Viagem a BIELORRÚSSIA | Capoeira, repressão e guerra: minha viagem a Minsk #minsk

Belarus — ou Bielorrússia, como a gente costuma chamar — sempre foi um daqueles países que despertavam a minha curiosidade. Um lugar misterioso, com nome estranho e fama de isolado. E foi exatamente isso que encontrei: uma cápsula soviética intacta no coração da Europa. Neste vídeo, conto como foi explorar Minsk, a capital da última ditadura da Europa, onde a estética é brutalista, a política é sufocante e as pessoas aprendem a viver em silêncio. Passei por monumentos gigantescos, um museu da Segunda Guerra que me deixou chocado com a destruição que o país sofreu, e o memorial de Khatyn, um lembrete brutal do que a guerra faz com as pessoas. Mas também encontrei histórias curiosas, como a ONG que virou museu de gatos (!), e uma instrutora de capoeira bielorrussa que aprendeu português sozinha, enfrentou repressão e hoje espalha cultura brasileira por lá. É uma viagem densa, cheia de contrastes, com doses de tristeza, história e, claro, umas boas bizarrices pra completar o pacote.

VIAGEM LAS VEGAS| KÁ du Cirque du Soleil e Fremont Street, a Surpresa Antiga Vegas #freemontstreet

Neste vídeo de O Mundo Numa Mochila, compartilho minha experiência em dois momentos muito diferentes de Las Vegas: a apresentação do Cirque du Soleil e a visita à nostálgica Fremont Street. Comecei a noite com grande expectativa para assistir ao famoso espetáculo “KÀ”, do Cirque du Soleil. Eu já havia me impressionado com uma apresentação do Cirque em Brasília e esperava que a versão de Vegas, sua “sede”, fosse ainda mais espetacular. Mas, para minha surpresa, a experiência não foi nada como eu imaginava. Apesar da estrutura de luzes e efeitos multimídia, o show foi decepcionante, com acrobacias simples, humor sem graça e cenas que pareciam saídas de um programa de comédia de segunda categoria. Infelizmente, não correspondeu ao alto valor dos ingressos e à fama do Cirque. Por outro lado, a visita à Fremont Street, a “Old Vegas”, foi um verdadeiro resgate do charme clássico da cidade. Essa região histórica é famosa por seus cassinos tradicionais, como o Golden Nugget, e pela vibrante Fremont Street Experience, com um teto de LED gigantesco que cria uma experiência audiovisual incrível. Além disso, há apresentações de música ao vivo, artistas de rua e uma energia única que mistura moradores locais e turistas. De toda a minha viagem a Vegas, Fremont Street foi a parte mais divertida e autêntica, capturando a essência de como era a cidade nos seus primeiros anos. Aperte o play e acompanhe comigo essas duas facetas de Vegas: a ostentação moderna do Cirque du Soleil e a energia nostálgica e vibrante de Fremont Street. Não esqueça de curtir, comentar e se inscrever no canal para acompanhar mais aventuras pelo mundo!

VIAGEM AO SENEGAL | O que me surpreendeu (e o que deu errado) em Dakar

Quando pensei em Dakar, imaginei uma capital africana subdesenvolvida, sem estrutura, talvez parecida com a caótica Nuakchott, na Mauritânia. Mas o que eu encontrei me desmontou: arranha-céus, trânsito pesado, academias ao ar livre, libaneses endinheirados, uma estátua feita por norte-coreanos e preços de fazer saudade da Europa. Neste vídeo, eu conto tudo sobre minha experiência em Dakar, capital do Senegal, desde as surpresas boas até os perrengues na fronteira e o impacto de visitar a Ilha de Gorée — com o temido portão do não retorno. Fui visitar um amigo que se mudou para o Senegal e acabei mergulhando num país que quebra vários estereótipos sobre a África. Dakar é moderna, movimentada e cheia de contrastes. Tem engarrafamento, tem praia cheia de gente se exercitando, tem elite libanesa e tem também muita desigualdade, corrupção e preços absurdamente altos. É uma cidade onde costureiro de máquina nas costas é símbolo de masculinidade e onde você pode comer carne assada ao estilo brasileiro numa churrascaria de verdade — com bandeira e tudo! Também relato minha experiência em Gorée, um lugar bonito e ao mesmo tempo carregado de dor. A ilha foi um dos principais pontos de embarque de escravizados no Atlântico, e visitar o portão do não retorno é algo que marca. E como bônus, ainda conto a história da minha ida à Gâmbia e da tentativa de propina que enfrentei ao voltar por terra para o Senegal. Se você gosta de histórias reais, curiosas e cheias de contexto histórico e social, esse vídeo é pra você. Deixe o like, inscreva-se no canal e ativa o sininho — aqui no “O Mundo Numa Mochila”, a gente mostra o mundo como ele realmente é, sem maquiagem de agência de turismo.

VIAGEM A LAS VEGAS| MSG Sphere e os cassinos: Explorando o Fascínio da cidade das luzes #vegas

Cassinos, Shows e a Esfera de Las Vegas Neste vídeo de O Mundo Numa Mochila, compartilho minha experiência explorando os cassinos temáticos, os shows incríveis e a impressionante Esfera de Las Vegas, uma das estruturas mais inovadoras do mundo. Começando pelos famosos cassinos, conto como é visitar os luxuosos Caesar’s Palace, com sua incrível réplica da estátua de Davi, e o cassino inspirado em Veneza, com canais e gôndolas. Mesmo sem jogar, vale muito a pena conhecer a temática de cada um. Mas, se você também não vê graça nas máquinas caça-níqueis, talvez meia hora em cada cassino já seja suficiente para curtir a decoração e seguir adiante. Depois, divido minha experiência assistindo a um show na Esfera de Las Vegas. Com sua tecnologia imersiva de última geração, tela curva 16K e som impecável, a esfera proporciona uma das experiências mais inovadoras e inesquecíveis de entretenimento no mundo. Apesar dos altos custos, foi um investimento que valeu a pena! Por fim, destaco a variedade de shows e atividades que Vegas oferece, desde espetáculos do Cirque du Soleil até tirolesas e montanhas-russas no meio da cidade. Se você está pensando em visitar a cidade mais extravagante dos Estados Unidos, este vídeo é perfeito para te inspirar e dar dicas valiosas. Aperte o play e descubra tudo o que Las Vegas tem a oferecer, das luzes aos shows, dos cassinos às curiosidades. Não esqueça de curtir, comentar e se inscrever no canal para acompanhar mais aventuras pelo mundo! Kit-viagem, os 11 itens essenciais que sempre levo comigo em todas as viagens e sugiro: 📱📷🎥 Meu celular/câmera __ https://amzn.to/3z9vHkS 📷🎥✈️Minha câmera/drone 360º __ https://amzn.to/3Vu6qcu 💾 Cartão de memória __ https://amzn.to/4eBInRQ 🔋 Meu Carregador Portátil __ https://amzn.to/3zoinc8 🎒 Minha mochila __ https://amzn.to/3KUluLB 🔌 Adaptador de tomada universal __ https://amzn.to/3VPEBwG 👜 Organizador de cabos __ https://amzn.to/45CujmF 🎧 Fone cancelador de ruído __ https://amzn.to/4es6PVH 🛁 Kit de higiene bucal para viagem __ https://amzn.to/3VRm6YB 🔋 Kit de adaptadores para viagem __https://amzn.to/3KZkV2Y 💰 Doleira para esconder o dinheiro __https://amzn.to/3VD0rSG Outros produtos que sugiro: 🎒 Mochila mais barata https://amzn.to/3VTIhh5 🧳 Mala de viagem https://amzn.to/3XAxWYG 💲💲 Quer me dar uma força pro canal para eu sempre produzir conteúdo?💲💲 PIX: claudiounb@gmail.com Inscreva-se no canal para sempre receber atualizações Acesse http://www.omundonumamochila.com.br para ter acesso a essa e outras histórias Nos siga no http://www.instagram.com/omundonumamochila para mais fotos de viagem

VIAGEM A LAS VEGAS | Luzes, cassinos e histórias de Uber! #vegas #lasvegas #nevada

Neste vídeo de O Mundo Numa Mochila, compartilho como foi minha primeira experiência em Las Vegas, a icônica Cidade do Pecado. Desde as luzes vibrantes da Vegas Strip até curiosidades impressionantes sobre a cidade, cada momento foi marcado por histórias fascinantes e surpresas inesperadas. Descubra comigo os encantos da Vegas Strip, onde se concentram os maiores cassinos e hotéis do mundo, e a Fremont Street, a antiga Vegas, com seu gigantesco teto de LED e shows visuais incríveis. Conheça também os bastidores de Vegas, como a comunidade subterrânea onde vivem pessoas em situação de rua, um contraste com a ostentação que domina a cidade. Exploro também o lado mais descontraído de Vegas, como as conversas inusitadas com motoristas de Uber, que compartilharam histórias incríveis, desde um pai orgulhoso com um filho rumo à NBA até um cubano que atravessou continentes para realizar seu sonho americano. E, claro, não poderia faltar a experiência gastronômica, ou a falta dela: uma cidade cheia de fast food, mas onde encontrar comida saudável ou um simples supermercado é um verdadeiro desafio. Aperte o play para saber tudo sobre a cidade que nunca dorme, com todos os seus contrastes, extravagâncias e peculiaridades. Não esqueça de curtir, comentar e se inscrever no canal para acompanhar mais aventuras pelo mundo!

VIAGEM A MOÇAMBIQUE | Maputo, ruas comunistas e arquitetura de Eiffel! 2ª parte #maputo #moçambique

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Neste vídeo de O Mundo Numa Mochila, compartilho minha experiência explorando Maputo, a capital de Moçambique, um país repleto de história, cultura e curiosidades. Logo de cara, fui surpreendido por ruas que homenageiam líderes comunistas como Mao Tse Tung e Lenin, refletindo a forte influência do socialismo no período pós-colonial. Descubra também a fascinante Casa de Ferro, projetada por Gustave Eiffel, o mesmo arquiteto da Torre Eiffel. Apesar de sua beleza arquitetônica, a estrutura acabou se tornando inadequada para o calor africano, uma verdadeira fornalha, e hoje é uma curiosa atração turística que simboliza o contraste entre sofisticação e funcionalidade. Além das curiosidades históricas, falo sobre a realidade das ruas de Maputo, como a presença marcante de pedintes e vendedores ambulantes, que trazem um contraste com a infraestrutura moderna da cidade. Apesar disso, a segurança e a hospitalidade do povo moçambicano me impressionaram. Até mesmo um policial que me abordou na rua acabou me dando dicas de viagem, mostrando o quão acolhedor é o país. Moçambique é uma mistura única de desafios e beleza, e Maputo reflete perfeitamente essa dualidade. Venha comigo nesta jornada para descobrir o que torna esse país tão fascinante! Não esqueça de curtir, comentar e se inscrever no canal para acompanhar mais aventuras!

Turismo na COREIA DO NORTE| Diplomata de Havaianas e Muito Medo de Golpe

Quer saber como entrei na Coreia do Norte? Não é turismo solo — é pacote fechado, guia no teu pé e muita paranoia. Quase caí fora achando que era golpe, mas fui até o fim: tirei o visto aqui mesmo no Brasil, conversei com diplomata de Havaianas e fui parar em Pyongyang com tudo pago e os dois rins no lugar. Nesse vídeo conto todos os detalhes da viagem mais surreal que já fiz: do primeiro contato com a agência de turismo em Londres até o carimbo na embaixada norte-coreana em Brasília. Tem história bizarra, festival do Arirang, dilema ético sobre turismo em ditaduras e até gringo inglês com risada de cachorro de desenho. Cola comigo até o fim e descobre como é possível visitar um dos países mais fechados do planeta — e por que talvez você também devesse considerar essa experiência maluca.

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VIAGEM A MOÇAMBIQUE| Maputo, burocracias e a língua portuguesa nas ruas!1ª parte #maputo #moçambique

Neste vídeo de O Mundo Numa Mochila, compartilho minha jornada por Moçambique, o último país que visitei durante minha viagem pelo sul da África. Desde os desafios para conseguir o visto até as primeiras impressões em Maputo, este vídeo revela as curiosidades, histórias e as belezas de um país que fala português nas ruas e tem uma cultura vibrante, apesar de seu passado difícil. Moçambique é fascinante! Desde a história de sua independência até os desafios modernos, como a reconstrução pós-guerra civil e as desigualdades sociais, cada canto do país conta uma história única. Durante minha viagem, explorei a capital Maputo e fiquei surpreso com a organização e simpatia das pessoas. Mesmo sendo um dos países mais pobres do mundo, Moçambique exibe uma resiliência admirável. O vídeo também destaca as curiosidades sobre Maputo, incluindo a famosa estrutura de ferro projetada por Gustave Eiffel, o mesmo arquiteto da Torre Eiffel, e como o português é amplamente falado pelas ruas, tornando a interação com os locais ainda mais especial. Claro, nem tudo foi fácil: enfrentei uma verdadeira saga para conseguir o visto, desde a burocracia até custos absurdos, passando por imprevistos no aeroporto e complicações na chegada ao país. Mas, no final, tudo valeu a pena. Moçambique me surpreendeu com sua cultura, sua história e sua hospitalidade, e espero que você possa sentir um pouco disso neste vídeo. Aperte o play para viajar comigo por Moçambique e descobrir o que torna este país tão único. Não se esqueça de curtir, comentar e se inscrever no canal para acompanhar as próximas aventuras! Kit-viagem, os 11 itens essenciais que sempre levo comigo em todas as viagens e sugiro: 📱📷🎥 Meu celular/câmera __ https://amzn.to/3z9vHkS 📷🎥✈️Minha câmera/drone 360º __ https://amzn.to/3Vu6qcu 💾 Cartão de memória __ https://amzn.to/4eBInRQ 🔋 Meu Carregador Portátil __ https://amzn.to/3zoinc8 🎒 Minha mochila __ https://amzn.to/3KUluLB 🔌 Adaptador de tomada universal __ https://amzn.to/3VPEBwG 👜 Organizador de cabos __ https://amzn.to/45CujmF 🎧 Fone cancelador de ruído __ https://amzn.to/4es6PVH 🛁 Kit de higiene bucal para viagem __ https://amzn.to/3VRm6YB 🔋 Kit de adaptadores para viagem __https://amzn.to/3KZkV2Y 💰 Doleira para esconder o dinheiro __https://amzn.to/3VD0rSG Outros produtos que sugiro: 🎒 Mochila mais barata https://amzn.to/3VTIhh5 🧳 Mala de viagem https://amzn.to/3XAxWYG 💲💲 Quer me dar uma força pro canal para eu sempre produzir conteúdo?💲💲 PIX: claudiounb@gmail.com Inscreva-se no canal para sempre receber atualizações Acesse http://www.omundonumamochila.com.br para ter acesso a essa e outras histórias Nos siga no http://www.instagram.com/omundonumamochila para mais fotos de viagem

Viagem a Belize: multiculturalismo, dólar belizense,  desafios locais e os paraísos chamados Caye Caulker e Shark Ray Alley

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Belize sempre foi um país que me fascinou. É uma daquelas regiões que parecem ter se perdido do resto do continente. Enquanto seus vizinhos falam espanhol e carregam a herança das colônias espanholas, Belize segue seu próprio caminho com o inglês como língua oficial, legado da colonização britânica. É o único país da América Central continental com esse perfil, quase como uma Guiana da América Central, sendo deslocado linguisticamente e, de certa forma, culturalmente também. Assim como nas Guianas da América do Sul, percebi que entre os centro-americanos, quase ninguém sabia direito o que tinha por lá. Muita gente com quem eu conversava em El Salvador ou Honduras me olhava com cara de interrogação quando eu dizia que meu próximo destino era Belize. “Mas o que tem lá?”, perguntavam. E, honestamente, era essa mesma pergunta que me atiçava.

Mas havia também um outro motivo bem mais prático: o mar. Eu já tinha visto alguns vídeos de uma galera fazendo snorkel em Belize, nadando no meio de tubarões e arraias, num lugar chamado Shark Ray Alley, e desde então fiquei obcecado com a ideia de viver aquilo. Não era uma aventura estilo Discovery Channel com jaula de ferro nem cilindro de oxigênio — era simplesmente colocar a máscara, cair na água e nadar com os bichos. E, por mais contraditório que pareça, a ideia de nadar cercado por tubarões naquele cenário de águas cristalinas me transmitia mais curiosidade do que medo.

Além disso, Belize me parecia ter um tipo de beleza ainda meio bruta, não domesticada. Eu queria ver isso de perto: esse país que ninguém conhecia direito, que tinha praias caribenhas, floresta tropical, influência maia, rastafári, placas em inglês e até mesmo fronteiras ainda em disputa com a Guatemala. Um país estranho aos vizinhos e ainda mais estranho para quem o visita pela primeira vez — ou seja, exatamente o tipo de lugar que eu gosto de colocar na minha mochila.

Em alguns lugares da América Central quando perguntava se era bom de fazer snorkeling em uma praia específica, as pessoas me diziam “cara, não é como Belize, mas é muito bom”. Então, assim, nadar com peixes em Belize devia ser muito bom mesmo.

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O motivo de haver tantos tubarões por lá, especialmente nas áreas de snorkel como Caye Caulker, a região que eu mais queria conhecer, tem a ver com uma combinação rara de fatores ambientais, culturais e até econômicos. Primeiro, a costa de Belize abriga a segunda maior barreira de corais do mundo, atrás apenas da Austrália, o que cria um ecossistema marinho riquíssimo, com abundância de peixes, crustáceos e outras espécies que fazem parte da cadeia alimentar dos tubarões. Além disso, ao contrário de outros países do Caribe que historicamente incentivaram a pesca predatória de tubarões ou simplesmente nunca regulamentaram o setor, Belize implementou medidas de conservação bem antes dos vizinhos. Em lugares como Caye Caulker, é comum ver guias alimentando os tubarões com pequenos peixes para atrair os bichos e proporcionar aquele visual cinematográfico durante os mergulhos. Os ambientalistas odeiam isso, mas enfim, os tubarões amam. O resultado é esse: um país pequeno, com mar calmo, água cristalina e uma concentração de tubarões costeiros que nenhum outro vizinho consegue igualar.

História de Belize

A história de Belize é marcada por uma trajetória peculiar dentro da América Central. Originalmente habitada por povos maias, a região foi alvo de disputas coloniais entre espanhóis e britânicos a partir do século XVII. Embora a Espanha alegasse soberania sobre o território, foram os britânicos que, pouco a pouco, consolidaram sua presença, inicialmente com assentamentos de madeireiros conhecidos como “Baymen”. Esses colonos extraíam mogno e outros recursos da floresta tropical, estabelecendo um sistema econômico voltado para a exportação à metrópole. Apesar das tentativas espanholas de expulsá-los, os britânicos resistiram, e após diversos tratados e conflitos diplomáticos, a Coroa britânica formalizou o controle da região em 1862, batizando-a oficialmente como Honduras Britânica. Então a Inglaterra tinha a Honduras Britânica na América Central e a “Guiana Britânica” na América do Sul, atual Guiana. Isso mostra como Belize sempre foi visto como uma exceção regional, mais ou menos um Espírito Santo da América Central, mais alinhado com o mundo anglófono do que com seus vizinhos centro-americanos.

E essa origem colonial é a chave para entender por que Belize não virou um país de falantes de espanhol como os demais da América Central. Ao contrário de países como Honduras ou Guatemala, que foram colônias espanholas e herdaram a língua e instituições da Coroa espanhola, Belize manteve-se sob controle britânico por mais de um século, consolidando o inglês como língua oficial, o sistema jurídico de common law e uma estrutura administrativa ao estilo britânico. Até sua independência, conquistada apenas em 1981, Belize permaneceu culturalmente isolado de seus vizinhos hispânicos. Isso não quer dizer que o espanhol não esteja presente — ele é amplamente falado como segunda língua, especialmente nas regiões próximas à fronteira com a Guatemala e o México. Mas o país se estruturou com base no inglês, e essa identidade linguística diferenciada acabou reforçando seu status de “peça solta” no quebra-cabeça centro-americano.

Vida em Belize

Assim como diversos países caribenhos, Belize é um mix de descendentes de africanos que foram trazidos como escravos (que eles se referem como “criolos”), maias, ingleses (hoje bem poucos), árabes, indianos e muitos, mas muitos descendentes de central americanos que fugiram para lá como refugiados das diversas guerras civis que ocorreram pela América Central (notadamente de El Salvadorenhos, Guatemaltecos, Hondurenhos e Nicaraguenses) e mexicanos que basicamente foram procurar um lugar para viver. Então, amigo, o país tem como língua oficial o inglês, mas muita gente por lá fala espanhol, muita mesmo. “Aqui tem muita terra e somos apenas 400.000 habitantes, então tem espaço para todo mundo” – me disse um cara de Belize. Lá, o multiculturalismo não é só marcante, como é celebrado. Para mim foi uma sensação semelhante a que vi no Suriname.

Acaba então que lá a coisa se inverte em relação a San Andrés na Colômbia ou Roatan em Honduras, os descendentes de africanos falam só inglês e saem em desvantagem com os descendentes de latinos que aprendem inglês na escola e espanhol em casa com os pais. Era engraçado, qualquer vendinha que eu e Bruna entrava, apesar da gente falar inglês, os vendedores iam buscar um latino e ele já começava a conversar em espanhol com a gente. Isso quando não era um mini-mercadinho, porque aí parecia que todo mini-mercadinho era de um chinês. 

Outra coisa interessante, eles têm uma moeda própria, o dólar belizense, mas na verdade a economia é dolarizada de fato. Cada dólar americano valia dois dólares belizenses. Então você tem que perguntar em qual dólar tá os preços, porque às vezes você pode se dar mal. Na verdade, por conta disso eu vi porque que as coisas são tão caras para turista no Caribe. Cara, enquanto eu e Bruna estávamos economizando cada centavo de dólar para poder fazer os passeios, um gringo simplesmente tirou um calhamaço de notas de dez dólares do bolso e deu de gorjeta pro pessoal do barco. Juro, pelo que eu tinha conseguido contar, era ao menos 80 dólares de gorjeta. Quase 500 reais. Ali… de “gorjeta”. Aí é mole. Eu nasci no país em que um dólar é seis reais. Ele nasceu no país em que um dólar é um dólar. O problema é que acaba o passeio e todo mundo do barco fica meio que esperando que você deixe um agrado. Se eu deixei? Rapaz, eu dei um abraço nos caras e vida que segue.

Em Cozumel, onde nós fomos antes, chegamos a pegar um passeio de barco onde a tripulação ficou uns 10 minutos explicando o quanto gorjeta era importante pro trabalho deles. E qual foi o problema? Mano, no barco só tinha latinos. Era eles pedindo gorjeta e cada um olhando pros lados fingindo que não era com eles. Eu, obviamente, fiquei olhando para a água procurando peixinho. E nada dos caras ganharem gorjeta.

Cara, só para você ter uma ideia, em uma outra vendinha, teve uma gringa que foi comprar um suco e a moça da vendinha falou que era vinte dólares. Primeiro que, mano, quem paga 120 reais em um suco, pelamordedeus. Ela foi lá e deu 20 dólares americanos. Aí a mina da vendinha falou “não moça, são 20 dólares de Belize, então são 10 dólares dos Estados Unidos”. O suco era “apenas” 60 reais. Rapaz, depois a que moça da vendinha deu o suco para a gringa, ela pegou os 20 dólares de Belize de troco (que dá o total de 10 dólares americanos) e simplesmente pôs na caixinha de gorjeta de papelão que a vendinha tinha bem na frente. Sessenta reais, assim, de graça. De gorjeta. Cara, aí fica fácil entender porque eles devem odiar atender latino como a gente que economiza cada dólar. 

Nadando com os tubarões, a caminho de Caye Caulker

Como eu não queria correr o risco de cair em uma roubada igual foi a natação com os porcos de Bahamas, desde o Brasil eu já fui reservando o barco para a gente ir ver os tubarões  em Belize. Paguei caro, bem caro. Poderia ter pago mais barato se eu descesse em Belize e tentasse negociar direto no porto? Sim. Eu queria arriscar? De forma alguma.

Interessante que ao contrário de todos os outros países que visitei de cruzeiros, Belize foi o único até agora em que o navio não atracou. Cara, o navio ficava no meio do oceano, aí vinha um barquinho pegar a gente e levar para o continente. Mas, assim, ainda foi uns 20 minutos nesse barquinho, era longe mesmo. 

Isso acontece porque o litoral de Belize, especialmente na região da capital, é raso e protegido por uma extensa barreira de corais — a segunda maior do mundo como já falei. Essa formação natural, embora seja ótima para preservar a biodiversidade marinha e proporcionar águas calmas e cristalinas, torna impossível que navios de grande porte se aproximem da costa sem risco de encalhar. Não existe um porto com profundidade suficiente para receber cruzeiros diretamente, então a solução é o chamado “tender service”: os navios de cruzeiro ficam fundeados em alto-mar, e pequenos barcos fazem o translado dos passageiros até a terra firme.

Então descemos no porto e já fomos encontrar a menina da agência que tinha negociado comigo o passeio. Interessante que ela já veio conversando comigo em espanhol. Me explicou que ela era descendente de mexicanos e que a avó dela, mesmo tendo nascido em Belize, não falava inglês até hoje. A guia me falou que só falava inglês porque tinha ido a escola, porque os mais velhos da família dela não falavam inglês até hoje, só os jovens porque aprenderam na escola. 

Pegamos o barco e fomos fazer o nosso passeio. E, cara, chegar a Caye Caulker foi bem demorado. 

Caye Caulker realmente era um paraíso. Cara, não havia nem carros por lá. Travessias mais longas ou eram feitas de carrinho de golfe ou de trator. Assim que chegamos, aportamos em um restaurante com preços abusivos em dólares que estava bem aquém do que poderíamos pagar. Dólares de Belize? Não, dólares americanos mesmo. Coisas absurdas, cara, tipo sessenta dólares americanos para comer qualquer peixinho mequetrefe lá. Os gringos foram pedindo todos os itens do menu e eu e Bruna fomos atrás de uma vendinha na ilha para poder comprar ao menos uma Coca Cola para tomar. Acabamos achando um mini mercadinho de, vejam você, um chinês. Engraçado que o mercadinho chamava “Amigo market”. Então a gente tinha certeza que o dono era latino. Chegando lá era um chinês. Tentei bater um papo com ele para saber como era a vida de um chinês em Belize, mas ele não quis nem papo. Só falou “obrigado” e tacou a gente para fora da vendinha. De “amigo”, o mercado só tinha o nome. 

Dá para ver os tubarões na água, são as manchas

Na volta a gente viu uma garçonete correndo aos gritos mandando um barco voltar. Acredita que um gringo quis dar calote? Eu posso contar cada centavo de dólar que eu gasto, mas calote nunca vão botar na nossa conta. Gringo miserável e caloteiro, rapaz.

Depois voltamos para o barco e de lá fomos fazer o passeio dos tubarões. Chegando lá, foi, impressionante. Cara, eu já tinha visto alguns tubarões nadando em Noronha, mas era sempre um ou outro e lááá longe. Onde a gente parou era quase um cardume. E não só de tubarões, mas tubarões e arraias também. Era tanto tubarão que você quase que se esbarrava neles. Foi fascinante demais.

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Depois ainda fomos nadar com peixes em um local com corais, mas nem de longe foi tão legal quanto ver os tubarões. Um dos caras do barco era engraçado demais. Ele era descendente de latinos, falava espanhol e contou várias curiosidades sobre Belize. Uma delas é que quando ele era jovem, as crianças que não se comportavam eram levadas para cortar cana debaixo do sol escaldante de meio dia. Como ele sabia disso? Segundo ele, ele acabou ficando muito bom em cortar cana por conta disso. 

Perambulando pela capital, a Cidade de Belize

Depois que voltamos do nosso passeio com os tubarões e de eu dar o abraço de gorjeta para a tripulação fomos dar uma volta pela cidade de Belize. Cara, vou te contar, caminhar pela Cidade de Belize foi aqueles momentos em que você dá valor em ter nascido no Brasil. Cara, a cidade era toda zoada, suja, com umas construções caindo aos pedaços. Não vimos um edifício de apartamentos ou coisa do tipo. Sério, era uma desolação parecida com o que eu vi em Georgetown quando viajei à Guiana ou ao Haiti. 

Visitamos a “Biblioteca Nacional” que devia ser menor que a biblioteca que tinha na minha escola no Maranhão e o “Museu Nacional” que devia ser menor do que a casa que muita gente mora no Brasil. O melhor do museu mesmo foi só que lá tinha um ar-condicionado moendo de frio, então valeu os sete dólares americanos que tivemos que pagar por pessoa para poder entrar. O prédio do museu nacional era uma ex-prisão, então até tinha umas coisas legais por lá. Além disso, também tinha uma ala sobre escravidão que eu achei bem interessante.

Biblioteca Nacional

Mas o que mais me chamou a mesmo a atenção foi o fato de que a gente estava caminhando na capital de um país e simplesmente quase não havia ninguém nas ruas. Em plena quarta feira. Cara, aquilo me chamou a atenção demais. Andamos, caminhamos pelas ruas e depois voltamos pro nosso barco que estava lá no meio do mar. Infelizmente no outro dia, ainda tínhamos mais uma parada marcada em outra praia do México. Mas, cara, acredita que o barco não parou? O comandante do navio falou que não conseguiu fazer as manobras porque segundo ele “o vento tava muito forte” e simplesmente cancelaram um dia nosso de passeio. Cara, o barbeiro do italiano não conseguiu fazer a baliza direito e cancelou o nosso passeio. Pelo menos deu para a gente descansar um pouco. E bem, ainda bem que Belize deu certo, porque foi o local mais legal que eu fui em toda essa minha viagem.

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HONDURAS – Vida em Roatán: os bastidores de uma ilha paradisíaca e suas contradições

Depois que passei por El Salvador e Nicarágua, viajei de Manágua, capital da Nicarágua, para Forte Lartedeaule para encontrar a Bruna. De lá pegamos um cruzeiro pela América Central. Como já mencionei algumas vezes, cruzeiros são uma das melhores formas de visitar países que eu não quero passar muito tempo, haja vista que eles me economizam gastos com voo e hospedagem e até mesmo com alimentação. Bem, basta você comer bastante no navio antes de sair (sim, meio que encher o tanque), descer, passear no lugar e depois só comer quando voltar ao navio novamente.

Bem, eu e Bruna nos encontramos e seguimos para o nosso cruzeiro. A nossa primeira parada foi em Cozumel, ilha que eu já havia visitado há 10 anos atrás em 2015 e por isso não vou postar sobre, e depois descemos em Roatán, o principal ponto turístico de Honduras

Roatán, em Honduras

Mas antes vamos entender sobre a história do lugar

História de Honduras

Honduras, localizada no coração da América Central, tem uma história marcada por civilizações antigas, conquistas coloniais e turbulências políticas. Antes da chegada dos espanhóis, o território hondurenho era habitado por povos indígenas, com destaque para os maias, que deixaram vestígios impressionantes em sítios arqueológicos como Copán. Em 1502, Cristóvão Colombo desembarcou na costa atlântica de Honduras durante sua quarta viagem às Américas e logo depois os espanhóis iniciaram a colonização, subjugando os povos nativos. O país conquistou sua independência da Espanha em 1821, junto com outras colônias da região, passando por diversas configurações políticas até se tornar uma república autônoma.

Durante o século XX, Honduras ganhou notoriedade como uma “república das bananas”, expressão usada para descrever países onde empresas estrangeiras, especialmente norte-americanas, controlavam grande parte da economia, sobretudo por meio da produção e exportação de banana. Esse domínio econômico externo, somado a golpes militares, instabilidade política e pobreza crônica, moldou uma parte significativa da identidade contemporânea hondurenha. Apesar disso, Honduras é um país com uma cultura rica, forte presença indígena, tradições caribenhas e um povo hospitaleiro que dá seu jeito para desenrolar a vida, basicamente como em toda América Latina onde a gente vai levando a vida do jeito que dá.

Já Roatán, uma ilha localizada no Caribe hondurenho, tem uma história à parte. Colonizada inicialmente pelos espanhóis, a ilha foi posteriormente tomada por piratas e corsários ingleses, servindo como base estratégica para ataques à frota espanhola. No século XIX, Roatán chegou a ser formalmente administrada pelos britânicos, e até hoje grande parte da população, principalmente os descendentes de escravizados, tem o inglês como primeira língua. Hoje, Roatán é o principal destino turístico de Honduras, famoso por suas praias de areia branca, águas cristalinas e recifes de corais que fazem parte do segundo maior sistema de barreira de corais do mundo. Ao contrário do continente, onde os problemas sociais são mais visíveis, Roatán vive do turismo e da vida marinha, com um ritmo próprio, bem mais tranquilo e voltado para os visitantes que chegam em cruzeiros ou aviões pequenos buscando um pedaço do paraíso no Caribe longe da violência que assola Honduras.

Ao descermos em Roatán o primeiro problema foi que o porto era bem longe de qualquer resquício de civilização, então para ver alguma coisa da ilha ficamos refém do pior tipo de ser humano que existe neste planeta: os taxistas. Saímos andando da região do porto para a estrada e fomos tentar achar um táxi. Negocia daqui, negocia de lá, chora daqui, eles choram de lá, conseguimos um bom preço e chegamos a West End, a melhor praia de Roatán para poder nadar e ver os peixes. Depois conversando com uns guias, fiquei feliz quando descobri que paguei para o taxista quase o preço que um local pagaria para fazer o mesmo trajeto. Aí foi só orgulho. Valeu a pena chorar.

Como é a vida em Roatán

No caminho para West End (que deu quase uns 40 minutos) fomos conversando com o taxista e já entendendo a dureza que é a vida dos hondurenhos que vivem por lá. Na verdade, todo hondurenho local que eu pude conversar me falava o tanto que a vida em Roatán era dura. Pelo o que eu pude entender, era ainda pior que a vida do pessoal que mora em Fernando de Noronha. Cara, as casas da maioria da galera da ilha e também os comércios (que não estavam relacionados ao turismo) era bem precários. Mas assim, ruim mesmo, pobre, meio que caindo aos pedaços. A galera lá vive no fio da navalha.

Conversando com um local, eu descobri que a ilha só foi ter luz elétrica em 1991. Luz elétrica, cara. Eu perguntei para o local como era e ele falou: “Cara, era maravilhoso, a gente vivia superfeliz. Hoje em dia que é ruim, porque falta luz e a gente fica sentindo falta.”

Como a ilha vive a base de turismo, tudo por lá é cotado em dólar, inclusive para os locais. Então tudo lá é caro, MUITO caro. O preço da gasolina era quase o dobro do preço cobrado no continente hondurenho. Então você imagina como é viver em uma ilha onde tudo é dolarizado e os salários são bem baixos. Pelo que entendi muita gente tem empregos normais como vendedores em lojas, em comércios, coisas assim, mas quando um navio de cruzeiro chega, a ilha meio que para. Todo mundo corre para atender os turistas do navio e aí é um salve-se quem puder. Quem tem carro sai fazendo táxi, quem pode faz uma banca na frente de casa e vai vender souvenir, fruta, comida… Quem pode, oferece massagem, serviço de guia e por aí vai. Todo mundo sai para se virar. Imagina? É um navio com, literalmente, milhares de pessoas que ganham em dólar descendo na ilha do dia para a noite. É simplesmente uma loucura. Infelizmente não descem navios todo dia. Na baixa temporada, que foi a que eu fui, são 2 a 3 navios por semana. Na alta, de 4 a 5. Roatán também tem um voo internacional que recebe voos diretos do Canadá, Estados Unidos e até de alguns países da Europa. Segundo um taxista que eu conversei, a maioria são de turistas que conheceram a ilha por meio de cruzeiro, gostaram e depois resolveram voltar para ficar mais tempo.

Assim como várias ilhas caribenhas que eu visitei que são partes de países latinos, Roatán também é cheia de negros, resquícios da época que a ilha era de propriedade da Inglaterra. Os negros geralmente pareciam se dar um pouco melhor que os latinos porque eles têm inglês como a primeira língua. Inglês eles aprendem em casa e aprendem espanhol na escola, então saem bem na frente dos habitantes que falam espanhol quando é para tratar com turistas americanos e europeus.

Visitando a praia de água cristalina

Quando chegamos à praia pudemos ter ideia de como os preços por lá são exorbitantes. Mas, bem, a praia era pública, então a gente encontrou um cantinho com sombra, pusemos nossas coisas e fomos fazer snorkeling. Mas quando falo um cantinho, era um cantinho mesmo, cabia uma pessoa na sombra. Uma pessoa sentada. Depois vimos que os guias levavam todo mundo para lá para não pagar por cadeiras nem guarda sol. Mas acabou que lá era o melhor lugar para nadar e ver os peixes também.

Cara, a água lá era tão cristalina que dava para você, literalmente, ver peixes mesmo sem estar com o rosto na água. Assim que chegamos já existia um cardume de peixes esperando a gente. Nadamos perto deles por um tempão. Depois eu me aventurei para mais dentro dos corais e vi mais alguns peixes, mas o pior que a maioria dos peixes se concentrava perto da areia mesmo. Em uma dessas nadadas com os cardumes, era tanto peixe que eu quase dei um tapa em uma barracuda que eu não tava vendo. Quase perco uma mão ali, rapaz. E acho que foi sorte de não ter um dedo arrancado mesmo, porque em Honduras a bruxa ficou solta para gente. Eu entrei no mar com o meu celular em uma capa que eu jurava que protegia ele da água e, bem, encharcou meu celular que acabou indo pro lixo. Ainda por cima a Bruna comeu alguma coisa que não fez bem e, rapaz, a gente chegou a pensar em abandonar o cruzeiro e descer no continente na próxima parada do tanto que ela tava passando mal.

Como eu nunca tive muita curiosidade de conhecer Honduras em si, me dei por satisfeito em visitar Roatán. O lugar é um paraíso e fiz um snorkeling muito bacana na ilha. Depois foi só voltar pro barco e se preparar pro destino mais aguardado, Belize.

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