
Minha primeira passagem aérea fazia o singelo trecho Brasília – São Paulo- Washington – Nova York – Pequim. Tranquilinho, 35 horas entre conexões e horas de voo pela United Airlines. Trinta e cinco horas não dão nem para sentir a viagem, quanto mais ficar cansado. Vida loca!
Eu já estava esperando dar algo errado no meu voo, afinal eu voava pela United Airlines. Não imaginava que seria logo na minha primeira parada: Estados Unidos. Assim que eu cheguei ao aeroporto de Washington já tenho a primeira surpresa. Meu voo de Washington para Nova York estava atrasado em mais de quatro horas e muito provavelmente eu não conseguiria chegar a tempo de pegar o voo Nova York – Pequim. Qual o problema disso tudo? Bem, deixa o tio te explicar.





Para não arrancar a goela da atendente, resolvi me sentar em um dos bancos e pensar o que eu poderia fazer. De repente tive uma ideia: “E se ao invés de voar de Washington para Nova York e depois para Pequim, eles me mandassem pra Pequim direto de daqui de Washington?”. Sim, eles tinham voos direto. Procurei um atendente que parecia mais latino (por isso, esperava eu, mais amigável) e expliquei meu drama, a minha viagem para Coréia do Norte e coisas assim. O cara foi bem mais amigável (fica a dica, sempre procurem os latinos) e ficou de ver isso pra mim. No final falou que era possível e que provavelmente me colocaria na cabine executiva como um pedido de desculpas da United. Bem, não rolou a desculpa da United e nem a cabine executiva, mas pelo menos o voo para Pequim partiria em três horas. Iria chegar uma hora mais tarde, mas, enfim, vinte vezes melhor que chegar no outro dia. Viagem para China e Coréia resolvida, era chegada a hora de tratar de um problema BEM MAIS SÉRIO.

Liguei a wireless do meu celular e fiquei uns vinte minutos caminhando pelo aeroporto para poder achar o melhor sinal, até que consegui. Mais problemas (cara, tem tanto drama aqui que esta parecendo novela mexicana…), a wireless não deixava assistir vídeos! Juro que nessa hora, parei, olhei para cima e perguntei “o que eu fiz para merecer isso?!?!?! Porque o senhor faz isso comigo? Já não basta eu ter nascido maranhense e ter que ficar a vida inteira ouvindo piada sobre ser filho do Sarney e além disso ser parecido com o Zacarias??”.
Rapaz, você sabe o que é você ter que acompanhar a final olímpica por narração escrita em tempo real? Globoesporte.com? Enfim, foi o melhor que eu consegui. Começa o jogo, um minuto do primeiro tempo, gol do México (bicho, aquele não era o meu dia mesmo!!!). E lá vou eu ficar lendo o jogo. Começa o segundo tempo, chamada do meu voo!! E agora? Vou ou não vou? Resolvi enrolar o máximo possível e ficar na fila acompanhando pela wireless do celular antes de entrar no avião. Vinte minutos do segundo tempo escuto um “ou você entra no avião agora, ou o avião vai te largar aqui!” e tive que embarcar. ONZE HORAS DE TENSAO no avião sem saber como terminou o jogo.
O final da historia vocês já sabem, chego na fila de bagagens e fiquei mendigando para as pessoas com smartphone, procurando um que tivesse 3G e tivesse a piedade de deixar eu ver o resultado. Um inglês que morava na China se predispôs a me ajudar. Pela risadinha na cara dele, eu deduzi a surpresa que o Mano Menezes havia me preparado. Fiquei tão baqueado que nem fiquei tão chateado quando descobri que minha mochila havia sido extraviada. É, Pequim realmente estava sendo emocionante!


a maioria das fotos não dá para ampliar 😦
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Tambem tinhamos um colega de trabalho do MA, “filho do Sarney”
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Boa Claudiomar ! virei fa do blog ha pouco tempo e ja faço leitura diária desde o começo ! encontrei por um acaso pesquisando sobre o Líbano hahahaha ! mas ja vou fazer uma cobrança ! onde esta o resto da viagem da India hein?? hahaha a parte do norte e a parte sobre a religiao sikh ? estou curioso ! um grande abraco aqui de Curitiba !!!
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Maranhão, o link para o post do vôo da United na viagem de volta ao mundo tá bichado e a parte que vc descasca o Mano tá fora de ordem. Esse blog já foi melhor, viu!!! Huahauhauha
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