

Uma curiosidade que acabou ocorrendo comigo na Itália e que não ocorreu em nenhum outro país europeu enquanto viajava. A Itália foi o único país da Europa que pediram meu passaporte pra poder atravessar uma fronteira que teoricamente não existia (já que atravessava da Eslovênia que também faz parte da União Européia). Deixe eu explicar melhor. Pra quem não sabe, viajar dentro da União Européia é como viajar dentro do próprio Brasil. Mais ou menos, guardada as devidas proporções, como viajar do Maranhão pro Piauí. Não há posto de imigração, controle de fronteira, visto, nada disso! Você apenas vai viajando e, PIMBA, quando vê tá lá a placa dizendo “bem vindo” ao outro país. Todas as fronteiras que eu cruzei; Polônia-República Tcheca, República Tcheca-Alemanha; foram assim. A única que eu tive um certo tipo de problema foi quando eu viajava da Eslovênia pra Itália. Pô, peguei o trem noturno! Oito horas de viagem! O que eu pensei? Claro! Vou dormindo a viagem inteira. Quem disse? Deu umas três horas da manhã acordo com um cara me chacoalhando no trem. Quando eu já ia abrindo a boca pra xingar o figura que eu fui perceber que era um policial italiano. Ele começou a falar em italiano comigo, mas deu pra entender que ele pedia meu passaporte. Deu vontade de mandar ele cuidar da vida dele, já que ele não poderia fazer aquilo, mas acabei dando meu passaporte e perguntando o que estava acontecendo. Ele nem se deu ao trabalho de me responder. Apenas checou meu passaporte e me devolveu. Safado! Só pra ferrar meu sono.
Além de toda a sua história milenar, também queria viajar a Roma porque, sempre bom lembrar, lá há o menor país hoje em extensão: o Vaticano. Roma é quase uma figurinha premiada! Uma visita a Roma vale dois pontos no álbum de figurinhas da viagem! Dá pra visitar dois países (Itália e Vaticano) em um só dia, olha só!

Trocando em miúdos, o Vaticano possui uma área de 0,44 quilômetros quadrados e uma população de 800 pessoas. Possui a menor taxa de natalidade do mundo (sacou a piada? Há há? Há há?). A Itália, por outro lado, possui uma população de 60 milhões de habitantes e uma das maiores economias do mundo, com destaque para os setores automobilístico (Ferrari, Fiat…), moda (Armani, Benneton…) e turismo (a Itália é hoje o quinto país mais visitado do mundo). Uma coisa engraçada da Itália é o grande contraste que existe lá dentro. Se vocês acham que o Nordeste brasileiro é muito diferente de São Paulo, é porque nunca ouviram falar do Norte e do Sul da Itália. O Norte da Itália é altamente industrializado, sede de suas maiores empresas e muito, mas MUITO rico. Já o sul, bem, o sul da Itália nada mais é do que um grande brasilzão. Pobre pra todo lado, essencialmente agrário e com muito, mas MUITOS problemas de máfia e corrupção (no ranking da ONG Transparência Internacional a Itália aparece como um dos países mais corruptos do mundo, apenas 10 posições acima do Brasil). Bom lembrar que todos os filmes de mafiosos são de famílias italianas, principalmente sicilianas e calabresas.

Cara, você chegou a ler o artigo sobre a Sicília que você linkou da Wikipedia?
O cidadão que o escreveu todo cheio de pompas poéticas e uma frescuraiada do cacete.
De resto, quase não há como discordar do Dawkins sobre a periculosidade da religião em geral.
E na boa, não sei porque mas a Itália nunca me chamou a atenção. Prefiro mil vezes passear pela Bavária do que ir a Veneza.
Abraços
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Cláudio, você achou a Europa sem graça depois de passar pela Ásia? To perguntando porque li isso num outro blog de volta ao mundo, e fiquei pensando que talvez isso pudesse acontecer comigo.
Fico com uma idéia na cabeça que vou desfrutar melhor da Europa quando tiver mais velha. Mas se fosse pra fazer intercâmbio, morar, aí sim eu curtiria.
Abraços paulistanos!
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Deu um rolê de Ferrari?
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