A última cidade do Irã que visitei acabou sendo Teerã. Ao contrário das outras cidades persas que tem milhares de anos, Teerã é relativamente nova. Demorou tanto a ganhar importância, que inclusive nem chegou a ser murada (a maior parte das grandes cidades medievais eram muradas para evitar invasões).
Teerã é uma metrópole com sete milhões de habitantes e principal centro financeiro e político persa. A gente acha que vai chegar no Irã e encontrar várzea, mas se impressiona quando chega a Teerã. A cidade tem parques para todos os lados e é bem parecida com São Paulo. E, assim como São Paulo, tem um trânsito caótico! Para andar de carro em Teerã, só com o Waze (é engraçado e irônico que um aplicativo de celular israelense nos salvava por lá).
A Torre Azadi é o principal símbolo da cidade. Ela combina elementos arquitetônicos persas e islâmicos. Tem 45 m de altura e é inteiramente revestida por 25.000 placas de mármore branco. Símbolo de Teerã, foi construída para comemorar os 2.500 anos do Império Persa. Foi um dos principais palcos dos protestos a favor da Revolução Islâmica e daí vem o seu nome Azadi, que, em farsi, significa “liberdade”.Por último, Teerã também tem um museu muito bacana e muito completo sobre a Guerra Irã-Iraque. Uma coisa é você saber a Guerra em números, outra é você vendo as ambientações dentro do museu. Tinha, por exemplo, um simulador de como era um bombardeio contra a população civil que tremia até o chão!
Salas com temperatura controlada para você ver como seria uma trincheira em caso de estar no deserto, o calor pela manhã e o frio a noite.
Por último, o que mais me chocou, um ambiente de uma escola bombardeada, inclusive com o barulho das crianças agonizando. Cara, é o que eu falei, a gente sabe que em guerras escolas são bombardeadas, mas ver e ouvir mais ou menos o que seria uma é bem chocante.