De Yazd seguimos para Shiraz, cidade mais ao sul do Irã, mas antes passamos por Abarkuh.
Em Abarkuh não há muita coisa a se ver, porém a única atração vale a parada na cidade. Lá é possível ver a Cipreste de Abarkuh, uma árvore gigantesca e que é símbolo do Irã. Acredita-se que ela tenha 4.000 anos de vida e seja o segundo ser vivo mais velho de toda a Ásia. Mano, ela é gigantesca, tem 25 metros de altura por 18 metros de circunferência. É grande, mas ainda é menor que o Cajueiro de Natal =)



Shiraz é uma cidade bonita, mas não nos proporcionou muita coisa, a não ser a visita ao túmulo do Hafez, um dos principais poetas persas e um ponto de apoio para Persépolis, a principal atração do Irã.


Apenas uma menção honrosa para o hotel em que ficamos hospedado. Fomos atendidos na recepção por um cara que tinha muita cara de maluco. Quando chegamos, estava passando um documentário sobre o Estado Islâmico e ele assistindo todo interessado. Pior que ele tinha um amigo. Um velho, com cara de maníaco. Quando a gente passava pelo véi, ele só ficava calado e acompanhando a gente com o olhar. Cada passo que a gente dava… Sinistro! Parecia promissor o local. Tanto promissor que sempre dormíamos de porta trancada…
Contratamos uma guia para Persépolis e ela iria viajar com a gente, no nosso carro. Depois achamos até estranho, uma guia, mulher, no Irã, viajando com dois homens no mesmo carro. Cara, se no Brasil uma mulher ficaria desconfiada de fazer isso, imagina no Irã! Não deu outra, deu algumas horas e ela mandou uma mensagem perguntando se o marido poderia nos acompanhar, que ele iria dirigindo o carro deles. De boa, o cara era até gente boa.
Antes de ir para Persépolis ela nos disse que deveríamos passar pela tal Mesquita Rosa. Ainda por cima teríamos que acordar cedo, porque tinha uma questão de uma luz que só ficava por lá das 08 as 10 da manhã. Cara, depois de passar por dezenas de mesquistas no Irã, eu queria era ir logo a Persépolis, mas tudo bem, acordamos mais cedo para ir nessa tal Mesquita.
Qual não foi a nossa surpresa ao perceber que esssa Mesquita Rosa era uma coisa impressionante! Seus vitrais pintavam aquarelas coloridas no chão com a luz do sol! Um dos lugares mais bonitos que pude presenciar em viagens.



A Mesquita era feita de tijolos de madeira porque eles absorviam mais impactos contra terremotos. Havia algumas pinturas de igrejas nos azulejos.Igreja pintada nos azulejosInteressante isso, né? Pinturas de igrejas em mesquitas do sul do Irã construídas séculos atrás! Isso ocorreu porque alguns dos artistas haviam viajado para a Europa e começaram a retratar nos azulejos o que viram. Outra coisa interessante é que o espaço onde o Íman ministra a celebração é feita para ser mais baixa. Isso demonstra humildade, que o Íman deve-se sempre se manter em um nível abaixo ao de quem assiste.
O teto da mesquita era em formato de cone por causa da acústica, que era impressionantemente boa no local.
