Esse Museu Espacio Memoria y Derechos Humanos é um complexo imenso com vários prédios, porém só alguns estão abertos a visitação. Dentro de um desses prédios, funciona o Museu das Malvinas.
Cara, a história das Malvinas é basicamente a seguinte. Os espanhóis da região que hoje viria a ser a Argentina, montaram um assentamento em 1764 e fundaram uma cidade. Os ingleses montaram um assentamento mais ou menos à mesma época, mas depois abandonaram as ilhas. Lá havia um clima bem hostil, de forma que só espanhóis/argentinos ficaram por lá, ainda que os ingleses sempre tenham reivindicado a soberania sobre as ilhas. Em 1832 eles retomaram as ilhas Malvinas, as rebatizaram de Falkland mantendo o seu domínio até os dias atuais.
Até onde eu sabia da história de lá, em 1982, a Argentina vivia sob um governo militar extremamente impopular. Foi quando o ditador pensou “e se eu começasse uma guerra pelas Malvinas? Será se o pessoal não iria esquecer os seus problemas um pouco? ”. Então tentou retomar as ilhas a força dos britânicos. No começo até houve uma comoção nacional, mas no final a realidade foi mais forte. Os argentinos pegaram um bando de pobre coitado (dos 14.189 homens que foram lutar, 70% deles eram conscritos, ou seja, recrutas na faixa dos seus 18 e 19 anos, sem experiência alguma) e jogou lá para combater as tropas britânicas. É óbvio que eles levaram um pau e a ditadura até caiu depois disso.
Tudo bem. Eu aprendi essa história no colégio e sempre imaginei que essa história de Malvinas foi criada devido a um ditador maluco que precisava que a galera esquecesse do governo por uns dias. Que naaadaa, cara! Mano, essa questão das Malvinas tem sido uma questão forte da identificação argentina por séculos! Desde que a Inglaterra invadiu, no começo do século XIX, já rolou sequestro de avião para lá, resolução da ONU para devolução das Malvinas à Argentina, eles veneram o primeiro piloto que fez um voo por lá e coisas do tipo. Realmente não é o que eu imaginava!