Mas o mais engraçado em Pingyao, foi meu café da manhã. Eis que eu paro pra poder comer uma parada num boteco de uma tia. Chega meu prato e foi só eu começar a comer que um passa um cara com uma criança de colo, para, assim, a um metro de onde estava o meu prato e começa a acocorar.
Demorei algum tempo para poder acreditar que ele ia fazer o que eu estava imaginando que ele ia fazer. Sim, ele bota a criança pra, digamos, evacuar (ou cagar, para os menos íntimos) do LADO DE ONDE EU TAVA COMENDO, mas assim, no meio da rua. Eu juro que eu parei de comer e fiquei “admirando” aquela cena. Também, não deixei por menos, saquei a minha máquina e comecei a bater foto do menino cagando.
De repente aparece um chinês, doido, bêbado e começa a gritar com esse cara. Quando virei a máquina e ia começar a bater foto do véio, vi que ele estava com o casaco da policia.
Não sei se era uma fantasia ou se o cara era policia mesmo, mas não quis pagar pra ver. Só soquei a máquina dentro da mochila e fingi que nada estava acontecendo. Não é que do nada o cara com o bebê começa a gritar de volta com o velho, o velho vai pra cima, o cara, segurando o bebê no colo, solta um chute no peito do véio e aí o circo foi montado. Mermão, o PAU COMEÇOU A COMER! Foi porrada de um lado, porrada de outro, mulher gritando,o véio correndo pra poder pegar um bloco de concreto para jogar no cara, cachorro passando no meio, a turma do deixa-disso entrando em cena, eu tentando proteger meu prato… Entre mortos e feridos, retrovisores para um lado, restos de para-brisa e marcas de borracha do outro, conseguiram levar o velho embora e eu consegui terminar meu café da manha.
Para situações como essas que o mercado, sempre ele facilitando a vida dos cidadãos, inovou e criou um novo modelo para facilitar a vida dos chineses. Lá, as roupinhas de bebê vem com uma abertura atrás para aquela hora que você precisar parar para a criança se aliviar no meio da rua. Mais prático impossível.
