Bate e volta de Brasília – A apenas 85 km, um alambique para lá de interessante – Alambique Cambeba

Decidi investir um pouco de tempo pesquisando sobre atrações que podem ser encontradas próximas a Brasília. Viagens que possam ser realizadas em um fim de semana ou um bate e volta de domingo. E não é que Brasília tem um bando de lugar legal para ser visitado?

Pesquisando pela internet me chamou a atenção um alambique que se propunha a ser a “Toscana Brasileira”. Ele ficava em Alexânia, Goiás (cidade de localização estratégica por se situar quase que no meio do caminho entre Brasília e Goiânia, as duas maiores cidades do Cerrado Brasileiro) e se chamava Cambeba. Bem, alambique é um lugar onde se produz cachaça, né? Então, inicialmente pensei que fosse um lugar esculhambado e todo caindo aos pedaços.

Mas, não, esse é um alambique muito do metido a besta. Na verdade, é o tipo de lugar onde você esperaria que fosse uma vinícola italiana ou francesa. E não para por aí. Ainda havia um restaurante de comida refinada. E ainda havia um passeio guiado por entre as etapas de produção para que a gente pudesse entender como funciona a produção de cachaça no lugar.

PEGANDO A ESTRADA

Eu e Bruna saímos do Plano Piloto de Brasília em uma viagem que fui super tranquila. A pista é duplicada por todo o trajeto e os 85 km de Brasília levam entre uma hora e uma hora e meia, dependendo do quanto você gosta de chinelar. Eu como sou pé leve, levei uma hora e meia. É fácil chegar, o lugar é colado na Outlet Premium Brasília e não há necessidade de pagamento de pedágio.

Acabamos esquecendo que, assim, sei lá, talvez fosse uma boa ideia pesquisar sobre os melhores horários para se chegar por lá. Só marcamos o lugar do Alambique no Waze e fomos seguindo o GPS (se colocar “Alambique Cambeba” no GPS aparece fácil). Tivemos sorte, pois havia apenas duas visitas guiadas no dia (uma ao meio dia e a outra às 15h, parece que todo sábado e domingo. Tem que marcar antes, mas se você estiver sozinho ou em casal, dá para ir entrando nos passeios que já tão saindo. Sugiro ligar antes). Nós chegamos às 11h30. IMG_4048IMG_4047IMG_4050.JPG

BISTRÔ NO ALAMBIQUE

Como saímos de casa morrendo de fome, resolvemos pedir alguma coisa para comer enquanto aguardávamos a hora de começar o tour de meio dia. Acessamos o prédio e descobrimos que havia um bistrô lá dentro. Não, não é um restaurante, é um bistrô mesmo. Sentamos e pedimos algumas coisas para merendar.

No restaurant… digo, bistrô, há uma linda vistão do cerrado. Um vale onde muita gente diz que lembra a Toscana. Eu nunca fui nessa tal de Toscana que todo mundo fala, no máximo fui a Florença (para ler sobre a viagem a Florença, clique aqui), mas para mim a Toscana deve lembrar bastante o cerrado goiano. Vale uma visita inicial ao local só pelas mesinhas charmosas e o clima gostoso do lugar.

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Cardápio para que todos possam ter noção do preço
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É óbvio que, em um alambique, a gente iria ter que provar um drinque. Se pedir o drinque com vodca leva um espancamento sumário.

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E não é que recebemos visita enquanto comíamos?

TOUR ETÍLICO – DANDO UMA VOLTA PELO ALAMBIQUE

Depois de um tempo comendo, foi dado início ao tour. Fomos recepcionados pelos engenheiro agrônomo do lugar cujo nome não guardei. Ele explicou que faz parte da oitava geração de produtores de cachaça e segue com a tradição da família. OITAVA GERAÇÃO! Eles já produziam cachaça há 200 anos!

A família inicialmente produzia cachaça no Ceará, mas há 15 anos mudou-se para essas bandas e escolheu Alexânia devido a sua localização estratégica.

O processo de produção era todo industrial e fomos convidados a visitar os diversos setores de produção.IMG_4020

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Passeio guiado por entre as caldeiras

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Depois de passar por todos os setores produtivos, vinha a parte mais interessante do alambique, a visita a adega subterrânea onde ficam os barris de carvalho. Sim, eles produzem toda a cachaça e posteriormente as armazenam em barris de carvalho por 3, 5, 7, 10, 12 anos! Cara, o negócio é legal demais! O cheiro também é muito legal.IMG_4045IMG_4022IMG_4026IMG_4033IMG_4037IMG_4038IMG_4041

Os barris são importados direto dos Estados Unidos. Isso não impede que pesquisas de envelhecimento de cachaça em madeiras tropicais estejam sendo desenvolvidas para que eles possam posteriormente envelhecê-las com madeiras brasileiras.

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Pesquisa sendo realizada em parceria com a Universidade Federal de Goiás

No final de um tour como esse, obviamente, todo mundo tem direito a fazer uma degustação da cachaça deles. Começando com a cachaça normal, depois elevando para as envelhecidas de 3, 5, 7 até a de 12 anos. Infelizmente eu não pude degustar todas, já que tava dirigindo (primeira dica, aquele seu amigo que não bebe vale ouro em um momento como esses).IMG_4051

Depois do tour, aproveitamos para ainda almoçar no local e, rapaz, essa história de bistrô faz uma comida boa, viu?20170528_131642

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Um dos usos a que foi dado a um barril já usado. Ficou legal essa caixa de som, diz aí?

VOLTA PARA CASA

Infelizmente, como estávamos apenas em dois e eu estava dirigindo, acabamos não ficamos muito por lá. Fiquei conversando com o pessoal lá do Alambique Cambeba e eles me disseram que acontece do pessoal alugar van de Brasília ou de Goiânia e passar o dia bebendo por lá. Diz que o pessoal volta se arrastando para a van distribuindo abraços e “eu te amo” para todo mundo.

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Na volta ainda dá para dar uma volta na Outlet Premium, apesar de eu não ter achado lá muita vantagem os preços

Saindo do alambique pensei como a gente às vezes é besta e não dá valor ao que é produzido no Brasil. Como falei, quando fui visitar, nunca imaginei que um alambique pudesse ser tão fino. A produção dos caras é realmente bem refinada e mais de 90% da produção deles é exportada. Conceitos e preconceitos que caíram durante uma visita.

Realmente fiquei com essa ideia de voltar lá novamente, porém dessa vez com algum corno dirigindo para poder passar a tarde lá tomando os drinques e chopp, porque, mano, vai por mim. O lugar é MUITO agradável. O melhor dia para se fazer isso é sábado, já que eles abrem de tarde e de noite e você pode ir ficando, só a cozinha que fecha e as meninas dos drinques dão uma parada, mas o chopp é servido o tempo inteiro.

Ainda volto lá para ficar naquelas mesinhas tomando uma cachaça chique, chopp de qualidade e vendo o sol se por atrás daquele cerradão.

Toscana o caramba, sou mais o Cambeba!

Dados sobre o lugar:

Alambique Cambéba (clique no nome para visitar o site)

BR 060 – Km 21, Serra do Ouro, Fazenda Brioso, Alexânia, Goiás.

Telefone: (62) 3336-2220 (61) 9981-5868

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Um comentário em “Bate e volta de Brasília – A apenas 85 km, um alambique para lá de interessante – Alambique Cambeba

  1. Bate e volta de Brasília – A apenas 85 km, um alambique para lá de interessante – Alambique Cambeba – O mundo numa mochila Achei uma pessoa de goiânia para o resto da minha vida, acessei o site http://www.namorogoiania.com.br e encontrei minha alma gêmea aqui mesmo em goiânia. Agradeço ao site por existir, e indico aos amigos e quem queira ter um relacionamento sério.

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