Categoria: Nepal
Travessia do Nepal para Índia
Mas enfim, agora está tudo certo e vamos voltar as postagens atuais. Posto esse vídeo hoje e os textos da semana inteira já estão escritos, logo não haverá mais atrasos.
Abaixo o primeiro vídeo que fiz da travessia do Nepal com a Índia em cima do busão.
Pohkara – Varanasi, Índia. Parte 2, pós-macarrão assassino.
Foi uma decisão acertada. Era bem mais ventilado, agradável e, bicho, a visão era fenomenal já que estávamos a cortar vários vales do montanhoso Nepal. A vista, mais uma vez, valeu por toda a viagem! Como lá em cima era compartimento de bagagens, não havia um local apropriado para você sentar. Na verdade o chão era cheio barras de ferros paralelas, onde os caras jogavam as malas em cima e amarravam-nas com cordas. Logo, não deu outra, acabei ficando com as nádegas parecendo batatas chips, parecendo umas batatas Rufles, mas como a zoeira era massa acabei ficando.
QUEDIABOÉISSO?!?! Não restou outra opção ao motorista do ônibus a não ser parar e esperar na fila.

Japonesada que acabou ficando ilhada também
Depois de umas duas horas, um cabra veio pra gente e falou que ele sabia uma saída mágica para a crise! Não a crise do petróleo, mas a crise da fronteira. Ele disse que sabia de uma outra saída para fronteira com a Índia e que lá os motoristas não tinham conseguido fechar porque a polícia chegou antes e desceu a bolacha em todo mundo.
Ah, bendito aparelho repressor do Estado! Como isso faz falta de vez em quando na UnB!
Como não tínhamos outra escolha, acabamos por aceitar a proposta do cara e subimos no busão dele em direção à outra fronteira. O único problema básico era que, veja só, não havia mais lugares suficientes para todos na parte interna do busão, só havia um assento que eu cedi pra Coração Gelado conquanto ela carregasse minha mochila com ela. O que sobrou pra mim? Sim, o teto! O que da vez passada fiz por diversão, dessa vez, já cansado, tive que fazer por obrigação.
Cara, mas foi interessante pegar este outro caminho, viu? Sabe por quê? Cara, o caminho que pegamos era um caminho mó nada a ver, que levava uma hora a mais para poder cruzar a fronteira, logo nenhum ônibus com gringos pegava aquele caminho para ir embora. Pra falar a verdade era um caminho apenas para passagem de carroças, sem asfalto. O que não podia ficar pior, ficou! O busão chacoalhava BEM mais e minhas nádegas que mais pareciam uma batata Rufles naquele momento ficaram onduladas como um tanque de lavar roupa à mão.
Mas o que era interessante era perceber o quanto éramos novidade para aquele povo rural que tanto nos olhava com espanto. Cara, era muito legal e triste ao mesmo tempo observar aqueles indianos e nepaleses e perceber que eles viviam atualmente o mesmo estilo de vida de provavelmente algumas centenas de anos atrás.
Cidades que passamos antes de entrar na zona rural em siFronteira com a Índia, inferno novamente!
Continuamos seguindo viagem até a hora em que chegamos numa cidade à fronteira com a Índia. Como já de praxe, uns motoristas de charretes tentaram nos roubar. Combinamos que iríamos pagar um real por cabeça pra eles nos levar da parada de ônibus à fronteira física e quando chegamos ao final combinado eles queriam cinco. Falamos que não íamos pagar e eles começaram a querer nos intimidar. Coitado deles… Depois de muitas horas sendo chacoalhados, cara com machete querendo brincar de “Genocídio em Ruanda” e greves de caminhoneiros atrasando em mais de três horas a nossa viagem tudo o que não tínhamos era paciência para ser roubados. Naquela hora já éramos um grupo grande de algumas dezenas de pessoas e quando eles começaram a gritar, apenas gritamos de volta. Vendo que o bicho ia pegar eles resolveram ir embora. Basicamente adotamos a mesma estratégia que parecia sempre dar certo e que eu já tinha adotado antes: intimidar quem tenta me roubar através de gritos e ameaças de descer a porrada.
Na hora de atravessar a fronteira mais problemas. Não existe fronteira entre a Índia e o Nepal. Indianos e nepaleses não precisam de visto, passaporte, sequer documentos para atravessar a fronteira de um país pro outro, logo a situação lá é completamente caótica. Pense numa Rua 25 de março lotada numa época de Natal? Assim era ruazinha que levava à faixa de fronteira!

Meu amigo, que cena precária viu? O posto do Nepal era meio que escondido, doido!!! Só pra vocês terem uma idéia era vizinho de um açougue e fedia que só o diabo. Entramos, carimbamos e fomos embora. Na hora de achar o posto da Índia, mesmo problema. Dentro de uma viela achamos uma casinha com as janelas quebradas e que continham dois oficiais indianos sentados, bigodudos (meu amigo, como esses caras gostam de bigode, viu?) e fumando um cigarro velho. No lugar, a surpresa. Eles se recusaram a carimbar o passaporte com o visto de entrada sem que pagássemos a eles uma “taxa” de dois dólares, uma mixaria. O detalhe que o carimbo era de graça, eles só queriam extorquir a gente.
Como já tinha prometido pra mim mesmo que não aceitaria ser roubado, um real que fosse, me recusei a pagar e todo mundo fez o mesmo. Eles resolveram engrossar e falaram que não iriam carimbar então. Depois de alguma discussão alguém lá do meio falou que conhecia alguém em Deli e que se esses caras realmente fizessem a gente pagar a propina que eles tentavam extorquir o bicho ia pegar depois. Após a ameaça parece que enfim ele resolveu carimbar e partimos pra próxima tentativa de roubo.
Quando começamos a procurar o ônibus que deveríamos pegar para poder ir para Varanasi, um rapaz muito simpático se aproximou para nos ajudar. Alguém simpático na Índia, como vocês já devem estar sabendo, é claramente alguém tentando nos enrolar com algo. Perguntamos a ele aonde poderíamos pegar o ultimo ônibus para Varanasi que sabíamos que estava a partir em alguns minutos e eles nos ofereceu para ajudar. Como não tínhamos muita opção do que fazer, decidimos uma vez na vida acreditar na bondade das pessoas. A bondade do cara nos fez dar uma volta e quase perdemos o ônibus. Só conseguimos pegar o ônibus porque dei um real pra um menino que andava no meio da rua (juro que fiquei com medo dele achar que eu queria era brincar de “padre católico” com ele) e ele nos mostrou o real lugar. Depois descobrimos que o cara que primeiramente nos ofereceu ajuda fazia viagens pra Varanasi e queria que perdêssemos o ônibus de propósito só pra ele fazer dinheiro em cima da gente…
Enfim, conseguimos pegar o ônibus e fomos em direção a Varanasi.
Pohkara – Varanasi

–>

–>


Remando no Nepal
Galera, se liga nesse videozinho que fiz enquanto ainda estava em Pohkara no Nepal ;P
“the beer, the beer!! AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH”
Pohkara
Escolhido o hotel, largamos as mochilas no quarto e descemos à recepção pra fazer o que seria o principal motivo de termos ido à Pohkara: Trekking (caminhadas) pelas montanhas. Perguntamos aos caras da recepção se eles sabiam como poderíamos fazer para poder conseguir achar as trilhas pelas montanhas. Os caras, claro, foram todos solícitos e começaram a nos “ajudar”: 

– “Tá de boa chefia. O barquinho é bom, pode ter certeza. Só tem um pouquinho de água dentro, mas é bom pra refrescar…”
Porque as vezes tudo o que você precisa é de um remo e estilo… Só avisando, piadas previsíveis sobre garrafas de cerveja e os locais aonde elas se encontram serão punidas com sanção física…
Katmandu – Pohkara

<!– /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:””; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:”Times New Roman”; mso-fareast-font-family:”Times New Roman”;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:72.0pt 90.0pt 72.0pt 90.0pt; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;}
–>

Nepal – Patan

Pra mim o que merece ser citado acerca da Praça em Patan foi apenas umas crianças que conheci por lá. Cara, não sei por que, mas foi só eu pisar na praça que uma menininha de rua veio “na febre” pra cima de mim, pulou nos meus braços pra brincar comigo e a gente começou a ficar brincando! Depois de algum tempo brincando com elas nos braços (pombas, eu adoro criança!), veio o irmãozinho dela. 
Caraca, tem como você resistir a duas crianças como essas? Não tem como, né?? 



Perambulando por Katmandu, Nepal – Parte 2
No outro dia eu e Samanta fomos em busca dos Gaths nepaleses, de algumas construções budistas tibetanas em Katmandu e também uma outra praça situada numa cidade, Patan, praticamente colada em Katmandu, e que ficava no mesmo vale. Pra quem não lembra o que são Gaths, são os locais aonde os hindus cremam os corpos e jogam as suas cinzas no rio.
Meu amigo, essa clinica que nos deparamos no caminho tem mais uso que Biotonico Fontoura! Detalhe nos tijolos caindo aos pedacos do lugar, hehehe. Eu depois fiquei achando se alguem de molecagem nao tinha era colocado isso na porta de casa so pra fazer graca!



Segundo o guia que nós pagamos por lá, quando o marido morre, a mulher fica utilizando roupas brancas por um ano para demonstrar que está de luto e nunca se casa novamente, já que para os mesmos o casamento é um só e vale tanto para a vida terrena e quanto para eternidade (Como exemplo foi citar uma situação hipotética! Imagina um católico que foi viúvo umas duas vezes e casou três. Faz as contas… Quando toda a “trupe” chegar ao céus ele vai ter que agüentar três mulheres, três sogras e dezenas de cunhados por toda a eternidade, meu amigo! É bom ou quer mais? Pensando bem, até que esses hindus são espertos mesmo!). Perto das Gaths tinha também o mais sagrado templo hindu no Nepal. Não nos foi permitido entrar, já que não éramos hindus.


Dentro de um dos varios templos sagrados, a meninada mandando ver no futebol… Esqueca a ONU, a FIFA ainda vai salvar o mundo.
Por ultimo tinha esse local aqui que era reservado aos “sacerdortes”. Badri me explicou que no comeco eles ate tinham uma tarefa muito importante para os hindus, mas que hoje eles apenas pensam em fazer dinheiro com os turistas que querem bater fotos com os mesmos e fumar maconha o dia inteiro. Na foto exercite o seu cerebro tentando achar aonde se encontra a plantacaozinha da erva da felicidade na rocha. Hehehe. Nao de dinheiro ao trafico! Nao compre maconha, plante em casa, ja diriam eles! Obs: Estou nesse exato momento em Portugal, mas me encontro escrevendo sobre os tempos em que ainda me encontrava no Nepal…
Perambulando por Katmandu – Parte 1

O templo foi construído no ano de 1600 e fica na praça central de Katmandu. Quando voce entra, por todos os lados pode se ver as diversas retratações de Kali salpicadas com tintas vermelhas e amarelas. 
![]() |
|
Ganesh pintado de vermelho e amarelo
|

Uma parada que eu achei interessante que ocorre na India e no Nepal. Assim como pra gente e’ comum voce andar de mao dada com a namorada, nesses paises e’ normal, e nao ha nada de gay nisso, de dois amigos andarem de maos dadas pelas ruas. Isso significa que a pessoa o qual voce esta de mao dada e’ bem proxima a voce. Massa, ne?




















