Chegando à Ko Chang

Chegamos ao Píer pra pode pegar o Ferry pra ilha quase cinco horas da manhã, e bicho, chovia, MAS CHOVIA! Parecia até que o mundo tava era pra se acabar! Um frio danado, mas seguimos em frente.

Descemos do Ferry quase 7 horas da manhã e a chuva implacável não dava trégua. Ao sairmos do Píer, Vini teve a idéia de alugarmos uma motocicleta e irmos juntos procurar acomodação pra poder ficar na ilha. Perguntei se ele sabia guiar e ele disse que sim.
Chegamos numa casa de um pescador que tinha por lá. O pescador não sabia falar inglês direito e foi uma luta pra gente poder começar a conversar, o papo não fluía. Falei pro Vini: “Porra, doido! Pra que diabos tu falas quatro línguas asiáticas diferentes? Sai falando elas aí, quem sabe uma delas não é parecida com tailandês e no final o cara acaba entendendo”. É, mas não teve jeito! O pescador teve que chamar a filha dele pra poder negociar. Perguntamos quanto era o aluguel da motoca por um dia. Na hora que ela falou, eu quase que caí pra trás com o preço. O cara cobrava menos que sete dólares por 24 horas com a moto! Barato demais! Como dividimos por dois, acabou que ficamos os dois com a moto por menos de 3 dólares e meio cada um.
Na hora de pegar a moto que foi o mais engraçado. A mulher falou que como garantia, deveríamos pagar os 7 dólares adiantados e deixar o passaporte de um de nós dois. Falei que não ia deixar meu passaporte num lugar como aquele (já imaginou? Dois anos depois um cara derruba a Torre Eiffel usando meu passaporte?). Os caras falaram que não tinha problema, era só a gente deixar cem dólares e mais A LICENÇA PRA DIRIGIR com eles! Na mesma hora eu perguntei:
– Ãhn? Como assim? E o que acontece se a polícia parar a gente e pedir a carteira de motorista?
– Relaxa, aqui não tem polícia não. Nessa ilha a gente não tem esse tipo de problema.

(!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)

Ah tá, ainda bem que eles não tinham esse tipo de problema! Se alguém me esfaquear, sodomizar meu corpo, cortar minhas genitais e dar pros cachorros comerem nem dá nada! Lá eles não têm esse tipo de problema! Eu adoro esse tipo de tranqüilidade!

Mermão!! Cê percebe que a gente tava numa ilha totalmente sem lei? Tava lá, eu e um indiano doido, em cima de uma Bis com um bando de maluco dirigindo sem licença pela ilha inteira, chovendo que só o diabo e lama pra todos os lados! Confesso que nessa hora, SINCERAMENTE, pensei em pegar minhas coisas e voltar nadando pra Bangkok! Mas como já tava lá, não teve outra, sentei na garupa, rezei um pai-nosso, rezei pra Buda (porra, eu tava num país budista, resolvi pedir proteção a Buda só pra garantir), coloquei meu capacete, fechei os olhos e falei pro Vini seguir em frente! Confesso que tremia mais que vara de bambu verde, mas chegamos vivos no final!
Depois de toda a presepada, alugamos dois quartos diferentes (valeu, o indiano tinha muito pêlo pra dormir abraçado comigo numa cama de casal) e fomos dar um rolê pela praia. Fico devendo o videozinho que fiz do quarto porque a internet aqui ta uma droga!

Ko Chang – Dia na ilha

Fomos pra praia pra ver “de qual é” e procurar as suecas quentes (UUhhh!!) e alguma coisa pra fazer. Claro que com o toró que caía não tinha suecas quentes (UUhhh!) pegando sol, tinha no máximo alguns “tailandeses molhados” (Argh!!!) e jogando futebol (UUhooouuu!!). Não deu outra, passamos o dia inteiro jogando bola com os bichos. O indiano nem sabia jogar nada, mas os tailandeses jogavam bem pra caramba! Os caras com certeza jogavam futebol de salão, já que tinham aqueles driblezinho chatos de ficar passando o pé por cima da bola e deixar a gente na saudade.Voltamos pros nossos chalés e o indiano me passou o bizú de que tinha um pub perto do lugar que a gente tava hospedado e perguntou se eu não tava afim de ir com ele. Não ia ficar dentro do meu quarto nojento sem fazer nada a noite inteira (inclusive, isso é um bizú máximo, cara! Se quiser aproveitar uma viagem em qualquer lugar que for, alugue um quarto sujo e fedorento, você vai querer passar o mínimo de tempo dentro dele e aproveitará mais a viagem!). Pedi pro Vini passar mais tarde pra poder me pegar ir lá!
Mais tarde ele passou com a motoca e descemos pro barzinho.

Um Pub e muita emoção


Chegando ao barzinho, cara, foi engraçado demais. Na mesma hora que a gente desceu da moto, foi aquele “Oiieee” geral! Muleque, mas tinha mulher naquele lugar! Mulher! Mas MULHER PRA TODO LADO!! Eu nunca tinha visto tanta mulher junta desde o dia que fui numa festa de engenharia de alimentos na UNICAMP! Bicho, mas eram mulheres de todos os jeitos, tamanhos e estilos. Todas lindas ninfetas, com os olhinhos puxados e me chamando para me juntar a elas no bar! Confesso que nesse dia senti a mesma sensação que Ulisses ao próximo a ilha das sereias.

Tecla PAUSE

*Pra quem não entendeu o que eu quis dizer, vai um trecho que copiei de um blog sobre a famosa historia de Ulisses em frente a ilha das Sereias:

Deste modo, quando Ulisses se fez ao mar e sentiu que se aproximava da ilha das Sereias, não se esqueceu das recomendações de Circe. Efetivamente, as Sereias, seres híbridos, formados de busto de mulher e corpo de peixe, cantavam de tal modo que fascinavam os mareantes, que, esquecendo tudo, iam em sua busca, acabando por se precipitar nos escolhos que se erguiam na costa daquela ilha. Por isso, Ulisses, quando as entendeu, ao longe, mandou que os seus homens tapassem os ouvidos com cera e que o prendessem ao mastro do navio de modo a que, no meio do encantamento, não levasse o barco contra os escolhos”.

Ulisses estava amarrado a cordas, eu estava amarrado ao puro e inocente amor que nutro por uma menina em Brasília (não esqueçam que tem gente me vigiando!). Enfim, Ulisses ou não, corda ou não, eu confesso que me assustei com a quantidade de mulheres clamando por mim. Acenei pra elas e comecei a pensar: “Calma, meninada, tem Claudiomarzinho pra todas! Não precisa se desesperar, a noite está apenas começando. Além de tudo, lembrem-se que não sou tão fácil, vocês vão precisar de um bom papo acima de tudo”.

Tecla PLAY

Depois de alguns minutos me achando a última Coca-Cola nos Lençóis Maranhenses, lembrei que, beleza, eu posso até ser maranhense, mas pra Brad Pitt ainda me falta muito. Além disso, todo tiozão barrigudo e careca que passava, a meninada demonstrava o mesmo “carinho” e a mesma empolgação. Comecei a me tocar que aquelas minas não estavam interessadas em mim, mas talvez interessadas no meu bolso, no melhor estilo “Maria-passaporte”.
Fiquei de boa, puxei uma cadeira e fiquei tomando uma com o indiano (e foi só uma mesmo, porque a cerva lá era cara que só a moléstia!) e trocando umas idéias. Umas minas chegaram pra conversar com a gente. Comecei a achar que essa parada de ser gostosão realmente tem horas que enche o saco. Depois de muito papo, levantamos pra poder jogar uma sinuca e uma mulher meteu a mão na minha… digamos… meteu a mão na minha “poupança”. Cara, foi nessa hora que a ficha caiu! Cerveja cara, tiozão barrigudo e careca, mulher pra todo lado avançando na gente, luzes coloridas no teto e música ruim. A gente não tava num barzinho, a gente tava era num puteiro! (E o que é que a gente quer…). Aquela meninada toda, me fazendo sentir o “Leonardo de Caprio dos Babaçuais”, eram nada mais nada mesmo que “primas”, “meninas que vendem amor”!

Acidentes acontecem


(este post é continuacao do post acima. Para entende-lo comece a ler do post “Viajando para Ko Chang” e depois va prosseguindo)

Nessa hora eu fiquei indignado com o indiano! Pombas, o bicho me levou pra um puteiro, doido? Perguntei pra ele e ele falou que não sabia, que tinha sido um acidente. Só sei que acidentalmente a gente chegou lá, acidentalmente a mulher “apalpou” o meu traseiro, acidentalmente o indiano tirou 30 dólares da carteira, acidentalmente ele deu pro cafetão, acidentalmente ele pegou o recibo (ou o “vale-sexo” se você achar melhor), acidentalmente ele colocou uma mina na traseira da motoca e acidentalmente eu acabei voltando pra casa andando sozinho na chuva! Porque a vida não é nada sem putaria, meu amigo!
Acidentalmente ele também ficou querendo me convencer a fazer minha noite ficar, digamos, menos solitária e fria.

Tecla Pause

Tem muito amigo meu que fala que não faz sexo com primas porque não faz “sexo pago”. Nessas horas que eu lembro que pagar uma prima é a maneira mais rápida, fácil e, claro, barata de se obter sexo. É pá, pum! Dinheiro entrando e calcinha saindo! Quanto você gasta em uma noite que sai com uma mulher? Mesmo que namorada?
Você fica até pensando, poxa, é tão mais fácil! Sem conversas sobre Kafka na lareira nem nada. É só ali, três horas de trabalho como recepcionista nos Estados Unidos (eu ganhava 10 dólares por hora) e uma noite inteira de amor.

Tecla Play

Claro que não topei, né? Não fui na dele nem porque eu seja contra pagar por sexo ou algo do tipo. Eu acabei ficando de fora porque eu fiquei imaginando a depreciação humana que deve ser a vida daquelas meninas, cara! Deus queira que todas elas tenham pelo menos mais que 18 anos (o que eu não apostaria todas minhas fichas nisso). Toda noite naquela mesma vida. Fingindo interesse em mais um tiozão barrigudo, pra expor a sua intimidade a um preço irrisório, pra poder comprar as coisas que sempre sonhou, mas que nunca poderia conseguir trabalhando dignamente. Me dá uma pena danada. Na hora eu fico imaginando uma prima minha (dessa vez, literalmente, prima) ou alguém que eu goste bastante naquela vida sendo utilizada e tratada como um mero pedaço de carne. É miserabilidade demais pra mim, cara! Putaria sim! Cumplicidade com miséria alheia nunca!
Sério, se uma daquelas minas chegasse e me falasse: “Não, mas eu tou nessa vida é porque eu gosto mesmo. Eu gosto de ficar passando a mão nessas carecas nojentas e bolinando essas barrigas cabeludas de gringo a noite inteira! Pra falar a verdade eu gosto é de fazer sexo toda noite com alguém diferente! Ter prazer, sem pagar nada já é bom, imagina com alguém te pagando pra isso? É por isso que eu trabalho como prima todas as noites! Pra falar a verdade, você é um maranhense até que charmoso, sabia?”. Eu poderia até pensar na hipótese, mas da maneira com que isso ocorre, principalmente na Tailândia, nem a pau!
Eu juro que quando fico olhando aqueles europeus miseráveis, se achando os tais, pagando três, quatro pra poder levar pro seu quarto, eu fico torcendo do fundo do meu coração, que algumas delas se aproveitem de um momento de distração e coloquem algo na bebida de um deles. No outro dia eles acordando só de cueca, no meio da rua, com um cachorro lambendo a cara e sem passaporte e porra nenhuma! Só assim pra eles aprenderem como é bom viver de sexo barato.
Juro que fico pensando nisso.
Mas enfim, cada um faz o que quiser da sua vida.
Fiquei mais dois dias por essa ilha, sem o Vini que voltou pra Bangkok pra trabalhar. Nos outros dias nem rolou nada demais. Só fiz alguns snorkellings e joguei bola com mais uns gringos.

Saindo da Tailândia

Amigos, como já explicitado no post abaixo, acabei de sair da Tailândia e agora me encontro em Jacarta, na Indonésia.
Oh yeah
Primeiramente gostaria de explicitar que, ao contrário da metodologia que vinha adotando nos outros posts, sobre a Tailândia não escreverei “blocado”. Farei vários posts pequenos, ja que que muita coisa rolou por esses quase 20 dias que passei por lá. Procederei desta maneira porque se fosse deixar pra postar tudo de uma vez, demoraria demais e acho que as pessoas não leriam com tanta atenção. Além de que, devido ao grande número de acessos (bicho, tá dando uns picos de mais de 350 acessos por dia), quero fazer com que as pessoas visitem o blog mais diariamente.
Antes de começar o post sobre a Tailândia, gostaria de mais uma vez escrever sobre as buscas bizarras que levaram ao meu blog e que me renderam boas risadas. Rapaz, teve uma busca que me fez rir um sozinho uns 20 minutos. Algum cidadao interessado em intercambio digitou no google a seguinte frase: “melhor lugar para putaria work experience” e caiu no meu blog. Doido, essa busca me fez rir demais! Aprender inglês o que, rapaz! O que movimenta a vida masculina é mesmo a putaria! Huhaueuae. Teve outro leitor que também descobriu uma coisa interessante. Se você digitar na barra do Google “Maranhense maranhense satanista perdido em lost” e clicar no “Estou com sorte” você cai direto no meu blog. Confesso que foi uma boa sacada, mas ainda estou a buscar quem foram os autores das “homem das cavernas comendo o maranhense virgem” e “maranhense virgem, no banheiro tocando p.. (lembre duma palavra que rima com “trombeta”) pras suecas quentes”. Sério, até hoje essas duas frases me deixam rindo sozinho quando tou andando pela rua e começo a lembrar.
Divagando sobre a dualidade da vida e a inocencia de uma reflexao abrupta

Alem dessas buscas, tiveram varias que tambem foram engracadas: “primeiras veses de japonesas fasendo sexo” (sim, veses com S mesmo. Porque a vida nao e’ nada sem putaria), “como conquista uma mulher numa balada” (se voce for maranhense e charmoso ja ajuda bastante), “fotos libanesas peladas” (porque a vida nao e’ nada sem putaria [2]), “filme dos homens das cavernas transando” (porque a vida nao e’ nada sem putaria [3]), “como os homens da caverna sabiam o horario?” (confesso que essa eu tambem fiquei curioso).
Outro fator importante é, amigos, sempre que fizerem perguntas ou quiserem receber qualquer resposta de comentários no Google, lembrem-se de deixar pelo menos o contato! Eu sei que eu já tou virando “maranhense satanista”, mas tou longe de virar mãe Diná pra poder adivinhar e-mails! Já rolou de tudo na parte de comentários do blog, desde a volta do “Big Brother” até um rapaz que me deu o e-mail dele pra eu poder distribuir pelas orientais. O cara me falou que nutre o sonho de ser algo como o “Don Juan” do Oriente ou um “Maranhense caliente na Ásia” que nem um amigo meu foi há algum tempo atrás (um amigo, meu amigo Big Brother! Não fui eu não!). De qualquer maneira, meninas de olhos puxados que lêem este blog, por gentileza, adicionem o nosso amigo Beto (beto_peregrino@hotmail.com) porque o rapaz quer porque quer “aplicar” pra um passaporte asiático de qualquer jeito! O bicho parece que anda beliscando azulejo e matando cachorro a grito!
Teve também alguém que perguntou como eu faço pra poder conseguir os vistos. Essa eu vou responder por aqui porque parece ser uma dúvida de várias pessoas. Até agora, de todos os países que passei, passaporte brasileiro não precisa de visto, a não ser o Estados Unidos que eu já tinha aplicado no Brasil.
Por último, amigos que colocaram o meu blog na barra de favoritos e desejam que faça o mesmo numa atitude recíproca, mandem-me o endereço do blog ou algo do tipo que eu coloco aqui na parte direita do blog :). Confesso que farei isso com bastante satisfação! Passeando pelos links que levaram ao meu blog não é que eu achei um cara que fez uma citação massa do omundonumamochila.com e nem me falou nada? Como assim, brother? Aqui vai o endereço do bicho: http://fellipeprata.blogspot.com/
É isso aí, bola pra frente, vou começando o blog sobre a Tailândia.
Abraços maranhenses

Tailândia

Ah… A Tailândia. Quantos bons momentos passei neste pequeno país situado no Sudeste Asiático. Conhecida como a “terra dos mil sorrisos”, a Tailândia é um dos principais destinos de vários países europeus, notadamente escandinavos (Suecas quentes, Uhhh).

A Tailândia possui como língua oficial a língua Tai que possui um alfabeto único só utilizado nesse país. Aparantemente a lingua Tai não possui nenhuma ligação com o alfabeto chinês ou ocidental (caso único em todos os países que já passei até agora, já que Japão e Coréia do Sul adotam alfabetos inspirados no Chinês e a Malásia adota o alfabeto ocidental). Possui como capital a charmosa cidade de Bangkok, moeda nomeada Bath (1 dólar = 32 bath antes de eu sair de lá), uma população de 62 milhões de pessoas (aproximadamente uma vez e meia o estado de São Paulo ou 10 vezes a população do Maranhão) e um PIB de aproximadamente 260 milhões de dólares (aproximadamente o da Argentina e um pouco maior que o do estado do Rio de Janeiro).
Cara, tem outra coisa que eu achei interessante tambem. Sabe o que eu acabei de descobrir agora fuçando pela Wikipédia? São Luís, além de possuir praticamente as mesmas características climáticas da Tailândia, possui basicamente o mesmo índice de desenvolvimento humano (0,781 da Tailândia; 0,778 São Luís). Deve ter sido por isso que eu gostei tanto daquele país, meu Deus, heheheeh
O povo Tai (povo originario da Tailândia, Tai + Lândia = “terra dos Tai”. Sacou? Fala aí, você nunca tinha reparado nisso, confirma? Tá vendo, tem coisas que só o blog omundonumamochila.com ensina pra você) inicialmente ficava em território chinês, mas foi descendo, descendo, até se fixar de vez no Sudeste Asiático fugindo da fúria mongol (que com Gengis Khan desceu o pau em todo mundo e em seu ápice deteve o maior império da história) no século XIII.
Um dos maiores orgulhos que os tailandeses possuem é o de nunca terem sido uma colônia européia (que salvo engano só o Vietnã no Sudeste Asiático foi assim). Durante séculos e séculos os Tailandeses lutaram contra Holanda, França, Inglaterra etc. sem nunca terem sido integralmente vencidos (apesar de perderem grande parte do seu território durante estas guerras).
Hoje a Tailândia é um país de destaque no Sudeste Asiático, fazendo parte da nova geracao dos Tigres Asiaticos. Explicarei um pouco mais sobre os Tigres Asiaticos quando terminar minhas viagens pelo Sudeste Asiático.

Reino da Tailândia – Seu amor ao rei

Cara, uma das coisas que mais me impressionaram enquanto estive na Tailândia (além das suecas quentes torrando no sol) foi o respeito ao Rei que os bichos cultuam. Lá eles REALMENTE amam o Rei, bicho! Não é aquela frescurinha de “Salve a Rainha” da Inglaterra e que muito inglês odeia. Na Tailândia o rei é unanimidade, seja na classe culta, seja nas classes mais humildes. Chega a ser uma parada de idolatria mesmo.
Por todos os cantos que você passeia na Tailândia é possível ver sempre duas bandeiras hasteadas, a bandeira da Tailândia e uma bandeira amarela que representa o Rei. Antes de todas as sessões de cinema, entres os trailers e o início do filme, tem um filminho de um minuto em respeito ao rei em que todo mundo deve se levantar e ficar em posição de respeito (Ai de você, se você não se levantar!) durante o momento em que são mostradas imagens do Rei e no final duas frases “Nós amamos o Rei” e “Longa vida ao Rei”. Se você quiser arrumar uma confusão séria na Tailândia é só ir na praça principal da Tailândia e gritar “King of ass, is Dick” (traduzindo, Rei de c* é rol*). Só pra vocês terem uma idéia, um suíço, em 2007, provavelmente bêbado ou drogado, foi pego em flagrante pinchado uma imagem do Rei. Pegou uma cana de 10 anos, mas depois foi solto, perdoado pessoalmente pelo Rei.
Por que esse respeito todo? Muita gente me falou que é uma parada cultural, mas eu realmente não acredito que seja por causa disso, haja vista que se fosse realmente por causa da cultura, a Rainha seria unanimidade na Inglaterra. Depois de perguntar a vários Tais diferentes o porque disso, eles me deram várias razões desse respeito todo. Acho que duas explicacoes em especial merecem destaque. Por possuirem um Rei que sempre lutou pelo povo, os tailandeses nunca viraram uma colônia e também o Rei sempre adotou papel conciliador, reformista e desenvolvimentista, com grande parte do desenvolvimento do pais creditado ao Rei. Apesar de hoje possuir o mesmo poder que a Rainha da Inglaterra, o Rei é respeitado pelo primeiro-ministro que dificilmente toma uma decisão que o contraria, mesmo possuindo poder para isso.