficialmente chamada de MSG Sphere, é impressionante por ser a maior estrutura esférica do mundo, com 112 metros de altura e 157 metros de largura. O exterior da esfera é coberto por mais de 1,2 milhão de luzes LED, tornando-a uma gigantesca tela digital 360º que exibe imagens, vídeos e animações com uma qualidade visual muito boa. Essa capacidade de se transformar em qualquer cenário visual, desde uma bola de basquete até uma paisagem de tirar o fôlego, proporciona uma experiência muito legal para quem a vê de longe ou de perto, especialmente à noite, quando se torna o centro das atenções na Las Vegas Strip.

Além da estrutura externa, o interior da Esfera é igualmente impressionante. O espaço foi projetado para ser o melhor local de entretenimento imersivo do mundo, com capacidade para cerca de 18.000 pessoas e uma tecnologia de áudio e vídeo inovadora. A experiência visual interna é proporcionada por uma tela curva 16K que envolve completamente a gente, criando uma sensação de imersão total. Tem também um sistema de som avançado, que permite que o áudio seja transmitido de forma precisa a cada assento, além de que cada assento também balança acompanhando alguns movimentos das apresentações. Quando fomos, dava para você assistir um clipe do U2 ou para ver um documentário sobre a Terra. Acabamos decidindo pela Terra.
Dentro da esfera já é uma atração a parte, pois tem vários leds, robôs, muita coisa legal para você dar uma interagida. A única coisa que não é legal é que eles não te deixam entrar de mochila e, para entrar, você precisa deixar a mochila em um armário com cadeado que custa a bagatela de 10 dólares. Cara, 10 dólares para eles, é como 10 reais para gente, só que 10 dólares para gente é quase 60 reais. O jeito foi sair colocando tudo nos bolsos, dobrar a mochila portátil, pôr no bolso e vida que segue. O ingresso já tinha sido caro o suficiente para entrar.


E, sim, foi muito legal, apesar de ter sido caro que só a peste, ainda assim foi uma experiência única que eu sugiro a todos. O som é fenomenal e a tela é realmente uma coisa que eu nunca tinha visto na minha vida. É imersivo, é impressionante, é inesquecível. Assim, valeu cada centavo e olha que foi centavo demais para poder pagar aquilo ali. Mas sim, a esfera é uma daquelas experiências que não existe algo sequer parecido em todo o planeta, pelo menos não que eu já tenha visto.
Show do cirque du soleil – uma visita marcante
Depois do indescritível dia que foi a nossa visita a esfera de Vegas, chegou o dia de assistirmos a uma apresentação do Cirque du Soleil. Cara, essa era de longe a atração que eu estava mais ansioso para assistir pois uma vez o Cirque du Soleil tinha vindo aqui em Brasília e a apresentação foi uma das coisas mais fantásticas que eu já tinha visto na vida. Posso dizer que o show do Cirque du Soleil que eu vi em Brasília foi a segunda maior apresentação coreografada que vi na vida depois do Arirang da Coreia do Norte. Era umas acrobacias malucas, uma galera que voava, alto, mas MUITO alto, enfim, coisa de louco.
E eu estava ansioso. Fiquei pensando, cara, se aqui no Brasil que é uma periferia para eles, foi uma coisa fantástica, imagina como seria na sede deles, em Vegas? Pro público americano? Cara, pagamos o ingresso do show e fomos. Já na entrada havia dezenas de placas dizendo “não use celular”, “celular não é permitido”, “espectadores utilizando celulares serão retirados da plateia”… Rapaz, fiquei pensando, cara, nem na esfera era desse jeito. Dentro da Esfera eles deixavam filmar à vontade. Então se na esfera que foi algo fantástico, podia filmar, imagina como não seria o circo que nem deixava a gente filmar? Escolhemos logo o espetáculo mais famoso, o “KÀ”. Chegamos cedo para não ter probabilidade de dar algo errado. Sentamos no nosso lugar e só aguardamos.
E aí, como foi?
Cara… foi… uma das coisas mais CHATAS, TEDIOSAS e sem GRAÇA que eu já assisti em toda a minha vida. A apresentação até tinha uns recursos multimídia legais, uma baita estrutura de luzes e coisas assim. Mas a apresentação? Cara, foi um mix de “Os Trapalhões” sem graça com acrobacias mambembes que não aconteciam nem nos circos que eu ia quando criança no Aterro do Bacanga em São Luís. Juro para você. Eram umas acrobacias bobas, umas cenas de luta que nas aulas de capoeira você aprende já na faixa branca e umas palhaçadas nível Zorra Total. Juro! Era coisa boba mesmo. Teve uma cena que rolou umas acrobacias com um pêndulo que até foram legais, mas, sério, nada que você não visse em qualquer circo que passe aí pela sua cidade. E eu ali pagando quase o valor de um aluguel em dois dos piores lugares para assistir aquela coisa caquética.
Você pode argumentar “Ah, mas o nome é Cirque du Soleil, logo é um circo, tava esperando o que?”. Cara, eu tava esperando aquele Cirque du Soleil que eu vi em Brasília, que tinha ex-atletas olímpicos fazendo acrobacias mirabolantes, shows de mágica que até hoje eu me pergunto como o cara fez aquilo e uns palhaços que eram super engraçados mesmo sem nem falar português. E olha que eu paguei um décimo do preço em Brasília do que eu paguei em Vegas e ainda assim fiquei em um lugar muito melhor.
Visitando Freemont Street, a antiga Vegas
Por fim, eu não podia deixar de falar da Freemont Street, mais conhecida como a Old Vegas. A Fremont Street está localizada no que é conhecido como “Old Vegas”. Ela foi o centro da vida noturna e dos cassinos da cidade até a expansão da Strip, mantendo até hoje um quê de clássico e da atmosfera nostálgica. O local é famoso por seus cassinos históricos, como o Golden Nugget e o Binion’s, que datam dos primeiros dias da cidade, além da vida noturna, shows ao vivo e entretenimento gratuito. O mais legal de lá é o “Fremont Street Experience”, um imenso teto de LED que fica passando vídeos sincronizados com música em uma experiência sensorial imersiva.

Lá também tem artistas de rua, apresentações de música ao vivo e diversas opções de entretenimento. Quando eu ainda tava lendo sobre o lugar eu via que Fremont Street era o lugar para quem desejava vivenciar uma energia autêntica e vibrante de Vegas ainda nos primeiros anos. No início eu achei que ia ser um passeio daqueles “faça um passeio que ninguém faz e blá blá blá”. Mas, cara, quando cheguei lá… Juro para você, foi a parte que eu mais curti de Vegas. Os cassinos que tinham lá era realmente o que você imaginava como era um cassino no começo de Vegas. Uma galera mal encarada jogando roleta, poker, blackjack e umas mulheres dançando só de biquini em cima das mesas. Do lado de fora, o teto de LED é nada menos do que impressionante. Os artistas de rua são muito interessantes e os shows… cara… Eram 3 palcos em diferentes pontos da avenida tocando música sem parar. Tudo isso de graça. Sério, o som era muito legal, a estrutura era muito top e a galera era muito animada, até porque, como era de graça, misturava todo tipo de gente. De toda experiência em Vegas, a Freemont foi de longe o mais legal e divertido que eu pude ver, até porque, mais uma vez, eu não jogo, então cassino era algo muito sem graça. Vai por mim, se um dia for a Vegas, não deixe de ir na Freemont street.
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