Miami: Cruzeiro, Bahamas e um Furacão: A Jornada que Quase Deu Errado

Depois de Las Vegas pegamos um voo para Miami. De lá iríamos seguir de cruzeiro para os Bahamas, país que eu ainda não havia visitado. Acabamos pegando esse cruzeiro porque era um preço bom e viajar para o Bahamas de outra forma era sempre bem mais caro.

Descemos em Miami e o máximo que fizemos na cidade foi seguir para o nosso Airbnb para descansar já que o voo de Vegas a Miami foi longo, na verdade cruzou quase os Estados Unidos inteiro de uma ponta a outra. Descansamos e no outro dia pegamos o Uber e seguimos para o porto para pegar o navio.

No chão do elevador tem dizendo qual dia da semana estamos. Acredite, se não tem isso você realmente perde noção de que dia está

Inicialmente eu confesso que eu tinha um certo preconceito com cruzeiros. Achava que era um passeio daquele de tio velho aposentado, mas, cara, vou te dizer, acabei me surpreendendo. Primeira coisa que me chamou a atenção é como eles são organizados. Cara, estamos falando de uma logística para receber quase 8000 hóspedes em um pequeno espaço de horas e também acomodar quase 2500 tripulantes. É realmente algo bem interessante observar isso.

Observar a tripulação é outra coisa interessante também. Cara, parece que você está visitando aqueles bares do Star Wars, já que tem gente de todo canto do mundo trabalhando nesses navios. Mas sim, a grande maioria são indianos, chineses e filipinos.

No começo eu acabei não gostando muito porque eu fui descobrir que internet era paga a parte (e bem cara) além de que as bebidas, mesmo não alcoólicas, não estavam inclusas, só podia beber água. Mas no final achei até bom, foi uma oportunidade para se desintoxicar um pouco de refrigerante e internet.  Depois eu descobri que eu tinha alguns dólares de crédito por conta do pacote que eu comprei e os usei para comprar internet e alguns refrigerantes, ainda que não tenha gastado todo o crédito.

Comida no cruzeiro é a rodo. Você come o quanto quiser, quantas vezes quiser e tem vários restaurantes diferentes com pratos diferentes pelo barco inteiro. A noite você ainda pode reservar um restaurante mais requintado para poder ficar comendo pratos mais chiques, mas eu gostava mesmo era do buffet.

Comida para todo lado!

Além disso, tinha aquilo que eu achava que era a coisa mais de  tiozão dos cruzeiros: os show. Eu achava que era aquela coisa bobinha, para tiozão ver. Rapaz… Eu curti bastante. Na verdade curti bem mais do que a apresentação do Cirque du Soleil que eu vi em Vegas. Eram uns shows bem legais mesmo. Teve um show de patinação que tinham patinadores que chegaram a até mesmo a fazer parte da equipe nacional americana de patinação.

Outra coisa interessante é que no cruzeiro tem uma galera que vai em umas excursões enormes! É muito engraçado, eles fazem camisas personalizadas e todo os dias estão circulando pelo hall com as mesmas roupas.

Por fim, eu fiquei pensando na questão da segurança. Estamos falando de quase 10.000 pessoas confinadas. A título de comparação, quase metade dos municípios do Brasil não tem essa população. É um mundaréu de gente se divertindo e, principalmente, bebendo. Como faz para controlar todo esse povo? Conversei com uns seguranças que ficavam patrulhando o navio e eles me explicaram que, como o navio era de bandeira americana, lá todo mundo estava sob leis americanas. Então, assim, se duas pessoas saíssem no tapa, o que aconteceria? Ele me explicou que eles tentam o máximo resolver as coisas na boa, mas em situações específicas eles podiam usar a força e até mesmo “prender” pessoas. Dentro do navio tem até mesmo celas para conter pessoas até a hora que o navio possa chegar em um porto e a polícia possa assumir o caso em questão.

Como falei, o cruzeiro é como uma mini cidade em movimento.

Desembarcando do cruzeiro

Beleza, o cruzeiro foi muito legal, a viagem pros Bahamas foi super bacana. Agora era hora de descer do navio e aproveitar as duas noites que ainda tínhamos para aproveitar em Miami. Pelo menos assim era o plano.

Rapaz, quando ainda estávamos no navio começamos a ouvir as notícias sobre o furacão Milton, aquele furacão que ficou nas manchetes de jornais por um bom tempo em outubro de 2024. Quando começamos o cruzeiro, ele estava previsto para ser forte, depois mudou para muito forte e quando estávamos descendo do navio haviam mudado a previsão para apocalíptico. E o melhor era que a festinha com os quatro cavaleiros do apocalipse estava marcada para acontecer bem no dia do nosso voo de volta de Miami. Sério. No. Dia. Do Voo. De. Volta.

Começamos a ficar um pouco preocupados com isso, porque poucas coisas me deixam mais desconfortáveis e preocupados do que morrer. Começamos a falar com as pessoas e todo mundo falava “ah, cara, de boa, é só estocar comida, fechar as janelas e esperar tudo passar”. Mas, mano, como a gente ia fazer isso? A gente tava em um Airbnb cuja hospedagem acabava, veja você, no dia do apocalipse, haja vista que, mais uma vez, era o dia em que iríamos pegar o voo de volta para Brasília. Então, a gente ia estar meio que desabrigado no fatídico dia. Uai, então era só ir pro aeroporto, pegar o avião e ir embora, não? Então, não! Dois dias antes da gente viajar já estavam falando em fechar o aeroporto até o furacão passar. A companhia aérea podia até pagar o nosso hotel, mas com certeza eles não iriam procurar um para gente. Nas TVs a gente via o governo falando em estocar comida, água e dando endereços onde você poderia pegar sacos de areia e também abrigos caso “a sua casa fosse destruída”.

Eu e Bruna não pensamos duas vezes. Descemos do cruzeiro as nove da manhã e seguimos para o aeroporto de Miami para tentar pegar o voo de volta no mesmo dia antes do furacão chegar. Chegamos no aeroporto e não havia ninguém da GOL haja vista que o voo era só as 10 da noite e o povo do check in só iria chegar por volta das 6 da tarde. Enfim, decidimos ficar por lá e ver o que iria acontecer.

As horas foram passando. 10 horas, 11 horas, meio dia, uma hora, duas horas, quando foi umas três da tarde, em um dos nossos passeios pelo aeroporto para passar o tempo a gente só escuta um tumulto, uma gritaria, cachorro correndo para todo lado e policial gritando. E um bando de viatura da polícia com a sirena ligada no alto e carro cantando pneu. Pronto, o furacão tinha chegado dois dias mais cedo.

Nada!

Mano, acredita que teve uma ameaça de bomba e atentado terrorista no aeroporto? Bem. No dia. Que. A gente. Tava. Lá. Pronto, além de dançar com cavaleiros do apocalipse a gente ainda teria que lidar com um atentado terrorista. Só sei que não pensei duas vezes, saí correndo para onde a polícia tava gritando e voltei pro meu saguão.

Depois parece que era alarme falso, mas que parecia aquelas cenas de filme, parecia.

Cara, aquela viagem tinha tudo para ser zicada.

No final, aprece que foi alarme falso e foi só o susto.

https://aeroxplorer.com/articles/miami-airport-shut-down-and-evacuated-for-investigation-into-suspicious-item.php

Bom que ajudou a passar um pouco o tempo.

Mas, assim, ainda tínhamos que tentar a nossa passagem.

Quatro da tarde. Cinco. Seis horas da tarde começou a chegar o pessoal da GOL.

Conversa daqui, implora dali, acabou que o pessoal do aeroporto foi super gente boa e conseguiu por a gente no voo sem taxas. Argumentamos o óbvio, era melhor a gente ir logo naquele dia porque, como havia previsão do aeroporto ser fechado nos próximos dias, ia ficar muito mais caro para companhia aérea ficar pagando hospedagem e alimentação para gente até a hora de voltarmos para casa.

Entramos no voo e seguimos para Brasília.

E como foi o furacão? Bem, na parte Noroeste da Flórida foi realmente apocalíptico, mas acabou que em Miami não aconteceu quase nada. Na verdade, parte da galera da Flórida foi até se abrigar em Miami. Nosso voo dois dias depois, como foi?

Não só não foi cancelado, como ele saiu no horário, ao contrário do voo onde fomos recolocados dois dias antes que saiu com duas horas de atraso.

O importante foi que a gente chegou vivo e mais uma vez não ficamos desconfortáveis morrendo.

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Las Vegas Além dos Cassinos: Experiências Únicas e Histórias Inesperadas

Sempre tive uma lista curta de cidades americanas que realmente queria visitar: Orlando, Nova York, Washington e Las Vegas. Cada uma delas tem algo único que me atraiu desde sempre, seja pelos filmes, pela história ou pelo tanto que falam delas. Nessa viagem aos Estados Unidos, consegui riscar a última da lista. Depois de explorar San Francisco, peguei um voo direto para Las Vegas, a cidade que faltava para completar o “bingo”. Finalmente, era chegada a hora de Vegas

Vegas e a luzes

Cara, vou te dizer. Assim que pousei na cidade fiquei tão impressionado quanto João do Santo Cristo com as luzes de Natal. Vegas é indescritível. A Times Square em Nova York e suas luzes são impressionantes e é de longe o meu lugar preferido em Nova York. Vegas é como uma Times Square, só que IMENSA.

Vai por mim, é lindo demais e eu não lembro de algum lugar no planeta onde eu já tenha visto algo tão colorido e reluzente como Vegas.

Se deslocando em Vegas

Muita gente fala que as atrações em Vegas são apenas em uma rua e isso é meio que verdade, já que a Vegas Strip concentra a imensa maioria dos cassinos. Tem um outro lugar conhecido como a antiga Vegas que é bem legal também, mas vou falar dela mais para frente.

Como a maioria dos cassinos estão todos em uma rua só, deu para ficar usando de boa o busão. Quando a gente chegou, tava fazendo um calor infernal, coisa de 40, 41 graus. Apesar disso foi de boa alternar entre caminhar e usar o busão. A gente descobriu o quanto o busão era tranquilo porque uma noite a gente tava andando na rua, viu uns mexicanos descendo de um busão e fomos perguntar para eles como era para dar rolê em Vegas de busão. Os caras foram gente boa demais, explicaram para gente e ainda por cima nos deram um tíquete de 24 horas de uso de transporte público que eles haviam acabado de comprar e não iam mais precisar. Foi muito da hora.

NO BUSÃO

Essa questão de Vegas ser quase que só uma rua é meio que verdade. Vez ou outra a gente saía um pouco da rua principal e todas aquelas luzes e letreiros sumiam. A cidade virava uma cidade normal americana. Até a galera viciada em drogas, que a gente não via na Vegas Strip, começava a aparecer caminhando como uns zumbis nas ruas. Teve um Mac Donald´s que a gente foi que tinha tanto zumbi nas imediações que o balcão deles era meio que modificado para você ter o mínimo de contato possível com o atendente fazendo quase que uma barricada. Era tenso mesmo. Se eu sentia medo? Cara, era só seguir a regra de ouro, não mexe com eles que eles não mexem com você.

Depois eu fui descobrir que existe uma comunidade imensa de pessoas com problemas com dependência química morando no sistema subterrâneo de Vegas. Vi nesse vídeo aqui abaixo e sugiro demais assistir:

Mas, assim, mais uma vez, Vegas é bem seguro. Antes da gente chegar no AirBnb recebemos a instrução do dono do apartamento para entrar no condomínio. O homem mandou quase que um livro de regras para entrar lá. Não podia isso, não podia aquilo, tinha que dar o nome de todo mundo que iria entrar, tinha que se identificar todo dia na portaria apresentando documento para conseguir um passe diário de entrada no condomínio, tinha que rolar no chão, tinha que bater palma, tinha que imitar o Silvio Santos e por aí vai. Cara, primeira vez que a gente chegou o Uber só gritou “tou indo deixar passageiro”, o vigia nem olhou o carro e mandou seguir. Os outros dias a gente entrava e saía e os porteiros estavam nem aí. Isso para ver como era tranquilo por lá.

Outra coisa que é interessante é que, mermão, Las Vegas hoje quase que cheira a maconha. Como por lá é legalizado, cara, pode onde você passa tem aquele cheio de maconha. Os caras fumam mais que uma caipora. Eu me impressionei um pouco com isso.

LOJA DE MACONHA

Os Ubers de Vegas bons de conversa

E, sim, andar de Uber era uma atração a parte. Cara, a impressão que eu tenho é que os americanos não têm muito costume de conversar no Uber. Então quando a gente entrava no Uber e começava a puxar papo, rapaz… O homem até se assustava. Depois se danava a sair falando da vida. Rapaz, era muito engraçado. Teve um que a gente perguntou só “como tá essa vida?” e o homem se danou a falar, falou da vida dele, falou da mãe, falou da família, falou… falou… falou. Foi muito engraçado. Deve ser chato passar o dia inteiro sem falar com ninguém, então eu acho que os caras ficam meio carentes. Teve um motorista que era nascido e criado em Vegas e a gente meio que perguntou como era crescer por lá. Rapaz, o homem contou da infância, da mãe, da escola… Outro contou para gente que tinha um filho que tava para entrar na NBA e só deixou a gente descer do carro depois de mostrar vídeos do filho dele jogando basquete. Sim, o moleque mandava muito bem.

Mas o mais legal foi o último Uber que nos levou para o aeroporto. Ele era cubano e contou para gente como ele chegou nos Estados Unidos. Cara, ele viajou para Guiana (único país da América do Sul que não pede visto de turismo para cubanos), atravessou pela floresta para Roraima e ficou dois anos em Manaus trabalhando e juntando dinheiro. Depois que ele juntou um bom dinheiro em Manaus ele saiu andando, seguindo por terra, pegando carona, pegando ônibus por Colômbia, Panamá, América Central, México até chegar nos Estados Unidos. Interessante a história dele, né?

Alimentação e supermercado

E, cara, quando a gente viaja aos Estados Unidos a gente entende o motivo dos caras serem imensos de gordo. Em Vegas, por onde você anda tem fast food espalhado. E é o que dá para comer, pois qualquer pratinho mais elaborado, seja um bife com um arroz custa um absurdo. Além disso, a gente ficou quatro dias em Vegas e não vimos, literalmente, um supermercado. Não é zoeira não, a gente chegou em Vegas e queria comprar uns ovos, umas frutas, uns tomates para fazer um café da manhã e simplesmente não achamos. Agora fast food tinha a cada 20 metros. Tudo bem, você pode alegar que a gente poderia pegar um carro e ir atrás de um supermercado, mas isso já é um impeditivo ao americano comprar comida de verdade. Também pode falar “ah, mas estava apenas na área turística”, mais uma vez, isso não é um impeditivo, você anda por Copacabana no Rio e a cada esquina você vê um mercado ou um supermercado.

Lá em Vegas a gente só achava lugar vendendo porcaria. Outras cidades dos Estados Unidos são assim também, fast food em cada esquina e mercado meio longe, mas nada se comparou a experiência que tivemos em Vegas em relação a isso. Outra coisa, comida no supermercado também é cara. Eu lembro de uma vez na Califórnia que eu queria comprar limão para fazer caipirinha e vi que o quilo era dois dólares. Fiz um saco de limão e na hora de pagar a conta deu 60 dólares. Não, não era dois dólares o quilo do limão, era dois dólares POR limão. É por isso que você a galera mais pobre e eles são imensos de gordo, porque acaba que o que sobra para eles é comer no fast food que é o único lugar barato.

Vegas e os cassinos

Sim, Vegas é o lugar dos cassinos, mas como eu nunca entendi a graça que o povo vê em jogar, simplesmente fiquei visitando os cassinos por dentro e por fora. E, sim, vai por mim, tem muita coisa para ser vista dentro dos cassinos. Cada cassino tem um tema, eu fui nos cassinos que tem como tema o Egito, um outro em formato de castelo medieval, o de Paris, o do estilo Veneza na Itália e mais impressionante de todos, o Caesar´s Palace, que tem como tema o Império Romano.

Cara, é muito louco dentro de cada um deles. O Caesar´s Palace, por exemplo, tem uma cópia exata da estátua do Davi de Michelangelo, a sua escultura mais famosa.

Mas assim, eu volto a reiterar, eu nunca entendi a graça que esse povo vê naquelas máquinas caça níquel. Cara, não tem estratégia nenhuma, é só ficar apertando o botão e deixar o cassino levar seu dinheiro embora. Não tem estratégia, você não tem influência alguma no jogo, não tem o que fazer. É literalmente pegar fumar um Derby, sentar em uma cadeira e apertar um botão.

JOGAR ATÉ FICAR ASSIM

Outros jogos como Blackjack e uma espécie de poker até tem um pouco de estratégia e é legal você ver o povo com alguma emoção jogando. Cara, teve uma mesa com duas chinesas que a gente viu cada uma tirar um calhamaço de cinco mil dólares e entregar pro dealer como se aquilo fosse nada. Parecia que estavam mexendo com dinheiro de banco imobiliário. O dealer pegava o dinheiro, contava e botava dentro de uma caixa empurrando com um pedaço de madeira. Sério, parecia que tava mexendo com papel velho.

Eu lia nos fóruns de viagens sobre os cassinos de Vegas e lá dizia que dava para facilmente você gastar hooooorraaassss visitando cada cassino. Que dentro eles são lindos (o que é verdade) e muito legais de visitar (sim, isso é verdade mesmo). Nos programamos para gastar um turno de cada dia em cada cassino e, cara, meio que em meia hora a gente já tinha visto tudo o que a gente queria ver tirando algumas poucas exceções como o Caesar´s Palace e o cassino com inspiração em Veneza. Não é como um parque temático como os da Disney que tem um bando de coisa para ver. Assim, no final, o lugar é um cassino e se você não vai para lá para jogar e também não para lá para comer em um restaurante, meio que não tem muita coisa para se ver fora do salão principal. Mas sim, ainda assim vale muito a pena visitar. Mais uma vez, os nossos preferidos foram o de Veneza e disparado o Caesar´s Palace.

E tem os shows!

Cara, em Vegas tem show de tudo que você pode imaginar. Tem musicais, tem shows de mágica, tem shows de música, tem escape rooms de zumbis, tirolesa, montanhas russas no meio da cidade, cara, tudo o que você possa imaginar. Obviamente que tudo isso custa e custa caro, muito caro. Ainda assim como tínhamos dois dias cheios em Vegas optamos por ir em dois eventos diferentes, no primeiro dia fomos na mais do que famosa Esfera de Vegas e no segundo a um show do Cirque du Soleil.

Visitando a Esfera de Vegas

A Esfera de Las Vegas, oficialmente chamada de MSG Sphere, é impressionante por ser a maior estrutura esférica do mundo, com 112 metros de altura e 157 metros de largura. O exterior da esfera é coberto por mais de 1,2 milhão de luzes LED, tornando-a uma gigantesca tela digital 360º que exibe imagens, vídeos e animações com uma qualidade visual muito boa. Essa capacidade de se transformar em qualquer cenário visual, desde uma bola de basquete até uma paisagem de tirar o fôlego, proporciona uma experiência muito legal para quem a vê de longe ou de perto, especialmente à noite, quando se torna o centro das atenções na Las Vegas Strip.

A ESFERA

Além da estrutura externa, o interior da Esfera é igualmente impressionante. O espaço foi projetado para ser o melhor local de entretenimento imersivo do mundo, com capacidade para cerca de 18.000 pessoas e uma tecnologia de áudio e vídeo inovadora. A experiência visual interna é proporcionada por uma tela curva 16K que envolve completamente a gente, criando uma sensação de imersão total. Tem também um sistema de som avançado, que permite que o áudio seja transmitido de forma precisa a cada assento, além de que cada assento também balança acompanhando alguns movimentos das apresentações. Quando fomos, dava para você assistir um clipe do U2 ou para ver um documentário sobre a Terra. Acabamos decidindo pela Terra.

Dentro da esfera já é uma atração a parte, pois tem vários leds, robôs, muita coisa legal para você dar uma interagida. A única coisa que não é legal é que eles não te deixam entrar de mochila e, para entrar, você precisa deixar a mochila em um armário com cadeado que custa a bagatela de 10 dólares. Cara, 10 dólares para eles, é como 10 reais para gente, só que 10 dólares para gente é quase 60 reais. O jeito foi sair colocando tudo nos bolsos, dobrar a mochila portátil, pôr no bolso e vida que segue. O ingresso já tinha sido caro o suficiente para entrar.

DENTRO DA ESFERA

E, sim, foi muito legal, apesar de ter sido caro que só a peste, ainda assim foi uma experiência única que eu sugiro a todos. O som é fenomenal e a tela é realmente uma coisa que eu nunca tinha visto na minha vida. É imersivo, é impressionante, é inesquecível. Assim, valeu cada centavo e olha que foi centavo demais para poder pagar aquilo ali. Mas sim, a esfera é uma daquelas experiências que não existe algo sequer parecido em todo o planeta, pelo menos não que eu já tenha visto.

Show do cirque du soleil – uma visita marcante

Depois do indescritível dia que foi a nossa visita a esfera de Vegas, chegou o dia de assistirmos a uma apresentação do Cirque du Soleil. Cara, essa era de longe a atração que eu estava mais ansioso para assistir pois uma vez o Cirque du Soleil tinha vindo aqui em Brasília e a apresentação foi uma das coisas mais fantásticas que eu já tinha visto na vida. Posso dizer que o show do Cirque du Soleil que eu vi em Brasília foi a segunda maior apresentação coreografada que vi na vida depois do Arirang da Coreia do Norte. Era umas acrobacias malucas, uma galera que voava, alto, mas MUITO alto, enfim, coisa de louco.

E eu estava ansioso. Fiquei pensando, cara, se aqui no Brasil que é uma periferia para eles, foi uma coisa fantástica, imagina como seria na sede deles, em Vegas? Pro público americano? Cara, pagamos o ingresso do show e fomos. Já na entrada havia dezenas de placas dizendo “não use celular”, “celular não é permitido”, “espectadores utilizando celulares serão retirados da plateia”… Rapaz, fiquei pensando, cara, nem na esfera era desse jeito. Dentro da Esfera eles deixavam filmar à vontade. Então se na esfera que foi algo fantástico, podia filmar, imagina como não seria o circo que nem deixava a gente filmar? Escolhemos logo o espetáculo mais famoso, o “KÀ”. Chegamos cedo para não ter probabilidade de dar algo errado. Sentamos no nosso lugar e só aguardamos.

E aí, como foi?

Cara… foi… uma das coisas mais CHATAS, TEDIOSAS e sem GRAÇA que eu já assisti em toda a minha vida. A apresentação até tinha uns recursos multimídia legais, uma baita estrutura de luzes e coisas assim. Mas a apresentação? Cara, foi um mix de “Os Trapalhões” sem graça com acrobacias mambembes que não aconteciam nem nos circos que eu ia quando criança no Aterro do Bacanga em São Luís. Juro para você. Eram umas acrobacias bobas, umas cenas de luta que nas aulas de capoeira você aprende já na faixa branca e umas palhaçadas nível Zorra Total. Juro! Era coisa boba mesmo. Teve uma cena que rolou umas acrobacias com um pêndulo que até foram legais, mas, sério, nada que você não visse em qualquer circo que passe aí pela sua cidade. E eu ali pagando quase o valor de um aluguel em dois dos piores lugares para assistir aquela coisa caquética.

Você pode argumentar “Ah, mas o nome é Cirque du Soleil, logo é um circo, tava esperando o que?”. Cara, eu tava esperando aquele Cirque du Soleil que eu vi em Brasília, que tinha ex-atletas olímpicos fazendo acrobacias mirabolantes, shows de mágica que até hoje eu me pergunto como o cara fez aquilo e uns palhaços que eram super engraçados mesmo sem nem falar português. E olha que eu paguei um décimo do preço em Brasília do que eu paguei em Vegas e ainda assim fiquei em um lugar muito melhor.

Visitando Freemont Street, a antiga Vegas

Por fim, eu não podia deixar de falar da Freemont Street, mais conhecida como a Old Vegas. A Fremont Street está localizada no que é conhecido como “Old Vegas”. Ela foi o centro da vida noturna e dos cassinos da cidade até a expansão da Strip, mantendo até hoje um quê de clássico e da atmosfera nostálgica. O local é famoso por seus cassinos históricos, como o Golden Nugget e o Binion’s, que datam dos primeiros dias da cidade, além da vida noturna, shows ao vivo e entretenimento gratuito. O mais legal de lá é o “Fremont Street Experience”, um imenso teto de LED que fica passando vídeos sincronizados com música em uma experiência sensorial imersiva.

Lá também tem artistas de rua, apresentações de música ao vivo e diversas opções de entretenimento. Quando eu ainda tava lendo sobre o lugar eu via que Fremont Street era o lugar para quem desejava vivenciar uma energia autêntica e vibrante de Vegas ainda nos primeiros anos. No início eu achei que ia ser um passeio daqueles “faça um passeio que ninguém faz e blá blá blá”. Mas, cara, quando cheguei lá… Juro para você, foi a parte que eu mais curti de Vegas. Os cassinos que tinham lá era realmente o que você imaginava como era um cassino no começo de Vegas. Uma galera mal encarada jogando roleta, poker, blackjack e umas mulheres dançando só de biquini em cima das mesas. Do lado de fora, o teto de LED é nada menos do que impressionante. Os artistas de rua são muito interessantes e os shows… cara… Eram 3 palcos em diferentes pontos da avenida tocando música sem parar. Tudo isso de graça. Sério, o som era muito legal, a estrutura era muito top e a galera era muito animada, até porque, como era de graça, misturava todo tipo de gente. De toda experiência em Vegas, a Freemont foi de longe o mais legal e divertido que eu pude ver, até porque, mais uma vez, eu não jogo, então cassino era algo muito sem graça. Vai por mim, se um dia for a Vegas, não deixe de ir na Freemont street.

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San Francisco, Califórnia: Beleza, Desafios e uma Visita Inesquecível a Alcatraz

Aproveitando que um dos meus irmãos se mudou para Califórnia resolvi fazer uma viagem que há algum tempo eu vinha planejando, mas sempre postergando que era conhecer o norte da California. Eu já tinha morado na parte sul da Califórnia, Santa Bárbara, mas ainda não tinha visitado San Francisco, que fica na parte norte da Califórnia e é conhecida como Bay Area.

A primeira coisa que eu posso afirmar sobre San Francisco é que lá é caro, mas MUITO caro. Cara, chega ser desesperador o quanto são caras as coisas por lá. Não é aquele caro da Europa ou de Londres, que você sabe que é caro, mas se prepara para isso e fica comendo em fast food ou cozinhando comida que você comprou no supermercado. É um caro que chega a ser desesperador. Mac Donalds? É caro. Comprar comida no supermercado? É caro. Andar de ônibus? É caro. Pagar para entrar em um museu? É caro, rapaz, foi de longe a viagem mais cara que eu já fiz em toda minha vida.

Vale a pena viajar para lá? Cara, se for uma vez na vida e você tiver dinheiro saindo pelas torneiras, sim. Porque, assim, a cidade é bonitinha, arrumadinha, mas só.

Pessoal situação de rua

E, assim, a cidade é rica, organizada e limpa, mas tem muita, mas MUITAS pessoas em situação de rua vagando por lá. A grande maioria são vítimas da epidemia de drogas que acomete os Estados Unidos aliado ao fato de que a moradia em San Francisco e arredores é MUITO cara. Então você anda pelas ruas das cidades ao redor de são Francisco e vê dezenas de furgões estacionados nas calçadas com pessoas morando lá. Isso quando o cara não faz um barraco de papel mesmo e mora lá dentro, parecido com aqueles que a gente vê no Brasil. Apesar de dar um pouco de receio, todo mundo falava que eles ficam na deles, não mexem com ninguém, é só você não mexer com eles. Vez ou outra um ou outro entra em surto e começa a gritar, mas é só você sair de perto.

Cara, mas, assim, dá medo. Você entra no metrô ou trem e vê uma galera muito drogada, aparentemente a gente viu gente até uns caras injetando. O trem conhecido como BART barra qualquer trem fantasma que você já tenha ido em um parque do tanto de gente zumbizando que você vê por lá. Às vezes a gente ficava com tanto medo que até mudava de vagão. Mas, assim, a gente via uma galera super de boa do lado da galera que tava doidona. Gente que tava indo pro trabalho mesmo. A gente ia conversar e eles nos falavam sempre: Olha, não precisa ter medo, é só não mexer com eles que eles não mexem com você.

Galera em situação complicada no metrô

Mas assim, na medida do possível foi bem tranquilo andar de trem por lá. Vez ou outra a gente passava uns sustos, mas nada demais. Engraçado mesmo foi só uma hora que meu celular tava descarregando e eu achei uma tomada dentro do trem. Pensei… Hum, porque não ir lá carregar a bateria do meu celular. Rapaz, eu fui chegando perto da tomada e tinha um aviso “atenção, essa tomada não é para uso público, usar essa tomada sem autorização é uma ofensa criminal”. Fiquei pensando, só faltava eu ser pego e ir preso por usar uma tomada. Imagina eu chegando na prisão:

– Eu fui preso porque assassinei um cara. E tu?

– Rapaz… tudo começou porque eu achei que era muito caro comprar uma bateria externa para carregar a bateria do meu celular em viagens..

A tomada que quase me levou preso

Prisão de Alcatraz

E, bem, isso é San Francisco. Você bate foto da Golden Gate, bate foto da famosa rua curvada e boa. Tem uns museus de ciência que fui, gastei uma nota, mas foram realmente bem legais.

Outro passeio que fizemos em San Francisco foi andar de carro autônomo. Sim, os caras tem uma frota inteira de táxi só de carros autônomos, dá para acreditar? Você abre o aplicativo parecido com o Uber, chama e o carro vem te buscar. Só que sem motorista. Cara é MUITO louco. Tu entra e ele sai dirigindo sozinho. Com o volante mexendo e tudo. É DU MAL. Parece até um fantasma.

Carro Autônomo

Mas, claro, nenhum passeio em San Francisco está completo se não foi na prisão de Alcatraz. A prisão de Alcatraz sim, vale a visita, Alcatraz foi uma das coisas mais legais que eu já visitei na vida.

Alcatraz era conhecida como “A Rocha” e não sem motivo. A prisão ficava literalmente em cima de uma ilha inteiramente feita de rocha em frente a São Francisco sem ligação por terra para dificultar qualquer fuga. E sim, chamava a rocha porque a ilha parece que é feita de pedra, é difícil de cavar qualquer coisa lá.

Junto com a Golden Gate é maior atração turística de São Francisco, mas ao contrário da Golden Gate, que é pública, você precisa comprar um ingresso para Alcatraz. E, assim, os ingressos acabam rápido, então eu sugiro você comprar com antecedência. O ingresso dá direito a entrar na prisão, que hoje é um museu, e também está incluso o transporte de barca para ir e voltar da ilha.

A visita a prisão em si é um passeio bem sinistro. Você chega lá e já sente o ambiente pesado e sombrio de uma prisão. Porém, o passeio é muito legal, eles tem um passeio guiado onde eles te dão tipo um radinho que você pode escolher várias línguas, inclusive o português, e que vai te dando a descrição de cada canto da prisão, contando as histórias, parte delas narradas pelos próprios ex detentos

Esse radinho salvava demais a vida

Alcatraz era lar dos piores bandidos dos Estados Unidos. Logo na entrada tem um dizer que meio que resumia Alcatraz “Infrija as regras da lei e vá para a prisão, infrinja as regras da prisão e vá acabar em Alcatraz”. A prisão foi construída para causar temor e abrigar os piores dos piores detentos, então daí você imagina.

A situação lá era tão tensa, que o próprio governo se preocupava com que a comida servida em Alcatraz fosse sempre a melhor entre as prisões, já para não dar pretexto para uma rebelião.

Em todo o seu tempo de funcionamento, nunca nenhum preso conseguiu escapar da prisão. Alguns até conseguiram sair de Alcatraz e atingir a água, mas todos ou morreram afogados ou foram pegos quando chegaram em terra firme.

No final, acabou que a prisão foi desativada porque ela não era boa para ninguém, não era boa para os prisioneiros porque não reeducava e nem intimidava ninguém e não era ruim para o governo e para a população porque a prisão custava caro, muito caro. Imagina, uma prisão isolada, no meio do nada. Porque, assim, uma prisão não é só enfiar um bando de gente lá e esquecer a chave. Uma prisão precisa de médicos, faxineiros, cozinheiros, guardas, burocratas e por aí vai. Imagina o pesadelo logístico que era manter essa prisão. Para facilitar, Alcatraz chegou a ter um mini-cidade na ilha onde moravam os funcionários.

Por fim, ao fim do passeio diário tinha uma estatística explicando o tamanho do encarceramento nos Estados Unidos hoje. Para se ter uma ideia, os Estados Unidos sempre estão ali entre os cinco países com maior encarceramento em proporção da população e de longe o país com maior população carcerária do mundo com aproximadamente 2 milhões de pessoas atrás das grades. É muito? O Brasil já tem quase um milhão! Além disso, outra coisa interessante, quase um quinto da população americana tem algum tipo de anotação criminal. Cara, isso é um absurdo.

Enfim, Alcatraz, foi um dos passeios mais legais que já fiz na vida, vai por mim, é caro, mas vale muito a pena

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Um maranhense e a neve…

Só mais uma observação, gostaria de pedir desculpas por estar postando apenas hoje, mas é que a internet daqui de casa deu piripaque e não consegui postar ontem. Próximo post, como prometido, vai ser na sexta, não percam!!!

Amigos, eis que um dia, 7 horas da manhã, ao sair do trabalho me deparo com uma vista inusitada ao longe. Cara, lindo demais, pareciam até as montanhas nevadas de South Park. Fiquei tão emocionado que resolvi fazer um vídeo e postar no blog. Sim, ficou meio gay essa frase, mas é pra que vocês entrem (uuiii) no clima.

Não deu tempo pra poder ver direito os picos (uiii) gelados no vídeo, logo, resolvi postar a foto pra ficar mais claro. Só pra que vocês entendam melhor, aqui não nevou. Nem passou perto disso, já que aqui o clima é seco. O que aconteceu foi que, depois de muito tempo fazendo um frio danado, as montanhas que tem perto daqui ficaram nevadas.

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Nova Iorque – Estados Unidos

Isso é que é uma propagando a se colocar em um táxi, brother

Existem poucos lugares nos Estados Unidos que eu fazia ou ainda faço questão de visitar. Seja porque eu ache que a maioria dos lugares lá não tem muita graça, seja porque não me atrai. Os únicos lugares que acho legais lá são a Flórida, Nova Iorque, Califórnia e Las Vegas. De todos eles só me falta agora visitar Las Vegas, porque Nova Iorque eu visitei agora no mês de março.
Bem, os edifícios de Nova Iorque são realmente aquilo que imaginava. Cara, os bichos são muito, mas MUITO altos! Não sei como é na cidade de vocês, mas em Brasília não temos tantos edifícios gigantescos, nem em São Luís. Quando cheguei em Nova Iorque fiquei realmente impressionado com o tamanho daqueles colossos. Todo lugar que eu passava eu ficava querendo bater uma foto.

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Enfim o post do Havaí…

 

Cara, pode ter certeza que aquela fase passou. Decreto a partir de hoje o fim do período “blogs sem sal” e da busca desesperada por histórias para postar no fim de semana. No Havaí rolou tanta coisa que dá pra eu escrever é um livro de tanta presepada que eu passei. Sério, não falo isso só pelo local em si, que é bonito pacas, mas também ao que ocorreu no dia a dia.

Antes de começar a escrever, gostaria de explicitar como funcionará a nova metodologia do blog. Ao contrário da “Idade das Trevas” de Santa Bárbara, não irei postar fixamente todas às sextas feiras. Cada post me consome várias horas pra poder ficar pronto e como tempo em viagem sempre é curto, não vou utilizar, majoritariamente, os horários que tenho em casa pra poder escrever. Vou aproveitar o máximo que puder os horários que estiver dentro de aeroportos ou viajando dentro do avião. Chegando em casa, faço as modificações finais e posto no blog. Isso significa que, assim como pode ocorrer dois posts por semana, também poderá ocorrer em duas semanas apenas um post. Mas, assim como no Havaí, toda sexta feira faço um mini-post, com uma foto do lugar que estou, avisando quando será a previsão para o próximo post, assim a galera não fica tão perdida.

Os posts serão divididos da seguinte maneira. Antes de começar a escrever do lugar em si, vou fazer uma rápida introduçãozinha, meio que Wikipédia, sobre o país ou região que estou visitando, com alguns dados sobre história, população, economia etc. Para que as pessoas possam ficar mais situadas sobre o que eu estou escrevendo (é cumpade, Claudiomar também é cultura!). Depois da introdução vou escrever algo relacionado às impressões que obtive do lugar e aí sim, após esses dois posts, vou colocar as histórias que aconteceram durante minha estada, portanto, se você quer ler só as presepadas, pule sempre os dois primeiros tópicos. Claro que isso não ocorrerá rigorosamente (como nada nesse blog), mas esse será o padrão que tentarei seguir.

Tirando isso, eu só gostaria de desejar muitas risadas pra quem estiver lendo e também que vocês possam aprender bastante junto comigo sobre os diversos locais o qual estou passando. Lembrando que o itinerário que posto agora é sobre o Havaí e posteriormente será sobre Coréia do Sul, Hong Kong e Macau.

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O Havaí

O Havaí atualmente é um estado americano. Tem uma população de mais ou menos 1,5 milhões de pessoas espalhadas em oito ilhas diferentes. A economia dos bichos depende quase que com exclusividade do setor de serviços (92%), com serviços governamentais e turismo como carros chefes! É o estado americano mais meridional (pra vocês terem uma idéia o Havaí fica quase que na mesma “altura” que Cuba) e se encontra a 3500 quilômetros do estado americano mais próximo, ou seja, é no meio DO NADA!

O Havaí nem sempre fez parte do território dos EUA. Pra falar a verdade eles têm uma história muito parecida com a dos países insulares do Pacífico Sul, como Fiji ou Tuvalu. Ilha espalhadas pelo Pacífico, formadas por erupções vulcânicas que foram sendo habitadas gradativamente por povos polinésios. Quando eu falo que o Havaí é uma polinésia que come hambúrgueres, é porque é muito próximo disso mesmo. Todas as ruas e praias são nomeadas na língua polinésia deles e também existem antigos nativos (7% da população total) habitando as ilhas, ainda que marginalizados (os serviços “de latinos e mexicanos” no Havaí são desempenhados pelos nativos e asiáticos).

Apesar de serem pequenas ilhas jogadas lá no meio do nada, o Havaí, nos seus primórdios, era formado por vários estados diferentes e monárquicos que lutavam entre si e matavam-se mutuamente. Ficou um tempão assim, sem que ninguém conseguisse unificar todas as ilhas em seu poder. Até que, um dia, aportou no Havaí uma esquadra britânica carregando nada mais, nada menos, que James Cook, um dos maiores e mais famosos navegadores britânicos (só pra vocês terem uma idéia, o cara é conhecido como “Pai da Oceania). Os havaianos num primeiro momento, olhando aquelas embarcações absurdamente gigantes, com ferro e metais pra todo lado (eles já tinham visto algumas peças de ferros, notadamente pregos de restos de embarcações, mas nunca nada como aquilo), achavam que se tratava de algum Deus ou algo do tipo. Depois de um tempo, acabaram entrando em conflito com os ingleses, chegando até a matar o próprio Cook.

Disso tudo, dessa presepada toda, uma pessoa acabou se dando bem. Um nativo, conhecido pelo nome de Kamehameha, durante muito tempo ficou em contato com os britânicos e aprendeu várias táticas e estratégias deles. Depois que os ingleses foram embora e tudo se acalmou, Kamehameha, como não querendo nada, montou o seu pequeno exército e foi conquistando ilha por ilha. Ou seja, ele basicamente apelou forte, utilizando até mesmo muitas armas dos britânicos. Com um poder totalmente desproporcional (você imagina o cara usando pólvora e metais contra os outros armados com uns pedaços de pau, ele foi “cheater” total), ele conseguiu unificar o arquipélago em suas mãos e ficou conhecido como Kamehameha, o Grande! O Napoleão do Havaí!

Depois disso, a influência ocidental no arquipélago foi crescendo gradativamente, sendo até mesmo absorvida pela cultura havaiana (adoção de religiões ocidentais etc.). Em 1898, os EUA anexaram o Havaí ao seu território e em 1950 ele virou um estado americano.

Um último fator que eu posso citar é que, meu deus, lá só tem asiático, doido!! Mais de 40% da população é formada por descendentes de asiáticos e por todo canto tem placas escritas em três línguas: Inglês, Havaiano e Japonês (ao contrário da Califórnia que era espanhol e inglês). Os japoneses não conseguiram tomar o Havaí na Segunda Guerra, mas agora tão tomando democraticamente, já que 20% da população é de descendência japonesa, além de que o que não falta é japonês fazendo turismo por lá! Tem japa por todo lado bicho!!

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Perambulando pelo Havaí – Estados Unidos

Deus fez um paraíso na terra, pena que cobrou tão caro por isso!

Bicho, é inexplicável como são caras as paradas por lá!! Sério, eu no Havaí vivi basicamente na dobradinha comida-busão e assim mesmo quase não consegui viver gastando em média 20 dólares por dia!! Acho que não ficou tão claro pra vocês!! Eu não gastei com MAIS NADA!! Moradia me saiu de graça e ainda assim gastei quase 35 reais POR DIA!! Mermão, é uma parada insana o lugar!

Isso ocorre devido ao fato de que o Havaí não produz quase nada, tudo tem que vir do continente, logo os preços ficam absurdamente caros! Tem também o fato de que o Havaí é o sonho de consumo de 10 em cada 10 americanos que vendem as cuecas e chegam com um dinheiro absurdo pra poder gastar no arquipélago, além dos japas que acham tudo isso aqui muito barato (eu fico imaginando o quão “barato” deve ser Tóquio)! Logo, como aprendemos desde o segundo grau, aonde tem muito dinheiro circulando, muita gente com dinheiro pra comprar, o mercado faz sua parte e eleva os preços ao absurdo!

Depois eu comecei até a pensar se realmente existe vantagem em ir ao Havaí passar umas férias rápidas. Com a grana que se gasta com hotéis e o que for, você pode muito bem viajar para Fiji ou então comprar a Tailândia inteira! Sério, não tem quem me faça mudar de idéia relacionado ao fato de que não vale a pena ir ao Havaí! O lugar é um paraíso? É! É lindo pacas? Sim! Não tou falando que lá é feio, mas é que o preço que você paga, a relação custo benefício, de quem vai pro Havaí torna um negócio nada aprazível. Pelo menos essa é a minha opinião.

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Passeios no Havaí

WAIKIKI

Apesar de o Havaí ser formado por várias ilhas, fiquei apenas em uma, devido a, mais uma vez reiterando, o preço azedo pra poder viajar pras outras ilhas e também ao tempo, já que planejava ficar três dias (apesar de que fiquei mais que isso). A ilha que fiquei, Oahu, é quase do tamanho da ilha de São Luís e possui várias praias. Eu acabei gastando mais tempo na praia principal, a mais famosa, a praia de Waikiki.

Ainda pensei em ir pra outras praias, mas, mermão, elas eram muito longe do local que eu estava ficando além de que eu criei uma raiva danada dessa história de ir a outras praias! Teve um dia que eu fui pra uma praia chamada Kailua. Gastei quase duas horas de busão, SÓ DE IDA! Quando cheguei lá, a droga da praia estava deserta e ainda tava CHOVENDO!! Fiquei tão puto que falei pra mim mesmo que nunca mais ia tentar algo mais “exótico”. Por isso os outros dias acabei ficando só por essa praia mesmo. Mas nem por isso foi ruim. Cara, Waikiki é lindo DEMAIS!!

Obs: Cara, tou tentando escrever o blog aqui no Mc Donald’s do aeroporto do Japão, mas sentou um filipino aqui do meu lado e não pára de falar no meu ouvido. Eu tento virar pro computador e começar a escrever, pra ver se o bicho se toca e nada dele parar de falar. O mais engraçado é o assunto!! O bicho não pára de falar de PÔQUER… hehehehe. E fala que não sei quem ganhou não sei quanto, que ele foi jogar não sei aonde e pá pá pá! Que diabo eu tou afim de ficar sabendo disso, maluco?

Voltando ao assunto. A praia mais parece Copacabana. Prédio e hotéis pra todos os lados, MUITA gente deitada na areia e muita, MAS MUITA gente na água surfando. Eu, também não me fiz de rogado, peguei uma prancha emprestada com o coucher que tá me hospedando e caí na água. É engraçado como é caótico a parada aqui! É tanta gente na água que é impossível você pegar uma onda sozinho. Quando aparece uma onda massa, vai uns 10 a 15 caras ao mesmo tempo junto com você. Mas o mais engraçado não é nem isso, o mais engraçado é que além do fato que tem um bando de gente na mesma onda, tem muita gente mais próximo e mais afastado que você da areia, logo, quando a onda vem, vem junto um bando de prancha pra cima de você. Você só tem duas escolhas, ou dá umas braçadas e entra na onda também, ou mergulha pra debaixo da sua prancha, protege a cabeça e seja o que Deus quiser. Dá pra contar nos dedos às vezes que me protegi embaixo da minha prancha e não escutei aquele “ PRAN!!” de alguém batendo em cima de mim e depois o barulho de alguém capotando! Isso sem falar que várias vezes eu também dei umas pranchadas em neguinho! A parada é caótica mesmo, malandro!!

O melhor de tudo não é nem o fato de ter tanta gente na água, o melhor são os recifes que ficam embaixo de você. Você fica sentado na prancha esperando a onda e quando olha pra baixo vê aquelas paradinhas coloridas brilhando no fundo do mar. É bonito de ver, mas é mais bonito ainda é capotar pra cima deles! Mermão, duas pisadas que eu dei sem querer em cima de uns recifes, cortaram meu pé em vários locais. Eu só fiquei imaginando como deve ser você sendo jogado contra esses recifes por uma onda mais afoita. Não raro saía alguém sangrando do mar e ia pra areia esperar estancar os ferimentos, pois depois que estancava, lá iam os bichos pra dentro d’água de novo. INSANO!! Não me machuquei porque as várias vezes que fui pra água, fui com o Bobby a tiracolo e o bicho me deu todas as dicas pra não se estrepar, porque senão eu tava, como dizia os goianos, “no sal” (no duplo sentido!). Além de Waikiki, os únicos teve também Hanauma Bay e Diamont Head.

 HANAUMA BAY E DIAMONT HEAD

 Hanauma Bay é, segundo os nativos, um dos melhores lugares pra se fazer snorkeling na ilha. É uma baía que nasceu de uma erupção vulcânica e possui VÁRIOS recifes! O pico é irado DEMAIS! Mas como tudo no Havaí que é popular, também é lotado que só uma feira! Tem de tudo nessa baía! Tem aquelas tias gordas, tem farofeiro, tem americanas gordas de biquínis, tem brasileiras que te ignoram quando você fala em português com elas e por aí vai. Segundo o vídeozinho que obrigam a gente a ver antes de ter acesso à baía (e que custa a bagatela de cinco dólares), já faz tanto tempo que tem gente indo lá, que os peixes já estão acostumados aos seres humanos e por isso chegam bem perto da gente! Doido demais!! O mais engraçado é que devido ao fato de ter gente pra todo lado, a gente acaba fazendo um snorkeling meio “pinball”. Você tá nadando olhando pros recifes e tromba em alguém, muda de lado e tromba em outro, vira a direção e tromba em outro, e assim vai!

Massa foi quando eu dei com a cabeça em algo e pensei: “Diacho de cabeça dura esse cara tem”! Quando fui olhar pra ver no que tinha batido foi aquela surpresa!! Doido, eu trombei NO CASCO DE UMA TARTARUGA!!! Caraca, doido demais!!! Eu sei que todo mundo já ter tido aquele jabutizinho preto e laranja quando era criança (que sempre fugia da sua casa, era impressionante a destreza daquele bicho!), mas ver uma tartaruga, nadando no meio da praia, no meio do oceano, cara, é uma coisa indescritível!! É incrível a leveza e a graça com que ela nada na água! Não tem como explicar, é uma tartaruga nadando, cara! Mas só você vendo pra saber o que eu tou falando!! Fiquei lá, extasiado, nadando do lado dela por um tempão até que uma hora parece que ela encheu o saco de mim e mergulhou pra debaixo dos recifes. Fiquei nadando por mais um tempinho, mas depois saí! Quando comecei a olhar pros peixes e salivar, realmente eu vi que era a hora certa pra ir pra casa pra fazer meu almoço!

Mas não deu pra ir direto pra casa! Eu não sei que diabos tinha de errado com o snorkeling do coucher (o “respirador” pros menos familiarizados), mas eu não conseguia utilizá-lo corretamente e de dez em dez minutos eu ia dar uma respirada e tomava umas goladas federais de água do mar. Eu não sei se alguém aqui já deu umas goladas de água do mar, assim “de com força”, mas aquela parada deu um revestrézinho do cacete no estômago e principalmente, no intestino! Mermão!! Ainda bem que as praias do Havaí tem banheiro perto, viu?? Pombas, pense num cara que passou o resto do dia visitando todos os banheiros de Waikiki e Hanauma Bay? Sério, é que vocês não têm idéia do que eu tou falando! Eu devo ter bebido uns 500 a 700 mililitros de água salgada! Cara, é impressionante como aquilo detona contigo! A água salgada ao invés de hidratar, por ter muitos sais, te desidrata legal e deixa teu corpo doido que nem o aeroporto de Guarulhos! Eu não sei porque, mas ao invés da maneira “natural” de excretar líquidos, o seu corpo excreta a água do mar por meios, digamos, “menos nobres”, se é que vocês me entendem! Aí cumpade, foi o resto do dia Claudiomarzinho no banheiro e bebendo litros d’água (dessa vez água mineral). Amigos, nunca bebam água do mar, por favor!

Diamont Head também foi legal. São tipos umas montanhas no meio da ilha que dão uma visão irada pra praia de Waikiki. É uma caminhadazinha boa, uma hora, uma hora e meia, mas que no final vale a pena!

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A casa das bizarrices. Minha hospedagem no Havaí!

Cara, não sei se a galera que anda lendo o blog está familiarizada de como eu estou me hospedando e planejando me hospedar pela maioria dos pontos dessa viagem. Pra quem ainda não sabe o que é coucusurfing.com aqui vai o link de uma reportagem que explica bastante como funciona esse sistema de hospedagem pela internet!
Mas então! Eu já tinha falado no post passado que já tinha conseguido hospedagem em Seul e, claro, no Havaí (até ontem também já tinha conseguido Hong Kong e Macau também). Postei a foto do cidadão que ia me hospedar e várias pessoas comentaram comigo por MSN ou até postaram no blog, algo que foi uma das minhas primeiras preocupações que tive relacionado ao primeiro momento em que vi a cara do figura. Pombas, na foto que ele usou no profile do couchsurfing.com, o bicho tinha uma cara de ser MUITO “biba”!
Mas, meu amigo!! Esquece TUDO o que eu escrevi antes! Essa hospedagem foi uma das coisas mais LOUCAS que já vi na minha vida! Mermão, você não tem idéia do arrependimento que bateu quando eu vi a cara do figura pela primeira vez! O cara parecia “o Predador”, doido!! O cidadão tinha, nada mais, nada menos, que TREZE piercings pelo corpo, além de várias daquelas correntes e espinhos de punk!! O cara era maluco DEMAIS!! Na hora que ele foi me buscar no Starbucks do aeroporto, eu tomei foi um susto!
Beleza, coloquei as malas dentro do carro da amiga dele que foi me buscar (carro que por sinal era todo doido, com a espuma dos bancos aparecendo e um bando de loucura dentro) e fui me embora! Só pensei “se não der certo, pelo menos rende MUITA história pro blog”. Quando eu cheguei na casa foi que eu fique chocado! Bicho, foi aquele choque, DOIDO!! Tinha um cara sentado no sofá jogando Playstation 2 mais doido que o Bobby (o coucher)! O cidadão não tinha um ou dois piercings transversais (“brincos” que parecem umas barras finas que vão de uma ponta a outra da orelha, de cima pra baixo), ele tinha CINCO brincos transversais NA MESMA ORELHA!! Ou seja, o bicho basicamente tinha uma GRELHA de churrasco na orelha dele!
Cumpade, nessa hora eu só olhei pra tudo aquilo: Revistas de Death Metal com fotos de demônios e o cacete jogadas pela sala, e me desesperei! Cara, parece nada, né? Falando assim pela internet acho que não transparece o CHOQUE que foi aquela parada ao chegar! Imagina! Eu, chegando num lugar totalmente desconhecido (cara, o Havaí é no meio do nada), sem conhecer ninguém e indo parar dentro de uma casa dessas? Bicho, eu fiquei com um medo do cacete!!! Sério, medo de dormir e acordar com um capeta deitado ao meu lado!
Como precisava absorver um pouco do choque de ter acabado de entrar na casa do cidadão, inventei que precisava de um banho e pedi pra ir ao banheiro. O cara foi todo solícito e me ofereceu até uma toalha (claro que numa situação como aquela eu não ia aceitar nem água pra beber). Quando entrei no banheiro é que foi o melhor! Cara, o banheiro tinha tanto, mas TANTO pêlo pubiano (o famoso pentelho), que, sem brincadeira, dava pra fazer uma peruca! A banheira que tinha lá dentro não era de cor branca, mas sim de um dégradé entre marrom e bege! Com um olhar mais atento, olhei embaixo da saboneteira e vi só aquela parada verde! LODO, LODO POR TODO CANTO! Caaaaaaraaaaa, nessa hora eu pensei em ir embora, mesmo!
Comecei a pensar no que eu poderia fazer. Depois de algum tempo raciocinando, acabei chegando a conclusão que não me restava muito! Já eram rodados 10 horas da noite e eu não tinha pra onde ir! O que eu ia falar pra ele? “Obrigado, cara, obrigado por oferecer sua casa, mas eu vou pra um albergue!”. Duas coisas que eu não sou: Primeiro é mal agradecido e segundo é besta! Cinco dias de albergue iam me sair 150 dólares! Logo não teve jeito, o negócio foi encarar a parada e ficar por lá mesmo! Tomei meu banho de chinelo e saí do banheiro!
Quando saí do banheiro e fui pra sala, eu já tava tão atordoado que eu nem me espantei quando vi um punk vestido com meia-calças nas pernas e NOS BRAÇOS e várias correntes pelo corpo. Do jeito que a coisa ia, se aparecesse alguém com um chifre de unicórnio na testa eu já tava era achando normal! Comecei a trocar uma idéia com os bichos e eles eram o tempo todo solícitos, o tempo todos querendo me agradar! Fiquei meio que desconfiado dos caras, achando que aquilo tava parecendo “camaradagem do peru” (“come mais peruzinho, come mais, olha aqui tem mais comida”. Quando o peru fica gordo suficiente, perde o pescoço, daí a expressão). Mas a melhor de tudo não foi essa, o melhor de tudo com certeza foi quando chegou o terceiro morador da casa (o punk e a mina eram apenas brothers).
Adivinha o que o cara era? Satanista? Anti-cristo? Praticante de voodoo? Edir Macedo?? Não, todas as respostas estão erradas! O terceiro morador da casa era… era… era PhD EM MATEMÁTICA (doutorado). Mermão!! Eu esperava encontrar de tudo naquela casa, menos um cara com PhD, ainda mais em matemática (poxa, se fosse em antropologia ou ciências sociais até dava pra entender!). O pior de tudo que ele nem era malucão não! Ele era todo certinho, cara! Não tinha tatuagem, não tinha piercing e ainda por cima andava com a camisa pra dentro da calça! Parecia um mauricinho!!
Brother, percebe que nada nessa história faz sentido? O cara coloca uma foto no couchsurfing.com onde ele parece um fresco e na hora ele parece o predador, um outro tem uma grelha na orelha e o outro é um PhD de matemática com cara de menino vestido pela mamãe! Eu juro que eu fiquei esperando um anão vestido de palhaço chegando pra visitar a gente naquela noite! Mas, como é bom sempre reiterar, todos gente boa pacas. O PhD me emprestou até um guia que mostrava todos os picos irados do Havaí! Eles me ofereciam tudo, prancha, óculos de mergulho, snorkeling, nadadeiras e por aí vai… Fui aceitando, mas como sempre, com receio.
A primeira noite dormi que nem vigia, um olho aberto outro fechado!
No dia seguinte, na hora de sair, o coucher falou que era de boa, que eu poderia sair que eles deixariam a porta aberta caso precisassem sair de casa e não tivesse ninguém quando eu chegasse. Confesso que temi por minhas coisas, afinal, essa parecia a jogada perfeita pra “goelar” tudo que eu tinha e levar minhas coisas embora. Fiquei pensando uma maneira de dar menos mole e não deixar minhas coisas, assim, “de bandeja”. Pensei em pegar tudo que eu tinha de valor, meu PSP, meu laptop, meu celular e minha grana e ir pra praia, mas pensei que seria mais imbecil eu levar isso tudo e ficar na areia esperando alguém me roubar. Gravei bem direitinho onde ficava o apartamento, anotei o endereço de onde ficava a parada numa carta que estava em cima da mesa (que por sinal tinha o nome de um dos moradores, logo pelo menos um dos caras pagava aluguel), coloquei meu celular, meu dinheiro e meu passaporte na mochila e fui embora! Se fosse pra sumir algo, seria meu laptop, mas devido ao tamanho do bicho, se quando eu chegasse e não encontrasse, logicamente alguém teria pego. Um passaporte pode cair embaixo da mesa ou atrás do sofá e assim se alguém goelar pode ficar a dúvida se eu perdi ou não. Ainda assim, se eles trancassem tudo e levassem embora, eu podia ir na polícia e tinha meus documentos pra demonstrar que estava legal no país, logo não ia em cana e ainda fazia queixa.
Fui pra Waikiki. Quando voltei, confesso que meu coração pulava pela boca quando eu tava no elevador indo pra casa. Cheguei em casa, a porta tava aberta e, surpresa, tava tudo lá! Do jeitinho que eu tinha deixado! Só tava o Max (o cara dos brincos transversais) sentado no sofá. Olhei, meio que disfarçando, chequei tudo e tava tudo certo, não tinha nada de errado. Fiquei tranqüilo, tomei meu banho e quando voltei pra sala, fiquei assistindo um pouco o que o Max tava vendo na TV. Era um DVD com o desenho preferido dele. Um desenho sobre uma banda de Death Metal satânica, com várias pessoas sendo mutiladas e sangue por todo lado. Eu não sabia se eu ficava mais chocado com o desenho ou com o fato de que o Max riiiaaaa que se mijava (e eu que achava que tinha humor negro porque gosto de South Park)! Mas era impressionante como ele gargalhava vendo aquilo, brother! Parecia um menino! Velho, era o que eu falava, eu já estava imaginando eu chegar em casa e encontrar alguém estuprando uma ovelha degolada.
Se liga numa cena desse desenho animado que ele tava assistindo
Depois das 24 primeiras horas, acabei me acostumando com aquela “casa maluca”. Nos

outros dias foi acontecendo uma bizarrice atrás da outra, mas eu nem me espantava mais. Teve um dia que eu acordei e tinha uma mulher jogada, dormindo no carpete do quarto do Max, fui conversar com o Bobby e pude ver as cruzes de ponta cabeça no quarto dele (satanismo), além de que ele guardava uma balestra dentro do armário, apareceu um gótico com umas tatuagens feitas de queimaduras, um cara desmaiou de bêbado e teve que ir tomar glicose, o PhD tentou cortar os pulsos (foi impedido pelo Max) quando soube que a namorada dele tava grávida e por aí vai… Tudo isso em menos de uma semana! E ah sim, todos eles, eu disse TODOS eles, viam aquele mesmo DVD e gargalhavam o dia inteiro!! Eu já tava tão anestesiado que neeeemm me espantava mais, só dava risada! Pra mim tudo era festa, brother! Pelo menos eu não tava pagando albergue e nem tendo que alugar equipamento pra surfar e mergulhar! Além de que, minhas coisas, apesar de estarem na sala, SEQUER eram tocadas. Os bichos me respeitavam tanto que chegavam ao ponto de pedir autorização toda vez que queriam usar meu laptop (pombas, eu tou ficando na casa deles de graça e os bichos ainda me pedem autorização pra usar minhas coisas?).

No final, não poderia ser diferente. Nada ocorreu de errado e minha hospedagem no Havaí acabou sendo MUITO melhor que minha hospedagem na Coréia do Sul (que escrevo no próximo post!). Essa experiência serviu pra me mostrar o quanto a gente perde oportunidade de conhecer pessoas interessantíssimas baseadas apenas num preconceito imbecil. Em menos de dois dias, o Bobby parecia um amigo de infância, cara! Chegou um momento em que eu já me sentia era bem de ficar ao lado dele e dos caras que moravam na casa dele, além de todos os malucos que chegavam por lá! Tá certo que os bichos pareciam um bando de louco, mas sério, gente boa demais, todos eles! Confesso que são pessoas que me farão sentir saudade.
Essa é a parada do couchsurfing.com, brother! Não só lugar pra ficar de graça ou algo do tipo, mas também a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas e trocar experiências e aprender como a gente consegue ser imbecil em vários momentos de nossas vidas.
Doido demais!
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