Depois de fazer amizade com a filhinha do dono do albergue a mãe dela se ofereceu para passear comigo pela cidade e me apresentar os principais pontos turísticos. Na verdade, o único ponto turístico de verdade que existia era a ponte estaiada de Vladivostok, a maior ponte estaiada do mundo.
O problema é que no dia em questão fazia frio, chovia e estava uma neblina tenebrosa. Acabou que por mais que elas tivessem boa vontade, eu quase não consegui ver nada dessa ponte.
Mas teve algo interessante ao menos, o aquário de Vladivostok! O aquário tinha muita informação e quase tudo também estava em inglês. No aquário pude aprender uma das coisas que sempre tive curiosidade sobre os peixes. Se eles não tem sangue quente, como é que eles não congelam naquele oceano tão frio? Acaba que algum deles congelam sim. Quando é a época do invernão bravo, os peixes congelam e ficam assim por meses para só depois de algum tempo, na primavera, eles descongelarem e voltarem a nadar novamente. Outros peixes tem uma alta concentração de sal no sangue, o que faz com que o sangue deles não congele tão fácil, mais ou menos o que fazemos com as gasolinas que tem anticongelante.
Mas além disso, eles também tinham uma parte no aquário dedicado a peixes de clima tropical. Cara, era muito legal. De repente você entrava por um porta e tava quase que uma floresta tropical dentro do aquário. Era inclusive mais quente com aquele mormaço característico.
